4a Brigada Infantaria Leve (Montanha)

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#16 Mensagem por RobsonBCruz » Qui Set 15, 2011 8:12 am

Guerra escreveu:
RobsonBCruz escreveu:O livro "GUERRA" relata o dia a dia de 1 pelotão no Afeganistão.
O pelotão em questão pertence a 173ª Brigada Aeroterrestre, sediada na Itália.
A unidade substituiu uma da 10ª Divisão de Montanha, que iniciou atuação na montanhosa região do vale do Koregal.
A unidade de infantaria aeroterrestre, assim como suas antecessoras e sucessoras, desdobrou-se naquela região durante 14 meses.
Sem apoio logístico? É disso que se trata o tempo mencionado.
Claro que com muito apoio logístico.
O objetivo da citação foi apenas o de não ficar a impressão que essas tropas paraquedistas e aerotransportadas chegam rápido e sempre vão embora rápido também, substituídas por tropas mais convencionais.

Um abraço.




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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#17 Mensagem por FCarvalho » Qui Set 15, 2011 12:13 pm

Robson, mas este é o exato entendimento do emprego que se faz deste tipo de tropas no Brasil.

Não há na doutrina estabelecida pelo EM do exército, aplicações como estas das tropas americanas no afeganistão. A infantaria Paraquedista, aeromóvel e Mth são consideradas reservas móveis estratégicas do EB. Seu uso está condicionado à condição tática do TO no momento e à razoabilidade de sucesso no emprego.

Por isso defendo a organização e emprego de tais undes, no mínimo em nível bgda, como consta na orientação atual da doutrina de mobilidade e emprego do EB.

Como nossas HE não vislumbram o emprego destas tropas em caráer de longo prazo no TO, sua capacidae de sobreviver em combate e permanecer na linha de contato com o inimigo devem assegurar que seus meios sejam os ideais para atingir seus objetivos primários. Nossas undes leves, pela doutrina atual, jamais atuarão de forma isolada ou independente. Sempre estarão incluidas em uma manobra de envolvimento tático e/ou estratégico no TO, em conjunto com outras unidades de inf mec e bdla. Seja ajundando a defender ou atacando um alvo.

Assim, a percepção que tenho da necessidade de organização e manutenção de uma bgda de Infantaria de Mth não é mais do que, dar cabo de ligar a teoria de nossas HE à realidade prática das nossas om's existentes e a qualificação de seu emprego no TO.

É "juntar a fome com a vontade de comer..." :wink:

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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#18 Mensagem por FCarvalho » Qui Set 15, 2011 12:33 pm

Guerra escreveu: Se existem os btls para se ter uma bda é só questão de coloca-los para operar juntos. Até onde eu sei, a bda seria empregada como infantaria leve, só que num terreno de montanha.

Olha, não sou lá entendido em táticas de combate, mas, me parece que simplesmente juntar btls e colocá-los para combater unidos como se fossem uma mesma unidade não é tão simples assim... há de se saber e treinar a operação em conjunto... operacionalizar a intergração eficiente dos meios... por isso que digo que não é só criar no nome a bgda, tem que integrar as undes, criar uma identidade, dar formação comum a todos... gerar o caráter da OM... isso tenho certeza leva muito tempo e dá trabalho... se fosse só mudar o nome, e não mudar a organização/doutrina, melhor continuar do jeito que está.

O 10 eu não sei, mas o 11 e o 12 do soldado recruta ao comandante são todos habilitados ao combate de montanha. E as companhias tem material para isso.

Pois sim. Então teremos menos trabalho ainda. Formalizar a bgda com disse é questão de vontade e maturidade. Não sei se o EB tem as duas coisas ou uma e outra não, ou se não tem nenhuma.


O 12 forma montanhistas. Inclusive dá instrução de montanhismo para os bombeiros, PM, FAB. Tem uma pista dentro da unidade. Bem na entrada.

A questão é que por princípios de economia e logistica, uma única unidade deveria fazer o papel de escola, e formar todos os quadros das OM's da BgdaMth. No caso a que tivesse melhores condições de desempenhar este papel. Parece-me que o 11o teria essa condição, mas posso estar equivocado. A bgda poderia contar por questão de proximidade e geografia com os 10o, 11o e 12o Btls como unidades orgânicas, já que estão todos em Minas Gerais. 0 32o poderia entrar nesta conta, caso decida-se pela formação quaternária.

Vc não imagina o quanto é dificil. Até mesmo para essas bdas. Vamos pegar como exemplo a bda de operações especiais. A atividade começou no CIGS, depois capengou na bda pqdt, mais por insistência de um grupo do que pela boa vontade do escalão superior, e só agora é uma bda estruturada.

