Fórum Defesa Brasil

Obrigado pelas informações, pessoal

Desconhecia essa viatura.

Ao verificar isso, mais uma vez me apercebo de que Portugal e a sua Marinha está a anos-luz de muitas outras, nomeadamente no que se refere a capacidade de desembarque anfíbio.

Quando era mais jovem, por vezes viamos pela TV exercícios navais em Portugal com recurso a desembarque com recurso a lanchas grandes e médias da Armada (claro que nem tínhamos navios de onde os desembarcar, mas isso é outra história).

Actualmente, se não forem os zebros que nos colocam a par de poderosas marinhas mundiais como a a moçambicana ou guineense, nem isso teríamos.

Conclusão:

Ao longo de 30 anos, Portugal em vez de progredir a este nível, regrediu muito.



Pode ser que se se materializar o projectado LPD e com a vinda dos PandurII para o corpo de Fuzileiros, mais as 4 lanchas, a coisa se componha minimamente.

Para já, mesmo em termos de capacidade de desembarque, das 3 lanchas de desembarque grandes que tivemos até há poucos anos, só resta a NRP Bacamarte.

E ainda gostaria que algum génio me explicase a imperiosa necessidade de terem sido abatidas as outras LDG que tivemos

Nem um LST, nem nada de nada.

Só projectos, e nada mais.

Rui os Fuzileiros Portugueses são alérgicos a qualquer veiculo de lagartas. Eles são puristas ao máximo, consideram-se Infantaria Ligeira de ataque e como tal é impensável usarem um veiculo destes. Na verdade até seria fácil e aceitavel eles adquirirem estes veiculos em 2ª mão aos EUA, no entanto eles próprios não consideram essa possiblidade preferindo um veiculo não tão capaz na sua vertente anfibia, mas que é sem dúvida melhor em terra.

Sim, Cabeça, e au acho bem aceitável a vinda dos 25 PandurII para os Fuzos.

Mas eu estava mais a refeir-me ao conjunto.

Pensar no "escabeche " que se fez por causa dos submarinos, e gente da Marinha bater o pé na sua necessidade, argumentando que teriamos que ter uma "marinha harmoniosa" e depois ver que não temos valências básicas como capacidade de desembarque anfíbio...

Imagine que teriamos que efectuar um desembarque numa ilha (e temos muitas).

Como o faríamos?

Marinha Mercante como se fez na Guiné.

Portugal no seu melhor.



Lembra-se do episódio de Perejil?

E de como os espanhois retomaram a ilha?

Que meios utilizaram para efectuar o desembarque, e os outros meios para dar cobertura à operação, nomedamete vigiância marítima, supremacia aérea, etc?

Se um dia alguém tomasse as Selvagens, mercê de um diferendo, como fariamos para as retomar?

Eu posso ser teimoso quanto a estes aspectos, chato mesmo, mas sinceramente acho que Portugal tem um simulacro de FA's só para justificar a existência da sua estrtutura.

Tal como no Brasil nós tb temos alguns núcleos de excelência e por vezes nem é sequer as Tropas Especiais. Não me esqueço de um colega da musculação que quando eu estava a treinar-me para ingressar nas Forças Armadas ele foi para os EUA fazer um curso. Ele quando voltou disse que nós em Portugal a nível de equipamento estávamos a anos-luz deles mas que ao nível da dureza do treino, a complementaridade do mesmo éramos nós que superávamos eles. Achou que havia demasiadas facilidades nas progressões e que para arranjar voluntários em número suficiente tinham sacrificado no rigor da instrução. Estamos a falar do um actual capitão do exército "normal". Ele era um pouco gabarola, mas eu acreditei nele!

Colegas portugueses, quem sou eu para questionar a decisão de seus Fuzileiros. Sem dúvida são incomparavelmente mais preparados para saberem do que precisam do que este humilde entusiasta aqui.

De qualquer forma, me causa estranheza que não queiram veículos sobre lagartas como os CLANFs. Eu não sei se por fazerem parte da OTAN, talvez achem que se necessário possam contar com equipamentos de outros países. Mas sei lá, se precisam de um AEW, precisam da OTAN, de um Tanker, também. Para desembarque, talvez em algum item...

Amigos, têm certeza que é uma boa se valer sempre da OTAN?

Vinicius acho que não me expliquei bem, porque não percebeste o motivo de tal decisão. O Corpo de Fuzileiros Brasileiro apesar de descender da unidade congénere Portuguesa, pertence ao que eu costumo de chamar a "Escola Americana", ou seja é uma unidade de elite que contém infantaria, artilharia, cavalaria, etc. No entanto se fores ver o equipamento vemos que é uma unidade que sacrificou alguma mobilidade em nome do poder de fogo. Isso pode ver noutras unidades como os Fuzos Espanhóis, os vossos, os Sul-Coreanos, etc.
No caso Português, nós somos da escola Britânica. Os nossos Fuzos consideram-se (e são!), Infantaria Ligeira de ataque, muito mais propicio a raids como os Royal Marine Commandos, ou os Dutch Marine. Na verdade os cursos actuais são o resultado da ida de um oficial e três marinheiros aos Royal Marine Commmandos no principio dos anos 60. Eles fizeram uma guerra colonial onde eram usados como unidades anti-guerrilha e onde a sua actuação muitas vezes se limitavam a Destacamentos de Fuzileiros Especiais. Eram unidades pequenas mas com um elevado grau de preparação e com uma elevada capacidade operacional. Para os Fuzileiros Portugueses é impensável ter Carros de Combate, canhões autopropulsionados, etc.
A escolha pelos Pandur e não por um veículo de lagartas é mais pelo facto de acharem que é melhor esta solução (porque se enquadra melhor na sua forma de fazer a guerra), do que por pertencermos ou não há OTAN.
Espero que tenha explicado bem e se me tiver enganado ou mal explicado a situação peço aos meus colegas Portugueses que me corrijam.

