Ninguém tira do Chavez, hein?!

Área para discussão de Assuntos Gerais e off-topics.

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
Marcos Falco
Júnior
Júnior
Mensagens: 103
Registrado em: Seg Jul 04, 2005 12:08 pm
Localização: Dourados MS
Contato:

#16 Mensagem por Marcos Falco » Qui Nov 30, 2006 6:42 pm

Nossos coleguinhas democráticos :roll: (os que vivem a falar mal do Chavito), são bem parecidos com o elemento abaixo. O golpista nos "brindou" com essa entrevista a BBC Brasil. "Uma pérola", um achado; coisa de outro mundo, gente [037]. "Pra justificar" toda lorota que o sistema que ele defende nos joga na cara todo dia.

Eita coerência. Se ela pegasse, esse mundo seria uma maravilha, não é?! [082]



Carmona pede 'perdão', mas não se arrepende


Imagem
Carmona nega ter promovido golpe contra Chávez


Augusto Gazir, enviado especial a Caracas

O empresário Pedro Carmona, que governou a Venezuela por dois dias na semana passada, no lugar do presidente Hugo Chávez, pediu "perdão" ao país pelos erros que cometeu, mas afirmou que não se arrepende de seus atos.

"Assumo qualquer falha e peço perdão por suas conseqüências", disse Carmona em entrevista à BBC Brasil. "(Mas) estaria arrependido, caso não tivesse coragem de dar o passo que dei", acrescentou.

Ex-presidente da Fedecamaras, a associação empresarial do país, líder das greves e passeatas contra o governo Chávez, Carmona, de 60 anos, afirmou que não deu um golpe, mas que assumiu o governo durante um "vazio" politico e que sua intenção era liderar a transição para um governo democrático.

Segundo ele, "os elementos da crise" continuam na Venezuela, e a reconciliação é uma tarefa "complexa". O empresário negou ter tido contato com representantes do governo americano, antes de assumir o poder. A seguir os principais trechos de sua entrevista:


"Não sou manipulável"

BBC Brasil- Se o movimento social de oposição a Chávez liderado pelo sr. pedia mais democracia no país, por que o senhor quando assumiu o poder decretou o fechamento do Congresso e outras medidas de exclusão?

Pedro Carmona - O governo transitório tinha uma vocação democrática e queria restabelecer rapidamente a ordem constitucional. A nossa intenção era convocar eleições parlamentares em 90 dias, e votar reformas constitucionais, como eleições presidenciais em dois turnos, em 180 dias. Buscávamos uma transição presidencial não em um ano, mas em metade desse tempo. Para acelerar a transição, necessitávamos uma dinâmica muito maior do que a dos poderes públicos que estavam funcionando. Iríamos fazer anúncios adicionais onde esclareceríamos nossa agenda e intenções.

BBC Brasil- Mas o fechamento foi antidemocrático. O sr. hoje considera a medida um erro?

Carmona - Eu reconheço que pode ter sido um erro. Admito isso diante de minha consciência e do país. Retifiquei depois o decreto e pedi ao Congresso para confirmar e juramentar o presidente provisório, e o Congresso decidiu designar o vice-presidente (de Chávez, Diosdado Cabello), que também havia deixado o cargo. Eu acatei. Não havia nenhuma vocação totalitária. O objetivo era garantir uma transição e uma transferência de poder rápidas. Havia um vazio de poder, e eu assumi a responsabilidade.

BBC Brasil- Mas o senhor deixou a impressão de ser um golpista.

Carmona - Não foi um golpe. Foi uma situação de fato, fruto de um vazio. O mais alto oficial das Forças Armadas anunciou em cadeia nacional que o presidente havia apresentado a renúncia. A minha intenção era formar um governo transitório plural, com todos os setores do país.

BBC Brasil- Muitos jornalistas do país acham que o sr. foi manipulado por um grupo militar e grupos políticos. O sr. participou da decisão de fechar o Congresso?