Cada vez que leio este tipo de comentário, me corre um frio no estômago, pois transparece que o EM do exército brasileiro ainda não saiu do sec XIX...:|
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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#19 Mensagem por FCarvalho » Qui Set 15, 2011 1:01 pm

EDITADO.




Editado pela última vez por FCarvalho em Qui Set 15, 2011 1:10 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#20 Mensagem por FCarvalho » Qui Set 15, 2011 1:04 pm

FCarvalho escreveu:
Clermont escreveu:Mas, usar suas forças, tendo em vista as reais necessidades previstas de emprego, é da mais profunda sabedoria. Ainda mais, em tempos de dinheiro curto. Talvez eles poupem dinheiro, porque não acreditam na viabilidade de emprego de paraquedistas, em grandes fomações, acima de batalhão. Talvez por isso, apenas o Regimento Ranger seja, inteiramente qualificado para saltos, já que, raramente, emprega mais de um batalhão por vez. No tempo da Guerra das Malvinas, dos três batalhões que compunham o Regimento de Paraquedistas britânico, somente o 1º Batalhão era, efetivamente, de paraquedistas, em constante adestramento.

Esta talvez fosse uma solução para nós se nossas HE não vislumbrassem o uso de nossas unides de inf leve como reserva estratégica, e portanto, com a necessidade de garantir minimamente sua intrusão no TO com reais possibilidades de cumprir a missão destinada, sem o apoio imediato de outras forças, ou a partir do apoio destas. Não somos os USA, Russia ou UE, que dispõem em seus arsenais humanos e materiais de apoio logístico muito superior ao que temos. Nossa infantaria tem que durar no combate, até que possa ser retirada ou apoiada por mais tropas. Cada um no seu quadrado.


No tempo da intervenção americana no Panamá, ocorreu um salto de combate de um batalhão (não lembro mais se Ranger ou da 82ª Aeroterrestre) e, segundo se diz, apenas para que os militares pudessem ser condecorados com uma insígnia por pular de paraquedas em combate, pois não haveria nenhuma necessidade operacional que justificasse a ação.

Mas nada nos garante, que amanhã ou depois, eu não precise colocar, por exemplo, uma bgda inteira para defender uma passagem férrea, ponte, estrada ou rio, que impeça o avanço inimigo e a tomada de uma posição importante e possibilitar o rearranjo das forças de defesa para um contra-ataque. A campanha no norte do Iraque demontrou isso em menor escala. É sempre importante lembrar que o Brasil possui enormes vazios demograficos a defender, e que nossa capacidade logistica de transporte é por demais limitada.No nosso caso, geograficamente, em geral, quem chegar primeiro... leva.


Realmente, as vezes eu me pergunto se o custo de manter uma brigada inteira de paraquedistas (mais um batalhão de comandos e outro de forças especiais, não seria excessivo para o Exército brasileiro.

A nossa bgda de Pqdt's é uma OM enchuta se comparada as outras existentes por aí mundo afora. O que ainda lhe garante seu status de elite e unde prioritária é a qualidade da formação e a capacidade operacional que seus quadros possuem. Eles cumprem missões, que simplesmente outras tropas não o fariam. Não pelo menos com a mesma eficiência. Assim também a Aeromóvel e a InfMth.

Nosso "batalhão" de cmmdos é na realidade uma OM pra lá de enxuta também. Dos btls do EB ele com certeza é o menor de todos, menor ainda que os da aeromóvel, que por si, já são diminutos. O Btl de FE existe só no nome. A qudte de FE no EB não chega a formar mal e porcamente um Pel ou Cia.

Uma coisa importante. Temos que ter sempre em mente isso: no dia que a desgraça vier bater a nossa porta, ( e bater com força) os únicos aliados reais, com os quais poderemos verdadeiramente contar, seremos nós mesmos.

Temos que nos preparar para isso. Todo cidadão um soldado.

Mas será que ainda há quem acredite nisso hoje, no país das Olimpiadas e Copa do Mundo... :|

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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#21 Mensagem por FCarvalho » Qui Set 15, 2011 1:08 pm

EDITADO.




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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#22 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Qui Set 15, 2011 4:03 pm

Quando eu estava organizando meu arquivo de ORBATS encontrei alo na organização do exército argentino que me deixou encafifado!

Encontrei duas brigadas de Montaña e uma brigada de Monte!!!

Levei um susto! Brigada de Montaña seria para os Andes, e a de Monte seria para até uns 1.000 metros?

Ai me lembrei: quando fui a Chrysler Argentina a serviço (naquela epoca eu trabalhava na Chrysler Brasil) tinha o endereço da fabrica na Argentina, que era em Buenos Aires num lugar chamado Monte Chingolo.

