Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#16 Mensagem por osolamaalua » Sex Ago 17, 2012 4:07 pm

Para aqueles que não sabem a área de responsabilidade SAR hoje vai até a costa da Africa e ao norte passa bem de Noronha. O caso do Air France numa área cuja a responsabilidade de controle de trafego sai da responsabilidade brasileira para o controle internacional que naquele trecho é responsabilidade da Espanha. Por fim os meios de busca, aeronaves o Brasil mobilizou rapido, tendo mais uma vez o R99 se destacado. Vale lembrar que hoje temos o P-3 que tem um tempo on station excepcional. O problema neste caso fica no resgate em si, que deve ser executado por navios e helicópteros no ambiente maritimo. A marinha destacou uma Fragata que estava em Salvador para ir ao local e esta chegou algumas horas após um mercante que passava pelo local avistar os primeiros assentos flutuando. Infelizmente naquele caso não havia muito o que fazer. Se tivessemos uma 2ª Esquadra estabelecida no Nordeste talvez tivessem chegado na área mais rapido. O que não mudaria em nada a situação. Hoje vejo que os meios estão atendendo o que necessita-se. Quanto aos Casa serão 4 aeronaves no Pelicano, acho que já tem 2 lá. É projeto instalar o flir nelas. A partir de 2015 chega o primeiro EC725 com capacidade de Revo naquele esquadrão. Hoje no hemisfério sul acredito não haver nenhuma naçao com a capacidade Sar que temos, talvez a Australia, mas acho que não.




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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#17 Mensagem por lynx » Sex Ago 17, 2012 5:34 pm

Os primeiros meios da MB que chegaram à cena de ação foram um NaPa, que suspendeu de Natal, e uma corveta, que voltava da África e estava em Recife. É baseada em Salvador.
Com a futura alocação de NaPaOc para o Com3DN (Natal) haverá meios com capacidade SAR bastante superiores aos atuais para cobrir aquela região.
Uma 2 Esquadra não é necessária... nem para isso! Mas essa é só minha opinião...




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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#18 Mensagem por osolamaalua » Sex Ago 17, 2012 7:17 pm

O primeiro navio a chegar no local foi a fragata Defensora. Que realmente voltava de comissão. Acho necessária a segunda esquadra, pois o tempo de reação de um gt saindo do rio para atuar ao norte é grande, ainda mais com quantidade de meios fundeados na saida da boca da Guanabara. Sei tambem que não temos meios nem para um esquadra direito imagina suas, mas esse seria o ideal.




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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#19 Mensagem por FCarvalho » Sáb Ago 18, 2012 10:51 am

Sapão, apenas para esclarecer, as críticas não são minhas, apenas expus o que se comentou à época na imprensa, especializada ou não, e aqui no fórum.
sapao escreveu:
FCarvalho escreveu: Olá Sapão.

Sapão escreveu: menos de 24 horas após o acionamento, já haviam meios sobrevoando a região de buscas. Poderia ser menor, concordo, mas essa questã foi sanada com a chegada dos P-3BR.
Me pergunto se hoje somente 9 aeronaves, e turbohélices, são/serão suficientes para operações SAR nos 20 milhões de km2 citados pelo Linx. Podem até ser, junto a outros meios da FAB, já que sua função primária não é SAR, mas, poderemos no futuro dizer a mesma coisa? Nossa área de interesse e projeção, e diria, responsabilidade, no AS ultrapassaram estes limites já há algum tempo. Não seria o caso de começarmos a pensar em uma estrutura de aeronaves SAR para a MB, como um SC-330, dentre outras soluções cabíveis?

Sapao escreveu: nenhum país do tamanho do Brasil dispoe de todos os recursos em todos os locais. Em um evento desse vulto, e natural que aeronaves de outro locais tenham que ser deslocadas. E a estrutura já estava pronta, sendo utilizada a BANT, a BARF e o destacamento de Fernando de Noronha.
Não digo dispor de todos os recursos Sapão, mas de possuirmos capacidade de equipar ao menos o pouco que temos com os recursos necessários onde se encontrem. Ponto para reflexão: o único esquadrão de helos de emprego geral na região nordeste foi para PV. Há undes de helos na região Ne hoje para cumprir as missões que são necessárias à FAB? Há o 1o/11o Gav que é um esq. de treinamento na BANT. Desviar o mesmo para emprego nas missões do 8o Gav é na minha opinião improviso. E fazemos isso constantemente quanto ao emprego de aeronaves e om's aéreas ao longo da história. A mesma coisa se diga de undes de transporte e caça naquela região e mesmo na amazônia. Não temos o suficiente, e estamos longe do necessário, na minha opinião. Continuamos tendo de fazer longos deslocamentos e translados de meios materiais e humanos, para efetivamente podermos operar com eficácia onde se faz necessário. Exatamente como fazíamos na primeira metade do século passado. E, estranhamente, a FAB entende isto como normal, como se o RJ ainda fosse a capital federal e o Brasil girasse entorno do eixo rio-sp, o que infelizmente para os brasileiros das demais regiões, não deixa de ser verdade.


Sapão escreveu: em uma aerea daquele tamanho, com aquela dispersão, realmente a utilização de sensores eletronicos e imprescindivel.
Mas tão e somente para delimitar a area de busca VISUAL, que ainda assim é necessaria. O papel dos C-105 e C-130 não era somente a busca visual, mas sim a marcação a o lançamento de botes e homens de resgate para as possiveis vitimas. Então os R-99 não "quebraram o galho", muito pelo contrario, comandaram as buscas tanto de aeronaves e embracações nacionais como estrangeiras.

