Que nova ordem Mundial?
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- soultrain
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Re: Que nova ordem Mundial?
O que está por detrás deste pensamento é um mundo "federal", com um governo Mundial. Eu sou muito céptico em relação à practicidade e mais importante ao seu funcionamento.
No entanto concordo com algumas harmonizações no comercio mundial, não acho justo um estado ou empresas terem predominância em determinados sectores, com trabalho semi escravo.
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No entanto concordo com algumas harmonizações no comercio mundial, não acho justo um estado ou empresas terem predominância em determinados sectores, com trabalho semi escravo.
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
- Edu Lopes
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Re: Que nova ordem Mundial?
Países do BRIC se reúnem em busca de uma nova ordem mundial
Silvia Salek
Da BBC Brasil em Londres
Os líderes dos quatro países que formam o bloco dos BRICs (sigla criada em 2001 pelo banco de investimentos Goldman Sachs para se referir a Brasil, Rússia, Índia e China) terão, nesta terça-feira, 16 de junho, sua primeira cúpula presidencial em Ecaterimburgo, cidade na região dos Montes Urais, na parte asiática da Rússia.
A pauta desse encontro inédito é vasta e inclui assuntos que refletem um interesse comum em buscar uma nova ordem global que reflita o peso que as economias emergentes ganharam nos últimos anos, e devem continuar ganhando no futuro.
Pelo menos para o economista que criou a sigla, Jim O'Neill, este futuro está mais próximo.
De acordo com suas mais recentes projeções, em 2027, a economia da China deve superar a dos Estados Unidos, contribuindo, em grande parte, para que o grupo como um todo supere as economias ricas do G7 em menos de duas décadas.
A previsão anterior era de que isso ocorresse em 2035. A revisão se deve a um crescimento da China maior do que o esperado nos últimos anos e aos efeitos da crise na economia global.
A crise será um dos principais temas da cúpula em que os quatro chefes de Estado devem chegar a um consenso sobre o caminho que deve ser trilhado para que a economia volte a crescer com estabilidade.
Eles devem discutir ainda assuntos diversos, como a reforma das instituições financeiras internacionais, o diálogo dos BRICs no futuro, o papel do G20, mudanças climáticas e questões de segurança alimentar e energética. Tudo isso em apenas quatro horas de reunião.
Interesses comuns
Apesar das grandes diferenças entre os quatro países, alguns temas são consensuais, como a visão de que é necessária uma reforma no sistema financeiro global.
Os quatro defendem o fortalecimento de mecanismos de supervisão do mercado financeiro e reformas que deem mais voz aos emergentes no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial, instituições criadas no fim da Segunda Guerra Mundial para supervisionar a economia global.
O consenso ainda não está claro em outros temas. Um que promete causar polêmica é a discussão, ainda em estágio inicial, sobre uma alternativa ao dólar como moeda global de reserva e usada na maior parte das trocas comerciais. A ideia levanta várias possibilidades, mas ainda não há proposta concreta nem a certeza de que o tema é visto como prioridade pelos quatro.
No campo político, existe uma visão comum de que a Organização das Nações Unidas (ONU) deve ser aberta a uma maior participação de países emergentes e em desenvolvimento.
Mas no foro dos BRICs, no entanto, não existe posição única sobre a reforma no Conselho de Segurança defendida pelo Brasil e que inclui a ampliação do número de países com direito a um assento permanente e a veto.
A China e a Rússia fazem parte desse seleto grupo ao lado da França, da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. O Brasil e a Índia, ao lado do Japão e da Alemanha, postulam uma vaga cativa.
No grupo, o tema é polêmico principalmente porque a China, apesar de defender, em tese, a democratização das organizações internacionais, é veementemente contra a inclusão do Japão.
"Mas a ONU é muito maior do que o Conselho de Segurança. A democratização da ONU passa também por uma maior participação em missões de paz, por exemplo", disse o analista indiano Nandan Unnikrishnan, que organizou recentemente na Índia um fórum de discussões sobre os BRICs com acadêmicos dos quatro países.
Unnikrishnan vê, no entanto, com mais cautela qualquer proposta de alternativa ao dólar.
"É preciso avaliar muito bem qual pode ser o efeito disso", disse o indiano, que é pesquisador-sênior do Observer Research Foundation, em Nova Déli, uma organização que defende reformas na Índia.
Andrew Wilson, especialista em Rússia do Conselho Europeu de Relações Internacionais, é ainda mais cético e identifica na defesa de uma moeda alternativa ao dólar uma retórica populista de "antiamericanismo".
