Fórum Defesa Brasil

Caro morcego, saudações novamente!

O texto que vc leu, esquartejou e foi tecendo seus comentários foi escrito por Christiane Campos, colaboradora de diversos informativos que o MST envia à agências e demais meios de comunicação, além dos deles próprios. Vc questiona se ela tem algum conchecimento daquilo que escreve, posso assegurar que o conhecimento sobre as questões relativas a terra são maiores do que os parcos grãosinhos de terra que nós temos sob as unhas. Pode acreditar.
Outra coisa, o texto é claro, lógico e objetivo. A diferença está na interprestação que se faz do que daquilo que se lê. Obviamente, usando os elementos culturais que, tanto vc como eu, acumulamos ao longo de nossas vidas. Pode aparecer discrepâncias, já que os elementos culturais absorvidos até o momento não são iguais.

morcego, política é assim; vc observa, tenta entender, processa mentalmente aquilo que acredita enxergar e configura sua visão.

Entender que menos de uma dezena de milhar de empregos é melhor do que dezenas de milhares é um exemplo. Acreditar que somente a pesquisa numa área de monocultura, que reverte lucros exorbitantes a um grupo de capitalistas é melhor do que beneficiar centenas de milhares de pessoas é outro. De deixar de criar centenas de empregos de ALTO VALOR AGREGADO, de poluir nosso meio ambiente, de destruir a diversidade ambiental e intensificar a exploração dos trabalhadores (precarizando ainda mais eles, pois a completa maioria são terceirizados) são outros exemplos de como o mundo só não é mais perfeito, pra vc, pq não implementaram isso ainda no Afeganistão ou em Cuba, no Irã... e a celeuma vai continuar por aí a diante.

Continuaremos a enxergar, de forma diferente, a vida como ela é. Simplesmente por ter essa maneira diferente de processar as informações que nos chegam (aquilo que descrevi logo acima). Pra mim, isso é seu carma cara. Mas pra vc, acredito, deve ser algo como uma bênção divina que lhe foi premiada. Por isso entendo essa sua cruzada, meu chapa. Vais continuar a fazer isso, sempre (pelo menos é o que tem demonstrado). Mesmo que um dia qualquer, consiga perceber que o mundo não seja tão redondo assim. Aí bicho, a história já era.

"Distorções ultrapassadas", "modelo maoista de produção" ou ainda dizer que "os autores são contra alta qualidade e tecnologia nacional" já revela o grau de compreensão que vc tem a respeito desse assunto. E aí meu irmão, já lhe disse que tenho o maior prazer em debater aqui, mas sou exigente. O debate tem de chegar a algum lugar.

Abraços

Sob qualquer aspecto, e mesmo entendendo que a Aracruz é algum tipo de Criatura Maligna, nenhum ato como aquele pode ser sequer justificável.

Destruir patrimônio alheio, de nenhuma forma pode ser justificável, fere um dos direitos mais fundamentais, o direito á propriedade.

Infelizmente, você e a quadrilha do MST desconhece tudo sobre essas questões, e mesmo assim acha-se no direito de cobrir-se com o manto da verdade.

Pois bem, relativamente à essa história de que o "Deserto Verde" causaria problemas ambientais, já postei no DB um artigo escrito por um Engenheiro Florestal que desmentiria este mito.

Contudo, como o Sr. arroga-se de um direito divino sobre a verdade, vou destrinchar o respectivo artigo, para fazer alguns comentários.

Empresa lucra com a destruição do meio ambiente, a exploração de trabalhadores e ainda recebe financiamento público

Fato 1 - Se a empresa possui processos de produção que agridem a natureza, isso não dá ao MST/Via Campesina nenhum direito de destruir seu patrimônio. É responsabilidade das Autoridades Competentes fazerem com que a empresa modifique seus processos. Contudo, esta "agressora" do Meio Ambiente possui, irônicamente, Certificados de Boas Maneiras Ambientais. Fonte: http://www.aracruz.com.br/web/pt/ambiente/

Fato 2 - Esse mito do "trabalhador explorado" é uma bobagem que ainda sobrevive em mentes jurássicas. O trabalhador vende VOLUNTÁRIAMENTE sua força de trabalho. Ninguém está colocando uma arma em sua cabeça. Se ele vende sua força de trabalho para a Aracruz, é porque isso lhe trás vantagens que nenhuma outra empresa conseguiu lhe proporcionar. Além disso, está posicionada entre as Melhores Empresas Para Trabalhar do Ranking Você S/A:



Fato 3 - Qual o problema dela receber financiamento público?! Ela recebe para que PRODUZA riquezas, as mesmas riquezas que foram destruídas criminosamente.