Por isso as aspas. Contudo, isto não ameniza o fato de não termos aeronaves SAR dedicadas e com melhores recursos na operação. O R-99 não foi feito para operações SAR, embora possa colaborar com as mesmas. De toda forma, a FAB empregou o que tinha a mão e os usou bem. Mas devemos aprender com esta lição, ou continuaremos improvisando o emprego de nossos meios, o que pode diminuir e comprometer a eficiência da aplicação dos parcos recursos de que dispomos.

Sapao escreveu: As que foram para o local tem 200nm de autonomia, o que na minha opiniao não considero pouco alcance. Poderiam ter REVO? Poderiam, mas em quanto isso afetaria a sua capacidade de carga? Adianta ter alcance e não carregar nada? Para mim, o ideal seria ter um sistema de abastecimento como o das aeronaves da MB, muito mais versatil nesse tipo de situação.
Os H-1H do 2/10 nem foram para lá, até porque jamais iriam conseguir fazer a travessia ate Fernando de Noronha.

Pressumo que a FAB irá operar os EC-725 na função SAR/C-SAR no 2o/10o com capacidade Revo. Esta capacidade em minha opinião, deveria ser expandida para todos os esquadrões do 8o Gav, pois julgo não ser apenas uma conveniência, mas uma necessidade, vide as características de nosso TO e das missões daquele grupo. Principalmente para aquelas undes que se encontram no litoral. Como diria o ditado: é melhor pecar por excesso do que por falta." Contudo não sei como a FAB percebe o assunto e nem como pretende equacioná-lo no que tange seus helos.

Sapao escreveu: Como já disse, as bases utilizadas estão entre as maiores da FAB. O problema realmente foi Fernando de Noronha, mas por razões obvias.
Tirando a ilha, não houve improvisação nenhuma.

Ok, concordo consigo. Contudo, ainda assim, penso que poderíamos dispor naquelas bases de meios mais convincentes, ao menos para o trabalho SAR, como undes de helo equipadas com H-36/H-60 com capacidade SAR/C-SAR, undes transporte com C-105 Amazonas, preferivelmente, no 2o ETA, assim como undes de patrulha, que hora estão sendo aquinhoadas com os P-3. Ficar como está, eu particularmente não concordo.

Sapao escreveu: Criticas a parte, houve muita gente reclamando do impossivel.
E como reclamar que não tem uma viatura na sua rua, como se fosse possivel ter uma viatura em cada rua de cada cidade. Já disse, nenhum país do tamanho do Brasil consegue ter gente em todo os lugares, e para citar um exemplo, basta ver os USA que dispõe de 6 "FFAA" ( ARMY, NAVY, USAF, MARINES, COAST GUARD e NATIONAL GUARD) e mesmo assim não consegue prover apoio em todo o lugar a todo tempo de maneira imediata. Outra coisa que muita gente que fala mal ( para mim certas coisas não são criticas, pois nçao tem o menor intuito de melhorar um desempenho) desconhece e que o papel das FFAA acaba no resgate, de SOBREVIVENTES. Tanto no AF 447 e principalmente no GOL, as criticas vieram de uma missão que na verdade nem é das FFAA, que é o resgate de destroços e corpos. Preto no Branco, definidos que não existem mais sobreviventes, as FFAA deveriam dar meia volta e ir embora, mas logico que isso não ocorre. Estou dizendo isso para você entender que os meios devem ser preparados para o resgate, coisa que eles são. Falar que não conseguiu achar destroços no meio do oceano porque está mal preparado é injusto, porque os meios não servem para isso.

Nesta questão concordo em gênero, número e grau com você. No entanto, culturalmente em nosso país, as ffaa's sempre acabaram por exercer um papel "social" que nunca de veria ter sido seu, substituindo ou complementando as ações do demais ministérios, seja pela inépcia do poder público civil, seja pela incapacidade/incompentência dos gestores públicos em termos uma defesa civil/CBM realmente capazes de exercer seus ofícios a contento. Neste sentido, sempre sobrou para as ffaa's, "a nobre tarefa" de serem utilizadas em atividades de apoio as mazelas sociais deste país, posto que são muito mais fáceis de engolir e justificáveis aos olhos da opinião pública. Isto hoje inclusive já virou mote para angariar e justificar recursos para o equipamento das ffaa's, tendo os militares não só assumido como assimilado o discurso do "social" em suas ações, por parte do Estado em suas políticas públicas. Infelizmente a coisa caminhou para este rumo. Convivamos com ela, até um dia a desgraça vir bater à nossa porta.


Isto não quer dizer que participo integralmente de todas elas, mas me vem hoje à mente que, talvez, se de alguma forma, a FAB ao invés da concentração de undes que vemos ainda hoje, entre o sul/sedeste do país, estivesse mais dispersa na sua estrutura operacional, com unidades e BA's dotadas de recursos modernos e operacionais naquela região, pudéssemos perceber uma reação menos crítica quanto a sua atuação no cito episódio.
Sapao escreveu: como já disse, menos de 24 horas depois já haviam aeronaves no local. SE houvessem sobreviventes, provavelmente eles teriam recebido auxilio dessas aeronaves.

Sapao escreveu: ja se estuda algo que mobilize os meios por regiões, para qualquer evento de grande vulto (seja natural ou não).
podes explicar melhor o que seria esta mobilização dos meios por região?