"Temos que levar em conta que estão jogando para suas platéias nos países emergentes. A verdade é que não estamos perto de encontrar nenhuma alternativa ao dólar", disse Wilson.
Para o especialista indiano em relações internacionais Sukh Deo Muni, é normal que haja "suspeitas de todo tipo" na comunidade internacional sobre as intenções do grupo emergente.
"Eu vejo a futura atuação desses países como uma espécie de grupo de lobby que quer lutar pela reestruturação do sistema político e financeiro global, e isso pode causar um certo desconforto em alguns setores", disse Muni, especialista em política externa regional e, atualmente, pesquisador do Instituto de Estudos Sul-Asiáticos da Universidade Nacional de Cingapura.
Verdadeira estrela
A união dos quatro países com o selo BRICs levanta críticas e elogios em medida semelhante.
Entre as críticas, está o fato de o termo unir países tão distintos no que muitos classificam como um "conceito de marketing" criado por um banco.
Outros apontam que o BRIC é um grupo artificial e desigual em que a verdadeira estrela é a China. Atualmente, a economia chinesa é do tamanho das outras três juntas e essa distância tende a aumentar.
"Ainda que a China seja superior em alguns aspectos, não está interessada em criar um G2 com os Estados Unidos, de fazer parte de um grupo elitista", disse Xu Bin, professor de Economia e Finanças da International Business School, em Xangai.
As diferenças, no entanto, não devem impedir que o grupo consolide uma agenda consensual, ainda que modesta, mas suficiente para projetar para o mundo o objetivo comum de "reequilibrar e democratizar a ordem internacional", nas palavras da Presidência brasileira.
A cúpula ocorre na cidade onde o último czar russo foi executado, em 1918, em meio a uma reunião da Organização para a Cooperação de Xangai (SCO, em inglês), um grupo criado em 2001 e que reúne os líderes da China, da Rússia e de quatro países da Ásia central (Cazaquistão, Uzbequistão, Tadjiquistão e Quirguistão).
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... s_cq.shtml
Silvia Salek
Da BBC Brasil em Londres
Os líderes dos quatro países que formam o bloco dos BRICs (sigla criada em 2001 pelo banco de investimentos Goldman Sachs para se referir a Brasil, Rússia, Índia e China) terão, nesta terça-feira, 16 de junho, sua primeira cúpula presidencial em Ecaterimburgo, cidade na região dos Montes Urais, na parte asiática da Rússia.
A pauta desse encontro inédito é vasta e inclui assuntos que refletem um interesse comum em buscar uma nova ordem global que reflita o peso que as economias emergentes ganharam nos últimos anos, e devem continuar ganhando no futuro.
Pelo menos para o economista que criou a sigla, Jim O'Neill, este futuro está mais próximo.
De acordo com suas mais recentes projeções, em 2027, a economia da China deve superar a dos Estados Unidos, contribuindo, em grande parte, para que o grupo como um todo supere as economias ricas do G7 em menos de duas décadas.
A previsão anterior era de que isso ocorresse em 2035. A revisão se deve a um crescimento da China maior do que o esperado nos últimos anos e aos efeitos da crise na economia global.
A crise será um dos principais temas da cúpula em que os quatro chefes de Estado devem chegar a um consenso sobre o caminho que deve ser trilhado para que a economia volte a crescer com estabilidade.
Eles devem discutir ainda assuntos diversos, como a reforma das instituições financeiras internacionais, o diálogo dos BRICs no futuro, o papel do G20, mudanças climáticas e questões de segurança alimentar e energética. Tudo isso em apenas quatro horas de reunião.
Interesses comuns
Apesar das grandes diferenças entre os quatro países, alguns temas são consensuais, como a visão de que é necessária uma reforma no sistema financeiro global.
Os quatro defendem o fortalecimento de mecanismos de supervisão do mercado financeiro e reformas que deem mais voz aos emergentes no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial, instituições criadas no fim da Segunda Guerra Mundial para supervisionar a economia global.
O consenso ainda não está claro em outros temas. Um que promete causar polêmica é a discussão, ainda em estágio inicial, sobre uma alternativa ao dólar como moeda global de reserva e usada na maior parte das trocas comerciais. A ideia levanta várias possibilidades, mas ainda não há proposta concreta nem a certeza de que o tema é visto como prioridade pelos quatro.
No campo político, existe uma visão comum de que a Organização das Nações Unidas (ONU) deve ser aberta a uma maior participação de países emergentes e em desenvolvimento.
Mas no foro dos BRICs, no entanto, não existe posição única sobre a reforma no Conselho de Segurança defendida pelo Brasil e que inclui a ampliação do número de países com direito a um assento permanente e a veto.