A Aracruz não gera empregos. A Aracruz não produz alimento. A Aracruz não protege o meio ambiente.

Fato 1 - Sim, ela gera empregos, conforme o Morcego já colocou;

Fato 2 - Não, ela não produz alimentos. E o que isso tem á ver?! O MST defende vigorosamente o Biodiesel, que também utiliza terras agricultárias para a produção de algo que não seja alimento. Não existe nexo apelar para a temática da Fome, como se ela derivasse da falta de Alimentos, especialmente de forma incoerente, conforme acabei de mostrar;

Fato 3 - Conforme coloquei acima, a Aracruz PROTEGE o Meio Ambiente.

Planta eucaliptos, de rápido crescimento, para produzir celulose, destinada ao mercado externo. Contribui para o superávit da balança comercial (saldo positivo entre exportação e importação), que o governo usa para captar dólares e pagar a dívida externa. Nada para a população.

A Aracruz é uma empresa privada, ela não tem nenhum compromisso que não seja conferir lucro aos seus acionistas desde que dentro da lei!

Ainda assim, ela dá uma valiosa contribuição para o conjunto da sociedade, seja através do pagamento de impostos, seja através dos empregos diretos e indiretos, seja pelas exportações que realiza. Se o fato de sua produção ser destinada ao mercado externo fosse determinante para torná-la uma empresa inimiga da população, poderíamos pedir também o fim da Embraer, ou até mesmo da Petrobrás, porque não, visto que ela realiza exportações, e cobra valores abusivos dos seus produtos no mercado interno. Novamente, incoerência pura.

Apesar de receber financiamento público, a Aracruz pouco faz para a população. O departamento de marketing, obviamente, tenta veicular uma imagem da empresa. Em nota, divulgada na internet, defende a produção de celulose: "Em média, cada hectare de uma plantação de eucalipto gera quatro empregos diretos, uma indicação da importância econômica e social destas plantações".

Me explique seu raciocínio: se a Aracruz pode contratar apenas 4 funcionários por hectare, porque contrataria mais?! Você, se fosse dono de uma Padaria, contrataria 4 funcionários, se precisasse apenas de 1?!

Na fábrica C, inaugurada em 2002 no município de Barra do Riacho (ES), foram investidos 575 milhões de dólares resultando na abertura de 173 empregos. Ou seja, são 3,324 milhões de dólares (ou R$ 6,939 milhões) para gerar cada posto de trabalho. Sendo assim, toda a dívida que a Aracruz tem com o BNDES, R$ 904 milhões significa 130 empregos. Para cada vaga de catador de material reciclável, o investimento seria de R$ 3.094.

Mas veja, não é o BNDES que decide para quem vai emprestar dinheiro, e sim a Empresa que deve candidatar-se à tal. Se ninguém surgiu querendo investir para abrir vagas para catadores de material reciclável, que culpa tem o BNDES?! Infelizmente esta lógica de que a Grande Empresa não merece Financiamentos é descabida, uma vez que Empresas de Grande Porte geram mais da metade dos postos de trabalho do país, e as de Médio Porte geram outra grande parcela dos Postos de Trabalho.

Considerando a geração de emprego por extensão de terra, a monocultura do eucalipto também se mostra improdutiva. A Aracruz gera um posto de trabalho por cada 122 hectares. Na monocultura do café, é um emprego para cada hectare. Já na agricultura camponesa, cada hectare emprega até cinco pessoas.

Então qual a solução?! Proibir a Monocultura de Eucalipto no País?! A Aracruz não é improdutiva uma vez que gera dividendos aos seus acionistas.

Com relação à geração de renda, o dado também é desanimador. Em média, os trabalhadores da monocultura de eucalipto recebem entre um e um e meio salário mínimo (R$ 350). Os cafeicultores e pequenos camponeses conseguem ter rendimentos de em média R$ 1 mil.

Quem acha de forma vã que a única forma de renda é o Salário está redondamente enganado. Lucros também são renda, se a Aracruz lucra, nosso PIB cresce. O que é bom para todos, pois a Aracruz, dona de um faturamento na casa dos Bilhões, não gera somente empregos diretos, mas também indiretos. Em Guaíba, uma fornecedora da Aracruz, cujo nome me falta a memória, emprega mais de 2 mil empregados, que trabalham somente para atender à unidade local da Aracruz, o que prova que ela não é uma Empresa Improdutiva.

Em tempo, mesmo que o fosse, nada disso seria motivos para que a Aracruz fosse invadida e tivesse destruídas pesquisas de 20 ANOS! 20 anos investindo, destruídos em minutos.

Com todo respeito as decisões a Moderação, mas acredito que o DB ficou mais pobre.

Paisano escreveu:Com todo respeito as decisões a Moderação, mas acredito que o DB ficou mais pobre.