O que não se pode perder de vista FC, e que esse tipo de missão é SECUNDARIA para as FFAA, não podemos deixar de ter isso em mente para não perdemos o foco na verdadeira razão de ser dessas instituições.[/color]
Falastes tudo agora. É o que eu já venho batendo na tecla há tempos aqui no fórum. Mas me parece um discurso em vão. Tão forçosamente inculturadas - e inculcadas - que estão estas matizes ideologicamente corretas do "social" no país, seja no meio militar, seja no social, que parece-me cada vez mais, que missão subsidiária hoje virou missão principal e vice-versa. E "todos" concordam com isso. Principalmente quem tem a caneta na mão. Se este é um movimento intencional e deliberado, ou não, não posso dizer com absoluta certeza. Mas que as coisas como elas estão, se encaminham para isso, com certeza posso afirmar que sim. Que a história me contradiga.
abs. [009]




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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#20 Mensagem por FCarvalho » Sáb Ago 18, 2012 11:14 am

lynx escreveu:As responsabilidades do Brasil em sua área SAR marítima, que compreende uma superfície de 20.000.000 de Km quadrados, conforme assumido em acordos internacionais, são a respeito do que chamamos de "socorro", que vem a ser o termo que melhor descreve a "salvaguarda da vida humana no mar", e do "salvamento", que se refere ao material a ser resgatado, apenas dos meios que possam representar ameaça à vida humana.
Observem que me referi ao Brasil e não às suas FFAA, que são a principal parte operacional desse compromisso, mas não a única possível.
No caso específico do AF447, os primeiros meios a chegarem à cena de ação, ainda na madrugada do desaparecimento, foram três navios mercantes, um sueco e dois norte-americanos, que, em trânsito na área, foram acionados pelo COMCONTRAM, que os acompanhava pelos sistemas de acompanhamento que dispõe, e iniciaram as buscas. Dois outros navios, voluntariamente por haverem interceptado a mensagem, se ofereceram para desviarem a rota e tomarem parte nas buscas. Isso, por si só, demonstra que o SAR é algo muito maior do que o simples emprego de meios militares. A sua avaliação, se satisfatório ou não, precisa englobar a capacidade do "Poder Marítimo" nacional, onde os meios da FAB também estão inseridos, e não só do Poder Naval.
Para efeito dos tratados de que somos signatários, a capacidade brasileira de cumprí-los é considerada adequada, em níveis internacionais.
Precisamos de mais e melhores meios de busca e resgate? Com certeza e eu não vou me aventurar a listá-los, mas daí a dizer que a nossa "capacidade de fazer frente a um evento SAR" é insuficientes, vai uma grande distância.
A MB entende que, mais importante do que a aquisição de meios é a implantação do SISGAAZ, que aumentará substancialmente nossa capacidade de monitoração e mobilização de meios, civis ou militares.
Concordo que a capacidade SAR deve ser mirada na capacidade do país, e não somente nos meios a disposição das ffaa's. Neste sentido, creio eu, que é aí que reside nossa maior dificuldade, pois, os militares tem bem claro, sobre a questão, suas responsabilidades e competências. Mas a parte civil do Estado, além de estar alienada, não esboçou ainda qualquer reação quanto a propositura de ações que visem melhorar esta mesma capacidade. Como você bem disse, falta-nos (à sociedade civil e ao poder público) entender que poder marítimo, não significa tão somente poder naval.

Eu considero que todas as vezes que a palavra "adequado(a)" é utilizada para descrever as capacidades e/ou recursos disponíveis às nossas ffaa's, ela vem enlevada de subterfúgios linguísticos. E não propriamente meritórios, muito pelo contrário. Para mim ela acaba sendo pseudônimo para "fraqueza". Mas isto sou eu. Posso, e gostaria, estar enganado.

O SIGAAZ é muitíssimo importante, e aumentará imensamente nossa capacidade de monitoramento, isto é indiscutível. Mas pergunto: de que adianta podermos/sabermos monitorar, sem a consequente capacidade de intervir? Não deveria haver um equilíbrio nesta equação?

abs.




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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#21 Mensagem por FCarvalho » Sáb Ago 18, 2012 1:46 pm

osolamaalua escreveu:Se tivessemos uma 2ª Esquadra estabelecida no Nordeste talvez tivessem chegado na área mais rápido. O que não mudaria em nada a situação. Hoje vejo que os meios estão atendendo o que necessita-se.
O fato de termos uma 2a esquadra efetivamente não mudaria o quadro do AF447, mas já não podemos afirmar o mesmo de eventos vindouros. Nossa capacidade SAR está, sob meu juízo, aquém do que seria previndente, especialmente nas regiões N/Ne. Hoje se nós olharmos para as om's operacionais da FAB e MB que lá estão baseadas, veremos que praticamente nenhuma delas contam com os mesmos recursos de se dispõe no sul/sudeste do país. E digo isso sem bairrismos. Veja-se a situação por exemplo da MB, que conta com 3 DN's ao longo da costa ne 2 GrupFuzNav, em Natal e Salvador. Nenhuma destas om's possui suporte aéreo próprio para suas demandas, e quando as necessita, fica na dependência da disposição dos HU's do RJ, ou quando muito, do HU-3 em Manaus, que opera, também, quando preciso, na área do 4o DN. Se juntamente a fixação da 2a Esquadra em São Luís, como provavelmente parece ser o caso, vierem também, o aumento dos recursos aéreos e navais conseqüentes, por exemplo, no caso mais HU's, e a distribuição de mais NaPa e NaPaOc junto aos DN's e suas respectivas dotações aéreas, justificaria-se então os esforços dos investimentos feitos na mesma.