Carmona - Assumo a responsabilidade, pois fui quem anunciou o decreto. Apesar de ter voltado atrás, sou o responsável pelo decreto. Houve a discussão com juristas durante toda a sexta-feira (12 de abril), antes do anúncio do decreto. Não sou manipulável. Teses jornalísticas de que fui manobrado são falsas. Assumo com valentia qualquer falha e, por elas, peço perdão ao país por suas conseqüências.

BBC Brasil- Então o sr. se arrepende?

Carmona - Não me arrependo. Admito os erros, mas não me arrependo. Estaria arrependido se não tivesse a coragem de ter dado o passo que dei. Agora, aceito as conseqüências do ato, pois estou submetido a processo judicial.

BBC Brasil- O sr. concorda que o presidente Hugo Chávez voltou ao poder muito menos por suas virtudes e força política e mais pelos erros que o sr. cometeu?

Carmona - Não. Não houve um plano preconcebido. Se houvesse, tudo já estaria perfeitamente organizado. A melhor prova que isso não existia é que levamos muitas horas para organizar a composição do governo transitório. Essas horas que perdemos foram cruciais para o nosso fracasso.

BBC Brasil- O sr. teve algum contato com representantes do governo dos Estados Unidos, antes assumir a liderança do governo transitório?

Carmona - Recebi uma visita do embaixador dos Estados Unidos na Venezuela, durante a transitoriedade. Ele queria ter informações sobre o que iríamos fazer, nossa estratégia. Em nenhum momento, o embaixador manifestou opiniões ou apoio. Antes disso, nunca tive nenhum contato com ninguém do governo americano.

BBC Brasil- O sr. acredita nos pedidos de perdão e reconciliação nacional feitos por Chávez, quando ele retomou o poder?

Carmona - Se tudo que aconteceu vier a resultar não em uma retificação retórica, mas em mudanças profundas quanto ao estilo e as políticas do presidente, se passarmos a ter mais pluralismo político, então o que fizemos não terá sido em vão. Não podemos esquecer que os elementos da crise continuam e que as vozes que protestaram contra o governo expressaram sentimentos profundos do país. A Venezuela está dividida, e a reconciliação do país é uma tarefa complexa, que sera feita não com palavras, mas com fatos.

BBC Brasil- Mas o sr. acredita na vontade do presidente Chávez?

Carmona - Não creio nas palavras. Quero ver como ele vai traduzir isso em medidas. Tenho sim a esperança de que ele vai fazer algo.

BBC Brasil- E o que ele tem de fazer?

Carmona - Ele tem de admitir que a definição do futuro do país corresponde à sociedade, e não a grupos políticos excludentes. É necessário modificar leis estatistas e intervencionistas que foram aprovadas, abrir o país para investimentos externos, criando empregos. O país requer o fim de sua politica de conflitos para abrir espaços para a participação dos cidadãos.

BBC Brasil- Mas a oposição mantém o tom de disputa?

Carmona - Bem, mas esse discurso tem sido alimentado pelo outro lado. Ainda não viramos a pagina. O reencontro ainda tem de se dar. A cura das feridas que existem não é pela intenção, mas por medidas concretas, negociadas por comissões de alto nível.

BBC Brasil- O sr. se sente um preso político?

Carmona - Neste momento, há um processo judicial aberto contra mim, e estou em prisão domiciliar. Espero que esse processo se dê com imparcialidade e sem vingança politica.

BBC Brasil- Mas esse processo é justo?

Carmona - De acordo com meus advogados, o processo não se iniciou, e eu deveria estar em liberdade plena. Em circunstâncias muito piores, como tentativas de rebeliões e golpes militares, o país deu o perdão. O próprio presidente (Hugo Chávez), inclusive, já foi beneficiado por esse perdão (Chávez tentou um golpe militar em 1992).

BBC Brasil- O sr. pensa em voltar para a política, voltar a liderar o país?

