De fato para garantir um nível de mobilidade compatível com outros MBT´s modernos a potência exigida por um modelo nacional precisará estar entre 1200 e 1500 CV. Isso seria um problema, pois não existe motor fabricado no Brasil com esta faixa de potência e tamanho razoável (existem alguns com aplicações específicas em equipamentos, mas são grandes e pesados demais, além de bastante caros). Mas já apontei antes uma solução possível, o uso de dois motores em paralelo.pt escreveu:Num país com dimensão continental como o Brasil, uma viatura com grande blindagem e com um motor relativamente fraco (900cv nos dias de hoje não podem mover um tanque moderno a 70km/h) não parece fazer grande sentido.
Durante meu tempo de trabalho na Maxion Motores em SBC, acompanhei a fabricação de versões adaptadas de um motor de caminhão Perkins 6 cil para uso marítimo. O modelo original produzia até 185 CV com turbo e intercooler, mas a versão navalizada, com outra bomba injetora, ajustes no eixo comando e outros detalhes chegava até os 350 CV, um aumento de quase 100% na potência. É claro que isso aumentava o nível de emissões poluentes (que não são medidas em motores navais ou de MBT´s), e reduzia a vida útil do motor para menos de 1/5 do normal. Mas em motores projetados para uso em caminhões, prevendo uma utilização de 8h/dia 5 dias por semana durante mais de 10 anos, a vida útil do modelo modificado ainda seria provavelmnete maior que a dos motores usados normalmente nos MBT´s. Um motor como o mostrado no link abaixo poderia facilmente ser modificado para fornecer até uns 800 CV, e o uso de dois deles já levaria a potência até 1600 CV, mais do que a maioria dos tanques modernos. E isso com motores relativamente compactos, leves e baratos, além de produzidos no Brasil.
http://www.omecanico.com.br/modules/rev ... 42&edid=13
Realmente esta questão do uso de monitores dependeria do desenvolvimento de modelos mais resistentes às vibrações e impactos, eu mesmo já havia levantado esta questão. Mas não me parece ser nada extremamente desafiador, principalmente para os modelos mais novos como os de LED, que despendem pouca energia e não tem problemas de aquecimento excessivo. Colocar a tela em uma caixa de policarbonato e preenchê-la com acrílico para garantir a resistência não me parece apresentar nenhuma dificuldade maior.Os monitores de tela plana numa viatura de combate, são engraçados para dar a tal consciência situacional, o problema é que também é preciso inventar novos materiais, porque os componentes internos começam a ficar riscados e partidos logo na primeira semana de uso em exercícios.
Para garantir alguma durabilidade, tem que colocar uma tampa de material sintético ultra-resistente, que vai ocupar mais espaço que o monitor.
Em combate ou em exercícios, a protecção não pode ser colocada. Um pequeno problema e o tanque fica cego.
Mais eficiente, seriam conjuntos óculos/capacete que transmitissem a informação para os olhos dos militares, como nos aviões de combate. E a informação táctica num capacete, pode complicar a consciência situacional (isto dependeria do software).
O problema é a utilização de um capacete (nao necessáriamente metálico) dentro da viatura.
E como eu também havia mencionado, no caso de falha do sistema de monitores um visor de rosto como os já usados em jogos eletrônicos poderia ser usado como sistema de backup. Não daria a consciência situacional das grandes telas, mas permitiria ao veículo continuar combatendo ou ao menos navegando para poder sair da região crítica de volta à retaguarda.
Quanto ao armamento esta não é minha especialidade, e deixo o debate para os especialistas.
Leandro G. Card