Dogfight : Mirage III ( FAB ) x F-16 A ( FAV )

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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sergiobraz
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#16 Mensagem por sergiobraz » Qui Jan 27, 2005 10:28 am

Pessoal desculpem a minha ignorância, nestes combates simulados como é feito esta contagem, tipo, Mirage2000 abateu um F-5 com misseis MICA?




Tenho Necessidade:
Necessidade de Voar!!!
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#17 Mensagem por Sniper » Qui Jan 27, 2005 10:28 am

César escreveu:
ZeRo4 escreveu:
Sniper escreveu:
sergiobraz escreveu:Incrível o quê nossos pilotos são capazes de fazer com meios tão escassos!!!

Imaginem agora uma FAB moderna, com pelo menos 80 SU-35(não me ataquem, heheehe)


Bom supondo que uns 68 fiquem estacionados por falta de combustível! :lol: 8) Não muito! heheheh!
Brincadeira!

Abraços!


Supondo que para cobrir o mesmo espaço seriam necessários 160 Gripens, 136 ficariam parados por falta de combustível... ou seja, cobririam o mesmo espaço que menos Su-35 e talvez ao um custo total maior.

É um caso a se pensar :P

Bem, e supondo que a conversa sobre esse assunto vai começar mais uma vez, em um outro tópico, acredito que vamos bater o record de pessoas que falam do mesmo projeto durante anos seguidos :lol:

Estou orgulhoso de vocês, pessoal :D

Abraços

César


Foi o Sergiobraz quem começou... :cry: ! heheheh! :D




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#18 Mensagem por Slip Junior » Qui Jan 27, 2005 11:30 am

Concordo com o que o Hélio disse, mas acho que também é oportuno esclarecer que os exercícios Cruzex é muito mais do que meros treinamentos de combate aéreos. O principal foco na realização desses exercícios está nos bastidores: na implementação de conceitos modernos de planejamento e despacho de ordens assim como a introdução da mentalidade de Joint Command nas forças participantes.

Isso, sim, é um fato a se comemorar. No entanto, ainda existe rivalidade entre as FFAA brasileiros o que atrassa sua implementação entre as 3 forças. A FAB, que apesar ser dada como a mais defasada tecnologicamente, aparenta ser a que atualmente tem a mentalidade mais moderna, já promove exercícios virtuais para seus oficiais de alta-patente se habituarem com tal estrutura e tem feito campanha para a adoção de um sistema comum de C4I (Computers, Communications, Control, Command & Intelligence).

Essa história de quem abateu mais ou quem apanhou menos é apenas pano de fundo e, na verdade, oficiais de forças altamente profissionais como a USAF, IAF e Armee de l'Air, muito raramente (exceto quando estão interessados em vender algum produto), saem na mídia se vanglorizando de terem abatidos não sei quantos caças do paísinho-pequeno-com-estavam-treinando.

sergiobraz escreveu:Pessoal desculpem a minha ignorância, nestes combates simulados como é feito esta contagem, tipo, Mirage2000 abateu um F-5 com misseis MICA?

Nessa Cruzex foram usados os Mirage 2000's trazidos foram da versão C (defesa aérea) e N (ataque). Os Mirage 2000C's não usam o míssil MICA e, sim, o Matra Super 530F.




Editado pela última vez por Slip Junior em Qui Jan 27, 2005 7:06 pm, em um total de 1 vez.
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#19 Mensagem por rodrigo » Qui Jan 27, 2005 11:57 am

Nesse tipo de exercício, as unidades antiaéreas do EB participam? Ou de alguma outra forma, a capacidade antiaérea terrestre da FAB é testada?




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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#20 Mensagem por Lauro Melo » Qui Jan 27, 2005 12:22 pm

Nesse tipo de exercício, as unidades antiaéreas do EB participam? Ou de alguma outra forma, a capacidade antiaérea terrestre da FAB é testada?


Fala Dr. Rodrigo,

Algumas unidades antiaéreas do EB participaram sim. Um A-4 R foi "abatido" por um Igla.

AEROGRAF é testado com sucesso na CRUZEX 2004
A Arma do Primeiro Minuto na CRUZEX


O programa AEROGRAF, desenvolvido no corrente ano, foi testado pela 1ª vez em exercício, mostrando-se muito eficaz durante a Operação Cruzeiro do Sul (CRUZEX-II) e aumentando a eficiência da defesa antiaérea dos diversos pontos sensíveis de interesse do Sistema de Defesa Aeroespacial. (saiba mais).

