Irã prende 15 marinheiros britânicos

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SAS
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#16 Mensagem por SAS » Sáb Mar 24, 2007 6:46 pm

Sniper escreveu:O que os Britânicos poderíam fazer caso os Iranianos não libertem os marinheiros ?

Eles estão atolados até o pescoço no Iraque... :roll: :twisted:







SBS - Special Boat Service :D




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Paisano
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#17 Mensagem por Paisano » Seg Mar 26, 2007 9:28 pm

Impasse entre Irã e Grã-Bretanha*

Fonte: http://g1.globo.com/

Possivelmente só há uma explicação para a conduta até aqui bastante cautelosa de Londres e Washington frente à captura, por parte da Guarda Revolucionária do Irã, de 15 militares britânicos: a situação tem tudo para se transformar numa crise difícil, complicada e longa. Na verdade, já é. Tornou-se impossível separar um "problema tático" (nas palavras do oficial britânico que comandava os 15 capturados) das enormes ramificações envolvendo o programa nuclear iraniano, a guerra no Iraque e a própria política interna iraniana - com conseqüências já registradas nos mercados internacionais de petróleo nesta segunda feira (26).

Há fundamento na alegação iraniana de que os 15 marinheiros britânicos encontravam-se em suas águas territoriais. Eles foram detidos na desembocadura do Shatt al-Arab, um curso d'agua vital tanto para o Iraque como para o Irã, e que levou os dois países à guerra em 1980. Há um acordo assinado pelos dois países em 1975 (quando o Irã era militarmente mais forte que o Iraque), revogado por Saddam em 1980 (quando ele achou que podia esmagar a revolução islâmica do Aiatolá Khomeini), novamente implementado em parte em 1988 (o cessar-fogo da guerra Irã-Iraque), e observado de facto (mas não de jure) desde 1990 (quando Saddam precisava da neutralidade iraniana depois de invadir o Kuwait). Em resumo: onde os dois botes britânicos estavam é área disputada pelos dois países há décadas.

O procedimento iraniano em relação aos britânicos é padrão, e não só quanto a militares: há poucos dias foi libertado um alemão que estava pescando próximo ao estreito de Ormuz (o buraco da agulha do petróleo do mundo), e acabou preso, acusado de ter invadido águas territoriais iranianas. Passou um ano e meio preso. Em outubro de 2005 os iranianos prenderam três velejadores (dois britânicos e um australiano) no mesmo lugar. E, em 2004, já haviam "internado" 8 militares britânicos, também na desembocadura do Shatt al-Arab.

Não há dúvidas de que o Irã utiliza esses cidadãos como peões na troca de prisioneiros iranianos. No caso do pescador alemão, os iranianos queriam a libertação de um agente envolvido num atentado num restaurante em Berlim. A troca foi negada. No caso dos 15 militares capturados na semana passada, a primeira reação britânica foi de comedimento: a fragata "Cornwall", de onde saíram os dois botes patrulha, teria sozinha condições de aniquilar as embarcações militares enviadas pelos iranianos.

O que preocupa no episódio recente é o fato de que não parece ser o Ministério das Relações Exteriores iraniano que detém a chave das negociações. Coexistem no Irã praticamente dois tipos de Forças Armadas: as "tradicionais" (Exército, Marinha e Aeronáutica) e a Guarda Revolucionária, que tem também suas tropas de terra, mar e ar. O comando final de ambas é o mesmo, e está nas mãos do Supremo Líder, o Aiatolá Khamenei. Abaixo dessa instância, elas competem por verbas e influência política. As Forças Armadas ainda preservam certo "profissionalismo", mas o controle ideológico da Guarda Revolucionária é total.

