Página 2 de 4

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Qua Jun 24, 2015 6:51 pm
por Wingate
FCarvalho escreveu:24 de Junho, 2015 - 14:30 ( Brasília )
Geopolítica
Toneladas de Diplomacia - EUA busca conter ameaça russa no Báltico
EUA enviam armamento a países do Báltico para conter ameaça russa

http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... o-Baltico/

Vamos ver:

Os americanos movem 250 cc's e artilharia AP. Os russos movem 500 cc e artilharia AP.
Os americanos movem 500 bldos e veículos. Os russos movem 1000 bldos e veículos.
Os americanos movem 4000 soldados em exercício, os russos colocam 10 mil.
Os americanos movem 30 caças os russos colocam 120.
Os americanos movem 12 navios e 5 submarinos, os russos colocam a frota do mar do norte inteira no mar....
E assim vamos até que alguém pisque o olho.
Enquanto isso os nobres letônios, estônios e lituanos tomam chá e café na praça... só espiando.

abs
Esta sua observação sobre "até que alguém pisque o olho" me traz à memória um antigo filme do tempo da Guerra Fria: The Bedford Incident - um jogo de gato e rato entre um destróier norte-americano e um submarino soviético.




Wingate

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Qua Jun 24, 2015 7:31 pm
por FCarvalho
Pois é. Para nossa sorte nos filmes, mal ou bem, tudo acabava bem... para todos. Expectadores e cineastas. Em todo caso, temo que nestes nossos dias de pouca memória e muita histeria, alguém acabe se dando realmente mal, nessa brincadeira de mal gosto de reinventar velhas disputas já postas de lado há tempos.

Deus nos ajude.

abs

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Qua Jun 24, 2015 9:04 pm
por Clermont
COLISÃO OTAN-RÚSSIA À VISTA?

Patrick J. Buchanan - 22 de junho de 2015.

"Estados Unidos Prontos para Posicionar Armamento Pesado na Europa Oriental: Mensagem para a Rússia," dizia a manchete no New York Times.

"Numa ação significativa para deter uma possível agressão russa na Europa, o Pentágono está preparado para estocar tanques, viaturas de combate de infantaria e outros armamentos pesados para até 5 mil soldados americanos em vários países da Europa Oriental e do Báltico," disse o Times. As fontes citadas eram "autoridades americanas e aliadas."

A mensagem do Pentágono recebeu uma resposta em 16 de junho. O general russo, Yuri Yakubov chamou a ação americana "o passo mais agressivo do Pentágono e da OTAN desde a Guerra Fria." Quando Moscou detectar armas pesadas americanas movimentando-se para o Báltico, disse Yakubov, a Rússia "reforçará suas forças e recursos no teatro de operações estratégicas ocidental".

Especificamente, Moscou reformará sua brigada de mísseis em Kaliningrado, bordejando a Lituânia e a Polônia, "com novos sistemas de mísseis táticos 'Iskander'. Estes podem detonar ogivas nucleares.

O Pentágono e o Congresso, aparentemente acham que Vladimir Putin é um bobalhão e, confrontado com a dureza dos Estados Unidos, recuará.

Pois a Casa aprovou e o senador John McCain está levando à frente uma emenda para prover a Ucrânia de armas antitanque, morteiros, lança-granadas e munição. A administração não poderá gastar mais do que a metade dos $ 300 milhões orçados, a menos que 20 porcento seja destinado para armas ofensivas.

O Congresso está votando para dar a Kiev luz-verde e o armamento para tentar uma recaptura de Donetsk e Luhansk dos rebeldes pró-russos, que as separaram da Ucrânia, e da Criméia, anexada por Moscou.

Se o Pentágono está, na verdade, movimentando tropas e equipamentos pesados americanos para a Polônia e os Estados Bálticos, e está para fornecer armamentos para Kiev atacar os rebeldes na Ucrânia Oriental, estamos rumando para uma confrontação EUA-Rússia diferente de qualquer uma vista desde o fim da Guerra Fria.

E reconsidere o resultado destas confrontações.

