Força Aérea Venezuelana escolhe Flanker

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Túlio
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#16 Mensagem por Túlio » Seg Mar 27, 2006 9:31 pm

E uns Super530D pros sucatões... :twisted:




Be fearful when others are greedy and be greedy when others are fearful.

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delmar
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#17 Mensagem por delmar » Seg Mar 27, 2006 9:52 pm

.
Sempre o Chavez.

De todas as compras que ele fez acreditava-se que já tinha recebido parte dos 100.000 AK-47. Pois fiquei sabendo que, até agora, foram entregues apenas cerca de 200 (duzentas) armas, como uma amostra. O resto está ainda por vir. As poucas armas recebidas foram usadas em programas de TV para mostrar ao povo a nova força do exército venezuelano.
O Chavez é demais. Um pândego.




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
Sideshow
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#18 Mensagem por Sideshow » Seg Mar 27, 2006 10:48 pm

Venezuela To Acquire Su-35 Combat Airplane from Russia
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Venezuela shows interest to Russian multifunctional airplanes of Su-30MK and Su-35 series, deputy director general of Sukhoi aircraft holding company (AHC) Alexander Klementev states. As he says, this interest “has been confirmed during negotiations at various management levels". “I think, that in the foreseeable future, as it seems to me before current year expires, we shall have some intermediate results achieved in this matter,” A. Klementev stated.

Answering a question on tentative dates when Su-35s may be delivered to Venezuela, he said: “It is difficult to comment on this issue, as Rosoboronexport company is directly responsible for promoting military equipment items ".”Everything, that depends on us, we do in full scope,” Sukhoi AHC deputy director general specified. He announced, that a model of a super-maneuverable multifunctional fighter of Su-35 series would be exhibited on Sukhoi AHC exposition site at 14th International Air & Space Fair FIDAE-2006 to be held in Santyago (Chile) 27.03-02.04 2006. “Su-35 is a machine, which we put a stake on, while entering new markets and promoting our advanced products there,” A. Klementev noted. According to experts, Su-35 fighter is a profoundly modified design of Su-27/27SM prototypes. Su-35 is featured by a new air engine to be installed, having thrust as much as 14 tons (rather than 12.5 ton), and a new airborne equipment, including Irbis onboard radar. The fighter is also to be armed with new missiles of different class.

Tuesday, 21 March 2006


Já li unas 50 noticias como essa.....e até agora




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Bolovo
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#19 Mensagem por Bolovo » Seg Mar 27, 2006 10:50 pm

Sideshow escreveu:
Venezuela To Acquire Su-35 Combat Airplane from Russia
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Venezuela shows interest to Russian multifunctional airplanes of Su-30MK and Su-35 series, deputy director general of Sukhoi aircraft holding company (AHC) Alexander Klementev states. As he says, this interest “has been confirmed during negotiations at various management levels". “I think, that in the foreseeable future, as it seems to me before current year expires, we shall have some intermediate results achieved in this matter,” A. Klementev stated.

Answering a question on tentative dates when Su-35s may be delivered to Venezuela, he said: “It is difficult to comment on this issue, as Rosoboronexport company is directly responsible for promoting military equipment items ".”Everything, that depends on us, we do in full scope,” Sukhoi AHC deputy director general specified. He announced, that a model of a super-maneuverable multifunctional fighter of Su-35 series would be exhibited on Sukhoi AHC exposition site at 14th International Air & Space Fair FIDAE-2006 to be held in Santyago (Chile) 27.03-02.04 2006. “Su-35 is a machine, which we put a stake on, while entering new markets and promoting our advanced products there,” A. Klementev noted. According to experts, Su-35 fighter is a profoundly modified design of Su-27/27SM prototypes. Su-35 is featured by a new air engine to be installed, having thrust as much as 14 tons (rather than 12.5 ton), and a new airborne equipment, including Irbis onboard radar. The fighter is also to be armed with new missiles of different class.

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É a décima vez que o Chavez compra os Flankers HAEHAHAHEHAE




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#20 Mensagem por Sideshow » Seg Mar 27, 2006 10:57 pm

Bolovo escreveu:É a décima vez que o Chavez compra os Flankers HAEHAHAHEHAE


E que a Venezuela é como o Chile que compra armamento e não mostra (Derby), os 50 MIG29 e os Scud estão enterrados em algum lugar da Venezuela so esperando os ianques maldidos.


:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:




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#21 Mensagem por Pablo Maica » Seg Mar 27, 2006 11:08 pm

Tecnologia stelth de ultima geração... 8-]


Um abraço e t+ :D




César
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#22 Mensagem por César » Ter Mar 28, 2006 12:15 am

Pablo Maica escreveu:Tecnologia stelth de ultima geração... 8-]


Um abraço e t+ :D

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Lá vem o Chavez, Chavez, Chavez....todos atentos olhando pra TV... :lol: :lol: :lol:

Esse Chavito é uma figura. Daqui a pouco nem o Forest Gump vai conseguir contar tantas histórias quanto ele. 8-]

Abraços

César




"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."

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#23 Mensagem por Patton » Qui Mar 30, 2006 3:25 am

Corea do Norte vai receber seu nova frota de F-35s antes do que esse idiota recebe seus Su-35s.

A melhor coisa pra fazer come esse doido e' para agir como que se nao existisse. E talves ele vai fazer algo estupido para ganhar atencao tipo atacando aquelas ilhas hollandeses e os EUA vao ter uma desculpa pra lancar uma ataque com os B-52s.




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#24 Mensagem por Adriano » Qui Mar 30, 2006 9:33 am

Chaves não passa mesmo de um típico político latino-americano da velha guarda... um pequeno e triste ditador populista. Os americanos não vão deixar esse negócio ir pra frente nem que eles mesmos tenham que pagar pelos Flankers não vendidos. Aliás, a petrolífera venezualana (que tem que pagar por tudo) já está sobrecarregada demais por pagar os custos de todas as medidas populistas de Chavez e está indo pro vermelho... Pobre Venezuela....




O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
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#25 Mensagem por oraculobq » Qui Mar 30, 2006 10:42 am

César escreveu:
Pablo Maica escreveu:Tecnologia stelth de ultima geração... 8-]


Esse Chavito é uma figura. Daqui a pouco nem o Forest Gump vai conseguir contar tantas histórias quanto ele. 8-]

César



AHUhauHAUhu muito boa essa !!!!!


Forest....




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#26 Mensagem por YOHAM » Qui Mar 30, 2006 11:02 am

Salve senhores!
Desculpem-me por interromper o linxamento moral do presidente da Venezuela e postar uma entrevista que li no site Defesanet;

A Embraer na área de Defesa

Entrevista com Vice-Presidente Executivo para o Mercado de Defesa e Governo Luiz Carlos Siqueira Aguiar

O próximo número da revista Tecnologia & Defesa (edição 107), que estará nas bancas a partir dessa semana, traz, entre outros assuntos, a primeira entrevista concedida a um veículo brasileiro pelo novo Vice-Presidente Executivo para o Mercado de Defesa e Governo Luiz Carlos Siqueira Aguiar, da Embraer. Antes de assumir o novo cargo, Luiz Carlos Aguiar era o presidente do Conselho de Administração da Embraer.

A entrevista foi concedida a Cosme Degenar Drumond, diretor de Redação de Tecnologia & Defesa, no dia 9 de março último, na sede da empresa.

Tecnologia & Defesa - Quais são as suas impressões a respeito do mercado de Defesa?
Luiz Carlos Siqueira Aguiar - Nos últimos dois anos, como presidente do Conselho de Administração da Embraer, tive contato com as principais áreas de negócios da Empresa. É um desafio, sobretudo porque sabemos da importância da Defesa para a companhia, uma área que com seus riscos e retornos inerentes exige muita dedicação e trabalho. Eu estou otimista nessa meta de conquistar novos resultados, desenvolver novos produtos e exportar ainda mais os produtos que temos, que são extremamente competitivos e atendem realmente ao nicho de mercado da área de defesa em vários países do mundo.


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Vice-Presidente Executivo para o Mercado de Defesa e Governo Luiz Carlos Siqueira Aguiar.