Não foi à toa que as cinco principais potências do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, impuseram sanções ao Irã, por desobeceder ao ultimato de suspensão do programa nuclear, começando por comandantes da Guarda Revolucionária (e chegando a impedir transações do Banco Sepah, um dos maiores do país). São sanções de "novo tipo", com as quais concordam também Rússia e China, destinadas a fazer doer nos poderosos do país - evitando o tipo de conseqüência dolorosa para a população registrada no caso do Iraque, depois de 1991.

Os dois fatos - a aplicação de sanções e a captura dos 15 militares - parecem mais coincidência do que resultado de planejamento, mas isso agora não mais importa. Os iranianos acham que os americanos capturaram injustamente cinco de seus funcionários no consulado de Irbil, no Norte do Iraque, no começo do ano - sob a acusação, feita pelos americanos, de que ajudavam a insurgência. Salta aos olhos o fato de que Irbil, em zona controlada pelos curdos, não é o lugar onde a influência iraniana mais se faz sentir.

O que os últimos acontecimentos sugerem é que esses três níveis - o tático (com a captura de iranianos aqui e britânicos ali), o estratégico (a influência enorme do Irã em vários níveis do conflito no Iraque) e o geopolítico (o Irã, seu programa nuclear e o peso iraniano no Oriente Médio como um todo) tornaram-se tão extremados, a ponto de um pequeno incidente transformar-se rapidamente numa situação mais grave com dinâmica e ritmo próprios.

Os britânicos, que mantêm relações diplomáticas "normais" com o Irã (os EUA romperam depois que 50 de seus diplomatas foram mantidos reféns por 444 dias, a partir de novembro de 1979, em Teerã) têm larga experiência na área e aquele tipo de perícia em negociação que fez com que as zonas de ocupação britânicas no Sul do Iraque, por exemplo, fossem relativamente muito mais calmas do que as administradas pelos americanos.

Mas o principal fator foge ao controle de britânicos, americanos e do próprio Conselho de Segurança da ONU: é o quanto a nova situação que o Irã desfruta - a de ser a principal potência da região depois de Israel - deu aos seus líderes em auto confiança. Ou arrogância.

*William Waack




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#18 Mensagem por soultrain » Seg Mar 26, 2007 9:33 pm

Não sei se já foi falado aqui, foram feitos prisioneiros creio que 5 Iranianos há algum tempo, no norte do Iraque. Julgo que se vai trocar prisioneiros e ninguem vai falar mais no caso.

[[]]'s





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


NJ
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#19 Mensagem por EDSON » Ter Mar 27, 2007 11:23 am

A coisa está esquentando e o petróleo subindo. A Guerra contra o Irã é uma questão de tempo. Mas posso estar errado, tomará.

Até algumas altoridades do Irã veêm isso como certo.




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rodrigo
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#20 Mensagem por rodrigo » Ter Mar 27, 2007 11:28 am

27/03/2007 - 08h26
Reino Unido endurece discurso com Irã em caso de marinheiros

da Folha Online

O premiê do Reino Unido, Tony Blair, afirmou nesta terça-feira que espera que o impasse em torno dos 15 marinheiros britânicos detidos na sexta-feira (23) pelo Irã seja resolvido de forma diplomática, mas disse estar preparado para entrar em uma "nova fase".

O Irã acusa os 15 marinheiros de terem violado propositalmente as águas iranianas, em uma "clara agressão" ao país. O Reino Unido nega dizendo que os marinheiros realizavam uma inspeção de rotina em águas do Iraque na região do canal de Shatt al Arab, localizado na fronteira sul entre Irã e Iraque.

"Eu espero que eles [o governo iraniano] percebam que têm de libertá-los", afirmou Blair em entrevista à rede GMTV. "Mas caso não aconteça, isso entrará em uma nova fase".

Questionado sobre o que isso significaria, Blair evitou fornecer detalhes, mas disse que não se pode aceitar que britânicos sejam detidos "quando realizavam uma patrulha de rotina em águas territoriais iraquianas de forma legal, de acordo com mandato da ONU".