Carmona - Meu papel é e seguirá sendo de liderar a sociedade civil. Sobre a política institucional, não tenho planos, mas não descarto.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2002/020418_carmonaro.shtml
Avatar do usuário
Marcos Falco
Júnior
Júnior
Mensagens: 103
Registrado em: Seg Jul 04, 2005 12:08 pm
Localização: Dourados MS
Contato:

#17 Mensagem por Marcos Falco » Qui Nov 30, 2006 6:55 pm

Tem mais informações. Atuais e bem reconfortantes. Ninguém tira mesmo dele essa :lol: ;


Política externa expõe diferenças entre candidatos na Venezuela

Claudia Jardim
De Caracas




Imagem
Governo de Chávez foi marcado por confrontação com os EUA

A campanha dos dois principais candidatos à presidência na Venezuela trouxe à tona várias divergências políticas entre ambos, mas em poucos setores as diferenças ideológicas ficaram tão evidentes como na área da política externa.
Se reeleito, o presidente Hugo Chávez deve manter o curso do constante confronto com o que considera a política imperialista dos Estados Unidos nos palcos internacionais, que o consagrou como uma referência de antiamericanismo no mundo inteiro, e deve continuar priorizando a aproximação política com países do hemisfério sul - investindo em associações como o Mercosul - em detrimento da busca por acordos comerciais.


Já o candidato da oposição, Manuel Rosales, quer despolitizar a atuação do país no cenário geopolítico, se aproximar dos EUA e negociar acordos bilaterais priorizando os interesses comerciais e econômicos do país.

Entre os poucos pontos comuns entre Chávez e Rosales, está a busca por boas relações com o o maior vizinho do continente, o Brasil.

Rosales

Em entrevista à BBC Brasil, diretor de Assuntos Internacionais da campanha de Rosales, Timoteo Zambrano, afirma que a política externa de Rosales deverá ser de consenso, sem confrontação e não-partidária.

“Vamos desideologizar a política externa. Não vamos utilizar o petróleo como ferramenta de chantagem ideológica. Vamos despolitizar a política exterior”, disse Zambrano.

“ Voltaremos a integrar a Comunidade Andina de Nações (CAN), vamos dar prioridade a essa relação. Isso não significa sair do Mercosul”, disse Zambrano.

Na Venezuela, o Mercosul necessariamente é associado ao Brasil. A última visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 13 de novembro, para participar da inauguração de uma ponte, incomodou a oposição e foi considerada “inconveniente” pelos adversários de Hugo Chávez.

Ainda assim, se conquistar o governo, a atual oposição promete manter as relações diplomáticas com o Brasil tal como estão.

No ato de inauguração, Lula disse, dirigindo-se a Chávez: "o mesmo povo que elegeu a mim, que elegeu Kirchner, que elegeu Daniel Ortega, que elegeu Evo Morales, certamente irá te eleger presidente da República da Venezuela".

“Lula tem uma relação pessoal com Chávez e por isso nunca gostou da oposição, nunca quis estabelecer um diálogo conosco. Ainda assim, o apreciamos. Isso não afetará as relações entre os dois países”, afirmou o diretor de Assuntos Internacionais de Manuel Rosales.

Chávez

O governo Chávez, por sua vez, continua entusiasmado com a demonstração de apoio do presidente brasileiro e promete retribuir.

“No próximo mandato vamos continuar fortalecendo a integração com América do Sul. O primeiro país que o presidente Chávez visitará será o Brasil. Temos que concretizar os planos para o próximo ano”, anunciou Maximilien Arvelaiz, assessor de Assuntos Internacionais do presidente Chávez.

Chávez deve visitar o Brasil antes de participar da Cúpula Sul-Americana de Estado que será realizada na Bolívia entre os dias 8 e 9 de dezembro.

O assessor do presidente venezuelano afirmou que, se garantir a reeleição, Chávez dará continuidade ao projeto de fortalecimento da multipolaridade.

“Estamos convencidos que a América do Sul é um dos pólos a ser fortalecido”, disse Arvelaiz.

De acordo com todas as pesquisas, Chávez poderá ser reeleito no próximo domingo.

Livre comércio

Os Tratados de Livre Comércio (TLC) – o último firmado entre Colombia e EUA – são outro ponto de antagonismos entre os dois projetos em disputa.

Para o atual governo, os acordos políticos e de cooperação devem ser privilegiados em detrimento de acordos com caráter essencialmente comercial.

