Enviado: Qui Ago 24, 2006 9:14 pm
Sverdlov escreveu:Ser ex-guerrilheiro é como uma medalha, uma glória a ser ostentada com orgulho.
Então a Colômbia possui "Heróis Nacionais" em profusão...
Sverdlov escreveu:Ser ex-guerrilheiro é como uma medalha, uma glória a ser ostentada com orgulho.
Sverdlov escreveu:Ser ex-guerrilheiro é como uma medalha, uma glória a ser ostentada com orgulho. Quanto a ser defensor dos homosexuais e viciados em drogas (sic), isso é reducionismo; podemos não concordar, mas isso não é "mancha de currículo".
Brasília possui gente defendendo coisas piores.
Bem, Gabeira subiu em meu conceito quando enfrentou Severino. Mostrou coragem e dignidade.
"Jefferson Perez renuncia à vida pública e critica o povo.
Com mais quatro anos de mandato a cumprir e a eleição para a Presidência República a disputar na condição de vice do candidato Cristovam Buarque, o senador Jefferson Peres (PDT-AM) anunciou há pouco em discurso no plenário do Senado que abandonará a vida pública com a reeleição iminente de Lula.
- Estamos aqui no faz-de-conta. Como disse o Ministro Marco Aurélio (presidente do Tribunal Superior Eleitoral), este é o país do faz-de-conta. Estamos fingindo que fazemos uma sessão do Senado, estamos em casa sem trabalhar. Estou em Manaus há quase um mês recebendo sem fazer nada para o Congresso Nacional.
- Como se ter animação em um país como este com um presidente que, até poucas semanas atrás, até poucos meses atrás, era sabidamente – como o é – um presidente conivente com um dos piores escândalos de corrupção que já aconteceu neste país e este presidente está marchando para ser eleito talvez em primeiro turno?
- É desinformação da população? Não, não é. Se fizermos uma enquete em qualquer lugar deste país, todos concordarão ou a grande maioria que o presidente sabia de tudo; então votam nele sabendo que ele sabia. A crise ética não é só da classe política, não, parece que ela atinge grande parte da sociedade brasileira.
- Ele vai voltar porque o povo quer que ele volte. A democracia é isso. Curvo-me à vontade popular, mas inconformado. Esta será uma das eleições mais decepcionantes da minha vida. É a declaração pública, solene, histórica do povo brasileiro de que desvios éticos por parte de governantes não têm mais importância.
- (...) Vou continuar protestando sempre, cumprindo o meu dever. Isso não seria justificativa para dizer que não vou fazer mais nada. Vou cumprir rigorosamente o meu dever neste Senado até o último dia de mandato, mas para cá não quero mais voltar, não.
- Um país que tem um Congresso desse, que tem uma classe política dessa, que tem um povo desse. Senador Antonio Carlos Magalhães, dizem que político não deve falar mal do povo. Eu falo, eu falo. Parte da população que compactua com isso, é lamentável. E que sabe, não é por desinformação, não. E que não é só o povão, não, é parte da elite, inclusive intelectuais.
- Compactuam com isso é porque são iguais, se não piores. Vou continuar nessa vida pública? Para quê?, Senador Antonio Carlos Magalhães, que é um pouco mais velho do que eu e vai continuar ainda. Mas, para mim, chega."
César escreveu:Outra pessoa que merece ser homenageada, e a quem eu sempre admirei muito.
Senador Jefferson Perez-AM."Jefferson Perez renuncia à vida pública e critica o povo.
Com mais quatro anos de mandato a cumprir e a eleição para a Presidência República a disputar na condição de vice do candidato Cristovam Buarque, o senador Jefferson Peres (PDT-AM) anunciou há pouco em discurso no plenário do Senado que abandonará a vida pública com a reeleição iminente de Lula.
- Estamos aqui no faz-de-conta. Como disse o Ministro Marco Aurélio (presidente do Tribunal Superior Eleitoral), este é o país do faz-de-conta. Estamos fingindo que fazemos uma sessão do Senado, estamos em casa sem trabalhar. Estou em Manaus há quase um mês recebendo sem fazer nada para o Congresso Nacional.
- Como se ter animação em um país como este com um presidente que, até poucas semanas atrás, até poucos meses atrás, era sabidamente – como o é – um presidente conivente com um dos piores escândalos de corrupção que já aconteceu neste país e este presidente está marchando para ser eleito talvez em primeiro turno?
- É desinformação da população? Não, não é. Se fizermos uma enquete em qualquer lugar deste país, todos concordarão ou a grande maioria que o presidente sabia de tudo; então votam nele sabendo que ele sabia. A crise ética não é só da classe política, não, parece que ela atinge grande parte da sociedade brasileira.
- Ele vai voltar porque o povo quer que ele volte. A democracia é isso. Curvo-me à vontade popular, mas inconformado. Esta será uma das eleições mais decepcionantes da minha vida. É a declaração pública, solene, histórica do povo brasileiro de que desvios éticos por parte de governantes não têm mais importância.
- (...) Vou continuar protestando sempre, cumprindo o meu dever. Isso não seria justificativa para dizer que não vou fazer mais nada. Vou cumprir rigorosamente o meu dever neste Senado até o último dia de mandato, mas para cá não quero mais voltar, não.