O porta-voz de Blair negou que o premiê considere a possibilidade de expulsar os diplomatas iranianos do Reino Unido, ou de lançar uma ação militar contra o Irã. "Nós queremos resolver essa questão rapidamente e sem entrar em confronto público com Teerã. Mas se não pudermos resolver com rapidez, teremos que ser mais explícitos", afirmou o porta-voz.

Blair descartou a possibilidade de a ação de Teerã ser uma retaliação à prisão de cinco iranianos por forças americanas no Iraque. "São duas situações totalmente distintas", disse.

Forças americanas no Iraque detiveram recentemente cinco iranianos em um escritório em Irbil, a capital da região autônoma do Curdistão, no Iraque. Os iranianos são acusados de fornecer armas e dinheiro a insurgentes que atuam no país.

Segundo Blair, a grande questão é se o governo iraniano "seguirá ou não a lei internacional".

Tratamento

Nesta terça-feira, o Irã afirmou que os 15 marinheiros estão "bem" e recebem "tratamento adequado". "Eles estão em boa saúde e foram tratados de acordo com os direitos humanos", afirmou . Mohammad Ali Hosseini, porta-voz do Ministério iraniano de Relações Exteriores.

Em declarações dadas em Ancara, a ministra britânica das Relações Exteriores, Margaret Beckett afirmou: "Se eles estão sendo bem tratados, não vemos por que eles não podem manter contato com o governo britânico para que possam acalmar suas famílias e amigos, que estão apreensivos a respeito de seu paradeiro e condições", afirmou.

O Reino Unido e o Irã viveram um incidente similar em 2004, quando o regime de Teerã manteve detidos durante três dias oito militares britânicos acusados de entrarem de forma ilegal em águas territoriais do Irã no golfo Pérsico. Na época, o Reino Unido negou a invasão.

Além da crise diplomática, o caso também fez crescer as tensões em torno do programa nuclear iraniano. O Conselho de Segurança da ONU aprovou mais sanções contra o Irã no sábado (24). Reino Unido e EUA também acusam o país de fomentar a violência no Iraque.

Demonstração de força

Nesta terça-feira, a Marinha americana lançou uma ampla demonstração de força no golfo Pérsico, com o uso de navios de guerra e aviões militares que simulam manobras de ataque próximas da costa do Irã.

O comandante da Marinha Kevin Aandahl negou que as manobras tenham relação com a captura do grupo de marinheiros britânicos, ou que tenham a intenção de intimidar o Irã.

De acordo com Andahl, os navios ficarão fora das águas territoriais iranianas.

No total, os exercícios militares envolvem 10 mil homens em navios e aviões militares que simulam ataques a aviões e navios inimigos, caça a submarinos inimigos, entre outras ações.

"Os exercícios estão senfo feitos pela nossa estabilidade regional e de segurança", disse Aandahl. "É isso que significa. Se há um efeito desestabilizador, é o comportamento do Irã".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 5910.shtml




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#21 Mensagem por CFB » Ter Mar 27, 2007 11:12 pm

Vamos ver no q isso vai dar, a coisa está esquentando e eu estou adorando isso




Apesar de todos os problemas, ainda confio no Brasil
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#22 Mensagem por P44 » Qua Mar 28, 2007 11:04 am

Última Hora



2007-03-28 - 14:39:00

Impasse sobre marinheiros
Londres suspende contactos com Irão


O Governo britânico decidiu suspender esta quarta-feira todos os contactos diplomáticos com o Irão para resolver a situação dos 15 marinheiros detidos.






A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Margaret Beckett, afirmou que o Reino Unido espera a libertação dos marinheiros e reitera que estes se encontravam em águas territoriais iraquianas. Ainda antes, o ministro da Defesa do governo de Blair tinha divulgado fotografias de satélite, que poderiam demonstrar que aqueles não estavam em águas iranianas.

Por seu turno, as autoridades iranianas defendem que os marinheiros tinham entrado nas suas águas cerca de meio quilómetro.

