Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qua Ago 13, 2008 11:40 am
Ministro acompanha avanço de tropas brasileiras contra o "inimigo" na Operação Poraquê
Caracaraí, Roraima (12/08/2008) - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, acompanhou na segunda-feira (11/08) o auge das manobras militares da Operação Poraquê, realizada nos estados de Amazonas e Roraima. A operação, um exercício de simulação de guerra com mais de 5 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, foi planejada num cenário fictício de ameaça de invasão do território brasileiro (país verde) por um país inimigo (país amarelo). Os alvos da cobiça estrangeira seriam a hidrelétrica de Balbina (AM) e áreas ricas em minérios.
Durante a visita, Jobim acompanhou o lançamento de suprimentos por pára-quedas, a partir de um avião Hércules, destinado a municiar um grupo de operações especiais que tinha sido lançado na véspera, para tomar uma área de interesse do inimigo. No mesmo vôo, o ministro acompanhou o lançamento de pára-quedistas de um grupo de operações especiais do corpo de fuzileiros navais.
Jobim também acompanhou a simulação de um ataque aéreo feito por aviões A1 (AMX) a uma coluna de blindados do inimigo que pretendia barrar o avanço dos grupos de operações especiais do país verde, em Caracaraí (RR). À tarde, o ministro visitou uma Ação Cívico Social (ACISO) em Novo Airão e operações de manutenção de navio fluvial no Rio Negro, em um dique flutuante (navio que retira outra embarcação da água e a mantém em seu convés para manutenção).
O ministro disse que os esforços para a otimização da defesa da Amazônia não significam que o Brasil esteja sob a ameaça de outros países. A possibilidade de que ocorra uma incursão inimiga, segundo ele, está "abaixo de zero".
Jobim, porém, alertou para a necessidade de manifestação do poder dissuasório do Estado. Ele definiu a importância do poder dissuasório da seguinte forma: "Nos tempos modernos não raciocinamos em termos de conflitos convencionais. Temos de raciocinar em termos de conflitos não convencionais, ou assimétricos, em que quem estabelece um conflito não é o Estado Nacional, mas organizações criminosas. O Brasil não tem nenhuma pretensão expansionista no sentido territorial, mas tem - isso sim - uma pretensão de preservação de seus espaços, das suas riquezas, e essa região é muito rica."
O ministro disse ainda que em dois meses o Exército deverá ter concluído o estudo de implantação dos pelotões de fronteira que deverão ser instalados em todas as àreas indígenas onde ainda não existam essas instalações. Ele negou que a oposição de organizações indígenas possa prejudicar a implantação de pelotões de fronteiras.
Segundo Jobim, as organizações indígenas fazem parte do poder do Estado brasileiro e, como tal, se submetem ao poder do Estado. Por essa razão, se o Estado brasileiro já decidiu, por meio de decreto do Presidente da República, que instalará postos de fronteira, essas organizações "podem protestar à vontade, que (os pelotões) serão instalados", concluiu.
Com relação ao combate ao tráfico de drogas, o ministro lembrou que se trata de atividade da competência do Ministério da Justiça e da Polícia Federal. Observou, porém, ser importante a aplicação de estratégia combinada com a Polícia Federal, para o caso de droga, e com a Receita Federal, para o caso de contrabando. Acrescentou que as Forças Armadas possuem poder de polícia em zonas de fronteira, conforme a Lei Complementar 97 que dispõe sobre a atuação a Marinha, Exército e Aeronáutica.
Para o ministro, a necessidade de implantação de uma infra-estrutura e de logística de apoio às Forças Armadas na Amazônia constitui um problema também dos países que fazem fronteira com o Brasil. Daí, segundo Jobim, a importância da criação do Conselho Sul-Americano de Defesa, que deverá ter uma vertente amazônica, destinada a fortalecer a cooperação nessa área.
Além do ministro Nelson Jobim, compareceram às atividades da Operação Poraquê os Comandantes do Exército, General Enzo Martins Peri, da Marinha, Almirante Júlio Soares de Moura Neto, e da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito. Também estiveram presentes o chefe do Estado-Maior da Defesa, Almirante Marcos Martins Torres, o Comandante Militar da Amazônia, General Augusto Heleno Pereira, e oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica. As operações foram iniciadas em 4 de agosto e se encerram na próxima sexta-feira (15/08).