A China e a Rússia fazem parte desse seleto grupo ao lado da França, da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. O Brasil e a Índia, ao lado do Japão e da Alemanha, postulam uma vaga cativa.
No grupo, o tema é polêmico principalmente porque a China, apesar de defender, em tese, a democratização das organizações internacionais, é veementemente contra a inclusão do Japão.
"Mas a ONU é muito maior do que o Conselho de Segurança. A democratização da ONU passa também por uma maior participação em missões de paz, por exemplo", disse o analista indiano Nandan Unnikrishnan, que organizou recentemente na Índia um fórum de discussões sobre os BRICs com acadêmicos dos quatro países.
Unnikrishnan vê, no entanto, com mais cautela qualquer proposta de alternativa ao dólar.
"É preciso avaliar muito bem qual pode ser o efeito disso", disse o indiano, que é pesquisador-sênior do Observer Research Foundation, em Nova Déli, uma organização que defende reformas na Índia.
Andrew Wilson, especialista em Rússia do Conselho Europeu de Relações Internacionais, é ainda mais cético e identifica na defesa de uma moeda alternativa ao dólar uma retórica populista de "antiamericanismo".
"Temos que levar em conta que estão jogando para suas platéias nos países emergentes. A verdade é que não estamos perto de encontrar nenhuma alternativa ao dólar", disse Wilson.
Para o especialista indiano em relações internacionais Sukh Deo Muni, é normal que haja "suspeitas de todo tipo" na comunidade internacional sobre as intenções do grupo emergente.
"Eu vejo a futura atuação desses países como uma espécie de grupo de lobby que quer lutar pela reestruturação do sistema político e financeiro global, e isso pode causar um certo desconforto em alguns setores", disse Muni, especialista em política externa regional e, atualmente, pesquisador do Instituto de Estudos Sul-Asiáticos da Universidade Nacional de Cingapura.
Verdadeira estrela
A união dos quatro países com o selo BRICs levanta críticas e elogios em medida semelhante.
Entre as críticas, está o fato de o termo unir países tão distintos no que muitos classificam como um "conceito de marketing" criado por um banco.
Outros apontam que o BRIC é um grupo artificial e desigual em que a verdadeira estrela é a China. Atualmente, a economia chinesa é do tamanho das outras três juntas e essa distância tende a aumentar.
"Ainda que a China seja superior em alguns aspectos, não está interessada em criar um G2 com os Estados Unidos, de fazer parte de um grupo elitista", disse Xu Bin, professor de Economia e Finanças da International Business School, em Xangai.
As diferenças, no entanto, não devem impedir que o grupo consolide uma agenda consensual, ainda que modesta, mas suficiente para projetar para o mundo o objetivo comum de "reequilibrar e democratizar a ordem internacional", nas palavras da Presidência brasileira.
A cúpula ocorre na cidade onde o último czar russo foi executado, em 1918, em meio a uma reunião da Organização para a Cooperação de Xangai (SCO, em inglês), um grupo criado em 2001 e que reúne os líderes da China, da Rússia e de quatro países da Ásia central (Cazaquistão, Uzbequistão, Tadjiquistão e Quirguistão).
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... s_cq.shtml
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Re: Que nova ordem Mundial?
Líderes do G20 enfrentam desafio de criar nova ordem mundial
De Agencia EFE – Há 22 horas
Pittsburgh (EUA), 26 set (EFE) - Os líderes do Grupo dos Vinte (G20, os países ricos e os principais emergentes) têm a partir deste sábado o enorme desafio de começar a implantar a nova ordem mundial que definiram na cúpula de Pittsburgh, mas com a dificuldade de não ter detalhes precisos nem capacidade de pressão uns sobre os outros.
O G20 é um grupo amplo que reúne os países mais industrializados do planeta e vários emergentes, como Brasil, China e Índia, com interesses díspares, e que toma as decisões por consenso, não por maioria.
Para muitos analistas, Pittsburgh foi uma conquista clara, porque foi aprovado um programa de medidas amplas, que abrange das remunerações dos bancos até os subsídios para os combustíveis fósseis e o sistema de voto no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Há medidas imaginativas, como o estudo de uma taxa sobre as transações financeiras, similar à taxa Tobin, proposta em 1971 pelo Nobel da Economia James Tobin para taxar o fluxo de capitais no mundo, mas, neste caso, destinada a financiar o resgate público dos bancos.
Esta é uma das medidas que teve melhor recepção entre as ONGs, como a Oxfam, que acredita que os recursos obtidos servirão também para ajudar os mais pobres e os que mais sofreram o impacto da crise, disse à Agência Efe um de seus representantes, Max Lawson.