Há muito a Artilharia Antiaérea (AAAe) Brasileira esperava por um software que facilitasse o planejamento do emprego da "Arma do Primeiro Minuto".
Desenvolvido pelo 2º GAAAe, em conjunto com o Centro Técnico Aeroespacial (CTA) de São José dos Campos - SP, o software foi testado com sucesso durante toda a Operação CRUZEX-II.
O programa foi capaz de transformar em dados digitais todo o processo da Análise de Inteligência de Combate (AIC), bem como o Diagrama de Cobertura dos Radares de Vigilância da Força Aérea Brasileira.
Seu desempenho foi considerado bastante satisfatório, tanto que chegou a ser utilizado pelos companheiros da FAB nos planejamentos de Defesa Aérea.

O programa possui um recurso digital que reconhece as curvas de nível, permitindo que os subsistemas de AAAe sejam desdobrados no terreno com mais eficiência.
Sendo assim, é indiscutível o ganho alcançado pela antiáerea do Exército Brasileiro que passa a dispor de mais uma ferramenta de apoio ao planejamento de seu emprego.

Notas:

O Sistema AEROGRAF: trata-se de um desenvolvimento conjunto envolvendo o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), o 2º Grupo de Artilharia Antiaérea (2º GAAAe), o Comando da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (1ª Bda AAAe) e o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), este último atuando como coordenador;
O que possibilita o software? É é uma ferramenta de apoio ao planejamento do emprego da Artilharia Antiaérea (AAAe), fornecendo, dentre outros, dados acerca das zonas de sombra dos radares; informações sobre o relevo, afim de subsidiar decisões de localização das Unidades de Tiro (UT);rotas prováveis de aproximação de aeronaves, pontos de decisão e/ou interesse da AAAe; simulação de incursões etc...;
Potencialidade: o programa não é destinado a controlar sistemas de armas, sendo vocacionado para o apoio à decisão.

O Centro de Operações Antiaérea s da CRUZEX
valendo-se do AEROGRAF em seus planejamentos.


http://www.1bdaaaae.eb.mil.br/

http://www.1bdaaaae.eb.mil.br/brieffing4.html




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#21 Mensagem por César » Qui Jan 27, 2005 6:45 pm

Zero4 escreveu:Supondo que não fui eu que "reinventei" a roda, não tenho culpa nenhuma...

Eu não disse isso cara, não foi a minha intenção acusar ninguém. Só queria fazer uma brincadeira :wink:

Abraço a todos

César




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#22 Mensagem por helio » Qui Jan 27, 2005 6:45 pm

Lauro

voce escreveu
Os pilotos argentinos apesar da diferença tecnológica entre os A-4B/C e os Sea Harrier, conseguiram sucessos impressionantes, tirando mais do que 100% do avião. O senhor pode explicar como foi isso?

Meu comentário
Analisando friamente, e sem patriotada latino-americana, concluo que os resultados obtidos pelos argentinos foram pífios. Que foram valentes e até heróicos com certeza foram, mas tal qual a cavalaria polonesa que citei, não serviram para nada, pois perderam a guerra, as batalhas , não conseguiram deter o avanço de tropas britânicas e muito menos derrubar sequer um avião ingles (estou falando de batalhas aéreas , exceto um helicoptero Westland Wasp). Os mísseis shafir lançados pelos Mirage falharam todos, enquanto que os A1m-L fizeram um show. Os Harrier apesar de baseados em embarcações( com condições operacionais muito limitadas, encararam os Nesher e Mirage com tranquilidade). É claro que tecnologicamente os britânicos estavam muito melhor equipados. Basta ver que quando tinham equipamentos a altura os argentinos fizeram estragos , vejam o caso dos Exocet contra o Sheffield e o Atlantic Conveyor.
O que eu quero dizer que a coragem e determinação tem menos importancia do que o grau de atualização dos equipamentos utilizados e o preparo para utilizar estas armas. Na guerra moderna é assim, mas exceções também acontecem, como no caso dos vietcongs que conseguiam derrubar aviões americanos com tiro de fuzil, mas com certeza a doutrina deles nunca foi de treinar a derrubada de aviões inimigos com fuzis.
Quanto aos comentários extra-oficiais da Cruzex, os observadores brasileiros elogiáram muito a eficiencia dos A-4AR, principalmente do seu radar AP-66. O Mirage 2000 com certeza se mostrou ser o avião mais moderno do exercício. Quanto ao AMX não quero entrar nesta seara para discussão, pois já foi discutido o suficiente dele.