Se minha memória não me trai, a MB planeja mais um HU em Belém, e quiçá, um outro na sede da 2a Esquadra. Ainda, se não estou enganado, poderá ser criado um outro HU na BA de Florianópolis, segundo li em entrevista com um oficial da aviação naval, certo dia. Penso que também as bases de Natal e Salvador deveriam receber cada uma um novo HU para si, a fim de proverem o apoio não somente ao CFN, como às fainas dos respectivos DN's, liberado-os da dependência de outras om's aéreas da MB, que por sua vez, já estão demasiadamente sobrecarregadas.

Assim, não creio que a manutenção de mais 4/5 HU's, ou o aumento do número de NaPaOc/NaPa, naqueles DN's, demande prejuízos à MB, e nem sejam de tal monta, que os custos de sua implantação tornem o investimento proibitivo. Podendo seus custos, inclusive, serem diluídos no projeto total de implantação da 2a Esquadra.

Conte-se ainda, em minha opinião, que a partir do momento que a MB passar a contar com esta 2a Esquadra operando, e a extensão dos meios a prover naquelas regiões, se tornará imperativo a criação de um esquadrão/grupo de transporte na MB, a fim de providenciar a integração logística da instituição, visto que a dependência da FAB neste quesito poderá tornar-se um imbróglio à plena operacionalidade das duas esquadras no futuro. Sendo assim, como disse antes em outros posts, nada impede o desenvolvimento de uma versão multi emprego do KC-390, com versões SAR e outras que a MB demande, complementados por mais CN235/295, que por sua vez podem ser empregados também em transporte, SAR, patrulha, reconhecimento, ligação, esclarecimento marítimo, apoio logístico, etc.

Cito, para esclarecer, que não seriam necessários uma enormidade de aeronaves no último caso, mas tão somente, cerca de 8 a 12 SC-330 e 10/15 CN235/295. Estes números me parecem bastante sóbrios e mesmo, equilibrados para as manutenção da operacionalidade das duas esquadras futuras.

Veremos o que o futuro dirá.
osolamaalua escreveu:Quanto aos Casa serão 4 aeronaves no Pelicano, acho que já tem 2 lá. É projeto instalar o flir nelas. A partir de 2015 chega o primeiro EC725 com capacidade de Revo naquele esquadrão. Hoje no hemisfério sul acredito não haver nenhuma naçao com a capacidade Sar que temos, talvez a Australia, mas acho que não.
Isso não pode significar dizer que estamos ou podemos ficar satisfeitos com o que se tem. A busca pela cobertura dos hiatos havidos no sistema devem ser sempre perseguidos e superados, e a melhoria e qualificação dos meios humanos e materiais testados e retificados a todo momento. O nosso SAR não deve estar entre os melhores da região sul. Deve ser o melhor. Sempre.

abs.




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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#22 Mensagem por FCarvalho » Sáb Ago 18, 2012 2:05 pm

Apenas para aos colegas uma dimensão do tamanho das responsabilidade da área SAR do Brasil no AS.

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E aqui com uma escala relativa a ZEE:

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abs.




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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#23 Mensagem por lynx » Dom Ago 19, 2012 7:13 pm

Vou reafirmar que os primeiros meios da MB que chegaram à cena de ação foram o NaPa e a CV Caboclo, mas isso é periférico dentro do assunto que discutimos.
No que se refere à capacidade SAR, a implementação do SISGAAZ, na sua plenitude, é muitíssimo mais importante do que possuir os meios de superfície e aéreos necessários para a efetuação do resgate. Como exemplifiquei, por meio do SISGAAZ será muitíssimo mais fácil vetorar meios civis para atenderem a ocorrências SAR dentro de nossa área de responsabilidade. Por meio dele, teremos uma maior capacidade de receber o chamado de socorro, cruzar essa informação com os meios civis e militares próximos e nos comunicarmos com esses meios para que efetuem as buscas e o resgate necessários. Quem precisa de socorro não está preocupado com a cor do uniforme do socorrista...
Em termos de SAR, a implantação da 2 esquadra em nada acrescenatará, uma vez que os DN da área N/NE continuarão a existir e continuarão a ser os encarregados de atenderem aos eventos SAR. Hoje a Esquadra nem sequer possui um sub-centro SAR, sendo os seus meios, quando acionados, colocados sob controle operativo do sub-centro SAR da área do sinistro, que é o DN da área. Assim foi no AF447, cujo sub-centro SAR encarregado foi o SALVAMAR-NE, subordinado ao Com3DN (Natal). Para essa finalidade, o aumento do número e da capacidade dos meios dos 2, 3 e 4 DN seriam suficientes e representariam um investimento infinitamente menor.
A implantação da 2 Esquadra tem outra finalidade Operacional, a qual, a meu ver, extrapola o assunto desse tópico.




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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#24 Mensagem por lynx » Dom Ago 19, 2012 7:31 pm

Infelizmente, a criação de Esquadrões de He distritais representa sim um grande peso ao orçamento dos DNs... por isso só há 3 até hoje.
Foi fartamente divulgada a intenção de criação de HUs distritais em Belém e mais um em Rio Grande (com alguma especulação não oficial de que fosse colocado em Florianópolis, que fica na área do 5 DN também, em função da possível desativação da BAFL). Infelizmente esses planos também estão sendo revistos, em função da não concretização das premissas assumidas a cerca do modelo de aeronave que para eles seria alocada... vamos ver como acabará...




