Senhor! Tenha piedade dos pobres mortais que têem em suas mentes os pecados da cobiça e da inveja.
Sukhoi Su-37 Super Flanker
País: Rússia
Ano: 1996
Perfil:
•Terceira geração de super caças da família Su – 27 Flanker
•Primeiro caça operacional do mundo provido de TVC (Thrust Vecttoring Control)
•Possui uma manobrabilidade considerada "impossível", sendo apresentado pela primeira vez na feira Farnborough 96
Manobrável até demais: Representante da terceira geração de supercaças da família Su–27, o Su–37 é o primeiro caça operacional do mundo dotado de controle de vetoração de empuxo (TVC - Thrust Vecttoring Control), o que lhe confere a manobrabilidade absolutamente "impossível" exibida em Farnborough 96.
A instalação do TVC foi um passo lógico numa família criada com o compromisso de unir as qualidades de um interceptador às de um caça de dogfight. Com suas formas, o Su–27 realizou plenamente esses objetivos. Suas grandes asas receberam extensões na raiz do bordo de ataque, sendo prolongadas até quase o radomo do nariz, enquanto atrás do cockpit a fuselagem se "fundia" suavemente com as asas. Os motores foram posicionados sob as asas, bem separados um do outro, criando um "túnel" longo entre eles. Todas estas características geraram uma "hipersustentação" que, aliada à razão potência/peso superior à um, resultaram na espantosa manobrabilidade do Su–27.
Isso não queria dizer que a equipe da Sukhoi chefiada por Mikhail P. Seemonov fosse se dar por satisfeita e cruzar os braços. O projeto então se tornou um desenvolvimento contínuo, que resultou no começo dos anos 90 no
muito refinado Su–35, onde a aerodinâmica foi muito incrementada com o uso de canards inteiramente móveis – o que criou a até então inédita configuração de "triplano" com três superfícies de vôo (canards, asas e estabilizadores horizontais). Com um sistema de controle de vôo Fly–By–Wire (FBW) ainda mais avançado que o do Su–27, o Su–35 também incorporou definitivamente a "estabilidade sintética" – o centro de gravidade é deslocado de modo a tornar o caça propositalmente instável, de jeito que se torna impossível controlar a aeronave com os comandos tradicionais. Cabe ao FBW estabilizar automaticamente a aeronave, e o resultado disso tudo é que esta aeronave exibe uma manobrabilidade excelente. Diante de tudo isso, o TVC não era uma etapa surpreendente, mas quase óbvia para a Sukhoi, que começou a trabalhar no sistema ainda nos anos 80 – de fato, o Su–37 foi originalmente designado Su–35M. Com o TVC, o empuxo dos motores se torna direcionável, através de um controle da manobrabilidade dos bocais de saída. Este tipo de sistema está em pesquisa há muitos anos nos EUA, onde foi testado no F-15 ACTIVE, F–16, F–18 e X–31 EFM e irá equipar o futuro F–22, que entrará em produção no começo do século XXI. O Su–37, porém, é dotado de TVC e já é um modelo de linha de produção, não apenas um protótipo. Daí a perplexidade dos observadores em Farnborough, onde o orgulho russo deixou um gosto amargo na boca dos norte–americanos.
O TVC do Su–37 só opera no plano de pitch/down, com manobrabilidade de -15°/+15°. Nele, o bocal móvel é fixado num anel fixo de aço, com movimentos sendo realizados através de dois pares de servos hidráulicos, conectados ao sistema hidráulico normal da aeronave. Como se trata de um bimotor, porém, os bocais podem ter movimentos independentes um do outro, o TVC acaba permitindo também movimentos laterais, especialmente rolamentos extremamente rápidos e fechados, realizados sem o uso dos planos de vôo móveis. A Sukhoi afirmou que a Saturn/Lyulka já está desenvolvendo um TVC com movimento total nos dois planos, que será o reator de produção do avião, e diante do sucesso obtido com o Su–37, pode–se imaginar com certeza que isso é uma simples questão de (pouco) tempo.