Um abraço

Hélio




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#23 Mensagem por Lauro Melo » Qui Jan 27, 2005 9:28 pm

helio escreveu:Lauro
O senhor pode explicar como foi isso?
Meu comentário
Analisando friamente, e sem patriotada latino-americana, concluo que os resultados obtidos pelos argentinos foram pífios. Que foram valentes e até heróicos com certeza foram, mas tal qual a cavalaria polonesa que citei, não serviram para nada, pois perderam a guerra, as batalhas , não conseguiram deter o avanço de tropas britânicas e muito menos derrubar sequer um avião ingles (estou falando de batalhas aéreas , exceto um helicoptero Westland Wasp).


Fala helio,

Eu apenas coloquei o que esta na entrevista do Comodoro Hector Sanchez Chefe Interino do Estado-Maior do Comando de Operações Aéreas da FAA- Fuerza Aérea Argentina.

Entrevistas:
Fuerza Aérea Argentina

http://www.alide.com.br/

ALD: A Marinha do Brasil adquiriu recentemente o A-4KU, um modelo do Skyhawk inferior tecnologicamente ao A-4AR qua a Força Aérea Argentina opera. Este modelo modernizado é melhorando em muito as características do A-4, em função disso gostaríamos de saber como está o desempenho dele aqui na Cruzex. O senhor está satisfeito com as atividades que couberam à FAA?
CHS: Contar com a tecnologia do A-4AR nos ajuda muitíssimo nas atividades que temos de desempenhar. Tanto pelo nosso pais quanto pela Coalizão.

Este avião tem capacidade de desempenhar ataques ar ar e ar terra, navegação com precisão e lançamento de armamentos com mui alta precisão.
A aeronave foi preparada para desempenhar varias tarefas

Como avião de ataque ao solo, como defesa aérea, não so para ataque como para defensa aérea, tudo isso graças à nova tecnologia, aumentou a autonomia, devido ao sistema OBOGS não precisamos mais de recargas de oxigênio, realiza REVO e é totalmente autonomo em termos de navegação aérea.
ALD: Existe alguma previsão para o uso de NVG pelo piloto?

CHS: Uma aeronave deve ser encarada como se fosse um computador. Tem sempre que ser atualizada. Em casa você não atualiza o seu computador? Então aqui é igual. A toda hora surgem novas possibilidades de se atualizar o A-4.
ALD: Fazendo uma comparação com as outras aeronaves que estão aqui, como está o desempenho do A-4AR?

CHS: Ele é muito importante para alcançar os objetivos da coalizão. Eu dou sempre um exemplo. A Europa possui uma comunidade econômica criada a partir de uma organização militar chamada OTAN ou NATO. Aqui nós temos o Mercosul que ainda esta se formando. Creio que a idéia dos comandantes das Forças Aéreas dos paises integrantes do Mercosul é de se integrar em uma coalizão, para ter algo similar ao que se tem na Europa como a OTAN.
Mais importante do que o avião que cada um tem, seja o Mirage, o A-4 , o F-16, o mais difícil e complicado é saber falar o mesmo idioma e compartilhar a mesma doutrina. Isto é difícil demais. Por isso é muito importante a participação nestes exercícios para podermos integrar nossos paises também no plano militar. Por isso temos que valorizar muito iniciativas como estas. Os paises investem muito dinheiro para preparar estes exercícios, com o objetivo de integrar nossos paises.


ALD: Houve alguma dificuldade de fonia?
CHS: Afortunadamente não, pelo fato da França ser da OTAN e estar participando da Cruzex, estamos usando a mesma doutrina e com isso estamos evoluindo rapidamente para poder entender e trabalhar juntos. E Brasil e Argentina enviam oficiais para a França para poder se familiarizar com a doutrina da OTAN.