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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#25 Mensagem por FCarvalho » Seg Ago 20, 2012 2:05 pm

lynx escreveu:Vou reafirmar que os primeiros meios da MB que chegaram à cena de ação foram o NaPa e a CV Caboclo, mas isso é periférico dentro do assunto que discutimos.
No que se refere à capacidade SAR, a implementação do SISGAAZ, na sua plenitude, é muitíssimo mais importante do que possuir os meios de superfície e aéreos necessários para a efetuação do resgate. Como exemplifiquei, por meio do SISGAAZ será muitíssimo mais fácil vetorar meios civis para atenderem a ocorrências SAR dentro de nossa área de responsabilidade. Por meio dele, teremos uma maior capacidade de receber o chamado de socorro, cruzar essa informação com os meios civis e militares próximos e nos comunicarmos com esses meios para que efetuem as buscas e o resgate necessários. Quem precisa de socorro não está preocupado com a cor do uniforme do socorrista...
Em termos de SAR, a implantação da 2 esquadra em nada acrescenatará, uma vez que os DN da área N/NE continuarão a existir e continuarão a ser os encarregados de atenderem aos eventos SAR. Hoje a Esquadra nem sequer possui um sub-centro SAR, sendo os seus meios, quando acionados, colocados sob controle operativo do sub-centro SAR da área do sinistro, que é o DN da área. Assim foi no AF447, cujo sub-centro SAR encarregado foi o SALVAMAR-NE, subordinado ao Com3DN (Natal). Para essa finalidade, o aumento do número e da capacidade dos meios dos 2, 3 e 4 DN seriam suficientes e representariam um investimento infinitamente menor.
A implantação da 2 Esquadra tem outra finalidade Operacional, a qual, a meu ver, extrapola o assunto desse tópico.
Talvez seja o momento propício para nós começarmos a discutir as implicações de uma reformulação da estrutura SAR no Brasil. Seja na parte estrutural, organizacional, financeira e política da coisa. Podemos, e devemos, melhorar naquilo que nos compete as responsabilidades. Então, pensar, por exemplo, na ampliação futura da aviação naval com aeronaves com bases terrestres, e mais HU's para os DN's, como citei, abrirá com certeza novas perspectivas às ações, e recursos, SAR não só da e para a MB, como à própria FAB. Não estou querendo dar receita, mas precisamos começar a pensar, e a planejar, como efetivamente operacionalizar as futuras demandas de um marinha com duas esquadras, se isto vier realmente a acontecer, e DN's sendo bem mais exigidos em suas responsabilidades. Acho que a continuidade do modelo atual pode evoluir para algo bem mais referenciado e consubstanciado nas competências e qualificações requeridas às ffaa's pela END; pelo menos até onde pudermos fazê-la crível.
lynx escreveu:Infelizmente, a criação de Esquadrões de He distritais representa sim um grande peso ao orçamento dos DNs... por isso só há 3 até hoje. Foi fartamente divulgada a intenção de criação de HUs distritais em Belém e mais um em Rio Grande (com alguma especulação não oficial de que fosse colocado em Florianópolis, que fica na área do 5 DN também, em função da possível desativação da BAFL). Infelizmente esses planos também estão sendo revistos, em função da não concretização das premissas assumidas a cerca do modelo de aeronave que para eles seria alocada... vamos ver como acabará...
linx, poderia explicar melhor esta parte, pois não a compreendi. que premissas? que modelos de aeronaves?

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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#26 Mensagem por sapao » Seg Ago 27, 2012 10:30 am

osolamaalua escreveu:Para aqueles que não sabem a área de responsabilidade SAR hoje vai até a costa da Africa e ao norte passa bem de Noronha. O caso do Air France numa área cuja a responsabilidade de controle de trafego sai da responsabilidade brasileira para o controle internacional que naquele trecho é responsabilidade da Espanha. Por fim os meios de busca, aeronaves o Brasil mobilizou rapido, tendo mais uma vez o R99 se destacado. Vale lembrar que hoje temos o P-3 que tem um tempo on station excepcional. O problema neste caso fica no resgate em si, que deve ser executado por navios e helicópteros no ambiente maritimo. A marinha destacou uma Fragata que estava em Salvador para ir ao local e esta chegou algumas horas após um mercante que passava pelo local avistar os primeiros assentos flutuando. Infelizmente naquele caso não havia muito o que fazer. Se tivessemos uma 2ª Esquadra estabelecida no Nordeste talvez tivessem chegado na área mais rapido. O que não mudaria em nada a situação. Hoje vejo que os meios estão atendendo o que necessita-se. Quanto aos Casa serão 4 aeronaves no Pelicano, acho que já tem 2 lá. É projeto instalar o flir nelas. A partir de 2015 chega o primeiro EC725 com capacidade de Revo naquele esquadrão. Hoje no hemisfério sul acredito não haver nenhuma naçao com a capacidade Sar que temos, talvez a Australia, mas acho que não.
Grã-Bretanha, pode não ter quantidade mas tem muita qualidade.




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#27 Mensagem por sapao » Seg Ago 27, 2012 11:05 am

FCarvalho escreveu:Sapão, apenas para esclarecer, as críticas não são minhas, apenas expus o que se comentou à época na imprensa, especializada ou não, e aqui no fórum.
Sapao escreveu: sem problema FC, toda critica e bem vinda desde que gere uma discussão saudavel, não é mesmo?

