Fórum Defesa Brasil

caso o gaúcho seja aceito por aqui, como será a fabricação dele?, cada país(BR/AR) faça os seus ou Brasil e Argentina irão dividir a fabrição?

Depende de alguns fatores, mas acho que serão duas fábricas. (Se a Agrale assumir a fabricação do carro, poderemos ter duas fábricas, na mão de uma empresa apenas.)

Agrale assumindo um concorrente para o Marruá?
Duviiido, muito.

A Agrale sim.

Negócios são negócios. Se ela não aceitar produzir ou uma parceria para produzi-lo, a EB pode ir atrás de outra empresa para fazê-lo. Daí acaba perdendo o contrato e os ganhos decorrentes. Portanto, se for interessante, a Agrale produz os dois veículos sim e sem nenhum problema.

Até porque o Gaúcho não é concorrente para o Marruá. São veículos com características distintas, para funções distintas. Eu acredito que seria interessante aproveitar o know-how que está sendo adquirido pela Agrale.

Higgins, é só pensar na seguinte situações: Se você fosse capitão, comandante de uma cia, e precisasse que alguém fosse resolver uma guerra lá no centro da cidade (pagar, ou cotar algum material por exemplo), você mandaria o guerreiro pegar o marruá e ir, ou pegar o gaúcho e ir?

Ainda estou para ver que tipo de aplicabilidade teria um veículo como este: aberto, sem blindagem, e com pouca, ou nenhuma, capacidade de auto-defesa.
reconhecimento mec/mot já não se faz a muito tempo com viaturas desse tipo.
para ligação, C3I, policiamento, ou outra atividade que exija capacidade de evolução e proteção adequada, o Guará ou mesmo o seu primo maior são veículos mais apropriados.
talvez os maiores interessados sejam as FE do EB, ou quem sabe Pqdt's e inf móvel. Mas se for para produzir somente unidades que preencham as necessidades destas OM's não justifica a abertura de uma linha de produção.
acho estranho em pleno sec XXI ainda haver projetos de veiculos 4x4 que não sejam blindados e protegidos contra minas e RPG's da vida. Se é para usar nas atividades que citei, melhor investir na familia Guará e/ou Agrale.

Até hoje o Guará e o seu irmãozinho maior não tiveram a sorte de ter seus projetos aprovados para desenvolvimento pelo EB/CFN; ao contrário, gasta-se o ralo recurso que se tem querendo reeinventar a roda com uma nova familia de blindados, ou simplesmente se compra um já pronto no exterior. Cadê a tal END e os investimetos na industria nacional. Duvido que haja abertura para o desenvolvimento de versões destes veiculos de forma a complementar a NFBR, ou mesmo, implementá-las em OM's de logistica e apoio.

É dificil de enternder o porque da insistência das forças armadas em cotejar produtos e sistemas de forma individualista e pretenciosa. Nada mais ambíguo do que o discurso do MD e alto cmmdo das FA's sobre operações conjuntas, logistica integrada, etc.. e ficamos vendo na prática a esporacidade de atitudes destas mesmas FA's.

O Gaúcho ou o Chinvunk não terão esperença de vida longa se continuar essa mesmice cultural de cada um por si e Deus por nós todos em relação ao desenvolvimento de projetos, tecnologias e ações nas FA's. Enquando não dispusermos de um sistema de administração logistica único e centralizado no MD, assim como de P&D, dificilmente vamos ver qualquer destes veiculos, ou outros quaisquer, sairem do campo das boas intenções.

E de boas intencões o inferno tá cheio...

Galera, não consigo ver a utilização do Gaúcho, em caso de um confronto, seria melhor desenvolver o Ogum.

Ficou muito bonito o conterrâneo, qual a demanda do EB para o veículo?

Cara, nem só de veículos blindados vivem um exército, mesmo os modernos.