FinkenHeinle escreveu:

Paisano escreveu:Com todo respeito as decisões a Moderação, mas acredito que o DB ficou mais pobre.

É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.
(Albert Einstein)

Paisano escreveu:

FinkenHeinle escreveu:

Paisano escreveu:Com todo respeito as decisões a Moderação, mas acredito que o DB ficou mais pobre.

É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.
(Albert Einstein)

Especialmente quando tal preconceito acontece na forma de uma prepotência frívola...

Desculpe Paisano, mas eu não posso mais conversar com você, não falo com pessoas de intelecto inferior...

FinkenHeinle escreveu:Desculpe Paisano, mas eu não posso mais conversar com você, não falo com pessoas de intelecto inferior...

Sei que usou essa frase para que eu tivesse uma reação mais forte e com isso dar fundamentação a expulsão do Yoham.

No entanto, eu apenas tenho uma coisa a dizer: Me dá muita pena ver a sua pobreza de espírito.

Para complementar, faço uma pergunta de resposta sim ou não:

Concorda com as reiteradas atitudes de hostilidade do Yoham para com os outros foristas?! Sim ou Não?!

E os anjos de candura jamais provocaram o Yoham.

Paisano escreveu:

FinkenHeinle escreveu:Desculpe Paisano, mas eu não posso mais conversar com você, não falo com pessoas de intelecto inferior...

Sei que usou essa frase para que eu tivesse uma reação mais forte e com isso dar fundamentação a expulsão do Yoham.

No entanto, eu apenas tenho uma coisa a dizer: Me dá muita pena ver a sua pobreza de espírito.

Não usei para que você tivesse uma reação mais forte...


Apenas usei como brincadeira, pois era exatamente esta a atitude prepotente e hostil que o Yoham isava reiteradas vezes. Ou vai negar?!

Quanto á sua pena, guarde-a para seu amiguinho... Não preciso dessa bobagem, especialmente quando é usada para dar uma conotação de superioridade moral, ou nas suas palavras, de superioridade "de espírito"!

Paisano escreveu:E os anjos de candura jamais provocaram o Yoham.

Não se preocupe meu nobre, desta vez ele mordeu uma isca imaginária no seu afã delirante de mostrar sua superioridade...

PS: Sim ou Não... A pergunta é simples...

Paisano escreveu:Com todo respeito as decisões a Moderação, mas acredito que o DB ficou mais pobre.

[zuera mode=on]
Deve ser porque ele pregava a partilha de tudo entre todos, agora só sobraram os porcos capitalistas que não dividem nada e ficam com tudo para si. [zuera mode=off]

só to brincando Paisano

Não se consegue colacar mais chá em uma xícara se ela já está cheia de chá, vai virar. È preciso esvaziar primeiro a xicara para colocar mais chá.
A nossa mente funciona do mesmo modo, se queremos aprender, precisamos primeiro "esvaziar a mente", afinal se já sabemos tudo, como é que vamos aprender?

Grande Yoham!

Com o passar do tempo fui criando uma certa "reserva" contra o MST de modo que, apesar de conscientemente saber que toda generalização é burra, acabo eu mesmo por generalizar tudo que ouço sobre o MST, simplesmente discordando do que eles dizem. Eu bem que tento não ser assim, mas devido às ações do movimento realmente fica dificil pensar diferente.
Concordo na questão do cooperativismo, acho que ele é importante e funciona. Mas precisa ser bem administrado. E mais, num país de terras fartas como o Brasil, a produção das cooperativas necessariamente será voltada à exportação, ao menos boa parte dela. Com a densidade demográfica que tem, se o Brasil voltasse sua produção agrícola essencialmente ao mercado interno isso significaria um excesso de oferta tremendo, levando à queda exagerada dos preços e à inviabilização da produção. Justamente por ser capaz de produzir tanto, o Brasil depende das exportações para manter sua agricultura competitiva. Acho que o MST vai na contra-mão da história por desconsiderar coisas como essa, e por tentar inverter a mão da migração interna, levando pessoas da cidade par ao campo, dando-lhes a ilusão de que no campo o governo lhes dará uma propriedade onde poderão tocar sua vida.
Tive um professor, veja só você, de direito sindical, que apresentou uma visão muito peculiar sobre o MST: é um grupo restrito de pessoas que se acha no direito de exigir que o governo as presenteie com uma propriedade ( no sentido de bem economicamente mensurável) pelo simples fato de estarem organizadas. É um grupo de pessoas buscando a concessão de um privilégio, em detrimento do resto da população. Devo confessar que desde então adotei essa visão. E olha que nem parti para o lado das invasões para criticar o movimento heim!

abração
Fabiano