“Os três pilares de nossa política exterior são complementação, cooperação e solidariedade. O objetivo é complementar-nos. Não podemos ter uma visão meramente mercantil”, afirmou Arvelaiz.

Chávez critica severamente a estratégia dos EUA em firmar acordos bilaterais com os países latino-americanos. A seu ver, os TLCs são “alquitas”, em referência à Área de Livre Comércio das Américas (Alca), iniciativa dos EUA para formar um bloco regional.

No entanto, em um eventual governo de Manuel Rosales, nenhuma possibilidade de ampliação de mercados e livre comércio está descartada, incluindo a assinatura de um TLC.


Política de integração da América Latina será mantida em eventual governo de Rosales

“A Venezuela estará aberta a discussões. Nós não nos fecharemos para nenhum tipo de negociação, inclusive um TLC. O importante é avançar rumo à abertura de mercados”, disse Timoteo Zambrano.

Zambrano afirmou que seu país, “na prática”, já tem um acordo de livre comércio com os EUA, referindo-se às exportações de petróleo a esse país e à dependência venezuelana a esse mercado.

Ainda que a diplomacia entre Caracas e Washington se mantenha em permanente conflito, os contatos comerciais entre os dois países funcionam sem problemas.

A Venezuela - quinto maior exportador mundial de petróleo - destina diariamente aos EUA a média de 1,1 milhão de barris de petróleo. A produção total do país varia entre 2,8 milhões e 3,2 milhões de barris diários.

EUA

Sobre a relação conflituosa com os EUA, que marcou o mandato de Chávez, Maximilien Arvelaiz disse que o governo pretende ter boas relações com todos os países, incluindo o governo da Casa Branca.

A última contenda entre os dois países foi durante a eleição de membro não-permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Venezuela e EUA – que apoiavam a candidatura da Guatemala – se enfrentaram abertamente.

Ao final, sem nenhum dos dois países haver conquistado a maioria dos votos, chegaram a um consenso e Panamá ficou com a vaga rotativa de dois anos.

Em tom provocador, ao ser questionado sobre as propostas da oposição para a política externa, o assessor de Chávez afirmou que na Venezuela estão em debate dois projetos: “Um corresponde à doutrina Monroe, de acumulação de capital. A nossa é a doutrina Bolívar, de integração a favor dos povos e com os povos”.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/11/061128_venezuelapolitexternacj_ac.shtml
Avatar do usuário
Morcego
Sênior
Sênior
Mensagens: 9018
Registrado em: Sáb Mai 01, 2004 12:27 pm
Localização: Santos/SP
Agradeceu: 1 vez
Agradeceram: 9 vezes
Contato:

#18 Mensagem por Morcego » Qui Nov 30, 2006 7:17 pm

CFB escreveu:
Einsamkeit escreveu:
Koslova escreveu:Cadê aquela legião de fãs do chavito, que habitavam estes foruns a uns anos atrás.... Aquele pessoal que adorava a maravilhosa obra de Chaves pelo povo venezuelano?


Devem estar em algum Sindicato de fundo de garagem, na UNE, e outras instituiçoes Iluminadas e portadoras da verdade suprema


Faça uma comparação com os governos anteriores da Venezuela e o Chavez e vai perceber pq o povo vota maciçamente nele, pq ele fez mtttt mais pelos pobres do q a elite da Venezuela


Fez mesmo??



para mim ele faz mesmo é muita PROPAGANDA.
Avatar do usuário
Morcego
Sênior
Sênior
Mensagens: 9018
Registrado em: Sáb Mai 01, 2004 12:27 pm
Localização: Santos/SP
Agradeceu: 1 vez
Agradeceram: 9 vezes
Contato:

#19 Mensagem por Morcego » Qui Nov 30, 2006 7:21 pm

Marcos Falco escreveu:Nossos coleguinhas democráticos :roll: (os que vivem a falar mal do Chavito), são bem parecidos com o elemento abaixo.


ONDE ESTA A MODERAÇÃO??? criando mais um CONSELHO??????