Me pergunto se hoje somente 9 aeronaves, e turbohélices, são/serão suficientes para operações SAR nos 20 milhões de km2 citados pelo Linx. Podem até ser, junto a outros meios da FAB, já que sua função primária não é SAR, mas, poderemos no futuro dizer a mesma coisa? Nossa área de interesse e projeção, e diria, responsabilidade, no AS ultrapassaram estes limites já há algum tempo. Não seria o caso de começarmos a pensar em uma estrutura de aeronaves SAR para a MB, como um SC-330, dentre outras soluções cabíveis?
Sapao escreveu: FC, não tira a sua razão, mas ai voltamos ao velho assunto: temos caças suficientes? Helicopteros de ataque suficientes? Navios de escolta e Patrulha suficientes?
A colcha e curta em todo o lugar, até mesmo nos USA.
A entrada dos P-3BR vai atenuar muito essa carencia, mas é IMPOSSIVEL estar preparado para atuar com 100% de cobertura e prontidão em uma area como a nossa.
Seria como resolver o problema da viloencia colocando uma viatura em cada rua da cidade:
E eficiente? Sim.
E viavel? Não.



Não digo dispor de todos os recursos Sapão, mas de possuirmos capacidade de equipar ao menos o pouco que temos com os recursos necessários onde se encontrem. Ponto para reflexão: o único esquadrão de helos de emprego geral na região nordeste foi para PV. Há undes de helos na região Ne hoje para cumprir as missões que são necessárias à FAB? Há o 1o/11o Gav que é um esq. de treinamento na BANT. Desviar o mesmo para emprego nas missões do 8o Gav é na minha opinião improviso. E fazemos isso constantemente quanto ao emprego de aeronaves e om's aéreas ao longo da história. A mesma coisa se diga de undes de transporte e caça naquela região e mesmo na amazônia. Não temos o suficiente, e estamos longe do necessário, na minha opinião. Continuamos tendo de fazer longos deslocamentos e translados de meios materiais e humanos, para efetivamente podermos operar com eficácia onde se faz necessário. Exatamente como fazíamos na primeira metade do século passado. E, estranhamente, a FAB entende isto como normal, como se o RJ ainda fosse a capital federal e o Brasil girasse entorno do eixo rio-sp, o que infelizmente para os brasileiros das demais regiões, não deixa de ser verdade.
Sapao escreveu: Existe sempre uma aeronave de alerta de maior porte (H-1H, H-34 ou H-60) de alerta em Natal, exatamente para suprir essa demanda.
Sobre o deslocamento (ou desdobramento) de forças, se você olhar na DCA 1-1, que versa sobre a Doutrina da FAB la no glossario, vera que isso é EXATAMENTE uma caracteristica de uma força aérea; por varios motivos (vantagens e desvantagens ) dos vetores aéreos que lá tambem estão explicados.


Por isso as aspas. Contudo, isto não ameniza o fato de não termos aeronaves SAR dedicadas e com melhores recursos na operação. O R-99 não foi feito para operações SAR, embora possa colaborar com as mesmas. De toda forma, a FAB empregou o que tinha a mão e os usou bem. Mas devemos aprender com esta lição, ou continuaremos improvisando o emprego de nossos meios, o que pode diminuir e comprometer a eficiência da aplicação dos parcos recursos de que dispomos.
Sapao escreveu: Você tem razão, mas agora temos o P-3BR que tem como missão TAMBEM a missão SAR, devido as suas caracteristicas. O R-99 não foi pensado para atuar primariamente na missão SAR, mas pode executa-la co bastante eficiencia.
O ideal, vc tem toda a razao, era ter algo exclusivo. Mas ai entra a historia da colcha...


Pressumo que a FAB irá operar os EC-725 na função SAR/C-SAR no 2o/10o com capacidade Revo. Esta capacidade em minha opinião, deveria ser expandida para todos os esquadrões do 8o Gav, pois julgo não ser apenas uma conveniência, mas uma necessidade, vide as características de nosso TO e das missões daquele grupo. Principalmente para aquelas undes que se encontram no litoral. Como diria o ditado: é melhor pecar por excesso do que por falta." Contudo não sei como a FAB percebe o assunto e nem como pretende equacioná-lo no que tange seus helos.
Sapao escreveu: se não me engano todas as unidades de 725 terão aeronaves com REVO, apesar de eu ter minha opinião contraria (acho que um sistema de Helicopter In-Flight Refueling seria mais eficiente ), ja os H-60 não sei se terão essa capacidade.

Ok, concordo consigo. Contudo, ainda assim, penso que poderíamos dispor naquelas bases de meios mais convincentes, ao menos para o trabalho SAR, como undes de helo equipadas com H-36/H-60 com capacidade SAR/C-SAR, undes transporte com C-105 Amazonas, preferivelmente, no 2o ETA, assim como undes de patrulha, que hora estão sendo aquinhoadas com os P-3. Ficar como está, eu particularmente não concordo.
Sapao escreveu: Que tal VANT/ARP em Natal (esquecemos deles na nossa discussão)?
Quandos os meios lá chegassem, eles já estariam há algumas horas levantando dados...


podes explicar melhor o que seria esta mobilização dos meios por região?
Sapao escreveu: sinceramente não porque só escutei o boato...
Mas saiba que depois de Santa Catarina e Região Serrana, as pessoas acordaram para a rapidez e imprevisibilidade de catastrofes dessa magnitude; e a idea era se criar cada vez mais uma estrutura de mobilização que pudesse atuar por região, nacional ou internacionalmente se necessario. Acho que no site do MD tem algums textos sobre isso, mas desculpe a ignorancia porque não é minha area.