Foi indicado, em 19 Dezembro 2005, ocupava até então o cargo de Presidente do Conselhode Administração da Embraer

T&D - Em termos de produtos, quais são aqueles com maior potencial de geração de negócios imediatos para a Embraer?
Luiz Carlos Aguiar - Na verdade, nesses últimos dois meses, verificamos oportunidades de negócios para todos os produtos da Embraer. No final de 2005, fechamos a primeira exportação de 25 aviões Super Tucano para a Colômbia. Estamos agora envolvidos em uma campanha da Força Aérea de Cingapura, onde inclusive fizemos demonstrações de um Super Tucano da FAB, que voou até lá com extrema eficiência e excelente desempenho para ser submetido a testes de avaliação pelas autoridades do país. Estamos confiantes, pois a nossa proposta é bastante competitiva. Neste caso específico, curiosamente, não vamos vender os aviões diretamente para Cingapura, que está fazendo uma espécie de Parceria-Público-Privada para comprar hora/aula de treinamento para seus pilotos de uma escola da Austrália. Portanto, pretendemos vender os aviões para o consórcio que vai prestar esse serviço para a Força Aérea de Cingapura durante 20 anos. Pelos cálculos desse consórcio, serão necessárias aproximadamente 18 aeronaves. Há também nesse projeto uma estrutura interessante de financiamento que envolveu bancos especializados nesse tipo de negócio. No final, a cotação será por hora/aula de treinamento. Em junho ou julho próximos, deveremos ter uma definição. Além disso, já estamos com outra RFP (Request For Proposal), desta vez da Turquia, que, com as opções, deverá comprar em torno de 50 aeronaves de treinamento.

T&D - E quanto aos chamados aviões inteligentes da Embraer?
Luiz Carlos Aguiar - Neste caso, a nossa principal meta é com a evolução dos produtos. A vinculação com a FAB tem sido uma grande alavanca para a Embraer na área de Defesa. O caso do Super Tucano é um exemplo, pois em função do programa ALX foi possível alavancar a venda para a Colômbia. Com certeza, vamos realizar outras vendas do treinador para outros países. No caso de sistemas de vigilância é a mesma coisa. As nossas plataformas, os sistemas de radares, os sensores e a integração foram produzidos para o SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia) e também ajudaram a concretizar as vendas para a Grécia e para o México. Temos campanhas em andamento para a mesma plataforma, mas precisamos evoluir mais. O grande desafio será transformar a plataforma atual em operação nos países que citei numa plataforma maior, para atender a requisitos de peso, tanto de radares como de sensores e até de armamentos. Sem dúvida, essa evolução passa pelo jato EMBRAER 190. Esse é um projeto que estamos avaliando com empenho.

T&D - Essa necessidade decorreu da exigência colocada pelo mercado americano em relação ao Projeto ACS?
Luiz Carlos Aguiar - Primeiramente, é bom lembrar que, na época em que foi tomada a decisão do ACS, nosso produto cumpria satisfatoriamente todos os requisitos exigidos. Mas já sentíamos a necessidade em outros países, cujos requisitos estão vindo ao mercado agora. Então, não é apenas o caso específico dos EUA. Estamos nos baseando na demanda de outros países. É uma evolução natural que demonstra, mais uma vez, a nossa histórica ligação com a FAB. Como o braço industrial e tecnológico da FAB, a Embraer tem conquistado importantes exportações para o País. De outro lado, a área civil tem sido determinante para o sucesso da área de Defesa, já que os produtos da área Comercial acabam servindo de plataforma para os produtos de defesa. Foi assim com o jato ERJ 145 e assim será também com o EMBRAER 190. Já temos todo um plano de ação definido. Estamos determinados a conquistar novos negócios.

T&D - Nesse plano de ação definido, qual é a meta, ou previsão, de participação da área de Defesa no faturamento global da empresa? Há um percentual e prazo para isso?
Luiz Carlo Aguiar - Temos objetivos de médio e longo prazos. Em 2010, por exemplo, a área de Defesa da Embraer deverá estar participando com 20% da receita total da empresa. No curto prazo, não há uma evolução dessa monta. Hoje, estamos com oito a 10% de participação na receita global da Embraer. Para este ano, deveremos permanecer nesse patamar.