Não vamos esquecer que, embora fosse Khrushchev quem recuassse na crise dos mísseis cubanos, o presidente Eisenhower nada fez para deter o esmagamento dos rebeldes húngaros; Kennedy aceitou o Muro de Berlim, e Lyndon Johnson recusou-se a levantar um dedo para salvar os tchecos quando sua "Primavera de Praga" estava sendo esmagada pelos exércitos de tanques do Pacto de Varsóvia.

Mesmo a resposta de Reagan ao esmagamento do Solidariedade foi com palavras não com ação militar.

Nenhum destes presidentes era um apaziguador, mas todos respeitavam a realidade geoestratégica de que qualquer desafio militar à Moscou no outro lado da Linha Vermelha da OTAN na Alemanha, implicava no risco de uma calamitosa guerra por causas que não justificavam tal risco.

Apesar disso, hoje estamos arriscando uma colisão com a Rússia nos Estados Bálticos e na Ucrânia, onde nenhum interesse vital dos Estados Unidos jamais existiu, e onde nosso adversário goza de superioridade militar.

Como Les Gelb escreve no The National Interest, "a mão fraca do Ocidente" no Báltico e a "superioridade militar da Rússia sobre a OTAN em suas fronteiras ocidentais," é "dolorosamente evidente para todos."

"Se a OTAN subir o patamar militar, Moscou pode rapidamente passar por cima. Eles tem significantes vantagens em forças convencionais - apoiadas por potentes armas táticas nucleares e uma declarada disposição para utilizá-las para manter a vantagem ou evitar a derrota. A última coisa que a OTAN deseja é parecer fraca ou perder um confronto."

E a OTAN perdendo um tal confronto é o provável resultado da colisão provocada pelo Pentágono e John McCain.

Pois, se os ucranianos avançarem com armas americanas contra os rebeldes no leste, e Moscou enviar aviões, tanques e artilharia para aniquilá-los, Kiev será desbaratada. E o que faremos então?

Enviaremos porta-aviões para o Mar Negro a fim de atacar a frota russa em Sebastopol, e enfrentar os mísseis e ataques aéreos russos?

Antes de programar um confronto da OTAN com a Rússia, seria melhor olharmos quem estará seguindo a liderança da América.

De acordo com uma nova pesquisa pelo Pew Global Attitudes Project, menos da metade dos entrevistados na Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália e Espanha acham que a OTAN deve lutar se seus aliados bálticos forem atacados pela Rússia. Os alemães, por uma margem de 58-38, não acham que a força militar deva ser utilizada pela OTAN para defender a Lituânia, Letônia e Estônia, embora seja isto que o Artigo V da carta da OTAN exija da Alemanha.

Os americanos, por 56-37, são a favor de usar a força para defender os Estados Bálticos. Sobre o auxílio militar à Ucrânia, a América está dividida, 46 porcento a favor, 43 porcento opondo-se. No entanto, apenas 1 em 5 alemães e italiano são a favor de armar a Ucrânia, e nem uma única nação da OTAN goza de um claro apoio majoritário para armar a Ucrânia.

Em Washington, os falcões congressuais estão engatilhados para mostrar a Putin quem é durão de verdade. Mas ao embarcar armas para a Ucrânia e enviar soldados e blindados americanos para os Estados Bálticos, eles tem por trás uma nação dividia e uma aliança da OTAN que não quer parte alguma com esta confrontação.

Ao contrário da crise dos mísseis cubanos, é a Rússia que tem a superioridade militar regional aqui, e um líder aparentemente preparado para subir a escalada junto conosco.

Estamos certos de que serão os russos a piscarem desta vez?

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Qua Jun 24, 2015 9:25 pm
por LeandroGCard
FCarvalho escreveu:Para nossa sorte nos filmes, mal ou bem, tudo acabava bem... para todos.
Não neste filme específico. Neste a história acaba assim:

Imagem

Leandro G. Card

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Qui Jun 25, 2015 11:02 am
por mmatuso
Se algum republicado subir ao trono do império democrático, acredito que sim.