Marcos Falco escreveu:O golpista nos "brindou" com essa entrevista a BBC Brasil. "Uma pérola", um achado; coisa de outro mundo, gente [037]. "Pra justificar" toda lorota que o sistema que ele defende nos joga na cara todo dia.

Eita coerência. Se ela pegasse, esse mundo seria uma maravilha, não é?!
[082]



Carmona pede 'perdão', mas não se arrepende


Imagem
Carmona nega ter promovido golpe contra Chávez


Augusto Gazir, enviado especial a Caracas

O empresário Pedro Carmona, que governou a Venezuela por dois dias na semana passada, no lugar do presidente Hugo Chávez, pediu "perdão" ao país pelos erros que cometeu, mas afirmou que não se arrepende de seus atos.

"Assumo qualquer falha e peço perdão por suas conseqüências", disse Carmona em entrevista à BBC Brasil. "(Mas) estaria arrependido, caso não tivesse coragem de dar o passo que dei", acrescentou.

Ex-presidente da Fedecamaras, a associação empresarial do país, líder das greves e passeatas contra o governo Chávez, Carmona, de 60 anos, afirmou que não deu um golpe, mas que assumiu o governo durante um "vazio" politico e que sua intenção era liderar a transição para um governo democrático.

Segundo ele, "os elementos da crise" continuam na Venezuela, e a reconciliação é uma tarefa "complexa". O empresário negou ter tido contato com representantes do governo americano, antes de assumir o poder. A seguir os principais trechos de sua entrevista:


"Não sou manipulável"

BBC Brasil- Se o movimento social de oposição a Chávez liderado pelo sr. pedia mais democracia no país, por que o senhor quando assumiu o poder decretou o fechamento do Congresso e outras medidas de exclusão?

Pedro Carmona - O governo transitório tinha uma vocação democrática e queria restabelecer rapidamente a ordem constitucional. A nossa intenção era convocar eleições parlamentares em 90 dias, e votar reformas constitucionais, como eleições presidenciais em dois turnos, em 180 dias. Buscávamos uma transição presidencial não em um ano, mas em metade desse tempo. Para acelerar a transição, necessitávamos uma dinâmica muito maior do que a dos poderes públicos que estavam funcionando. Iríamos fazer anúncios adicionais onde esclareceríamos nossa agenda e intenções.

BBC Brasil- Mas o fechamento foi antidemocrático. O sr. hoje considera a medida um erro?

Carmona - Eu reconheço que pode ter sido um erro. Admito isso diante de minha consciência e do país. Retifiquei depois o decreto e pedi ao Congresso para confirmar e juramentar o presidente provisório, e o Congresso decidiu designar o vice-presidente (de Chávez, Diosdado Cabello), que também havia deixado o cargo. Eu acatei. Não havia nenhuma vocação totalitária. O objetivo era garantir uma transição e uma transferência de poder rápidas. Havia um vazio de poder, e eu assumi a responsabilidade.

BBC Brasil- Mas o senhor deixou a impressão de ser um golpista.

Carmona - Não foi um golpe. Foi uma situação de fato, fruto de um vazio. O mais alto oficial das Forças Armadas anunciou em cadeia nacional que o presidente havia apresentado a renúncia. A minha intenção era formar um governo transitório plural, com todos os setores do país.

BBC Brasil- Muitos jornalistas do país acham que o sr. foi manipulado por um grupo militar e grupos políticos. O sr. participou da decisão de fechar o Congresso?

Carmona - Assumo a responsabilidade, pois fui quem anunciou o decreto. Apesar de ter voltado atrás, sou o responsável pelo decreto. Houve a discussão com juristas durante toda a sexta-feira (12 de abril), antes do anúncio do decreto. Não sou manipulável. Teses jornalísticas de que fui manobrado são falsas. Assumo com valentia qualquer falha e, por elas, peço perdão ao país por suas conseqüências.

BBC Brasil- Então o sr. se arrepende?

Carmona - Não me arrependo. Admito os erros, mas não me arrependo. Estaria arrependido se não tivesse a coragem de ter dado o passo que dei. Agora, aceito as conseqüências do ato, pois estou submetido a processo judicial.