ALD: Para que tipo de missão os A-4AR sairam no dia de hoje ?
CHS: Hoje eles saíram e nosso líder foi como Mission Commander de uma missão especifica de ataque ar-terra. Foi uma experiência nova para nosso piloto, pois ele, como Mission Commander tinha todo o controle do pacote da missão com todos os outros aviões sob seu comando.

ALD: Que tipo de míssil foi simulado?
CHS: Não se simula armamento. Este exercício é sem armamento. Se utilizou bombas pois os ataques eram ar/terra. Mesmo ar-ar é difícil simular.

ALD: Todos os aviões possuem uma câmera que grava todas as imagens do ataque?
CHS: Sim, grava todo o vôo.

ALD: Houve alguma dificuldade para manutenção dos A-4 por causa da temperatura de Natal?
No norte da Argentina a temperatura é similar a essa. Tudo OK.

ALD: Existe alguma restrição para o senhor comparar as diferenças que existem entre pilotar o A-4B/C que a Argentina usou na guerra das malvinas e o A-4AR de hoje?
CHS: Na forma de voar não há diferença. De resto é um outro avião. Tem um motor mais forte, com tecnologia e aviônica mais moderna.

ALD: Existe algum estudo para aquisição de outra aeronave supersônica para fazer par com o A-4AR?
CHS: Não estou a par dos estudos para isso.

ALD: A Argentina trouxe para Natal um C-130 REVO e gostaríamos de saber quantos REVOS foram feitos da sua base em Villa Reynolds até Natal?
CHS: Apenas um, sobre Belo Horizonte.

ALD: O Senhor poderia nos contar algo sobre a experiência da Guerra das Malvinas?
CHS: Sim.

ALD: Este conflito, por ter se passado tão próximo de nós, foi muito marcante para entusiastas da minha geração. Me lembro, como se fosse hoje, o estrondo dos nossos F-5 rompendo a barreira do som para interceptar um Vulcan inglês que penetrou nosso espaço aéreo. E hoje, por casualidade, temos na MB uma fragata que foi usada pela Inglaterra no conflito com o nome Broadsword na época (a F-46 Greenhalgh). Inclusive, em 1982 ela foi atingida, não afundando por pura sorte (a bomba não explodiu).
Os pilotos argentinos apesar da diferença tecnológica entre os A-4B/C e os Sea Harrier, conseguiram sucessos impressionantes, tirando mais do que 100% do avião. O senhor pode explicar como foi isso?
CHS:Tem que se levar em conta o espírito que se forma nos pilotos, é verdade que não vencemos. A Argentina perdeu para a OTAN, porque o resto do mundo apoiou a Inglaterra.
Tínhamos muita quantidade de aviões apesar de defasados tecnologicamente. Mas temos que levar em consideração o piloto. Temos que ver as razões dos pilotos e tinhamos um grupo muito unido e forte e isso nos levou a fazer mais do que realmente poderíamos com nossos aviões. Sem ser suicidas, tínhamos total ciência dos riscos que corríamos. Tínhamos 50% de chances de sobrevivência. Mas nunca nos consideramos Kamikases. Isso foi o que fez a diferença na comparação.


ALD: Os pilotos ingleses na época eram mais frios, talvez por ter mais tecnologia a sua disposição enquanto os argentinos iam para guerrear e os ingleses mais técnicos apenas apertar botões.Eles eram mais profissionais ?
CHS: Todos eram profissionais e havia muito ódio durante os combates. Era muito difícil. Eu perdi 4 amigos numa única missão. Havia muito ódio dentro dos pilotos. O tempo me permitiu analisar a guerra sobre outra ótica.
O piloto que abateu meu amigo se chama David Morgan. 10 anos depois da guerra, junto com minha senhora, fomos convidados a passar dois dias em sua casa na Inglaterra numa vila. o contato foi feito através de um amigo que tenho em Londres. Conversamos a respeito de tudo o que aconteceu.

ALD: Foi muito difícil para seu coração estar lá frente ao seu inimigo do passado?
CHS: Não, não, por que foi 10 anos depois.