Eu achei interessante essa "concorrência" Gaúcho x Chivunk, é assim que é feito nos países desenvolvidos: pega-se projetos diferentes, são feitas avaliações, mudanças nos projetos, e aí no final ganha o melhor. Agora vamos ver quem vai ganhar. Eu, sinceramente, acho o Gaúcho bem melhor que o Chivunk, parece que o primeiro protótipo do Gaúcho tinha alguns problemas, que dizem que foram corrigidos nessa versão final (utilizando, em parte, conhecimentos advindos do Chivunk). Agora cabe ao EB decidir qual "ganhará" a disputa, de preferência despido de preconceitos do tipo: Chivunk é 100% nacional e o outro não, então ganha o Chivunk.

Sobre a Agrale assumir a construção do "ganhador", bom, não duvido. Os dois (Chivunk e Gaucho) são totalmente diferentes do Marruá, tudo bem, são 4x4, pequenos, mas são diferentes. O Marruá é uma VTNE, suspensão com eixos rídigos, com várias versões (jipe, pick-up, etc). Já esses dois monstrinhos são viaturas que nasceram pra serem "viaturas EB" (sem placa), feitos para Rec, viatura para equipes de FFEE (tipo a Land Rover do SAS), etc, e ambos possuem idéias (protótipo no caso do Gaúcho) de versões levemente blindadas, ou seja, ideais para dotar os exclarecedores da Cavalaria com uma viatura mais segura que os atuais Jeep/Land Rover/Marruá, sem ter que apelar pra um blindado 4x4 bem mais pesado.

Traduzindo, temos espaço pro Marruá + Chivunk/Gaúcho... Porém não para o Chivunk e o Gaúcho. Entre esses dois deverá ser feita uma escolha.

Não está comtemplado no modelo e estratégia de negócios, mas a Randon poderia ser uma opção para a coordenar a fabricação do veículo. No entanto, como disse, não está no modelo de negócios da empresa então o interesse deve ser pouco. para quem não sabe a Randon não fabrica só semi-reboques, mas veículos e auto-peças. Inclusive, acredito que seja bem maior que a Agrale se juntar todas as Join-ventures, holdings e filiais no mundo todo.

Mas bah... Num caso desses dá pra trabalhar com empresas diferentes, falei da Agrale pelos comentários de outras pessoas e do histórico da empresa. Mas se o serviço de concessão da fabricação for feito direito pode se dividir isso, sendo tudo de uma região só então, fica mais fácil. Por exemplo. Você citou a Randon, e também citaram a Agrale, nada impede que a Randon faça o chassi tubular, a superestrutura em sí, e a Agrale coloque os equipamentos "automobilísticos", usando o Motor que vem da Cummins, ou MWM, ou qualquer outra, o diferencial da Dana, e por aí vai. E, pra contenção de gastos, use a parte elétrica já usada na família Marruá...

Respeitadas as proporções é assim que são feitos os caças, por exemplo, a Lockheed Martin ganha a concorrência, mas coloca a Boeing pra fazer as asas, contrata a a Embraer pra fabricar algumas peças, a Dassault outras e no final a Lockheed junta tudo...

A melhor e mais destacada característica tanto da VLEGA Chivunk ,como da VEGLA Gaúcho é o "A" da sigla, ou seja AEROTRANSPORTÁVEL:

"A sua aerotransportabilidade é projetada para resistir ao lançamento de pára-quedas, ao lançamento em vôo de baixa altitude e para ser transportada empilhada em aernonave C-130". (CTEx)

Donde se deduz que será uma Vtr para atender às necessidades de tropas Aerotransportadas (Bda Inf Pqdt) e tropas Aeromóveis (11ª e 12ª Bda Inf Lv).
As unidades Mec, Bld e Mtz continuarão usando para Rec Vtr do tipo AM1 (Agrale Marruá 1).

Temos a pqdt, a 11ª, a 12ª, a AvEx (padronizando meios), e alguns batalhões especializados, como o pessoal de Caatinga, e o pessoal de operações especias.
Mas pensando só nas 3 brigadas citadas inicialmente, se elas forem adequadamente equipadas com o Gaúcho por exemplo, já teríamos escala o suficiente.


Só pra enriquecer o tópico, posto outro pdf sobre o Gaúcho..
http://www.ecsbdefesa.com.br/fts/GAUCHOAMB.pdf

Mais fotos do VLEGA Gaúcho.

http://www.cms.eb.mil.br/index.php?opti ... 2&Itemid=2