O diretor geral da Saturn/Lyulka, Viktor Chepkin, comentou que em produção, os AL-37FU serão dotados de um sistema pneumático de emergência, que automaticamente posiciona e trava os bocais em posição normal em caso de qualquer mal funcionamento do TVC. O desenvolvimento do TVC no Su–37 foi acompanhado de reatores de nova geração, os Saturn/Lyulka AL-37FU, capazes de desenvolver um empuxo unitário de 8.500kg à seco e 14.000kg com pós–combustão, com consumo médio de 0,677kg/kgf.hora. O turbofan tem concepção modular, facilitando muito os trabalhos de manutenção e overhaul. Segundo o fabricante, o AL-37FU tem vida útil de 6 mil horas de vôo, com cinco overhauls, cada um acontecendo a cada mil horas. Os bocais de escape vetorados possuem vida útil de 500 horas. Chepkin estima o preço de cada AL-37FU em US$ 6 milhões.
O Su–37 tem capacidade de vigilância-radar no hemisfério traseiro, o que o torna praticamente invulnerável à ataques vindos dessa direção. Isto é obtido com a instalação de um radar N012 no cone da cauda, que pode detectar um objeto de 3m2 numa distância de até 50km e um caça a mais de 100km. A área de vigilância do N012 é de 60° tanto para cima quanto para baixo.
Quanto ao radar principal, trata–se do novíssimo N011, com capacidade de detectar um alvo de 3m2 a uma distância de 160km e um caça à 360km. Este permite ao Su–37 uma invejável capacidade de multi–alvos (o caça pode monitorar 20 alvos e atacar oito simultaneamente). O N011 realiza também vigilância simultânea do espaço aéreo e do ambiente terrestre, garantindo ao caça não só uma capacidade multifunção real, como também uma completa independência da orientação externa para entrar em combate.
A equação letal do Su-37 se completa quando ao binômio agilidade-eletrônica se une a capacidade de operar o que há de mais sofisticado e mortal no arsenal de armas para combate aéreo, no caso mísseis russos como os Vympel R-73 RMD2 (AA-11B Backfire). Com seu inédito sistema de vetoração de empuxo, os Vympel realizam manobras impossíveis para qualquer outro míssil. Operados no Su-37 em conjunto com um sistema de mira no capacete, permitem ao caça atingir qualquer avião hostil dentro de uma área num ângulo de 45º do nariz do caça.
Quando, diante disso, se lembra da agilidade do Su-37, percebe-se um fato inquestionável - durante um combate com o caça russo, simplesmente, não há "ponto cego" para se proteger.
O Su-37 também opera os mísseis de última geração R-77, de médio alcance e o míssil Novator KS-172 AAM-L, equipado com um radar ativo e um motor "booster" de combustível sólido, que lhe permitem atingir alvos a 400 km de distância e a altitudes de 30 mil metros.
Completando o arsenal o Su-37 utiliza um canhão Gsh-301 de 30 mm com provisão de 150 projéteis. E os aviônicos do modelo, similares aos do Su-35, permitem ainda o uso de uma vasta gama de armas ar-terra, que vão desde bombas inteligentes KAB-500KR e KAB-1500KR, até os mísseis Kh-31A/P, Kh-29L/T e Kh-59M.
Assim, como o Su-35, o Su-37 é dotado de um cockpit digital completo dominado por quatro grandes mostradores multifunção de cristal líquido, desenvolvidos pela empresa francesa Sextante Avionique. Neles, são apresentados dados como situação tática, navegação, todas informações de vôo, sistemas de armas e outras. Esses dados do painel são complementados por um novo HUD multimodo, de grande angulo e moldura leve, de modo a interferir o menos possível no campo de visão do piloto.
Performance:
Motores: Dois Saturn/Lyulka AL-37FU desenvolvendo cada um 8.500kg de empuxo à seco e 14.000kg com pós – combustão
Velocidades: Máxima: 2.500 km/h / Máxima ao nível do Mar: 1.400 km/h
Teto de serviço: 17.800m
Raio de combate: 3.300km
Pesos: Máximo na decolagem: 34.000kg / Mínimo: 18.400
Envergadura: 14.70m
Comprimento: 22.19m
Altura: 6.43m
Carga G: - 3.0/+ 9.0
Armamento: 8.000kg em armas distribuídos em 14 pontos, com um canhão GCh – 301 de 30mm (150 tiros), mísseis A-A R-37, R-75, R-77, Ks-172, R-73E, mísseis A-G Kh-26L/T, Kh-31A/P, Kh-59M, Kh-65, Alpha
http://www.geocities.com/Area51/Starship/4015/su37.htm
http://www.russianet.com.br/galeriafotos-imagem855.html
http://www.suchoj.com/ab1953/index.htm? ... home.shtml