ALD: A ferida já estava então cicatrizada?
CHS: Um ano depois eu queria mata-lo, dois anos depois, eu queria dar uma surra nele. [risos] O tempo permite analisar que ele também estava trabalhando pelo seu pais. A verdade é que muito difícil se encontrar com seu inimigo para conversar sobre o que ocorreu e dizer o que sentimos. Para mim foi muito importante porque pude descarregar certas coisas. Me recordo que na primeira reunião nos encontramos estávamos muito sérios e quando ele me estendeu a mão eu o abracei. Ele ficou atônito e emocionado pois eles não são como nós, e eu lhe disse: Não se preocupe, já passou.

E só então começamos a conversar.
ALD: Muito obrigado pela entrevista e por se dispor a falar sobre o passado.




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#24 Mensagem por talharim » Qui Jan 27, 2005 9:52 pm

Os Argentinos nao foram Guerreiros,Kamikazes,Patriotas.................................foram uma mistura dos 3 e deram realmente 110% do que podiam os seus caças.

Se naquela época a Inglaterra quisesse levar o conflito para o continente atacando cidades Argentinas a Fuerza Aérea Argentina teria botado para correr os Harrier da Royal Navy........




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#25 Mensagem por helio » Sex Jan 28, 2005 8:37 am

Talharim

voce escreveu
Se naquela época a Inglaterra quisesse levar o conflito para o continente atacando cidades Argentinas a Fuerza Aérea Argentina teria botado para correr os Harrier da Royal Navy........

Meu comentário

Perdoe-me mas tenho uma visão diferente. A Inglaterra NUNCA iria pensar em invadir o territorio argentino pois o que eles queriam era obter de volta as Ilhas Falkland.
Mesmo que quisessem invadir, não poderiam pois a frota naval que a Inglaterra possuia era muito pequena para o caso de invasão continental.
Os Harrier mostraram muito superiores a todos os aviões engajados na luta, pois foi multifuncional, serviu de ataque, interceptação e caça bombardeiro.
Dizer que as condições dos aviões argentinos foi critica, que diriam voces se tivessem que decolar e pousar em alto mar, em mares revoltos e chuvosos?
Como fazer se os Harriers em caso de pane não tinham sequer condição de recorrer a aviões REVO? Já imaginaram contar com aviões AEW baseados a 5000 milhas do local do conflito( Ilha de Ascenção?).
Pois é. É justamente isto que os estrategistas argentinos imaginaram, e baseados nisto achavam que o contra ataque britânico seria muito difícil, indo acabar a contenda num tribunal na ONU.
Os pilotos argentinos, coitados, nunca imaginaram lutar num teatro de operações deste tipo. Na verdade eles sempre foram treinados e doutrinados a combaterem eventualmente nos Andes ou no canal de Beagle.Seu oponente?o Chile é claro....
Se (eu disse Se...) tivessem se preparado devidamente, com certeza a historia era outra, mas o fator surpresa iria para agua abaixo, e duvido que a Inglaterra marcasse touca .
Embora eu seja latino americano e simpatizante à Argentina nesta guerra imbecil, reconheço que as Ilhas Falkland pertencia e pertencem a Inglaterra, esta historia de que FOI uma colonização argentina é coisa do passado. Tanta cois FOI de outros países, mesmo no Brasil, o Uruguia FOI território brasileiro assim como parte do Mato Grosso FOI do Paraguay.....
Uma coisa que me aborrece nestas entrevistas, é que SEMPRE se comenta apenas os atos de coragem e valentia , e NUNCA os erros que cometeram e as lições que aprenderam.

Quanto aos A-4AR´

A cada ano que passa me impressiona mais este avião. Projetado no fim dos anos 40, foi o ULTIMO avião de combate projetado para lutas de corpo-a-corpo(dogfiht com metralhadoras ou canhões) aonde a maneabilidade e seu pequeno tamanho tinham como quesitos .
Ed Heinemman , seu projetista nunca imaginou conceber um avião tão longevo e vitorioso, pois meio século depois ainda é uma plataforma confiável e respeitada. A Argentina foi muito feliz em contar com este avião desde 1966 quando o Brasil ainda engatinhava com seus Meteor e F-80, adquirindo em 3 lotes nada menos que75 destes aviões. A compra posterior de mais 36 A-4M fazendo um upgrade inteligente, adequado com as possibilidades economicas, manteve o seu poderio aéreo quase intacto.
Tenho certeza que o alto desempenho deste avião na Argentina influenciou muito a escolha do A-4 na Marinha Brasileira.