abraço




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#28 Mensagem por FCarvalho » Ter Ago 28, 2012 6:18 pm

sapao escreveu:
FCarvalho escreveu:Sapão, apenas para esclarecer, as críticas não são minhas, apenas expus o que se comentou à época na imprensa, especializada ou não, e aqui no fórum.
[<a class="ktg6us78hf8vdu7" href="#">color</a>=#0000FF]Sapao escreveu: sem problema FC, toda critica e bem vinda desde que gere uma discussão saudavel, não é mesmo?[/color]
[009]
FC, não tiro a sua razão, mas ai voltamos ao velho assunto: temos caças suficientes? Helicopteros de ataque suficientes? Navios de escolta e Patrulha suficientes?
A colcha e curta em todo o lugar, até mesmo nos USA.
A entrada dos P-3BR vai atenuar muito essa carencia, mas é IMPOSSIVEL estar preparado para atuar com 100% de cobertura e prontidão em uma area como a nossa.
Seria como resolver o problema da viloencia colocando uma viatura em cada rua da cidade:
E eficiente? Sim. E viavel? Não.
Penso que se torna viável a partir do momento que o poder político o entenda assim, como necessário ao país - e conveniente a si. Exemplifico. A simples e precisa expansão dos HU's, que não é apenas uma constatação minha, mas, e também, da própria MB, ao longo das bases navais existentes ao longo da costa norte/nordeste (4 HU's), e sul (2 HU's) para apoiar os DN's e a suposta 2a Esquadra, poderia suprir esta lacuna, ao menos parcialmente. Estou falando aqui do projeto VHL da marinha. Um negócio de +-60 helos, como o Ka-60, que sempre defendi no tópico específico, por sua envergadura e possibilidades de "conteúdo civil", poderia ajudar a tornar o impossível, viável. É uma questão de vontade e de "unir necessidade militar à conveniência política".
Ainda não conseguiram me provar que um projeto para fabricar 60 helos, ou mais, com a instalação de uma fábrica no Brasil junto a possíveis exportações e vendas para o mercado civil não atrairiam a atenção, e a cobiça alheia do poder civil. Foi o caso dos Caracal. A FAB e o EB poderiam mesmo se aproveitar para conseguir os seus. Impossível em defesa hoje no Brasil pra mim, é conseguir 3% ou 4% do PIB como investimento obrigatório no MD. Isso nenhuma conveniência política se daria o luxo de querer pagar. Não interessa. Quanto ao resto, tudo conseguimos dar um jeito.
Sapao escreveu: Existe sempre uma aeronave de alerta de maior porte (H-1H, H-34 ou H-60) de alerta em Natal, exatamente para suprir essa demanda.
Sobre o deslocamento (ou desdobramento) de forças, se você olhar na DCA 1-1, que versa sobre a Doutrina da FAB la no glossario, vera que isso é EXATAMENTE uma caracteristica de uma força aérea; por varios motivos (vantagens e desvantagens ) dos vetores aéreos que lá tambem estão explicados.
ok, vou dar uma lida com certeza. quanto a um( :!: :?: :shock: ) helo sempre destacado, perdoe-me o termo, mas isto me parece uma baita de uma sacanagem. Um mero helicóptero para fazer o alerta SAR de toda uma região? Não me parece ser muito responsável ou lógico do ponto de vista econômico de nossa parte. Mas compreendo. Um país que não consegue decidir a escolha de um simples caça, por quase vinte anos, esperar mais que isso seria no mínimo risível. Contudo, motivos para a FAB requerer mais esquadrões de helo para si não faltam. Se o poder civil não quer entender isso ou acha que não é necessário ou é luxo para a FAB, então.... é isso.
Sapao escreveu: Você tem razão, mas agora temos o P-3BR que tem como missão TAMBEM a missão SAR, devido as suas caracteristicas. O R-99 não foi pensado para atuar primariamente na missão SAR, mas pode executa-la com bastante eficiencia.
O ideal, vc tem toda a razao, era ter algo exclusivo. Mas ai entra a historia da colcha...
Que terá que ser resolvida antes que ela vire um grande e problemístico retalho na hora em que nós mais precisarmos. Pois quando precisarmos, não teremos agulha e linha suficientes para repor os enormes rasgos feitos nela.
Sapao escreveu: se não me engano todas as unidades de 725 terão aeronaves com REVO, apesar de eu ter minha opinião contraria (acho que um sistema de Helicopter In-<a class="ktg6us78hf8vdu7" href="#">Flight</a> Refueling seria mais eficiente ), ja os H-60 não sei se terão essa capacidade.
Os H-60 acho muito difícil os americanos nos cederem estes "probs". Não vejo como eles possam ver com bons olhos a expansão de nossa capacidade de deslocamento. Mesmo de helos. Existem limitantes na boa vontade deles para conosco. Já no caso dos Caracal, se não todos, penso que ao menos uma esquadrilha (4 aeronaves) por esquadrão deveriam ser/estar permanentemente equipadas com o "kit C-SAR", com as demais com provisão para serem equipadas com estes sistemas quando necessário. Aqui me ocorre uma questão. Quando da substituição dos SP, que penso não demorará tanto, será que teremos interesse(político) e bala na agulha($) para substituir as cerca de 13 aeronaves que deverão ser posta fora de serviço? Ao menos na proporção 1x1?
Sapao escreveu: Que tal VANT/ARP em Natal (esquecemos deles na nossa discussão)?
Quandos os meios lá chegassem, eles já estariam há algumas horas levantando dados...
Sim realmente havíamos nos esquecido deles. :D Se não estou enganado, a MB está fazendo estudos para a utilização destes como esclarecedores/reconhecedores e patrulha naval como parte do SIGAAZ. Espero e torço para que dê certo. Temos alguns projetos leves e médios, mas até o presente momento, nenhum na categoria pesado que pudesse responder as demandas de uma "patrulha naval". Creio que com o tempo, e a confirmação daquele sistema, esta demanda aparecerá e obviamente terá de ser atendida. Até lá, penso que conseguiremos projetar/construir algo apto para o trabalho.
color=#BF0000]podes explicar melhor o que seria esta mobilização dos meios por região? [/color]
Sapao escreveu: sinceramente não porque só escutei o boato...
Mas saiba que depois de Santa Catarina e Região Serrana, as pessoas acordaram para a rapidez e imprevisibilidade de catastrofes dessa magnitude; e a idea era se criar cada vez mais uma estrutura de mobilização que pudesse atuar por região, nacional ou internacionalmente se necessario. Acho que no site do MD tem algums textos sobre isso, mas desculpe a ignorancia porque não é minha area.
ok, obrigado de qualquer forma. vou dar uma olhada por aí, e ver o que encontro. mas talvez seja algo no sentido daquilo que discutimos aqui, com o melhor aparelhamento das unidades da FAB ao longo do país. sem mais aquela coisa de "ilhas de modernidade" e o peso de custosos e demorados deslocamentos país afora. a ver.