BBC Brasil- O sr. concorda que o presidente Hugo Chávez voltou ao poder muito menos por suas virtudes e força política e mais pelos erros que o sr. cometeu?

Carmona - Não. Não houve um plano preconcebido. Se houvesse, tudo já estaria perfeitamente organizado. A melhor prova que isso não existia é que levamos muitas horas para organizar a composição do governo transitório. Essas horas que perdemos foram cruciais para o nosso fracasso.

BBC Brasil- O sr. teve algum contato com representantes do governo dos Estados Unidos, antes assumir a liderança do governo transitório?

Carmona - Recebi uma visita do embaixador dos Estados Unidos na Venezuela, durante a transitoriedade. Ele queria ter informações sobre o que iríamos fazer, nossa estratégia. Em nenhum momento, o embaixador manifestou opiniões ou apoio. Antes disso, nunca tive nenhum contato com ninguém do governo americano.

BBC Brasil- O sr. acredita nos pedidos de perdão e reconciliação nacional feitos por Chávez, quando ele retomou o poder?

Carmona - Se tudo que aconteceu vier a resultar não em uma retificação retórica, mas em mudanças profundas quanto ao estilo e as políticas do presidente, se passarmos a ter mais pluralismo político, então o que fizemos não terá sido em vão. Não podemos esquecer que os elementos da crise continuam e que as vozes que protestaram contra o governo expressaram sentimentos profundos do país. A Venezuela está dividida, e a reconciliação do país é uma tarefa complexa, que sera feita não com palavras, mas com fatos.

BBC Brasil- Mas o sr. acredita na vontade do presidente Chávez?

Carmona - Não creio nas palavras. Quero ver como ele vai traduzir isso em medidas. Tenho sim a esperança de que ele vai fazer algo.

BBC Brasil- E o que ele tem de fazer?

Carmona - Ele tem de admitir que a definição do futuro do país corresponde à sociedade, e não a grupos políticos excludentes. É necessário modificar leis estatistas e intervencionistas que foram aprovadas, abrir o país para investimentos externos, criando empregos. O país requer o fim de sua politica de conflitos para abrir espaços para a participação dos cidadãos.

BBC Brasil- Mas a oposição mantém o tom de disputa?

Carmona - Bem, mas esse discurso tem sido alimentado pelo outro lado. Ainda não viramos a pagina. O reencontro ainda tem de se dar. A cura das feridas que existem não é pela intenção, mas por medidas concretas, negociadas por comissões de alto nível.

BBC Brasil- O sr. se sente um preso político?

Carmona - Neste momento, há um processo judicial aberto contra mim, e estou em prisão domiciliar. Espero que esse processo se dê com imparcialidade e sem vingança politica.

BBC Brasil- Mas esse processo é justo?

Carmona - De acordo com meus advogados, o processo não se iniciou, e eu deveria estar em liberdade plena. Em circunstâncias muito piores, como tentativas de rebeliões e golpes militares, o país deu o perdão. O próprio presidente (Hugo Chávez), inclusive, já foi beneficiado por esse perdão (Chávez tentou um golpe militar em 1992).

BBC Brasil- O sr. pensa em voltar para a política, voltar a liderar o país?

Carmona - Meu papel é e seguirá sendo de liderar a sociedade civil. Sobre a política institucional, não tenho planos, mas não descarto.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2002/020418_carmonaro.shtml



Uhmmm curioso é que a DEMOCRÁCIA DE CHAVEZ, não perdoa um GOLPISTA, toda via, a DEMOCRÁCIA que ele combatia, PERDOA Chavez, TAMBÉM UM GOLPISTA.
Avatar do usuário
Morcego
Sênior
Sênior
Mensagens: 9018
Registrado em: Sáb Mai 01, 2004 12:27 pm
Localização: Santos/SP
Agradeceu: 1 vez
Agradeceram: 9 vezes
Contato:

#20 Mensagem por Morcego » Qui Nov 30, 2006 7:29 pm

Marcos Falco escreveu:
Em tom provocador, ao ser questionado sobre as propostas da oposição para a política externa, o assessor de Chávez afirmou que na Venezuela estão em debate dois projetos: “Um corresponde à doutrina Monroe, de acumulação de capital. A nossa é a doutrina Bolívar, de integração a favor dos povos e com os povos”.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/11/061128_venezuelapolitexternacj_ac.shtml