Um abraço

Hélio




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Barao Vermelho
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#26 Mensagem por Barao Vermelho » Sex Jan 28, 2005 9:40 am

Caro amigo,
no caso da MB a situção é mais delicada, foi mais grana que influencia mesmo, os A4 foi nossa melhor escolha, principalmente pelo fato de nossa marinha sequer ter pilotos de caça na época, sendo que a meu ver a melhor escolha teria sido os harriers, mesmo com os valores mais elevados, pois teriamos hoje um vetor com maior poder de fogo, principalmente a gora com a desativação dos harriers da RAF, que foram atualizados para um padrão com excelente capacidade de combate.

Pena que nossas verbas sejam tão curtas...




Carlos Vulcano
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#27 Mensagem por Carlos Vulcano » Sex Jan 28, 2005 3:42 pm

Vai ai pessoal, a quem possa interessar!! :shock: :D :wink:

Informacao sobre o radar do A-4AR, do site argentino
http://www.hangardigital.com.ar/bajolap ... ml#tecnica

Radar AN/APG-66(V)2 (ARG-1)
El corazón del A-4AR es el radar AN/APG-66, un radar de pulsos
doppler diseñado específicamente para el F-16 Fighting Falcon. Fue
desarrollado en base al radar Westinghouse WX-200 y diseñado para
operar con los mísiles de medio alcance AIM-7 Sparrow y AIM-120
AMRAAM y con el misil de corto alcance AIM-9 Sidewinder. Entro en servicio en 1970, y se encuentra actualmente en producción con 2500 sistemas desplegados es diferentes países. El APG-66 fue elegido para los 26 F-16N Agressor de la US Navy, también fue seleccionado para equipar
a los Hawk 200 británicos, equipan en Nueva Zelanda a los modernizados
A-4 Skyhawk y fue elegido por china para su programa de actualización
del caza J-8 Finback.
La versión que dota a los A-4AR denominada ARG-1 es un derivado de
la versión AN/APG-66 (V)2 utilizado en los programas de modernización
Midlife Update para F-16A/B, mas liviana y de mejores performances que
la original (V)1.
El APG-66 utiliza una antena plana (slotted planar-array antenna)
localizada en la trompa del avión, la cual opera en cuatro frecuencias
en la banda I/J pudiendo el piloto seleccionar entre cualquiera de las
cuatro. En el caso del ARG-1 esta antena tuvo que ser reducida para
que entrase en el morro del Fightinghawk que a su vez también debió
ser rediseñado eliminándose las protuberancias innecesarias heredadas
del A-4M y adaptando el cono de nariz específicamente para el ARG-1.
Para lograr una mayor performance de la antena, todo el cono fue realizado en materiales compuestos.
Al utilizar pulsos Doppler, el APG-66 no tiene problemas para
identificar objetos en movimiento, aunque se encuentran a muy baja
cota. Los radares que operan con pulsos doppler miden el efecto
doppler producido por la velocidad del blanco, distinguiendo así, el
blanco del terreno.
La configuración del sistema interno es modular y compuesto
por seis LRUs (Line Replaceable Units): antena y equipo tractor, transmisor, receptor de RF de baja potencia, unidad de proceso digital de
señales, computadora y panel de control, cada una de ellas con su propia
fuente de energía. La modularidad de los LRU permiten reparaciones en muy corto tiempo, dado que solo hay que cambiar el LRU dañado por uno
sano, sin necesidad de utilizar equipo ni herramientas especiales.
El tiempo promedio de recambio de un LRU es de 5 minutos aproximadamente mientras que cambiar la antena demora unos 30 minutos.
El APG-66 demostró que es capaz de funcionar sin problemas durante
97 horas seguidas (Mean Time Between Failure o MTBF), aunque el
fabricante asegura que puede alcanzar un MTBF de 115 horas.
El APG-66 sintetiza la información presentada al piloto por
medio de imágenes digitales y símbolos predefinidos en los MFDs, de esta
forma el display queda libre de "ruido de fondo" y se simplifica su
lectura, pero la habilidad del radar para discriminar entre blancos reales y
falsos depende enteramente de la calidad del software usado para
procesar las señales provistas por el equipo. En el caso de la versión
argentina del APG-66, la ARG-1 el software fue mejorado localmente
por una empresa nacional.
Modos de radar
Los modos del radar son seleccionados por el piloto usando un botón
determinado en la palanca de mando HOTAS o por medio del panel de
control del radar. En el modo principal de búsqueda aire-aire el radar
realiza un "DownLook" que provee informacion sobre los aviones
volando a baja altura logrando discernir entre el terreno y el avión gracias
al sistema de filtrado por pulsos doppler, aviones del tamaño de un caza pueden ser detectados a mas de 35 millas. En el "Uplook" al no necesitar filtrado detecta aviones volando a media y gran altura a mas de 50 millas.
Una vez que el blanco es detectado, el sub-modo "enganche" puede
utilizarse, este modo habilita al sistema a utilizar mísiles aire-aire AMRAAM, Sidewinder o Sparrow entre otros.
Usando mísiles IR como el Sidewinder, el APG-66 envía comandos a la
cabeza buscadora del misil para incrementar las posibilidades de impacto. Para utilizar mísiles AMRAAM el APG-66 requiere un upgrade denominado OCU diseñado para proveer al radar de un datalink necesario para enviar correcciones al misil cuando ya se encuentra en vuelo.