Mas uma das grandes conquistas da cúpula de Pittsburgh é o avanço para esta nova arquitetura de diplomacia suave qualificada como "nova ordem mundial", onde os grandes contam tanto quanto os pequenos, onde não se busca mais formar blocos de pressão, mas alianças globais, e onde existe respeito aos diferentes sistemas políticos e de mercado.
A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, disse ontem que esta cúpula revela que a "nova ordem mundial" não é um projeto, mas já está se formando, diante da influência crescente dos países emergentes.
"Depois da Segunda Guerra Mundial, os países em vias de desenvolvimento eram considerados simplesmente fornecedores de matéria-prima ou de produtos com pouco valor agregado. Mas isso começou a mudar com o surgimento de novos atores que não só agregam um alto valor agregado a seus produtos, mas também mão-de-obra em massa", disse.
Mas, para os mais críticos, os acordos do G20 partem com grandes debilidades. O principal problema é que as medidas aprovadas na cúpula são propostas para serem realizadas em um prazo determinado, sem muitos detalhes de como implementá-las.
Um dos mais significativos é o compromisso para que os países ricos cedam 5% de sua capacidade de voto aos países emergentes que estão sub-representados no FMI, uma proposta ambiciosa que abrirá um duro processo de negociação nos próximos meses.
Outro ponto importante são os limites às remunerações bancárias, mas deverá ser cada país o responsável por impor medidas, segundo sua opinião, e de maneira não iminente.
Em matéria energética, os países se comprometem a eliminar os subsídios aos combustíveis, mas não há nenhuma data limite definida.
Outro problema dentro do G20 é que não existe no grupo um órgão capaz de impor pressão para as reformas nem de "puxar a orelha" dos países que não cumprirem.
Segundo o estipulado na cúpula, os membros se reunirão periodicamente para rever os avanços e ver se são necessários determinados ajustes, enquanto os técnicos do FMI ajudarão com as análises econômicas pertinentes.
O grupo tentará promover suas reformas respaldado por sua autoridade moral, não pela capacidade de impor sanções aos que descumprirem com o programa, o que lhe diminui força.
Segundo o professor da Universidade de Maryland Peter Morici disse ao diário "The Wall Street Journal", "sem capacidade de sanções, este acordo não significa nada. Os países se limitarão a discutir as mudanças e a fazer declarações".
Sobre a mesa, estão os exemplos de outras entidades, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que também se movimenta por consenso e que, segundo alguns críticos, é pouco efetivo.
De Agencia EFE – Há 22 horas
Pittsburgh (EUA), 26 set (EFE) - Os líderes do Grupo dos Vinte (G20, os países ricos e os principais emergentes) têm a partir deste sábado o enorme desafio de começar a implantar a nova ordem mundial que definiram na cúpula de Pittsburgh, mas com a dificuldade de não ter detalhes precisos nem capacidade de pressão uns sobre os outros.
O G20 é um grupo amplo que reúne os países mais industrializados do planeta e vários emergentes, como Brasil, China e Índia, com interesses díspares, e que toma as decisões por consenso, não por maioria.
Para muitos analistas, Pittsburgh foi uma conquista clara, porque foi aprovado um programa de medidas amplas, que abrange das remunerações dos bancos até os subsídios para os combustíveis fósseis e o sistema de voto no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Há medidas imaginativas, como o estudo de uma taxa sobre as transações financeiras, similar à taxa Tobin, proposta em 1971 pelo Nobel da Economia James Tobin para taxar o fluxo de capitais no mundo, mas, neste caso, destinada a financiar o resgate público dos bancos.
Esta é uma das medidas que teve melhor recepção entre as ONGs, como a Oxfam, que acredita que os recursos obtidos servirão também para ajudar os mais pobres e os que mais sofreram o impacto da crise, disse à Agência Efe um de seus representantes, Max Lawson.
Mas uma das grandes conquistas da cúpula de Pittsburgh é o avanço para esta nova arquitetura de diplomacia suave qualificada como "nova ordem mundial", onde os grandes contam tanto quanto os pequenos, onde não se busca mais formar blocos de pressão, mas alianças globais, e onde existe respeito aos diferentes sistemas políticos e de mercado.
A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, disse ontem que esta cúpula revela que a "nova ordem mundial" não é um projeto, mas já está se formando, diante da influência crescente dos países emergentes.
"Depois da Segunda Guerra Mundial, os países em vias de desenvolvimento eram considerados simplesmente fornecedores de matéria-prima ou de produtos com pouco valor agregado. Mas isso começou a mudar com o surgimento de novos atores que não só agregam um alto valor agregado a seus produtos, mas também mão-de-obra em massa", disse.
