Salvo os excessos "bolivarianos":
17/07/2009 - 12h28
EUA encerram polêmica operação militar em base no Equador
da Efe, em Quito
O último voo antinarcóticos realizado nesta sexta-feira pelos Estados Unidos da base de operações avançadas (FOL, na sigla em inglês) em Manta, no Equador, marca o fim de sua polêmica atuação no país.
Após uma década de operações, a FOL será fechada antecipadamente, em cumprimento com a nova Constituição do Equador, que proíbe bases militares estrangeiras no território.
Martha Youth, chefe de imprensa da Embaixada, disse à agência Efe que o voo desta sexta-feira marcará sua retirada o início da retirada das instalações --que devem voltar para as mãos da Força Aérea Equatoriana (FAE) no último dia 18 de setembro.
A presença americana em Manta atrai duras críticas depois de uma série de denúncias, entre as quais a suposta participação no afundamento de navios com migrantes.
Marcos Martínez, presidente da Comissão de Assuntos Internacionais e de Segurança Pública da Comissão Legislativa, disse à Efe que pediu ao presidente do Equador, Rafael Correa, que formasse uma comissão para investigar denúncias de violação de direitos humanos por soldados americanos.
Martínez lembrou que o acordo de facilidades determina como funções da FOL a "detecção, monitoração, rastreamento e controle de aeronaves em atividades ilegais de narcotráfico" e proíbe as interdições marítimas.
Baseado nas investigações em Manta e em dados da Procuradoria, ele indicou que "o acordo foi violado, pois tivemos interdições marítimas em águas territoriais equatorianas".
Martínez disse que a base no Equador contribuiu para a captura de "somente 80 toneladas em 10 anos", o que classificou de "resultado pobre".
Segundo a Embaixada dos EUA, a FOL de Manta fez parte de uma cooperação internacional, que inclui uma dúzia de países, embora não tenha fornecido dados concretos sobre resultados da base no Equador.
Neste trabalho conjunto, com cerca de 5.000 voos de Manta, 1.758 toneladas de cocaína foram encontradas, que teriam um valor de aproximadamente US$ 35,1 bilhões se fossem comercializados e contribuiu para 3.011 detenções, desde 2000.
Recentemente, o ministro equatoriano de Defesa, Javier Ponce, disse que a base de Manta "é um episódio que tem algumas sombras em nosso país, que foi entregue sem benefícios" e que
"o Equador nunca teve um controle direto sobre as informação geradas nas ações da base".
Afirmou ainda que os americanos não forneceram informação aos representantes equatorianos nos voos da base, já que os EUA não reconheciam a soberania de Quito além das 12 milhas.
"Não havia participação nos voos e simplesmente recebíamos a informação filtrada pelos EUA", explicou.
Domingo Paredes, diretor do Conselho Nacional de Controle de Substâncias Entorpecentes e Psicotrópicas do Equador, criticou o fato de que seu país não tenha obtido benefícios tecnológicos após a década de operações da FOL e descartou efeitos negativos de sua saída.
"Ao contrário, achamos que vamos construir melhores espaços de inteligência e informação, tanto em nível sul-americano, como latino-americano e dentro da Comunidade Andina (CAN)", disse à Efe, ao destacar o esforço de seu governo para nacionalizar a política antidrogas.
"A base estava vinculada a uma visão geopolítica, cujo propósito fundamental era nos envolver na guerra com a Colômbia", disse.
Grupos de direitos humanos denunciaram que a FOL também foi usada para apoiar o Plano Colômbia, que combate o narcotráfico e a guerrilha do país.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 6409.shtml
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Apesar do "bolivarianismo" de Marcos Martínez não há dúvida q esta sempre foi a política dos EUA nas cláusulas de utilização de bases no terceiro mundo e até mesmo na OTAN como demostraram os voos da CIA durante a "guerra contra o terror de Bush": informar somente o q lhes apetece...
Muitos aqui falam em soberania nacional; queria saber o q acham da idéia de termos uma base estrangeira em nosso país sem q tenhamos informações fidedignas e em tempo real das missões a partir dela...
Será q isso é apenas mais uma "teoria de conspiração bolivariana" e não teríamos nada com q nos preocupar?...
Será q os outros países da AL não tem o mesmo direito?
De viverem sem ingerências "bolivarianas" ou yankees? e se a Venezuela fizesse bases e estacionasse tropas na Bolívia? não seria tão intervencionista e contra uma soberania nacional quanto bases americanas em um país fronteiriço ao nosso em pleno século XXI?
Os EUA são do bem e os bolivarianos são do mal?...
As vezes acho q alguns são tão alinhados com determinadas políticas externas q beira a "ingenuidade"... Parece um "complexo de inferioridade", não podemos desagradar o norte...
América Latina não precisa de ninguém para lhe dizer o q fazer e como fazer... as vezes parece q tem gente q é nostálgica da vassalagem da época da Guerra Fria...