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Sex Jun 26, 2015 6:57 pm
por FCarvalho
Os republicanos via de regras são burros e boçais. Mas serão todos eles idiotas? :x

abs

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Sex Jun 26, 2015 9:00 pm
por Clermont
FCarvalho escreveu:Os republicanos via de regras são burros e boçais. Mas serão todos eles idiotas? :x

abs
Ué?

Quem começou toda esta bagunça por meio da sabotagem do governo legítimo da Ucrânia, derrubado com a utilização de arruaceiros de rua neonazistas não foi nenhum governo de "republicanos burros e boçais".

Foi o governo chefiado por um democrata, advogado, inteligente, progressista e ganhador do Nobel da Paz.

O Obomba, digo, o Obama...

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Sex Jun 26, 2015 9:14 pm
por Wingate
Clermont escreveu:
FCarvalho escreveu:Os republicanos via de regras são burros e boçais. Mas serão todos eles idiotas? :x

abs
Ué?

Quem começou toda esta bagunça por meio da sabotagem do governo legítimo da Ucrânia, derrubado com a utilização de arruaceiros de rua neonazistas não foi nenhum governo de "republicanos burros e boçais".

Foi o governo chefiado por um democrata, advogado, inteligente, progressista e ganhador do Nobel da Paz.

O Obomba, digo, o Obama...
Democratas (EUA):

Imagem


Wingate :mrgreen:

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Qui Mai 05, 2016 1:43 pm
por FCarvalho
COBERTURA ESPECIAL - OTAN - GEOPOLÍTICA

02 de Maio, 2016 - 09:10 ( Brasília )
Guerra Fria ressurge no Mar Báltico

http://www.defesanet.com.br/otan/notici ... r-Baltico/

Vai começar tudo de novo... :mrgreen:

abs.

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Ter Jun 19, 2018 12:36 am
por knigh7
Imagem

Mapa de 1.977 indicando as posições dos "contatos" nas interceptações da Força Aérea da Suécia naquele ano. Foram 285 interceptações.

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Qua Jun 20, 2018 9:58 pm
por FCarvalho
Quase uma por dia. É já faz muito anos.
Mas parece que os velhos tempos estão de volta.

Abs

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Qua Jun 20, 2018 11:55 pm
por delmar
knigh7 escreveu: Ter Jun 19, 2018 12:36 am Imagem

Mapa de 1.977 indicando as posições dos "contatos" nas interceptações da Força Aérea da Suécia naquele ano. Foram 285 interceptações.
Interceptações em que sentido? Mutos dos pontos assinalados estão sobre as águas internacionais do mar Báltico. O mar territorial onde uma nação pode exercer a sua soberania é limitado a 12 milhas (22 km ) da costa, podendo ser acrescido de mais 12 milhas de Zona contígua. A partir daí a navegação é livre. No caso seria mais uma identificação ou reconhecimento de um avião ou barco russo, o qual continuou seu caminho normalmente. Os suecos anotaram em seu caderninho o fato. Interceptar pode dar a ideia que os suecos, no meio do mar Báltico, fizeram um barco ou submarino russo dar a meia volta e retornar ao porto de origem.

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Qui Jun 21, 2018 1:30 pm
por FCarvalho
No caso do Báltico isso é normal. É um mar fechado e pequeno. Pouco mais de duzentos quilômetros entre o litoral sueco e o outro lado.
Assim, quanto mais longe a interceptação melhor. Até porque os caças russos não precisam chegar perto do mar territorial sueco para disparar suas armas.
A Otan vive fazendo isso hoje no litoral dos países bálticos.

Abs

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Ter Jul 03, 2018 12:10 pm
por knigh7

Re: Os Países Bálticos e a Russia

Enviado: Seg Out 05, 2020 2:35 am
por knigh7

"Finland, Sweden, Norway Sign New Defence Agreement in 'Signal to Russia'


05:18 GMT 24.09.2020

by Igor Kuznetsov

The goal of the new agreement, dubbed a “milestone in Nordic defence co-operation” is to increase rapport between the Nordic countries in an era of superpower struggle.

...."

https://sputniknews.com/amp/military/20 ... ssion=true