Quando cheguei lá percebi que não estava em monte nenhum. Era tão alto quanto qualquer lugar de Buenos Aires: menos de 10 m acima do nivel do mar!

Perguntei sobre o nome. Aí me explicaram: monte quer dizer bosque, floresta, selva.

Ou seja, a brigda de Monte argentina, é uma brigada de Selva.

Curiosidades militares!!!

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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#23 Mensagem por jauro » Qui Set 15, 2011 4:36 pm

Editada




Editado pela última vez por jauro em Qui Set 15, 2011 4:57 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#24 Mensagem por jauro » Qui Set 15, 2011 4:37 pm

Isso mesmo. Certa vez quando servia em FIguaçu, tive o privilégio de ir a Possadas na sede dessa Brigada, a 12ª Bda de Infantaria de Monte. Curiosamente tive as mesmas expectativas e a mesma dúvida.
Na época eles tinham em Puerto Yguazu uma Cia de Eng daquela Bda(12). Com a construção da Ponte Bra-Arg, PYzu teve a Cia trocada por um - 30ºRgto de Monte (RMte30) - (BtlInf de Floresta).

Ah, sim, diga-se de passagem é ma brigada completa, bem adestrada, bem equipada para aquela missão, posui em sua organização duas cias extras de Caçadores de Monte. A 12 e a 18ªCiasCçMte.
A Cia de Eng, atualmente é um BtlEngMte.




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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#25 Mensagem por RobsonBCruz » Qui Set 15, 2011 6:45 pm

FCarvalho escreveu:Robson, mas este é o exato entendimento do emprego que se faz deste tipo de tropas no Brasil.

Não há na doutrina estabelecida pelo EM do exército, aplicações como estas das tropas americanas no afeganistão. A infantaria Paraquedista, aeromóvel e Mth são consideradas reservas móveis estratégicas do EB. Seu uso está condicionado à condição tática do TO no momento e à razoabilidade de sucesso no emprego.

Por isso defendo a organização e emprego de tais undes, no mínimo em nível bgda, como consta na orientação atual da doutrina de mobilidade e emprego do EB.

Como nossas HE não vislumbram o emprego destas tropas em caráer de longo prazo no TO, sua capacidae de sobreviver em combate e permanecer na linha de contato com o inimigo devem assegurar que seus meios sejam os ideais para atingir seus objetivos primários. Nossas undes leves, pela doutrina atual, jamais atuarão de forma isolada ou independente. Sempre estarão incluidas em uma manobra de envolvimento tático e/ou estratégico no TO, em conjunto com outras unidades de inf mec e bdla. Seja ajundando a defender ou atacando um alvo.

Assim, a percepção que tenho da necessidade de organização e manutenção de uma bgda de Infantaria de Mth não é mais do que, dar cabo de ligar a teoria de nossas HE à realidade prática das nossas om's existentes e a qualificação de seu emprego no TO.

É "juntar a fome com a vontade de comer..." :wink:

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Quando a BdaInfPqd compôs o contingente no Haiti, ficou quanto tempo por lá?
Quanto tempo a BdaInfPqd ficou no complexo do Alemão?




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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#26 Mensagem por FCarvalho » Qui Set 15, 2011 7:01 pm

Bem, não conheço a geografia argentina com excelência, mas acredito que a palavra monte seja mais condizente com "floresta" em português do que para "selva", já que esta, significa um ambiente de floresta muito fechado, com densidade arbórea e folhear extrema e clima normalmente equatorial.

Ao que saiba, na Argentina não há nada parecido com isto. A coisa mais próxima que eles devem conhecer do ambiente de selva seria o pré-antiplano andino bem ao norte na fronteira com a bolivia.

Observar que não estou a criticar sua unde de monte(floresta), mas apenas chamando a atenção para a diferenciação de entendimentos das palavras, por questão de tradução, a fim de que se evite um pensamento equivocado a despeito do EA possuir uma bgda de selva, algo que eles jamais tiveram.

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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#27 Mensagem por Guerra » Qui Set 15, 2011 7:24 pm

RobsonBCruz escreveu:Claro que com muito apoio logístico.
O objetivo da citação foi apenas o de não ficar a impressão que essas tropas paraquedistas e aerotransportadas chegam rápido e sempre vão embora rápido também, substituídas por tropas mais convencionais.