T&D - Recentemente, o senhor fez sua primeira viagem a um evento internacional, a Asian Aerospace, já como executivo da Embraer. Que avaliação pode fazer da potencialidade da Embraer do mercado de Defesa naquela região, nesse primeiro evento?
Luiz Carlos Aguiar - A potencialidade é grande. Foi um show específico e muito positivo, pois estávamos em plena campanha do Super Tucano em Cingapura e pudemos perceber que os competidores também estavam presentes. Como parte do processo licitatório, as aeronaves estavam presentes e sentimos de perto a força dos competidores em relação a nossa proposta. Nós temos uma visão realista de que o nosso avião agradou e a nossa proposta, do ponto de vista de estrutura financeira, da complexidade de uma "PPP", também foi bem-recebida. É claro que respeitamos todos os competidores. De qualquer forma, eu vi claramente a capacidade do nosso produto no mercado global. A Embraer tem, sem dúvida, pontos fortes na competência técnica e financeira.

T&D - Dentro dessa visão de negócios, como o senhor analisa o mercado da América Latina para a Embraer?
Luiz Carlos Aguiar - O mercado latino-americano é importante não só para a Embraer como também para o próprio País. Nós sabemos das restrições relativas aos orçamentos de Defesa. Mas, eu considero o caso da Colômbia um exemplo muito positivo da nossa capacidade de exportar para a América Latina. O relacionamento da FAB com as forças aéreas latino-americanas tem nos dado bons resultados mesmo trabalhando com as restrições orçamentárias. Para a FIDAE, pedimos também à FAB para enviar o Super Tucano. Vamos aproveitar essa feira e fazer demonstrações não só no Chile, mas em outros países da região, como Peru e Equador. É uma maneira de expor nosso produto, que é competitivo, e está numa boa base e tem economia de escala. Hoje, estamos com 124 aviões vendidos, com 32 entregues. Então, estamos com uma base industrial muito boa para sair a campo e vender. A América Latina é de interesse muito grande para a área de Defesa da Embraer, em conjunto com essa ação governamental liderada pela FAB.

T&D - Por falar em Chile, anos atrás se cogitou de vender o Tucano para a Força Aérea Chilena. Na ocasião, comentou-se até da possibilidade de uma troca envolvendo o avião brasileiro e o Pillan chileno. A gente sabe que nesse mercado as conversações nunca acabam. Existe algum entendimento com o Chile a respeito do Super Tucano?
Luiz Carlos Aguiar - Nosso relacionamento com o Chile vem de longa data. Nos anos 70, a Armada do Chile comprou o EMB 111 Bandeirante Patrulha, em operação até hoje. Nos anos 80, ocorreram várias negociações para a adoção do Tucano pelo Chile e do Pillan pela FAB. Nos anos 90, a ENAER, empresa estatal pertencente à Força Aérea Chilena, se engajou como parceira no programa ERJ 145, tendo produzido as empenagens destas aeronaves. Hoje, há o interesse do Chile pelo Super Tucano. Porém, não existe nenhuma ação mais concreta de realização de negócio neste momento. Como você mesmo referiu, na área de defesa jamais se pode dizer que as coisas estão totalmente paradas. Há sempre muitos contatos e a perenidade das conversas. A persistência é uma característica fundamental para os negócios nessa área. Mas não há nenhuma conversa específica com eles, como as de Cingapura e Turquia, cujas negociações são concretas e estão na mesa. Com o Chile, não é nesse nível; é um nível mais estratégico, de conversações gerais e de aproximação.

T&D - Em termos de contra-partidas comerciais, como funciona a parceria da Embraer com os clientes, nessa área?
Luiz Carlos Aguiar - O foco da Embraer é sempre satisfazer o cliente. De uns anos para cá, a questão do off-set vem aparecendo com mais força. É o caso do Brasil também. A FAB tem se preocupado com as compras de forças aéreas de outros países. Nós temos apresentado soluções capazes de atender o cliente nesse ponto. Foi o caso da Grécia. Agora, no caso da Turquia, o nosso pessoal esteve lá avaliando a indústria local e as possíveis parcerias que a gente poderá estar implementando, para cumprir os requisitos de off-set. Eu diria o seguinte: o off-set faz parte do jogo, portanto nós temos que acompanhar essa tendência e apresentar soluções de maneira criativa. E temos conseguido fazer isso de modo até a tornar o produto mais competitivo. As soluções que apresentamos não têm custo adicional. Nós temos procurado adaptar essa necessidade, que é do mercado, para que o cliente trabalhe com o aprimoramento tecnológico e do próprio produto. Muitos desses países têm uma indústria aeronáutica desenvolvida, uns mais, outros menos. Nós temos feito esse tipo de pesquisa para que, no momento da proposta comercial, a Embraer já tenha isso bem avaliado e possa contar com as principais competências do país que pratica o off-set.