abs.




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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#29 Mensagem por lynx » Sáb Set 01, 2012 12:00 am

FCarvalho escreveu:
lynx escreveu:Vou reafirmar que os primeiros meios da MB que chegaram à cena de ação foram o NaPa e a CV Caboclo, mas isso é periférico dentro do assunto que discutimos.
No que se refere à capacidade SAR, a implementação do SISGAAZ, na sua plenitude, é muitíssimo mais importante do que possuir os meios de superfície e aéreos necessários para a efetuação do resgate. Como exemplifiquei, por meio do SISGAAZ será muitíssimo mais fácil vetorar meios civis para atenderem a ocorrências SAR dentro de nossa área de responsabilidade. Por meio dele, teremos uma maior capacidade de receber o chamado de socorro, cruzar essa informação com os meios civis e militares próximos e nos comunicarmos com esses meios para que efetuem as buscas e o resgate necessários. Quem precisa de socorro não está preocupado com a cor do uniforme do socorrista...
Em termos de SAR, a implantação da 2 esquadra em nada acrescenatará, uma vez que os DN da área N/NE continuarão a existir e continuarão a ser os encarregados de atenderem aos eventos SAR. Hoje a Esquadra nem sequer possui um sub-centro SAR, sendo os seus meios, quando acionados, colocados sob controle operativo do sub-centro SAR da área do sinistro, que é o DN da área. Assim foi no AF447, cujo sub-centro SAR encarregado foi o SALVAMAR-NE, subordinado ao Com3DN (Natal). Para essa finalidade, o aumento do número e da capacidade dos meios dos 2, 3 e 4 DN seriam suficientes e representariam um investimento infinitamente menor.
A implantação da 2 Esquadra tem outra finalidade Operacional, a qual, a meu ver, extrapola o assunto desse tópico.
Talvez seja o momento propício para nós começarmos a discutir as implicações de uma reformulação da estrutura SAR no Brasil. Seja na parte estrutural, organizacional, financeira e política da coisa. Podemos, e devemos, melhorar naquilo que nos compete as responsabilidades. Então, pensar, por exemplo, na ampliação futura da aviação naval com aeronaves com bases terrestres, e mais HU's para os DN's, como citei, abrirá com certeza novas perspectivas às ações, e recursos, SAR não só da e para a MB, como à própria FAB. Não estou querendo dar receita, mas precisamos começar a pensar, e a planejar, como efetivamente operacionalizar as futuras demandas de um marinha com duas esquadras, se isto vier realmente a acontecer, e DN's sendo bem mais exigidos em suas responsabilidades. Acho que a continuidade do modelo atual pode evoluir para algo bem mais referenciado e consubstanciado nas competências e qualificações requeridas às ffaa's pela END; pelo menos até onde pudermos fazê-la crível.
lynx escreveu:Infelizmente, a criação de Esquadrões de He distritais representa sim um grande peso ao orçamento dos DNs... por isso só há 3 até hoje. Foi fartamente divulgada a intenção de criação de HUs distritais em Belém e mais um em Rio Grande (com alguma especulação não oficial de que fosse colocado em Florianópolis, que fica na área do 5 DN também, em função da possível desativação da BAFL). Infelizmente esses planos também estão sendo revistos, em função da não concretização das premissas assumidas a cerca do modelo de aeronave que para eles seria alocada... vamos ver como acabará...
linx, poderia explicar melhor esta parte, pois não a compreendi. que premissas? que modelos de aeronaves?

abs
:D Faz de conta que eu não falei nada... :lol: :?




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Re: Aeronave de Busca e Salvamento - SAR

#30 Mensagem por FCarvalho » Sáb Set 01, 2012 1:05 pm

lynx escreveu:
FCarvalho escreveu:Infelizmente esses planos também estão sendo revistos, em função da não concretização das premissas assumidas a cerca do modelo de aeronave que para eles seria alocada... vamos ver como acabará...[/color]
linx, poderia explicar melhor esta parte, pois não a compreendi. que premissas? que modelos de aeronaves?
abs :D Faz de conta que eu não falei nada... :lol: :?
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