- Um país que tem um Congresso desse, que tem uma classe política dessa, que tem um povo desse. Senador Antonio Carlos Magalhães, dizem que político não deve falar mal do povo. Eu falo, eu falo. Parte da população que compactua com isso, é lamentável. E que sabe, não é por desinformação, não. E que não é só o povão, não, é parte da elite, inclusive intelectuais.
- Compactuam com isso é porque são iguais, se não piores. Vou continuar nessa vida pública? Para quê?, Senador Antonio Carlos Magalhães, que é um pouco mais velho do que eu e vai continuar ainda. Mas, para mim, chega."
Este é um dos políticos que mais admiro. Provavelmente o mais. é uma pena que ele se retirará da vida pública.
Abraços
César
alexandre lemos escreveu:Interlocutor: "O deputado Gabeira se encontra?"
Secretária: "Se encontra, mas no momento ele está viajando".
FinkenHeinle escreveu:Sverdlov escreveu:Ser ex-guerrilheiro é como uma medalha, uma glória a ser ostentada com orgulho.
Então a Colômbia possui "Heróis Nacionais" em profusão...
Sverdlov escreveu:FinkenHeinle escreveu:Sverdlov escreveu:Ser ex-guerrilheiro é como uma medalha, uma glória a ser ostentada com orgulho.
Então a Colômbia possui "Heróis Nacionais" em profusão...
As FARCs-EP constitutem um tema delicado. Não quando à reivindicação, mas ao método.
FinkenHeinle escreveu:As FARC constituem um tema delicado ou um tabu apenas para quem as apóia mas não tem coragem para dizer isso em público.
Sverdlov escreveu:Errado. Quando digo que as FARCs-EP são um tema delicado, falo por mim, naturalmente.
No que me tange, minha discordância consiste, primo, no fato de não endossar a tese foquista, e, secundo, não apoiar o uso de criminalidade ordinária.
As FARCs já deram apoio a Fernandinho Beira-Mar, ora. Trata-se de um celerado que nada possui de consciência de classe ou de revolucionário. Indubitavelmente a aproximação com esse tipo de gente macula a reivindicação que é legítima, de modo que é o método -repito- que merece críticas.
FinkenHeinle escreveu:Sverdlov escreveu:Errado. Quando digo que as FARCs-EP são um tema delicado, falo por mim, naturalmente.
No que me tange, minha discordância consiste, primo, no fato de não endossar a tese foquista, e, secundo, não apoiar o uso de criminalidade ordinária.
As FARCs já deram apoio a Fernandinho Beira-Mar, ora. Trata-se de um celerado que nada possui de consciência de classe ou de revolucionário. Indubitavelmente a aproximação com esse tipo de gente macula a reivindicação que é legítima, de modo que é o método -repito- que merece críticas.
Mas aí é que tá. A única "reivindicação" das FARC é ganhar dinheiro com o Tráfico de Drogas e de Armas...
Sverdlov escreveu:A princípio são maoístas.
"Jefferson Perez renuncia à vida pública e critica o povo.
Com mais quatro anos de mandato a cumprir e a eleição para a Presidência República a disputar na condição de vice do candidato Cristovam Buarque, o senador Jefferson Peres (PDT-AM) anunciou há pouco em discurso no plenário do Senado que abandonará a vida pública com a reeleição iminente de Lula.
- Estamos aqui no faz-de-conta. Como disse o Ministro Marco Aurélio (presidente do Tribunal Superior Eleitoral), este é o país do faz-de-conta. Estamos fingindo que fazemos uma sessão do Senado, estamos em casa sem trabalhar. Estou em Manaus há quase um mês recebendo sem fazer nada para o Congresso Nacional.
- Como se ter animação em um país como este com um presidente que, até poucas semanas atrás, até poucos meses atrás, era sabidamente – como o é – um presidente conivente com um dos piores escândalos de corrupção que já aconteceu neste país e este presidente está marchando para ser eleito talvez em primeiro turno?
- É desinformação da população? Não, não é. Se fizermos uma enquete em qualquer lugar deste país, todos concordarão ou a grande maioria que o presidente sabia de tudo; então votam nele sabendo que ele sabia. A crise ética não é só da classe política, não, parece que ela atinge grande parte da sociedade brasileira.
- Ele vai voltar porque o povo quer que ele volte. A democracia é isso. Curvo-me à vontade popular, mas inconformado. Esta será uma das eleições mais decepcionantes da minha vida. É a declaração pública, solene, histórica do povo brasileiro de que desvios éticos por parte de governantes não têm mais importância.
- (...) Vou continuar protestando sempre, cumprindo o meu dever. Isso não seria justificativa para dizer que não vou fazer mais nada. Vou cumprir rigorosamente o meu dever neste Senado até o último dia de mandato, mas para cá não quero mais voltar, não.
- Um país que tem um Congresso desse, que tem uma classe política dessa, que tem um povo desse. Senador Antonio Carlos Magalhães, dizem que político não deve falar mal do povo. Eu falo, eu falo. Parte da população que compactua com isso, é lamentável. E que sabe, não é por desinformação, não. E que não é só o povão, não, é parte da elite, inclusive intelectuais.
- Compactuam com isso é porque são iguais, se não piores. Vou continuar nessa vida pública? Para quê?, Senador Antonio Carlos Magalhães, que é um pouco mais velho do que eu e vai continuar ainda. Mas, para mim, chega."