Caracaraí, Roraima (12/08/2008) - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, acompanhou na segunda-feira (11/08) o auge das manobras militares da Operação Poraquê, realizada nos estados de Amazonas e Roraima. A operação, um exercício de simulação de guerra com mais de 5 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, foi planejada num cenário fictício de ameaça de invasão do território brasileiro (país verde) por um país inimigo (país amarelo). Os alvos da cobiça estrangeira seriam a hidrelétrica de Balbina (AM) e áreas ricas em minérios.
Durante a visita, Jobim acompanhou o lançamento de suprimentos por pára-quedas, a partir de um avião Hércules, destinado a municiar um grupo de operações especiais que tinha sido lançado na véspera, para tomar uma área de interesse do inimigo. No mesmo vôo, o ministro acompanhou o lançamento de pára-quedistas de um grupo de operações especiais do corpo de fuzileiros navais.
Jobim também acompanhou a simulação de um ataque aéreo feito por aviões A1 (AMX) a uma coluna de blindados do inimigo que pretendia barrar o avanço dos grupos de operações especiais do país verde, em Caracaraí (RR). À tarde, o ministro visitou uma Ação Cívico Social (ACISO) em Novo Airão e operações de manutenção de navio fluvial no Rio Negro, em um dique flutuante (navio que retira outra embarcação da água e a mantém em seu convés para manutenção).
O ministro disse que os esforços para a otimização da defesa da Amazônia não significam que o Brasil esteja sob a ameaça de outros países. A possibilidade de que ocorra uma incursão inimiga, segundo ele, está "abaixo de zero".
Jobim, porém, alertou para a necessidade de manifestação do poder dissuasório do Estado. Ele definiu a importância do poder dissuasório da seguinte forma: "Nos tempos modernos não raciocinamos em termos de conflitos convencionais. Temos de raciocinar em termos de conflitos não convencionais, ou assimétricos, em que quem estabelece um conflito não é o Estado Nacional, mas organizações criminosas. O Brasil não tem nenhuma pretensão expansionista no sentido territorial, mas tem - isso sim - uma pretensão de preservação de seus espaços, das suas riquezas, e essa região é muito rica."
O ministro disse ainda que em dois meses o Exército deverá ter concluído o estudo de implantação dos pelotões de fronteira que deverão ser instalados em todas as àreas indígenas onde ainda não existam essas instalações. Ele negou que a oposição de organizações indígenas possa prejudicar a implantação de pelotões de fronteiras.
Segundo Jobim, as organizações indígenas fazem parte do poder do Estado brasileiro e, como tal, se submetem ao poder do Estado. Por essa razão, se o Estado brasileiro já decidiu, por meio de decreto do Presidente da República, que instalará postos de fronteira, essas organizações "podem protestar à vontade, que (os pelotões) serão instalados", concluiu.
Com relação ao combate ao tráfico de drogas, o ministro lembrou que se trata de atividade da competência do Ministério da Justiça e da Polícia Federal. Observou, porém, ser importante a aplicação de estratégia combinada com a Polícia Federal, para o caso de droga, e com a Receita Federal, para o caso de contrabando. Acrescentou que as Forças Armadas possuem poder de polícia em zonas de fronteira, conforme a Lei Complementar 97 que dispõe sobre a atuação a Marinha, Exército e Aeronáutica.
Para o ministro, a necessidade de implantação de uma infra-estrutura e de logística de apoio às Forças Armadas na Amazônia constitui um problema também dos países que fazem fronteira com o Brasil. Daí, segundo Jobim, a importância da criação do Conselho Sul-Americano de Defesa, que deverá ter uma vertente amazônica, destinada a fortalecer a cooperação nessa área.
Além do ministro Nelson Jobim, compareceram às atividades da Operação Poraquê os Comandantes do Exército, General Enzo Martins Peri, da Marinha, Almirante Júlio Soares de Moura Neto, e da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito. Também estiveram presentes o chefe do Estado-Maior da Defesa, Almirante Marcos Martins Torres, o Comandante Militar da Amazônia, General Augusto Heleno Pereira, e oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica. As operações foram iniciadas em 4 de agosto e se encerram na próxima sexta-feira (15/08).