T&D - Quanto a novos produtos da Embraer nessa área, no caso específico um jato militar, tem alguma coisa já planejada para o futuro?
Luiz Carlos Aguiar - Atualmente, estamos buscando clientes que tenham interesse em utilizar a plataforma do EMBRAER 190. Isso é o concreto. Temos uma equipe de planejamento estratégico prospectando novas áreas para a Embraer na área de Defesa, mas ainda não temos nada para falar hoje sobre isso e nada definido ainda em nível de diretoria.

T&D - Em termos de F-X, não existe nada? Acabou mesmo?
Luiz Carlos Aguiar - Como você mesmo falou antes, na área de defesa essas coisas nunca terminam com ponto final. Nós temos um interesse enorme em desenvolver soluções que atendam a FAB, como temos feito em outros casos. A Embraer tem tentado melhorar a cada dia, de maneira a atender bem a demanda dos requisitos. Queremos fazer isso em conjunto com a FAB, como foi no caso da modernização do F-5, o ALX, o próprio AMX e estamos tendo sucesso nesta parceria. Queremos continuar assim.

T&D - E que solução seria essa?
Luiz Carlos Aguiar - Após o cancelamento do Projeto F-X, não voltamos a tratar desse assunto. Mas, a Força Aérea sabe que estamos absolutamente abertos para ouvi-la e no aguardo de que esse projeto volte em algum momento.

T&D - A Embraer teria algum projeto a oferecer para o Exército?
Luiz Carlos Aguiar - No momento, não.

T&D - E para a Marinha?
Luiz Carlos Aguiar - Na Marinha, sim. Existem as restrições, que todos sabem, de caráter orçamentário, mas estamos desenvolvendo uma análise de modernização para 12 aviões A-4. Seria prematuro dizer, pois falta uma série de ações a serem tomadas. Porém, estamos conversando com a Marinha sobre esse assunto específico.

T&D - A Embraer está trabalhando em vários programas para a FAB. Depois que esses programas estiverem concluídos, o senhor acredita que possa haver uma lacuna de demanda, ou seja, um tempo sem que a FAB venha a trabalhar com a Embraer, inclusive até por falta de condição orçamentária para isso? Como o senhor vê essa possível realidade?
Luiz Carlos Aguiar - Nós temos ainda a modernização do AMX. O contrato já está assinado, mas o programa não foi efetivamente iniciado. Há também a questão do F-X, que deve ser retomada nos próximos anos, e que a Embraer quer obviamente participar com a FAB nesse desenvolvimento. Estamos atendendo hoje a questão do datalink do SIVAM e pretendemos trabalhar com a FAB em outros sistemas de integração. O reaparelhamento da FAB, a despeito da questão orçamentária, foi um trabalho muito forte. Mas sempre haverá uma necessidade ou outra, não tão grande como os projetos que acabei de mencionar. Eu diria que o projeto central da parte de reaparelhamento foi feito e, como prospecção para o futuro, vejo os casos do AMX e F-X. De imediato, não vejo nenhum outro projeto com relação à Força Aérea.

T&D - Quanto aos parceiros internacionais, existem restrições de transferência de tecnologia de itens incorporados aos produtos da Embraer?
Luiz Carlos Aguiar - É evidente que todos os países, inclusive o nosso, têm determinada conduta de política externa ou de comércio exterior. Como estamos falando de exportação de produtos de defesa, há necessidade de se cumprir as regras para se obter as licenças de exportação. A Embraer nunca teve nenhum problema dessa natureza. O caso da Venezuela, onde existe um interesse pelo Super Tucano, mas dificuldades de liberação de componentes de origem norte-americana, devido à situação política entre EUA e Venezuela, não foi um problema do Brasil. Na realidade, o que está sendo colocada é a questão de relacionamento entre a Venezuela e os EUA.

