Fórum Defesa Brasil

Ainda não tive tempo para fazer um texto a explicar a minha perspectiva sobre o assunto, mas deixo aqui um link que penso que seja interessante para muita gente (especialmente para o Túlio):

The Effects of Nuclear Weapons on a Single City : a pilot study of Houston, Texas

http://www.survivalring.org/classics/Th ... 201965.pdf

Eu penso que já tinha colocado algures no fórum textos sobre este assunto, mas como uma pessoa não para e evolui, deixo aqui as minha ideias sobre o assunto.

Antes de começar comprar coisas, uma pessoa deve perguntar-se a si própria para o quê é que se está a preparar. Uma pessoa que está em Florianópolis, numa zona sem qualquer probabilidade de haver sismos, deve precaver-se para outras situações de uma pessoa que vive em Lisboa, ou de uma outra que viva em Paris. Cada caso é um caso e uma pessoa deve analisar a sua realidade antes de começar a preparar-se para coisas que muito provavelmente não o afetará.

No meu caso e estando a viver numa zona que pode ter terramotos catastróficos, é para isso mesmo que eu preparo-me, mas posso usar isso como ponto de partida para outras coisas.

Se pesquisar uns meros segundos no tio Google, eis o que eu encontro:

Reúne um kit de sobrevivência:
Uma lanterna; Um rádio portátil; Pilhas de reserva para ambos; Um extintor; Um estojo de primeiros socorros e medicamentos essenciais à família; Garrafas água; Alimentos enlatados para dois ou três dias; Inclui no kit, agasalhos e calçado resistente.

Isto é uma informação dada pela Proteção Civil em Portugal e não nalgum website de “preppers” Norte-Americanos.

Dito isto, será que o que está acima é o suficiente? Penso que é apenas o básico dos básicos, mas que um chefe de família deve pensar ir um pouco além. Digo isso porque sei perfeitamente que a Protecção Civil e todos os órgãos que a compõem deram passos de gigantes na última década para preparar-se para uma eventualidade destas, mas quanto mais eles aprofundam os conhecimentos acerca destas questões, mais eles percebem o quão mal preparados nós em Portugal estamos em comparação com por exemplo um Japão (país que tem talvez das melhores PC para estes eventos naturais).

Continua…

Isto é na minha arrecadação. Não dá para ver mas para além desta prateleira, tenho mais quatro.

Caro companheiro Cabeça. Uma critica que farei ao teu estoque de sobrevivência é ele ser composto de muito material perecível ou de validade limitada. Torna-se necessário manter um controle muito intenso, consumindo sempre os mais antigos e repondo por novos produtos ou haverá muitas perdas. Mas se o objetivo é precaver-se contra desastres naturais, tipo terremoto, enchentes ou furacões está muito bom.
De minha parte o único estoque que tenho é o abaixo. Também tem outra prateleira mas é só vinho Se o mundo acabar vou partir alegre, cantando.

Confesso que nesse aspecto vocês está muito mais bem preparado, mas se olhar para a fotografia verá 5 litros de vinho tinto.



Para além disso faço licores caseiros e tenho todo o tipo de bebidas... mas em casa e não na arrecadação.

cabeça de martelo escreveu: ↑Sáb Jul 07, 2018 8:49 am Confesso que nesse aspecto vocês está muito mais bem preparado, mas se olhar para a fotografia verá 5 litros de vinho tinto.



Para além disso faço licores caseiros e tenho todo o tipo de bebidas... mas em casa e não na arrecadação.

E porque o irmão lusitano não abre um tópico ensinando os segredos dessa arte para nós? Lembre-se que corre sangue comum em nossas veias. Deixamos de ser um só povo só há uns cento e poucos anos, a língua ainda é a mesma.

Para os licores não há grande segredo e não é preciso criar um tópico.

Mete-se num frasco de grandes dimensões 1 litro de aguardente e 1 kg de fruta, depois aguarda-se pelo menos uns 3 meses.

