Cotas

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rodrigo
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#16 Mensagem por rodrigo » Qua Fev 08, 2006 11:25 am

As inquietações que as cotas geraram no seio desta elitezinha mal acostumada, de ter que aceitar o excluido ser incluido e de ter que repartir o bolo que era só dela...demonstram o quanto as cotas já deveriam ser aprovada a muito tempo...só podia ser coisa de um partido popular, que apesar de todos os defeitos ainda é o único que tenta fazer alguma coisa pelos pobres...
:lol:

Aqui no meu Mato Grosso so Sul nunca se fez tanto pelos pobres, e como é o estado com a maior população indígena do país (só na minha cidade Dourados) tem uma Aldeia com 12 mil índios (nesta cidade universitária as cotas pros índios e os negros pegam muito bem)...
Então tem que criar cotas para brancos.

Suas inquietações e ódios são justificáveis...igualzinho a de um latifundiário que é desapropriado para que aquelas terras que nunca foram suas sejam distribuidas para quem não tem terra....
Que coisa! Se a terra nunca foi do latifundiário, por que tem que desapropriar?

É a lei da coletividade imperando sobre a individualidade...Assim os liberais se incoleirizam mesmo....
Vão matar todos os liberais do coração. E nem vai precisar fazer a revolução armada, com a ajuda das FARC e similares.




"O correr da vida embrulha tudo,
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#17 Mensagem por Marcos Falco » Qua Fev 08, 2006 12:15 pm

rodrigo escreveu:
As inquietações que as cotas geraram no seio desta elitezinha mal acostumada, de ter que aceitar o excluido ser incluido e de ter que repartir o bolo que era só dela...demonstram o quanto as cotas já deveriam ser aprovada a muito tempo...só podia ser coisa de um partido popular, que apesar de todos os defeitos ainda é o único que tenta fazer alguma coisa pelos pobres...
:lol:

Aqui no meu Mato Grosso so Sul nunca se fez tanto pelos pobres, e como é o estado com a maior população indígena do país (só na minha cidade Dourados) tem uma Aldeia com 12 mil índios (nesta cidade universitária as cotas pros índios e os negros pegam muito bem)...
Então tem que criar cotas para brancos.

Suas inquietações e ódios são justificáveis...igualzinho a de um latifundiário que é desapropriado para que aquelas terras que nunca foram suas sejam distribuidas para quem não tem terra....
Que coisa! Se a terra nunca foi do latifundiário, por que tem que desapropriar?

É a lei da coletividade imperando sobre a individualidade...Assim os liberais se incoleirizam mesmo....
Vão matar todos os liberais do coração. E nem vai precisar fazer a revolução armada, com a ajuda das FARC e similares.



As cotas pros brancos sempre existiram, só que era de cem por cento. O nome cota é que não combina pros branquinhos né...?

Agora, é muito coerente desapropriar alguém de algo que foi apropriado indevidamente. O prefixo "des" significa desfazer - reverter...
Por isso acho que as cotas reverte uma situação injusta. Quem tem dinheiro que pague, deixe a universidade pública pros pobres e negros que na sua maioria não tem condições de pagar uma faculdade....




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#18 Mensagem por Marcos Falco » Qua Fev 08, 2006 12:22 pm

Quanto aos liberais morrer do coração é uma pena...teriam formas mais prazerosas de acabar com eles. Se eles morrerem em quem vamos bater?...Agora deixa eu ir que uma macarronada liberal me espera....




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#19 Mensagem por Guerra » Qua Fev 08, 2006 1:53 pm

Meu bisavô nasceu num quilombo e nunca precisou de cota de nada para criar seus filhos. Atualmente tem uma rua na minha cidade com o nome do filho dele (meu avô).
Seria melhor distribuir cotas de alisante de cabelo para artistas negros e cotas de loiras para jogadores de futebol.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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#20 Mensagem por VICTOR » Qui Fev 09, 2006 9:17 am

Marcos Falco escreveu:As cotas pros brancos sempre existiram, só que era de cem por cento. O nome cota é que não combina pros branquinhos né...?

Agora, é muito coerente desapropriar alguém de algo que foi apropriado indevidamente. O prefixo "des" significa desfazer - reverter...
Por isso acho que as cotas reverte uma situação injusta. Quem tem dinheiro que pague, deixe a universidade pública pros pobres e negros que na sua maioria não tem condições de pagar uma faculdade....