Tony Blair, primeiro-ministro britânico, tinha anunciado que poderia suspender as negociações.


http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=21&p=200

=====================

Reino Unido suspende relações com o Irão (act.)

A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Margaret Beckett, anunciou hoje que as relações bilaterais entre o Reino Unido e o Irão estarão «congeladas» até que seja resolvido o incidente que envolve os 15 militares detidos.

«Todas as relações e negócios bilaterais com o Irão estão congelados até que este incidente se resolva», assegurou a ministra, numa declaração feita no Parlamento, com muitas críticas dirigidas ao governo do Irão.

Margaret Beckett informou os deputados britânicos que as autoridades de Teerão «não aceitaram nenhuma das reivindicações (do governo britânico), nem deram qualquer explicação que justifique» o incidente.

O governo britânico «pediu desde o primeiro dia informações sobre o paradeiro dos militares, acesso consular aos detidos e a preparação da sua libertação imediata», explicou.

«Nada disto foi feito» disse Beckett, que centrou o seu discurso nas alegadas contradições das autoridades de Teerão.

«Na primeira reunião que tive com o embaixador do Irão, dia 23, recebemos as coordenadas deles sobre a posição em que os nossos militares estariam. As nossas coordenadas eram diferentes, mas depois de analisar as deles vimos que a posição que nos davam também era em águas territoriais do Iraque», disse a ministra.

«Sugeri que podia ser tudo interpretado como um mal entendido e que, como tal, deveriam libertar os nosso militares sem outras consequências, mas em vez de receber uma resposta a isso recebi, na segunda-feira, novas e ´corrigidas` informações, que já davam outras coordenadas e mostravam, claro, que o incidente tinha acontecido em águas do Irão», relatou a ministra.

Depois de fazer esta descrição, com um tom de censura e ironia, a governante defendeu que os seis barcos do Irão que procederam à detenção dos militares britânicos teriam agido ilegalmente mesmo que o incidente tivesse passado em águas do Irão.

«O máximo que as autoridades militares de um país podem fazer nesta situação, ao abrigo da lei internacional, era pedir que abandonassem as águas do seu país, não proceder a uma detenção imediata», disse.

Algumas horas antes desta declaração, o vice-almirante da Marinha britânica, Charles Style, foi mais longe e disse que os 15 marinheiros e fuzileiros britânicos foram «vítimas de uma emboscada».

Numa conferência de imprensa, Style revelou pela primeira vez informações de satélite relativas à posição em que os militares se encontravam quando foram detidos.

De acordo com estas informações, as duas pequenas embarcações com bandeira britânica estavam a 1,7 milhas náuticas de distância da fronteira com o Irão, não podendo por isso ser acusados de invasão ilegal do território iraniano.

O oficial da Marinha garantiu que a informação «é inequívoca, não pode ser tomada como ambígua, e faz com que esta detenção seja injustificada e errada».

Os dados geográficos revelados pelo vice-almirante mostram também como as primeiras coordenadas geográficas fornecidas pelos iranianos apontam para um local que faz parte do território iraquiano.

Num curto comentário sobre o caso, no parlamento, o primeiro-ministro Tony Blair voltou a insistir que chegou a altura de «aumentar a pressão diplomática» sobre o Irão.

Por parte das autoridades de Teerão, o embaixador em Londres também emitiu um comunicado, dirigido à estação de televisão Sky, onde volta a insistir que as segundas coordenadas fornecidas são as correctas e essas mostram que os militares britânicos estavam «cinco quilómetros dentro da fronteira com o Irão».

Como tal, explica o comunicado, «os marinheiros entraram ilegalmente em águas iranianas e a violação da fronteira internacional justifica a detenção», acrescenta o texto.

O comunicado também refere, no entanto, que o caso «pode ser resolvido pela via diplomática», insistindo que essa via terá de assegurar que «não volta a acontecer um caso semelhante».