Mas, para os mais críticos, os acordos do G20 partem com grandes debilidades. O principal problema é que as medidas aprovadas na cúpula são propostas para serem realizadas em um prazo determinado, sem muitos detalhes de como implementá-las.
Um dos mais significativos é o compromisso para que os países ricos cedam 5% de sua capacidade de voto aos países emergentes que estão sub-representados no FMI, uma proposta ambiciosa que abrirá um duro processo de negociação nos próximos meses.
Outro ponto importante são os limites às remunerações bancárias, mas deverá ser cada país o responsável por impor medidas, segundo sua opinião, e de maneira não iminente.
Em matéria energética, os países se comprometem a eliminar os subsídios aos combustíveis, mas não há nenhuma data limite definida.
Outro problema dentro do G20 é que não existe no grupo um órgão capaz de impor pressão para as reformas nem de "puxar a orelha" dos países que não cumprirem.
Segundo o estipulado na cúpula, os membros se reunirão periodicamente para rever os avanços e ver se são necessários determinados ajustes, enquanto os técnicos do FMI ajudarão com as análises econômicas pertinentes.
O grupo tentará promover suas reformas respaldado por sua autoridade moral, não pela capacidade de impor sanções aos que descumprirem com o programa, o que lhe diminui força.
Segundo o professor da Universidade de Maryland Peter Morici disse ao diário "The Wall Street Journal", "sem capacidade de sanções, este acordo não significa nada. Os países se limitarão a discutir as mudanças e a fazer declarações".
Sobre a mesa, estão os exemplos de outras entidades, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que também se movimenta por consenso e que, segundo alguns críticos, é pouco efetivo.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Re: Que nova ordem Mundial?
Há medidas imaginativas, como o estudo de uma taxa sobre as transações financeiras, similar à taxa Tobin, proposta em 1971 pelo Nobel da Economia James Tobin para taxar o fluxo de capitais no mundo, mas, neste caso, destinada a financiar o resgate público dos bancos.
Esta é uma das medidas que teve melhor recepção entre as ONGs, como a Oxfam, que acredita que os recursos obtidos servirão também para ajudar os mais pobres e os que mais sofreram o impacto da crise, disse à Agência Efe um de seus representantes, Max Lawson
Duvido
Nao acredito nem vendo, tem sempre o truque, se fosse assim fazia-se em 1971, nao agora, tem caroço neste angù
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Re: Que nova ordem Mundial?
Pode ser chocante para muitos. As medidas anunciadas pelo G20 são bonitas e emblemáticas, mas pôr-las em prática é muito difícil e quiçá impossível. Mesmo as declarações no sentido da nova ordem mundial são muito mais discurso do que prática, a ordem mundial é dinâmica ao longo do tempo. Ainda, cada país tem uma visão diferente do que é essa ordem mundial e vai buscando os seus interesses.
Entrando no mérito das medidas em si. Não está citada, mas uma das medidas que li é tentar uma composição de moedas entre para substituir o dólar no cenário internacional, o não vai para frente por três motivos. O primeiro é que isso exigiria uma coordenação e complementaridade absurda das políticas macroeconômicas dos países envolvidos, pegando só Índia, Brasil e China já é muito difícil acreditar que tenha futuro. O segundo, como extensão do primeiro, é que são países com estruturas muito diferentes e que agem de forma diferente. Essa dificuldade é acentuada na União Européia em torno do euro, mesmo sendo países próximos e semelhantes. Por fim, talvez a mais importante, nenhum país em sã consciência vai abrir mão da sua soberania macroeconômica para tocar esse projeto em frente. Tudo bem, talvez o Brasil, mas a China jamais.
Entrando no mérito das medidas em si. Não está citada, mas uma das medidas que li é tentar uma composição de moedas entre para substituir o dólar no cenário internacional, o não vai para frente por três motivos. O primeiro é que isso exigiria uma coordenação e complementaridade absurda das políticas macroeconômicas dos países envolvidos, pegando só Índia, Brasil e China já é muito difícil acreditar que tenha futuro. O segundo, como extensão do primeiro, é que são países com estruturas muito diferentes e que agem de forma diferente. Essa dificuldade é acentuada na União Européia em torno do euro, mesmo sendo países próximos e semelhantes. Por fim, talvez a mais importante, nenhum país em sã consciência vai abrir mão da sua soberania macroeconômica para tocar esse projeto em frente. Tudo bem, talvez o Brasil, mas a China jamais.