T&D - É mais uma questão política do que propriamente técnica.
Luiz Carlos Aguiar - Exatamente. Para a Embraer, o objetivo é atender o cliente. A Embraer não tem a formalização desse embargo, porque o contrato em si não foi ainda efetivado. Eu acho que num determinado momento isso muda. Essas coisas são cíclicas. No caso do Super Tucano para a Colômbia, passamos anos negociando e o resultado efetivo saiu no final do ano passado. Portanto, eu creio que a questão será resolvida em breve. O Super Tucano é um treinador e avião operacional de combate que está absolutamente alinhado com os propósitos dos programas de defesa para a América Latina e dentro da política de defesa também dos EUA, na qual ele se enquadra totalmente. No médio e longo prazo não vejo nenhum problema dos nossos fornecedores em relação aos atuais produtos da Embraer ou com os que a empresa venha a desenvolver.

T&D - Há algo que deixamos de abordar e que o senhor gostaria de comentar?
Luiz Carlos Aguiar - O principal é que a Embraer hoje é reconhecida por sua capacidade tecnológica e por suas possibilidades de aprender. Sem sombra de dúvida, temos um caminho enorme para trabalhar em novos projetos e adquirir novos conhecimentos, o que faz com que possamos agregar mais valor aos nossos produtos. Estou me referindo mais especificamente sobre a nossa capacidade de integração de sistemas. Esse é um trabalho que a área de planejamento da Embraer está realizando para ver de que maneira poderá competir e aprimorar o que já sabe fazer. A Embraer é reconhecida por desenvolver e fabricar aeronaves, mas possui também grande experiência em integração de sistemas.


http://www.defesanet.com.br/embraer/td_aguiar.htm

CASO SUPER TUCANOS

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Não quis criar um outro tópico para tirar essa dúvida;

É possível e, viável economicamente, estabelecer parcerias com empresas de outros países para o fornecimento dos esquipamentos que estão na lista de retaliação do governo americano (componentes do Super Tucano), e assim a EMBRAER ter mais autonomia para poder comercializar seus produtos sempre que houver propostas de compras de ocasião?

Saudações novamente.




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#27 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Mar 30, 2006 11:12 am

Sim. Muito suscintamente sim.




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#28 Mensagem por Adriano » Qui Mar 30, 2006 11:17 am

Não sei bem responder a essa pergunta mas meu palpite é não.... a não ser que o projeto inicial da aeronave já leve em conta que isso pode acontecer. Se não me engano, chegaram a dizer que isso seria feito no caso de compra dos C-295 da EADS/CASA espanhóis mas parece-me que as alterações necessárias para a substituição dos componentes originais (americanos) seriam tão grandes que não seria viável. Vejamos o que os demais foristas pensam.

Abraços a todos.




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#29 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Mar 30, 2006 11:21 am

As implicações podem ser grandes e tal, mas que dá prá fazer, dá sim.




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#30 Mensagem por Alcantara » Qui Mar 30, 2006 1:32 pm

YOHAM escreveu:É possível e, viável economicamente, estabelecer parcerias com empresas de outros países para o fornecimento dos esquipamentos que estão na lista de retaliação do governo americano (componentes do Super Tucano), e assim a EMBRAER ter mais autonomia para poder comercializar seus produtos sempre que houver propostas de compras de ocasião?

Saudações novamente.

Sim, tecnicamente falando, é possível criar uma nova versão do Super Tucano com outros sistemas e equipamentos mas, todavia, essa nova versão não seria viável economicamente. Os custos de desenvolvimento e integração teriam que ser divididos por um número relativamente pequeno de exemplares, tornando a relação custo/benefício desvantajosa. Uma nova versão pelo preço da versão "comum" é simplesmente um sonho!!!

A não ser que surja um bom mercado em potencial, ou um comprador banque o desenvolvimento dessa nova versão, a Embraer não vai desenvolver outro modelo do Super Tucano as custas dela mesmo.


Abraços!!! :lol:




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