Diário Digital / Lusa

28-03-2007 13:35:00




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#23 Mensagem por gadugovitch » Qua Mar 28, 2007 11:06 am

a inglaterra só endureceu o discurso porque sabe que tem o apoio dos eua

se estivesse sozinha, faria um discurso bem mais ameno




Está irado? Uma fumacinha está saindo dos seus ouvidos?
Tome um copo de tang!
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#24 Mensagem por Sniper » Qua Mar 28, 2007 11:35 am

gadugovitch escreveu:a inglaterra só endureceu o discurso porque sabe que tem o apoio dos eua

se estivesse sozinha, faria um discurso bem mais ameno


Aff... essa piada foi boa... :wink:

A Inglaterra não tem motivo nenhum para temer o Irã ou quem quer que seja.

A Inglaterra tem força Econômica, política e militar para enfrentar o Irã !




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#25 Mensagem por P44 » Qua Mar 28, 2007 12:03 pm

militar???? sei não.... :roll:

a RN reduzida a meia dúzia de barcaças :twisted: 8-]




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#26 Mensagem por P44 » Qua Mar 28, 2007 12:14 pm

Irão: Militar britânica deverá ser libertada em breve (act.)

O Irão vai libertar hoje ou quinta- feira uma militar britânica, que faz parte dos 15 marinheiros britânicos detidos sexta-feira por Teerão em águas disputadas do Golfo Arábico, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano.

«Hoje ou amanhã, a senhora vai ser libertada», disse Manuchehr Mottaki, à margem de uma cimeira árabe em que participa na capital saudita.

Os 15 marinheiros britânicos foram detidos pelo Irão na zona do estuário do Chatt al-Arab, em águas disputadas tanto pelo Iraque como pelo Irão, desencadeando uma crise entre Teerão e Londres.

A Grã-Bretanha insiste que as tropas estavam em águas iraquianas, mas o Irão garante que entraram nas suas águas territoriais.

Mottaki rejeitou a possibilidade de uma escalada da crise, sugerindo que a alegada entrada em águas iranianas poderá ter constituído um erro.

«Foi uma violação que aconteceu. Pode ter sido natural. Eles não ofereceram resistência», sublinhou.

O Reino Unido divulgou hoje as coordenadas onde disse que os marinheiros foram detidos por navios iranianos, quando procuravam contrabandistas, adiantando que provavam que se encontravam em águas iraquianas.

Mottaki desmentiu esta afirmação, declarando: «Isso é falso.

Aconteceu em águas territoriais iranianas».

Diário Digital / Lusa

28-03-2007 14:43:00




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#27 Mensagem por EDSON » Qua Mar 28, 2007 12:31 pm

27/03/2007
Ahmadinejad compra o coração dos iranianos
O presidente do Irã permanece popular entre os iranianos, apesar da crescente pressão ocidental. Tratamento hospitalar gratuito e financiamento com juros baixos para os consumidores contribuem para isso

Der Spiegel

Falta pouco para o início do Norooz, o festival de ano novo iraniano, e uma grande quantidade de iranianos em férias estão atravessando o deserto entre Kashan e Isfahan, a 250 quilômetros ao sul de Teerã. O céu azul acima do deserto faz parecer que chegou a primavera - mas ao longo da orla norte dos Montes Karkas, tempestades estão trazendo nuvens pesadas para as planícies abaixo.

É fim de tarde e um arco-íris perfeito se formou entre a nova Estrada do Golfo Pérsico e a instalação nuclear de Natanz. No posto de gasolina "Speedy", a poucas centenas de metros da primeira linha de armamentos antiaéreos dispostos para proteger a instalação, os viajantes sobem em seus carros para tirar uma foto.

De repente, um homem grita para outro ao seu lado: "Polícia militar! Abaixe a câmera!", mas então ele coloca sua mão sobre o ombro do homem e sorri; os dois estão suficientemente à vontade para brincarem com sua própria imprudência.