El lanzamiento de mísiles semi-activos Sparrow se realiza por medio de
un iluminador de onda continua (CWI). El CWI también permite el
lanzamiento de otros mísiles semi-activos como por ejemplo el británico Skyflash.
La adquisición de blancos puede ser manual o automática en el modo de
enganche. Hay dos modos de adquisición manual principales, rastreo de
un sólo blanco y de informe de situación. El modo de situación realiza un rastreo mientras escanea (TWS), permitiendo al piloto seguir observando otros blancos mientras sigue al designado. Mientras que se usa este modo, el área de búsqueda no necesita incluir el área del blanco rastreado.
Aire-Aire
para combate aire-aire tiene cuatro modos. En modo dogfight, el radar
automáticamente rastrea un campo de 20 x 20 grados hacia el frente.
Si el piloto puede ver el blanco en su HUD y este se encuentra a menos
de 10 millas, el radar lo engancha automáticamente. Si el avión realiza
maniobras con gran G el área de búsqueda puede ser cambiado a 40 x 10
grados. Si hay presentes múltiples blancos, el piloto puede seleccionar el blanco deseado presionado un botón determinado en el mando de control y apuntando al blanco deseado, al soltar el botón el blanco queda enganchado. Un modo aire-aire "Peinador" puede ser usado para que el radar cambie automáticamente de campo de búsqueda (20x20 o 40x10) anticipándose a las maniobras del blanco.
Aire-Superficie
Siete modos diferentes tiene disponibles en aire-superficie. El primero es seleccionado automáticamente durante el uso del CCIP y ataques "dive-toss". el CCIP utiliza el modo mapeo terrestre.
Dos modos especiales para aire-mar, el primero, Sea-1 no emplea pulsos
doppler y es utilizado para detectar objetos pequeños. El segundo, Sea-2 utiliza pulsos doppler para detectar objetos en movimiento sobre mar agitado.
El modo Beacon es utilizado en conjunto con puestos en tierra para navegación, en rol aire-aire es utilizado para encontrar aviones amigos o aviones cisterna por ejemplo.
El modo Freeze o congelado puede ser utilizado únicamente en modos
aire-superficie, el mismo frena el display y corta todas las emisiones de radar, mientras que el sistema simula el movimiento del avión y su posición relativa a los blancos al momento de congelar el radar.
Este modo es especialmente útil durante operaciones de ataque donde el
avión necesita prevenir ser detectado pero a la vez puede seguir viendo el blanco en la imagen simulada del radar y de esta forma, acercarse sin ser detectado.
La medición de distancias oblicuas hasta un blanco de superficie designado está generada por el modo Radar aire-superficie. Este provee
en tiempo real al sistema de Control Tiro de datos para lanzar mísiles
aire-superficie. Este modo se activa automáticamente cuando el piloto
selecciona el modo de armamento apropiado.
El terreno en el rumbo del aparato es mostrado a través del modo de mapeo terrestre por pulso real. El radar provee la imagen estabilizada
principalmente como una ayuda a la navegación y para ayudar a detectar
y localizar blancos. Una extensión de este modo es el modo de mapeo con pulso real expandido. Este provee de una expansión 4:1 del modo anterior en las cercanías de un punto fijado por el piloto a través de un cursor.
El afinamiento de pulso doppler (DBS) está disponible para mejorar
aún más la más alta resolución del modo de pulso real expandido. Este
modo, que aumenta el alcance y la resolución de azimut ("cono" de radar) en relación 8:1. Esto está solo disponible en el modo de pulso expandido de mapeo.
DESIGNACIÓN LOCAL: ARG-1
DESIGNACIÓN ORIGINAL: AN/APG-66(V)2
FABRICANTE: Westinghouse (actualmente Northrop-Grumman)
SOFTWARE: Modificado localmente
BANDA : I/J.
ALCANCE A-A: 144 Km. (Uplook)
ALCANCE A-S: 40 Km. (Downlook)
ALCANCE MAPPING: 100 Km.
ALCANCE MET: 100 Km.
MTBF: 97 horas aprox.
MTTR: 5 minutos
AZIMUT : 3,2 grados.
ELEVACIÓN : 4,86 grados.
ENTRADA DE PODER : 3,58 kW.
PESO : 134,3 kilos / 296 libras. (APG66) VOLUMEN : 0,102 metros
cúbicos / 3,6 píes cúbicos.
EXPLORACIÓN EN AZIMUT : 60 grados sobre o debajo de una línea
central vertical
EXPLORACIÓN EN ELEVACIÓN : 60 grados a derecha o izquierda de una
línea central vertical LARGO ANTENA : 74 cm (APG66) ANCHO ANTENA: 48
cm (APG66)
Armamento
El Software del Sistema de Armas Fightinghawk permite el uso de armas
"inteligentes", como ser: bombas guiadas por láser, mísiles Maverick,
AIM-7 Sparrow y AIM-9L/M Sidewinder.
También puede portar (ya sin ayuda de software), las bombas de
fabricacion nacional denominadas "FAS". Encontramos entre estas, la
bomba de propósitos generales de 250kg, FAS 280, FAS 800 (las ultimas
dos son de fragmentación) y FAS 300 A de submuniciones de 250 Kg.
fabricada por FM. Muchas de estas bombas ya están siendo producidas
por TALA S.A. bajo la denominación PG, encontrándose las PG 500
(similar a la Mk17), 250, 125 y 50 Kg. entre otras. Estaría previsto que el Fightinghawk utilice también el misil Aire-Superficie AS-25K de CITEFA actualmente en fase de desarrollo.