Passado esse tempo, coa-se a aguardente de forma a retirar o máximo de fruta e "pé" e reserva-se. Depois faz-se uma calda de açúcar, misturando 500g. de açúcar para meio litro de água e leva-se ao lume brando. Mexe-se sempre e quando a calda começar a ferver, desliga-se. depois é deixar arrefecer e misturar com a mistura anteriormente reservada.

Fica bem bom!

Fazer vinho... já é complicado porque a minha família não tem vinhas à uns 30 anos e já nem sequer temos adega.

Eu me referia aos licores mesmo. Pensei ter destacado em negrito mas não saiu quando publiquei o post. Sei que vinho é mais complicado e nem cogitei.

Vou tentar fazer o licor seguindo sua receita. Daqui a três meses digo o resultado. Obrigado!

cabeça de martelo escreveu: ↑Sáb Jul 07, 2018 8:49 am Confesso que nesse aspecto vocês está muito mais bem preparado, mas se olhar para a fotografia verá 5 litros de vinho tinto.



Para além disso faço licores caseiros e tenho todo o tipo de bebidas... mas em casa e não na arrecadação.

Estava querendo saber o que era essa caixa rsrs

Agora, arrecadação é o quê?

A caixa é vinho tinto, 5 litros dele. Cá em Portugal o pessoal mais velho compra estas caixas porque os garrafões de vinho à "antiga" já praticamente desapareceram.



Arrecadação é uma divisão da casa onde se guarda tudo e mais alguma coisa. A minha arrecadação fica na cave do edificio, por isso a temperatura é relativamente estável. Por causa disso, tenho lá umas 5 estantes metálicas com comida, material de manutenção do carro e reserva de comida. Para além disso também tenho um roupeiro com roupas e outras coisas que não uso, bicicletas, material para bricolagem, etc.

Para voltar ao tópico, vejam o que se passou no Japão, país que tem das melhores Protecções Civis do mundo.

Sim, é importante pensar nestas coisas, sim é importante preparar-nos para o pior e sim é importante sermos vigilantes.

cabeça de martelo escreveu: ↑Ter Jul 10, 2018 7:28 am A caixa é vinho tinto, 5 litros dele. Cá em Portugal o pessoal mais velho compra estas caixas porque os garrafões de vinho à "antiga" já praticamente desapareceram.

As caixas também são usadas no Brasil, assim como os garrafões tradicionais. As caixas, por aqui, tem duas vantagens;
1º São "one-way", isto é sem retorno. O que facilita a compra em mercados. Embora existam garrafões de plástico, que considero um sacrilégio. Garrafão que que se preza tem que ser de vidro na cor verde escuro.
2º Dentro da caixa o vinho está acondicionado em um saco plástico. A medida que ele é consumido o saco encolhe e protege o vinho de oxidar em contato com o oxigênio do ar. Isto permite que ele permaneça em melhores condições depois de aberto, permitindo que seja consumido em doses diárias ao longo de uma ou duas semanas, sem perder qualidade.

Qual vinho de caixa é razoavelmente de qualidade por aqui? eu não encontrei.
Aliás, esses dias comprei um vinho português barato, Moura Bastos (tinto Dão DOC). Como ele é visto em Portugal? vinho ruim, razoável, etc?

Comparando com o futebol, na época atual é pertinente, os vinhos de garrafão seriam todos da série "C" e campeonatos regionais, talvez algum da série "B". As grandes vinicolas ou as de primeira linha vendem seus melhores produtos engarrafados. Mesmo os pequenos produtores vendem seu melhor em garrafas. Ao menos aqui no estado os vinhos de garrafão ou em embalagens PET (também existem) são de pequenos cultivadores, propriedades familiares, ou o que a vinicola tradicional não quis, em razão da qualidade, engarrafar.. Já as caixas sei que algumas vinicolas tradicionais estão produzindo. Nunca comprei mas da próxima vez que for a uma loja de vinhos vou ver e anotar.

Matheus escreveu: ↑Ter Jul 10, 2018 3:05 pm Qual vinho de caixa é razoavelmente de qualidade por aqui? eu não encontrei.
Aliás, esses dias comprei um vinho português barato, Moura Bastos (tinto Dão DOC). Como ele é visto em Portugal? vinho ruim, razoável, etc?

Mediano.