Um grupo de Guardas Revolucionários está visível ao longe, praticando exercícios para combater o frio. Mesmo eles fazem uma breve pausa para admirar o arco-íris.

À esquerda se encontra a nova estrada de seis pistas que algum dia se estenderá do Mar Cáspio ao Golfo Pérsico - um projeto de prestígio para a República Islâmica. Os iranianos, que gostam de viajar e de realizar peregrinações, são capazes de apreciar como o boom do petróleo está gradualmente beneficiando a infra-estrutura do país. Eles estão orgulhosos de suas cidades bem cuidadas, do novo e moderno Aeroporto Internacional Imã Khomeini de Teerã, das linhas de metrô que estão sendo construídas em Shiraz, Mashhad e Isfahan e da refinaria de gás de Assaluyeh, a maior de seu tipo do mundo.

Mas à direita se encontra uma série de prédios cinzentos de aspecto sinistro, cercados por muros de proteção e posições antiaéreas, a porção visível da instalação nuclear de Natanz (o restante está enterrado sob os pés dos Montes Karkas). Para os viajantes na parada de descanso "Speedy", Natanz é igualmente assustadora quanto é para o Ocidente. "Apenas olhar para ela me dá calafrios", disse um motorista de ônibus de Isfahan. "Nós não temos idéia do que exatamente eles estão fazendo ali."

Na semana passada o Conselho de Segurança da ONU aprovou seu segundo pacote de sanções contra o Irã. Se o Irã não suspender o enriquecimento de urânio, pelo menos temporariamente, o país poderá enfrentar maiores restrições comerciais e seus líderes poderão ver suas contas bancárias no exterior bloqueadas e suas viagens ao exterior restringidas. De qualquer forma, o presidente Mahmoud Ahmadinejad cancelou sua aparição perante a ONU na sexta-feira, citando problemas para obtenção de visto. Alguns iranianos já suspeitavam que a aparição planejada na ONU era apenas outra tentativa velada de dar ao presidente iraniano "outra oportunidade para nos embaraçar".

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, apenas recentemente emitiu um alerta claro ao Ocidente. Se as grandes potências do mundo usarem o Conselho de Segurança para atacar o Irã, elas estarão agindo "contra a lei", acrescentando que "então também poderemos agir fora da lei... e o faremos". E se o Irã for ameaçado militarmente, ele prosseguiu, o país usará todos seus recursos para responder às ameaças e ao uso de força pelos seus inimigos. Quase que preventivamente, a marinha iraniana deteve 15 membros da tripulação da fragata britânica HMS Cornwall, na sexta-feira. Em uma entrevista para a "Der Spiegel", o ministro das Relações Exteriores, Manouchehr Mottaki, pareceu estabelecer o tom do debate: "Nós odiamos a guerra. Mas também vemos a resistência como nossa obrigação".

Isto é verdade? A população do país e seus líderes estão realmente unidos diante da ameaça do exterior? Como os iranianos vêem a ascensão de seu país como uma potência regional no Golfo - e seu simultâneo isolamento pelos países do Ocidente? As sanções são meios apropriados para aumentar a pressão interna sobre os radicais, ou elas no final forçam até mesmo os moderados a cerrarem fileiras com o restante do país? A opinião sobre estas questões varia enormemente nas províncias iranianas.

Sentados e aguardando

"Ontem, o embaixador britânico na ONU alegou que o embargo afetaria apenas a liderança. Ele realmente acredita nisto?", disse um empresário de 42 anos em Isfahan, que vende produtos médicos ocidentais de alta tecnologia, incluindo os chamados implantes de lentes intra-oculares, para clínicas oftalmológicas no sul do Iraque. Como seus fornecedores britânicos estão proibidos de exportar diretamente ao Irã, os produtos chegam ao país por intermédio de Dubai. "Eu pago quase o dobro do preço mundial de mercado por estas lentes", disse o iraniano. "Elas são caras demais para a maioria dos pacientes daqui. Eles optam por não realizarem cirurgias nos olhos, preferindo conviver com o glaucoma."