Discordo 100%, ninguém nunca deixou de entrar na universidade por ser negro, e sim por ser pobre e não ter tido acesso a um bom preparo. Esse é o grande pecado. Discordo com a tentativa de colocar um contexto racial onde não há.

Qualquer tentativa de consertar isso com cotas seria com cotas para alunos de escolas públicas, já que a falta de acesso à universidade por parte de negros e índios não decorre de sua raça, mas sim ao seu despreparo, assim como o de milhões de brancos também.

Ver meu post anterior, para mais argumentos.




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#21 Mensagem por Marcos Falco » Qui Fev 09, 2006 10:26 am

O argumento contra as cotas de que elas deveriam ser destinadas a jovens pobres, independentes de cor e raça, é realmente um argumento muito coerente, mas infelizmente vejo muitos colegas meus usar este argumento para desvirtuar o sentido real das cotas e novamente embaçar e camuflar o problema da discriminação racial praticada contra o negro.

As cotas é sim uma forma de amenizar este problema que não é assumido com responsabilidade por esta sociedade retrógrada. Também sou favorável a se criar cotas a jovens pobres, mas aí tem q ser de pelo menos 50%. Espero que aí a chiadeira não seja dos mesmos.

Na prática exemplifico: Não é coincidência que na minha cidade a loja Riachuelo tenha 80 funcionários, a maioria de vendedores, e nenhum negro ou negra contratados. É q ai não existe cotas, mas discriminação mesmo...




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#22 Mensagem por VICTOR » Qui Fev 09, 2006 10:34 am

Se forem criadas cotas para negros em empregos e na educação, aí sim é que será amplificado qualquer tipo de discriminação que porventura exista. Haverá alunos e empregados com pior preapro que os outros, e eles serão acusados de serem ruins por serem negros e não por serem pobres.

Por isso eu considero as cotas raciais uma faca de dois gumes, que piora qualquer eventual preconceito.

Para os problemas como esse da Riachuelo, a solução é o Estado de Direito. Racismo é um crime grave, para o qual a Lei funciona. Quem praticá-lo vai se incomodar. A questão é se a Lei é efetivamente aplicada na sua região. O fato do Estado não ser eficiente no cumprimento das leis não implica que devemos piorá-las.




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#23 Mensagem por rodrigo » Qui Fev 09, 2006 10:40 am

Agora, é muito coerente desapropriar alguém de algo que foi apropriado indevidamente. O prefixo "des" significa desfazer - reverter...
Marcos, três perguntas:
1) A terra era originariamente de quem?
2) Você é filiado ao PT?
3) Você é negro?




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#24 Mensagem por Clermont » Qui Fev 09, 2006 11:48 am

Sou totalmente contrário a quaisquer políticas de cotas. Sejam raciais ou sociais.

Um país que pretende chegar a algum lugar no mundo, neste século XXI, só pode ser governado pelo mérito.

E é esse um dos fatores que vão me levar a votar para derrotar o Presidente Lula em outubro. Embora eu confesse que não ficarei surpreso se um novo governo do PSDB insistir nessa asneira. Infelizmente, a demagogia barata e a influência de setores "progressistas" da Igreja Católica podem acabar se mostrando difíceis de serem derrotadas.

Quando leio esses argumentos "avançados", "revolucionários" e "cristãos" na defesa dessa indefensável e nociva política de cotas raciais é que entendo o dito:

"O caminho que leva ao Inferno é todo pavimentado de boas intenções".




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#25 Mensagem por Guerra » Qui Fev 09, 2006 1:48 pm

Na prática exemplifico: Não é coincidência que na minha cidade a loja Riachuelo tenha 80 funcionários, a maioria de vendedores, e nenhum negro ou negra contratados. É q ai não existe cotas, mas discriminação mesmo...


Eu sou um cara meio FDP, eu não passo nem na porta de um lugar assim, quanto mais pedir emprego.




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#26 Mensagem por Guerra » Qui Fev 09, 2006 1:49 pm

As cotas pros brancos sempre existiram, só que era de cem por cento. O nome cota é que não combina pros branquinhos né...?


Branco no Brasil? Onde? Cotas num pais que é uma suruba racial, só pode ser piada.




