Re: Cimeira da NATO em Lisboa
Enviado: Sáb Nov 20, 2010 8:49 am
Num país de carneirada não me admira
Já se sabia que haveria muito pessoal do Corpo de Intervenção dos destacamentos do Porto e Faro em Lisboa. Só assim a PSP conseguiria ter o pessoal em número suficiente para proteger 5000 VIP e respectivos acompanhantes/seguranças. Se eles estão a meter baixa é provável que haja m#$%! É que o governo não vai perdoar.P44 escreveu:Já ouvi dizer que a maior parte dos agentes da PSP que está na Cimeira são do porto e do algarve, os agentes de Lisboa meteram todos baixa em sinal de protesto, já que não puderam fazer greve como inicialmente anunciado.
Mas é uma vergonha, num país no estado em que está , gastar milhões numa palhaçada destas, transtornar o dia normal de trabalho a milhares de pessoas , por causa destes mrds.....
a única vantagem é que tb cá está o sakashvilli , que vai aproveitar e ficar para os espectáculos de Natal do Circo Chen...
Cimeira da NATO
Oeiras deverá tornar-se único comando naval
por Manuel Carlos FreireHoje
O comando NATO de Oeiras vai substituir os actuais comandos de componente naval em Nápoles (Itália) e Northwood (Inglaterra), que serão extintos
A instalação do único comando naval da NATO em Oeiras, na nova estrutura operacional a aprovar em 2011, deverá concentrar em Portugal todas as decisões e competências marítimas da Aliança Atlântica.
A opção ficou implícita hoje nas palavras do primeiro-ministro, José Sócrates, ao dizer aos jornalistas que Oeiras irá receber as estruturas do comando naval de Northwood (e não de Nápoles, que também será extinto, ficando aí um só comando, conjunto, de segundo nível).
A ser aprovada, na ministerial de Junho de 2011, essa solução significará uma redução do estatuto de Oeiras: passa do segundo para o terceiro nível (estritamente naval). Porém, tornando-se no único "comando marítimo" da NATO, como lhe chamou José Sócrates, assumirá por completo a responsabilidade pelas operações navais - como a Ocean Shield, de combate à pirataria na Somália - e pelas matérias desse sector a nível da Aliança.
Isso é um dado adicional à simples garantia, contra as expectativas gerais, de manter um comando NATO em Portugal quando se reduz o número total de comandos. (até porque, em 2002, essa estrutura chegou a estar mesmo eliminada).
Como tal, reforça a dimensão da vitória político-diplomática de Portugal no actual processo de reinvenção da NATO enquanto actor internacional, nos domínios da Defesa e Segurança.
Por esclarecer fica a dependência hierárquica do comando naval de Oeiras na nova estrutura: do comando regional de Nápoles ou do de Brunssum (Holanda), do qual depende agora o de Northwood?
Sendo um comando naval da NATO, Northwood é também o comando operacional conjunto (componentes naval, terrestre e aérea) das Forças Armadas britânicas. E Londres manteve sempre capacidades próprias e de topo ao nível do comando e controlo das operações, segundo fontes militares.
Parece que a Rússia, está na Nato, ainda que informalmente.Acordo: Medvedev testemunha em Lisboa momento histórico para o mundo
Acabou a ameaça russa para o Ocidente
Sarkozy foi muito claro no final da cimeira da NATO. O sistema antimíssil da organização visa proteger a Europa, os EUA e também a Rússia de uma ameaça chamada Irão. É evidente que o presidente francês pôs preto no branco o pensamento de todos os líderes presentes em Lisboa.
0h30
Por:António Ribeiro Ferreira
A participação da Rússia nesta nova arma de defesa é um facto histórico e marca definitivamente o fim de um clima de desconfiança que a guerra da Geórgia, em 2008, agravou. Agora, Moscovo é, como afirmou Barack Obama, um parceiro da NATO. E, por isso mesmo, a Rússia vai participar activamente no armamento do Exército afegão e abrir o seu território à passagem de equipamento militar dos aliados para o Afeganistão.
Os passos para uma cooperação cada vez mais intensa foram concretizados nesta cimeira e resultam de meses e meses de contínuas e difíceis negociações entre os dois antigos inimigos. Medvedev veio a Portugal com várias certezas. Uma é que o sistema antimíssil irá proteger igualmente a Rússia e os seus aliados. Os mísseis ocidentais não estarão dirigidos contra Moscovo e os russos terão acesso a todas as informações da NATO. Qualquer ataque à Rússia será considerado pela Aliança Atlântica como um ataque a um dos seus Estados-membros, e Moscovo poderá igualmente intervir em defesa de um qualquer país europeu.
O novo sistema não protege apenas tropas ou cidades. Vai defender todo o continente e deverá por isso mesmo ter uma capacidade e um alcance muito superiores aos actualmente existentes. Moscovo sabe perfeitamente que a principal ameaça vem do Irão. Mas a Rússia não quer apontar o dedo a ninguém nesta fase do processo, e por isso que o secretário-geral da NATO afirma que o sistema antimíssil "é contra quem for". E recorda que neste momento há vinte ou trinta países que estão a investir em mísseis balísticos.
Mas se a intervenção russa neste processo é importante, a sua participação no esforço de guerra no Afeganistão é outro marco importante da entrada da Rússia nesta grande aliança mundial. Equipamento pesado, metralhadoras, formação e abertura do território russo à NATO marcam esse passo decisivo e histórico. Definitivamente, acabou a ameaça russa.
OBAMA DEU FORTE E FEIO EM KARZAI
O presidente dos EUA não teve papas na língua e deu forte e feio no homólogo afegão. Isto porque o presidente Karzai andou e anda a fazer muitas queixas sobre as mortes de civis, a presença de forças de segurança privadas no seu país e também sobre a nova estratégia militar do general Petraeus, que já conseguiu liquidar centenas de chefes tribais próximos dos taliban.
Ontem, em conferência de imprensa, Barack Obama lembrou-lhe os milhões gastos no Afeganistão, os esforços dos EUA e as mortes de soldados americanos. E recordou--lhe que a corrupção e o narcotráfico têm de acabar no Afeganistão.
MEDVEDEV RECORDOU A GEÓRGIA
O presidente russo esteve cerca de quatro horas em Lisboa, mas regressou a Moscovo com algumas vitórias. A Rússia passou a ser uma parceira da NATO e sabe, a partir de agora, que a Geórgia e a Ucrânia não serão membros da Aliança Atlântica nos tempos mais próximos. Sabe também que a presença russa na Transnístria, na Moldávia, não será questionada por Bruxelas. Foi isso mesmo que Medvedev disse ontem no final da cimeira da NATO com o seu país. O presidente russo recordou a guerra da Geórgia, em 2008, para dizer que as divergências com Bruxelas estão ultrapassadas e que o futuro é prometedor.