Uma nuvem de incerteza política paira sobre os mercados do Irã. "Meus clientes estão sentados sobre seu dinheiro e eu estou sentado sobre o meu", disse um vendedor de tapetes em Shiraz. "Ninguém realmente quer investir em nada no momento. Aqueles que podem estão até mesmo retendo os salários. É deprimente."

A revolta dos influentes comerciantes dos bazares é voltada contra o Ocidente ou contra o governo em Teerã, que parece disposto a levar o conflito a cabo? "É bem mais complicado do que o Ocidente imagina", disse o proprietário de uma empresa de informática em Teerã que está visitando parentes em Yazd, na região central do Irã.

O próprio Ahmadinejad esteve em Yazd há duas semanas, acompanhado de metade do governo. Todas as vias de acesso ao aeroporto foram bloqueadas e as autoridades municipais foram levadas de ônibus ao estádio de futebol para o discurso do presidente.

Mas nenhum comerciante, disse o vendedor de computadores, se deu ao trabalho de comparecer. "Nós já sabemos o que ele sempre promete nestas aparições: um novo projeto de construção de estrada aqui, um novo centro para a juventude ali. O homem está despejando nosso dinheiro pela janela e provocando inflação."

Um herói popular

Mas as opiniões de seus funcionários sobre o presidente, disse o empresário de informática, são no mínimo igualmente importantes - e elas são bastante diferentes. Um funcionário, que está na empresa há 20 anos, comprou um carro usado e um imóvel no ano passado. Ele nunca teve condições financeiras de comprar estas coisas - até que Ahmadinejad reduziu pela metade as taxas de juros para o financiamento ao consumidor. "Para este homem, o presidente é um herói." E se atualmente está atrasado no pagamento das prestações, disse o dono da empresa, o funcionário culpa o Ocidente, não Ahmadinejad.

"Ou veja o caso de minha mãe, por exemplo", disse o empresário. Como muitas mulheres de sua geração, sua mãe, atualmente septuagenária, lamentou a perda do xá após sua derrubada em 1979. Quando a idosa sofreu recentemente uma fratura no colo do fêmur, ela foi levada ao hospital mais próximo, que por acaso era privado. Todos na família rapidamente juntaram suas economias em dinheiro para pagar pela notória entrada que os hospitais privados iranianos exigem antes de aceitar pacientes. Mas então, para surpresa de todos, eles foram informados que a entrada era desnecessária. O presidente, disseram funcionários do hospital, ordenou que casos urgentes fossem tratados imediatamente.

"Isto pode mudar novamente", disse o filho, "mas por ora você não ouvirá minha mãe dizer nada contra Ahmadinejad".

Muitos iranianos acreditam que é irreal esperar que o regime seja colocado de joelhos por pressão política e econômica. "Nós já enfrentamos situações piores no passado", disse um funcionário do restaurante Ghawam, na cidade portuária de Bushehr, onde fica situado o reator nuclear do Irã, que está em construção há mais de 30 anos mas que permanece inacabado. Jatos iraquianos bombardearam Bushehr durante a guerra Irã-Iraque. Atualmente, quando o vento sopra do Oeste, pescadores além da costa freqüentemente escutam os caças que estão baseados nos porta-aviões americanos próximos.

Um guia turístico ocidental descreve Bushehr como uma mistura de cidade museu e a cidade tchetchena de Grozny, após a terceira guerra russa. Mas o homem do restaurante discorda, dizendo que "a vida em Bushehr tem melhorado constantemente nos últimos anos". Gerações de moradores sofreram com o desastroso fornecimento de água à cidade, mesmo sob o xá. Mas atualmente, disse o funcionário do restaurante, toda família conta com água encanada, o que significa muito para os moradores locais.