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#27 Mensagem por Luís Henrique » Qui Fev 09, 2006 2:38 pm

Sou a favor de cotas para pessoas que tiveram o ensino público. Devido a precariedade do ensino e baixa renda de muita gente o que acaba acontecendo é que os ricos estudam em universidades públicas enquanto que os pobres ficam sem estudo.

Agora, sobre cotas para negros eu acho errado. Sendo negro, branco, índio, amarelo, etc. Todos têm direito ao ensino público. O ensino público é ruim, então que haja cotas para quem fez ensino público, como existe, não pela raça.




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#28 Mensagem por Morcego » Qui Fev 09, 2006 4:13 pm

As cotas NÃO revertem NADA, natica de petibiribas.

COTAS SÃO uma medida ELEITOREIRA.

ESSAS COTAS só servem para que NINGUÉM RESOLVA O VERDADEIRO PROBLEMA: o ensino MÉDIO E FUNDAMENTAL, quando ESTE for BEM FEITO DE NORTE A SUL, em todas as escolas SEGUINDO PADRÕES e planejamento ESTRATÉGICO, ai ACABA o papinho de cotas.

Não importa a cor, não importa a raça, IMPORTA QUE OS MELHORES E MAIS FORTES SOBREVIVEM.

E os melhores passam nas PROVAS.




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#29 Mensagem por Paisano » Seg Fev 13, 2006 2:16 pm

Cotas na Universidade, mais um contrabando "made in USA"*

Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br

"Daqui a alguns anos, será que um paciente não desconfiará de um cirurgião negro antes de se submeter a uma operação? "Doutor, o senhor entrou na faculdade pelas cotas ou por nota?" Há, sim, o risco de que profissionais negros sejam vistos com desconfiança e tenham seu talento e potencial contestados". (Kaíke Nanne, jornalista - http://noticias.aol.com.br/colunistas/k ... 4/0002.adp)

Você acredita mesmo que a reserva de vagas para "afrodescendentes" e descentes de índios é uma medida honesta que reduzirá desigualdades sociais e não comprometerá nem a qualidade da Universidade nem os princípios constitucionais pétreos que asseguram direitos iguais, independente de raça, cor ou credo?

Pois eu diria, antes de me aprofundar na matéria, que, paradoxalmente, não há proposta mais racista do que a fixação de cotas. E mais: tal medida só serve à grande conspiração contra o ensino público, já vitoriosa nos primeiros graus, num retrocesso irresponsável.

Essa é uma manobra diversionista, uma desculpa esfarrapada para tentar encobrir o grande mal que essa turma fez ao povo brasileiro, ao aliar-se à mídia mais retrógrada, para inviabilizar os CIEPs que Brizola e Darcy Ribeiro começaram a implantar no Rio de Janeiro como a mais transcendente obra de governo.

Se esta não tivesse sido deliberadamente solapada por essa turma fabricada sob medida, teríamos NAS UNIVERSIDADES, PELA PORTA DA FRENTE, mais negros e mais pobres brancos ou mulatos e, de quebra, não estaríamos a lamentar a exacerbação incontrolável da violência urbana.

Contrabando "made in USA"

Essa política de cotas para negros, batizada de "ação afirmativa" é mais um contrabando "made in USA", como quase tudo que inspira essa turma que conseguiu a proeza de se apropriar das causas do povo para em seu nome torná-lo sujeito ao convívio com a injustiça e a opressão, assim como um bom psicanalista consegue acalmar as mentes inquietas e um pastor pentecostal domar as almas em conflito.

Lá, o Ku Klux Klan deitou e rolou até as grandes marchas da década de sessenta, em que afloraram lideranças como Martin Luther King (moderado, assassinado em 1968) e Malcolm X (radical, assassinado em 1965). Lá, no "grande teatro da democracia e dos direitos humanos", era farta a legislação racista em boa parte dos seus Estados.

Com a "guerrilha" de Macolm X, dos "panteras negras" e a pregação envolvente de Luther King, o sistema percebeu que não dava mais para legitimar no papel os guetos em chamas, como o Harlen, em plena "New York, New York".