No caso Português, nós somos da escola Britânica. Os nossos Fuzos consideram-se (e são!), Infantaria Ligeira de ataque, muito mais propicio a raids como os Royal Marine Commandos, ou os Dutch Marine. Na verdade os cursos actuais são o resultado da ida de um oficial e três marinheiros aos Royal Marine Commmandos no principio dos anos 60. Eles fizeram uma guerra colonial onde eram usados como unidades anti-guerrilha e onde a sua actuação muitas vezes se limitavam a Destacamentos de Fuzileiros Especiais. Eram unidades pequenas mas com um elevado grau de preparação e com uma elevada capacidade operacional. Para os Fuzileiros Portugueses é impensável ter Carros de Combate, canhões autopropulsionados, etc.

Mas também, vamos ver o lado dos "Fuzos" portugueses: em qual cenário se visualizaria Portugal efetuando um desembarque de assalto numa praia fortemente defendida, que exigisse o concurso de viaturas blindadas de assalto? Como foi o caso em Tarawa, ou Iwo Jima?

Aliás, qual foi a última vez que os fabulosos U.S. Marines fizeram uma coisa assim? Que eu me lembre foi em Inchon, na Guerra da Coréia. Embora eu ache - posso estar errado - que o grosso da oposição não foi encontrado nas praias, mas depois que o desembarque foi consolidado.

Clermont escreveu:
Mas também, vamos ver o lado dos "Fuzos" portugueses: em qual cenário se visualizaria Portugal efetuando um desembarque de assalto numa praia fortemente defendida, que exigisse o concurso de viaturas blindadas de assalto? Como foi o caso em Tarawa, ou Iwo Jima?

Aliás, qual foi a última vez que os fabulosos U.S. Marines fizeram uma coisa assim? Que eu me lembre foi em Inchon, na Guerra da Coréia. Embora eu ache - posso estar errado - que o grosso da oposição não foi encontrado nas praias, mas depois que o desembarque foi consolidado.

Eu acho é que são maneiras diferentes de ver a guerra e como fazê-la. O mesmo Corpo de Fuzileiros que tem Carros de Combate também tem um batalhão na Amazónia (espero que não esteja errado). Por isso até dentro do próprio Corpo de Fuzileiros Brasileiro à espaço para encarar a guerra de forma diferente. Eu não acho que uma forma é superior à outra, apenas diferente.

O mesmo Corpo de Fuzileiros que tem Carros de Combate também tem um batalhão na Amazónia (espero que não esteja errado).

Está certo. É o Batalhão de Operações Riberinhas (isto é, especializado em guerra fluvial), criado com a expansão do Grupamento de Fuzileiros Navais de Manaus (uma unidade com uns 300 hm, que deveria se limitar, basicamente, a garantir a segurança das instalações da Marinha).

Por isso até dentro do próprio Corpo de Fuzileiros Brasileiro à espaço para encarar a guerra de forma diferente.

Mas, aqui no Brasil, isso muitas vezes tem pouco a ver com doutrinas de guerra, estritamente falando, e sim com políticas de poder interno, entre as corporações militares.

Por isso, as tropas de fuzileiros navais - ao menos, na minha opinião - foram superdimensionadas através dos anos. Não de acordo com alguma real necessidade estratégica do país, mas para atender à interesses corporativos da Marinha do Brasil.

Mas, é claro, voltando a repetir: essa é apenas uma opinião pessoal. Muitos outros pensarão totalmente diferente.

SGT GUERRA escreveu:Paraquedistas



Essa foto foi num exercicio de Foesp no santuário do cadeado, fica a duas quadras da casa do Victor

Hahahaha, eu morava a duas quadras do 5. GACAP... Já agora o mais próximo é o 5. BSup, penso eu.

Muito legais as fotos, Guerra, parabéns e se puder mantenha-as vindo!

VICTOR escreveu:

SGT GUERRA escreveu:Paraquedistas



Essa foto foi num exercicio de Foesp no santuário do cadeado, fica a duas quadras da casa do Victor

Hahahaha, eu morava a duas quadras do 5. GACAP... Já agora o mais próximo é o 5. BSup, penso eu.

Muito legais as fotos, Guerra, parabéns e se puder mantenha-as vindo!

Eu estive no 5º GAC AP certa vez, fui fazer um estagio, mas nem faço idea de onde fica, já o 5º B Sup fica bem no centro, minha esposa tem uns parentes ai perto.
Aquele pico no fundo da foto voce conhece? Acho que é pico marumbi. Já ouviu falar na trilha dos jesuitas? É por ali. De Curitiba até o litoral nessa trilha....é foda!!!! rsrsrs

Já "escalei" o Marumbi (há muito tempo atrás)... Mas o lance de fazer CWB-praia à pé é sinistro... Nem de bicicleta eu encaro...

VICTOR escreveu:Já "escalei" o Marumbi (há muito tempo atrás)... Mas o lance de fazer CWB-praia à pé é sinistro... Nem de bicicleta eu encaro...

Rapaz, eu estava com um coturno de selva que eu adaptei para montanha, coloquei um reforço no solado. Eu perdi o salto desse coturno e só percebi quando cheguei no litoral

Voce sabe me dizer se ainda existe a britanite em Curitiba. Eu fui fazer um curso nessa empresa a muito tempo.