O que menos interessa às pessoas no bazar em Bushehr, enquanto fazem suas compras de última hora para o festival Norooz, é o fato de haver uma instalação a apenas 10 quilômetros da cidade, escondida atrás de cercas de arame farpado e posições de metralhadoras. A instalação gera manchetes internacionais há anos, as mais recentes depois que os russos decidiram se recusar a fornecer combustível nuclear para ela, como tinham prometido anteriormente.

O que realmente agita os moradores locais, assim como os iranianos em Kashan, Isfahan e Yazd, é um filme de Hollywood que estreou nos Estados Unidos há poucas semanas. As primeiras cópias piratas do filme já são ansiosamente aguardadas no Irã.

O épico histórico se chama "300" e é sobre a batalha entre os espartanos e o exército do rei persa Xerxes 1º, nas Termópilas. E apesar de quase ninguém ter visto o filme no Irã, ele domina a agenda cultura em um estranho reflexo da situação política atual.

"Hollywood Declara Guerra aos Iranianos", diz uma manchete de primeira página do jornal "Ayande-no" - um jornal que apóia os reformistas de oposição do país. O filme, escreve o "Ayande-no", cria a impressão de que o "Irã é a fonte do mal há muito tempo e que os ancestrais dos iranianos modernos são precisamente os selvagens horrendos, homicidas e insensatos retratados no filme '300'".

Um conselheiro cultural de Ahmadinejad concorda e até mesmo alega que o filme representa um ato de "guerra psicológica contra o Irã". "As autoridades culturais americanas", disse o conselheiro, "aparentemente imaginaram que poderiam obter satisfação intelectual pilhando a história do Irã e insultando sua civilização."

"Isto é engraçado, mas não é verdade", disse um idoso que -juntamente com as estudantes do sexo feminino de Teerã, os mulás de Ghom, empresários e eruditos- está celebrando o ano novo fazendo uma peregrinação ao túmulo do poeta nacional do Irã, Hafez, em Shiraz. "Se a ameaça vem de fora, repentinamente todos nós concordamos."

Tradução: George El Khouri Andolfato




Sniper
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#28 Mensagem por Sniper » Qua Mar 28, 2007 1:57 pm

P44 escreveu:militar???? sei não.... :roll:

a RN reduzida a meia dúzia de barcaças :twisted: 8-]


Dizem que eles estão a incorporar barcaças Anti-Aéreas de 7.200 toneladas agora... Coitados... :cry: :twisted:




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#29 Mensagem por mau_geografia » Qua Mar 28, 2007 2:27 pm

Sniper escreveu:
P44 escreveu:militar???? sei não.... :roll:

a RN reduzida a meia dúzia de barcaças :twisted: 8-]


Dizem que eles estão a incorporar barcaças Anti-Aéreas de 7.200 toneladas agora... Coitados... :cry: :twisted:


Barcaças anti-aéreas???




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Sintra
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#30 Mensagem por Sintra » Qua Mar 28, 2007 3:47 pm

mau_geografia escreveu:
Sniper escreveu:
P44 escreveu:militar???? sei não.... :roll:

a RN reduzida a meia dúzia de barcaças :twisted: 8-]


Dizem que eles estão a incorporar barcaças Anti-Aéreas de 7.200 toneladas agora... Coitados... :cry: :twisted:


Barcaças anti-aéreas???


Sim, seguindo o exemplo Dinamarquês.
Se na Real Marinha de Guerra Dinamarquesa chamam "Barcos Patrulha" a Destroyer´s Anti Aéreos de 6000 toneladas, concerteza que a RN pode chamar "Barcaça" a um Cruzador de 7200 ton´s... :twisted:
O Sniper e eu estamos a brincar. :wink: Os navios em questão pertencem à classe "Daring"".
http://www.naval-technology.com/projects/horizon/
http://www.deagel.com/Destroyers-and-Cr ... 34001.aspx




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