Isso é muito engraçado, essa coisa de BOLIVARIANA, até parece que BOLIVAR era um embrião de SOCIO-COMUNISTA, quem estudar vera que ele tem mais que ver com projetos capitalistas de desenvolvimento do que REVOLUCIONES SOCIALES.
César
Sênior
Sênior
Mensagens: 4297
Registrado em: Qua Fev 19, 2003 7:14 pm
Localização: Florianópolis
Contato:

#21 Mensagem por César » Qui Nov 30, 2006 7:43 pm

Marcos Falco escreveu:Nossos coleguinhas democráticos (os que vivem a falar mal do Chavito), são bem parecidos com o elemento abaixo. O golpista nos "brindou" com essa entrevista a BBC Brasil. "Uma pérola", um achado; coisa de outro mundo, gente . "Pra justificar" toda lorota que o sistema que ele defende nos joga na cara todo dia.

Eita coerência. Se ela pegasse, esse mundo seria uma maravilha, não é?!

Nossa, mas você sabe mesmo respeitar idéias contrárias, hein?! :roll: :roll:

morcego escreveu:ONDE ESTA A MODERAÇÃO??? criando mais um CONSELHO??????

:roll: :roll: :roll: :roll: :roll: :roll: :roll: :roll: :roll: :roll:
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."

Antoine de Saint-Exupéry
Avatar do usuário
Morcego
Sênior
Sênior
Mensagens: 9018
Registrado em: Sáb Mai 01, 2004 12:27 pm
Localização: Santos/SP
Agradeceu: 1 vez
Agradeceram: 9 vezes
Contato:

#22 Mensagem por Morcego » Qui Nov 30, 2006 7:45 pm

César escreveu:
Marcos Falco escreveu:Nossos coleguinhas democráticos (os que vivem a falar mal do Chavito), são bem parecidos com o elemento abaixo. O golpista nos "brindou" com essa entrevista a BBC Brasil. "Uma pérola", um achado; coisa de outro mundo, gente . "Pra justificar" toda lorota que o sistema que ele defende nos joga na cara todo dia.

Eita coerência. Se ela pegasse, esse mundo seria uma maravilha, não é?!

Nossa, mas você sabe mesmo respeitar idéias contrárias, hein?! :roll: :roll:

morcego escreveu:ONDE ESTA A MODERAÇÃO??? criando mais um CONSELHO??????

:roll: :roll: :roll: :roll: :roll: :roll: :roll: :roll: :roll: :roll:


Pare de chorar, levante a cabeça e FAÇA o que vcs sabem FAZER.
César
Sênior
Sênior
Mensagens: 4297
Registrado em: Qua Fev 19, 2003 7:14 pm
Localização: Florianópolis
Contato:

#23 Mensagem por César » Qui Nov 30, 2006 7:53 pm

Afff....

PARE de tentar nos ensinar a como moderar. Sua reclamação foi ouvida, se será acatada ou não é uma decisão nossa.
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."

Antoine de Saint-Exupéry
Avatar do usuário
Morcego
Sênior
Sênior
Mensagens: 9018
Registrado em: Sáb Mai 01, 2004 12:27 pm
Localização: Santos/SP
Agradeceu: 1 vez
Agradeceram: 9 vezes
Contato:

#24 Mensagem por Morcego » Qui Nov 30, 2006 8:03 pm

César escreveu:Afff....

PARE de tentar nos ensinar a como moderar. Sua reclamação foi ouvida, se será acatada ou não é uma decisão nossa.