Um GRANDE abraço!




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#28 Mensagem por helio » Sex Jan 28, 2005 7:59 pm

Nobre Barão

Com certeza a compra dos nossos A-4KU foi uma compra de oportunidade que coincidiu a disponibilidade deles mediante triangulação Lockheed-Martin e o Kuwait. mesmo assim lembre-se que naquela época o Brasil sequer imaginava poder contar com o Foch , e o A-4 era talvez o único vetor adaptável( mesmo assim em situações criticas) num convoo reduzido do Minas Gerais.
Mas além do preço excelente, das condições de conservação e também pelo curriculum que o A-4 possuia eu acho que o MB fez uma ótima compra, e torço para que em breve recebam um upgrade para termos um vetor moderno na MB. Se comprassemos o Harrier(que alías sou um fã dele) , pela grana que custaria , daria talvez para adquirir apenas meia duzia deles ao invés dos 23 A-4.


Um abraço

Hélio




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#29 Mensagem por FinkenHeinle » Sex Jan 28, 2005 8:46 pm

talharim escreveu:deram realmente 110% do que podiam os seus caças.


Permita-me discordar...


De todos os relatos que vi de pilotos que lutaram a Guerra das Malvinas, em todos eles foram colocados que os pilotos argentinos tinham noções de combate aéreo bastante primitivas, e que, aliado à isso outros fatores, eles foram subjugados pelos Harriers...




Atte.
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#30 Mensagem por Sniper » Sáb Jan 29, 2005 11:07 am

ALD: A Argentina trouxe para Natal um C-130 REVO e gostaríamos de saber quantos REVOS foram feitos da sua base em Villa Reynolds até Natal?
CHS: Apenas um, sobre Belo Horizonte.

O que :?: Não acedito :!: Perdi a oportunidade de ver um REVO ao vivo :!: :evil: :evil: :cry: :cry: :cry: :cry:




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