Era a década em que a África negra, rica em minérios e pedras preciosas, rompia seus grilhões com a Europa colonialista, tempo de Patríck Lumumba, no Congo; Kwame Nkrumah, em Gana; Sekou Thouré, na Guimé; Julius Nierere, na Tanzânia; Jomo Keniatta, no Quênia; Nelson Mandela, na África do Sul; Agostinho Neto, em Angola;, Samora Machel, em Moçambique e tantos outros líderes nacionalistas.

De olho no continente africano, os imperialistas norte-americanos concluíram que precisavam encobrir o racismo atávico e adotaram várias medidas compensatórias. Uma delas, a reserva de vagas para negros nas universidades, instituída nos primeiros anos da década de 70, foi fulminada em 1978 pela Suprema Corte, o que ocorrerá fatalmente no Brasil, como já advertiram juristas sérios. Então, algumas universidades, valendo-se de sua autonomia, passaram a adotar outros critérios que aparentavam boa vontade com os negros.

Na de Michigan, como narra Kaíke Nanne, "ser negro, hispânico ou indígena conta 20 pontos de um máximo de 150. Em outras faculdades, ser atleta, pintor ou dançarino ajuda na classificação. A direção de uma escola pode, por exemplo, considerar válida a presença de um guitarrista punk numa turma de Administração composta basicamente por almofadinhas conservadores. De todo modo, é sempre a instituição que decide a própria política de preferência - ou mesmo se haverá alguma".

No Brasil, foi tudo diferente, beirando a galhofa. Tem racismo ainda? Tem, mas, digamos, no "caixa 2", por baixo do pano. Até a libertação de 1888 foi usada capciosamente para lançar milhares de negros ao relento e ao desemprego.

E os brancos pobres?

Aqui, com toda certeza, há brancos em situação de discriminação social semelhante aos negros. Isso quer dizer que reservar vagas apenas para os que se declaram descendentes de negros e de indígenas já configura por si uma baita injustiça.

Mas não é só. O que se proclama inclusão social dos negros só vale para os em melhor posicionamento na pirâmide social. Veja o que relata o jornalista Kaíke Nanne: "No Brasil, o que se viu quando uma universidade teve de cumprir leis de cotas criadas em Assembléia Legislativa foi uma completa bizarrice.

No ano passado (2003), dos 1.969 negros aprovados no vestibular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), apenas 329 conquistaram suas vagas pelo bom desempenho nas provas. O restante, mais de 80 por cento, entraram pelas cotas. Esses alunos obtiveram notas muito inferiores a de colegas brancos que acabaram reprovados.

Há mais um dado relevante a considerar. Ao preencher a cota racial de 40%, a Uerj teve de selecionar os candidatos melhor qualificados entre aqueles que se declararam negros. Que eram, via de regra, oriundos de escolas particulares. Ou seja: os grandes beneficiados foram os alunos negros de classe média".

Qualquer um sabe que é muito mais honesto fortalecer a escola pública nos ensinos de primeiro e segundo graus do que entregar nossa sorte a doutores mal preparados e que poderão concluir um curso como milhares de precários bacharéis que acabam procurando emprego em áreas que não dizem respeito aos seus diplomas.

Como apoio emergencial, uma boa parte dos professores sérios já vem sugerindo há muito tempo a implantação de cursos preparatórios gratuitos, onde, aí, sim, os que não puderam ter um bom segundo grau poderão se habilitar à Universidade Pública pela porta da frente, segundo as pétreas exigências da Constituição.

Forçar a entrada da Universidade para quem quer que seja é, sem dúvida, um crime contra todos os cidadãos - os que têm direito a oportunidades iguais de acesso e os que precisam de profissionais com o mínimo de competência.

*Pedro Porfírio




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#30 Mensagem por rodrigo » Seg Fev 13, 2006 2:24 pm

"Daqui a alguns anos, será que um paciente não desconfiará de um cirurgião negro antes de se submeter a uma operação? "Doutor, o senhor entrou na faculdade pelas cotas ou por nota?" Há, sim, o risco de que profissionais negros sejam vistos com desconfiança e tenham seu talento e potencial contestados".
[018]
Eu quero ver na porta do avião: Comandante, o sr. entrou na escola de aviação por mérito ou pela cota?

Deixando a brincadeira de lado, aqui na UNB nenhum aluno admitido por cota conseguiu acompanhar as turmas ´´convencionais``. Acho que até postaram uma reportagem sobre isso aqui no forum.




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