Um abraço.
Mas é para isso que essas tropas existem. Não tem logica ter uma tropa leve se ela não tiver uma imensa mobilidade estrategica. E como elas são leves, não tem logica emprega-las utilizando essa vantagem estrategica e depois substiui-las por uma tropa com maio poder de fogo, mas com uma mobilidade menor.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#28 Mensagem por FCarvalho » Qui Set 15, 2011 7:30 pm

RobsonBCruz escreveu:Só para provocar:
Quando a BdaInfPqd compôs o contingente no Haiti, ficou quanto tempo por lá?
Quanto tempo a BdaInfPqd ficou no complexo do Alemão?
Provocado... :mrgreen:

Existe uma diferença na forma do emprego da tropa nos casos apresentados. Em ambas, nenhuma delas caracterizou-se como um TO de combate convencional; houve sim o engajamento em um sistema de conflito de baixa intensidade, urbano e civil, ou seja, o mote destas operações foi no sistema de GLO. Para tal tipo de operação, existem as prescrições legais e ordinárias para as regras de engajamento da tropa, que é totalmente diferente de se engajar um inimigo declarado e conhecido. Os objetivos são doutrinariamente diferentes. E portanto o uso da força também o é.

Como disse, para este tipo de emprego "policalesco" de uma tropa de infantaria, a manutenção e preparo e paoio logístico da tropa, é totalmente diferente do seu emprego normal em uma ambiente de guerra convencional.

Respondendo de forma mais objetiva, no Haiti, a inf.pqdt em termos de efetivos deslocados, jamais passou de não mais que um pel, quando muito uma cia, no inicio do conflito. Atuaram sempre como tropa de reforço - junto com fuz.navais e FE's - e não como base das ações. E tão logo as tropas adestradas especificamente para aquela função entraram em cena, os "paras" foram substituidos imediatamente. E na verdade, isto não levou muito tempo, posto que, o Brasil já tinha à época, tropas com experiência em Angola e Moçambique. Mesmo hoje, apesar do tempo decorrido, ainda existem alguns pqdt's por lá, mas isso é mais um função da necessidade de se manter o profissionalismo da tropa o mais próximo possível da realidade de um TO em conflito.

A mesma situação acima se aplica ao Morro do Alemão. A Bgda entrou com um único btl, contando com reforço da aeromóvel, Fuz Navais e PE's/Cias Grda em menor número. E claro com a PMERJ. No mais, eles ficaram, por se tratar de um teatro de GLO, pouco mais que 2/3 semanas, até o EB engajar as om's do RJ no local. Embora ainda existam pqdt's por lá, a tropa atua em fração bem menores do que aquelas recomendadas para o seu emprego convencional.

Enfim, são situações distintas para empregos distintos.

E nós anda precisamos de uma Bgda Mth, se quisermos mesmo atuar com mínima eficiência no TO a que ela se destina.

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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#29 Mensagem por Guerra » Qui Set 15, 2011 7:32 pm

FCarvalho escreveu:Como nossas HE não vislumbram o emprego destas tropas em caráer de longo prazo no TO, sua capacidae de sobreviver em combate e permanecer na linha de contato com o inimigo devem assegurar que seus meios sejam os ideais para atingir seus objetivos primários. Nossas undes leves, pela doutrina atual, jamais atuarão de forma isolada ou independente. Sempre estarão incluidas em uma manobra de envolvimento tático e/ou estratégico no TO, em conjunto com outras unidades de inf mec e bdla. Seja ajundando a defender ou atacando um alvo.
A menos que seja um combate irregular. Infantaria leve deve estar preparada para operar descentralizada. Até nivel pelotão. O problema é que o afegnistão é como se fosse uma guerrilha mais em fase adiantada. O inimigo não luta pelo terreno, o poder de combate do inimigo varia muito e por ai vai.




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Re: Brigada Infantaria de Montanha

#30 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Qui Set 15, 2011 7:36 pm

FCarvalho escreveu:Bem, não conheço a geografia argentina com excelência, mas acredito que a palavra monte seja mais condizente com "floresta" em português do que para "selva", já que esta, significa um ambiente de floresta muito fechado, com densidade arbórea e folhear extrema e clima normalmente equatorial.

Ao que saiba, na Argentina não há nada parecido com isto. A coisa mais próxima que eles devem conhecer do ambiente de selva seria o pré-antiplano andino bem ao norte na fronteira com a bolivia.

Observar que não estou a criticar sua unde de monte(floresta), mas apenas chamando a atenção para a diferenciação de entendimentos das palavras, por questão de tradução, a fim de que se evite um pensamento equivocado a despeito do EA possuir uma bgda de selva, algo que eles jamais tiveram.

abs.
Muitissimo obrigado por seu oportuno comentario.

Faço minhas as suas palavras: Brigada de Monte = Brigada de Floresta.

Na verdade, o que eu queria dizer era que a Brigada de Monte argentina era o correspondente de nossa Brigada de Selva.

Aliás, agora me lembrei que quando almocei na fabrica do AMX-13 na Argentina (em 1989), um dos que estavam na mesa era um especialista em cobras venenosas que dava instrução nestas unidades de "Monte".

Abraços

Bacchi




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