Então escreve la dizendo que já estão analisando ou tranca o tópico ((( como vcs fazem POR PADRÃO))) ao colocar a carinha triste no minímo traz para qualquer um a impressão de que NADA ACONTECEU, e no maxímo de que não estão nem ai PARA O QUE FOI ALERTADO.
Avatar do usuário
Einsamkeit
Sênior
Sênior
Mensagens: 9042
Registrado em: Seg Mai 02, 2005 10:02 pm
Localização: Eu sou do Sul, é so olhar pra ver que eu sou do Sul, A minha terra tem um cel azul, é so olhar e ver

#25 Mensagem por Einsamkeit » Sex Dez 01, 2006 1:30 am

Isso ai BAT, o DB é um forum democratico, entao fala a vontade

Ele tem que ser ouvido

8-]
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness

Imagem
Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 61564
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceu: 6340 vezes
Agradeceram: 6688 vezes
Contato:

#26 Mensagem por Túlio » Sex Dez 01, 2006 1:36 am

Einsamkeit escreveu: Isso ai BAT, o DB é um forum democratico, entao fala a vontade


Mas não é a casa da mãe Joana, Eins véio...

Vai na manha...

Einsamkeit escreveu:Ele tem que ser ouvido

8-]


Ele FOI! Aliás, ambos...

E foram advertidos, a seguir.

Lugar de brigar é na rua, olho no olho, não atrás de um teclado!

Aliás, nisto concordamos, né não?
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Avatar do usuário
Einsamkeit
Sênior
Sênior
Mensagens: 9042
Registrado em: Seg Mai 02, 2005 10:02 pm
Localização: Eu sou do Sul, é so olhar pra ver que eu sou do Sul, A minha terra tem um cel azul, é so olhar e ver

#27 Mensagem por Einsamkeit » Sex Dez 01, 2006 1:40 am

Bah, e como tche!!!!

Quer ver entao em manifestaçao para passe livre, essa é a nova mania dos "......."

8-]
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness

Imagem
Avatar do usuário
Morcego
Sênior
Sênior
Mensagens: 9018
Registrado em: Sáb Mai 01, 2004 12:27 pm
Localização: Santos/SP
Agradeceu: 1 vez
Agradeceram: 9 vezes
Contato:

#28 Mensagem por Morcego » Sex Dez 01, 2006 9:47 am

tulio escreveu:
Einsamkeit escreveu: Isso ai BAT, o DB é um forum democratico, entao fala a vontade


Mas não é a casa da mãe Joana, Eins véio...

Vai na manha...


Querdes mesmo que eu cole as frazes de quem realmente transforma isso aqui na casa da mãe joana??






tulio escreveu:
Einsamkeit escreveu:Ele tem que ser ouvido

8-]


Ele FOI! Aliás, ambos...

E foram advertidos, a seguir.

Lugar de brigar é na rua, olho no olho, não atrás de um teclado!

Aliás, nisto concordamos, né não?



marca a hora e o lugar.
Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 61564
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceu: 6340 vezes
Agradeceram: 6688 vezes
Contato:

#29 Mensagem por Túlio » Sex Dez 01, 2006 11:05 am

morcego escreveu:
tulio escreveu: Lugar de brigar é na rua, olho no olho, não atrás de um teclado!




marca a hora e o lugar.


Ué, mas então agora queres BRIGA comigo? :shock:

Aqui é o DB, não o JI, POWS!!!

Te dás conta da CRIANCICE que escreveste?

Vai querer trazer o CHICOTE também?

Credo... :roll: :roll: :roll:
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Avatar do usuário
3rdMillhouse
Sênior
Sênior
Mensagens: 1937
Registrado em: Sáb Jun 10, 2006 12:24 am
Localização: Na frente do computador.
Agradeceram: 1 vez

#30 Mensagem por 3rdMillhouse » Sex Dez 01, 2006 11:43 am

Marcos Falco escreveu:Nossos coleguinhas democráticos :roll: (os que vivem a falar mal do Chavito), são bem parecidos com o elemento abaixo. O golpista nos "brindou" com essa entrevista a BBC Brasil. "Uma pérola", um achado; coisa de outro mundo, gente [037]. "Pra justificar" toda lorota que o sistema que ele defende nos joga na cara todo dia.

Eita coerência. Se ela pegasse, esse mundo seria uma maravilha, não é?! [082]


O Chavez também é golpista clone do Yoham. (só pra encher a paciência do Tulio :twisted: :twisted: )
Trancado