Estratégia Nacional de Defesa

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#16 Mensagem por jauro » Qua Ago 13, 2008 11:40 am

Ministro acompanha avanço de tropas brasileiras contra o "inimigo" na Operação Poraquê

Caracaraí, Roraima (12/08/2008) - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, acompanhou na segunda-feira (11/08) o auge das manobras militares da Operação Poraquê, realizada nos estados de Amazonas e Roraima. A operação, um exercício de simulação de guerra com mais de 5 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, foi planejada num cenário fictício de ameaça de invasão do território brasileiro (país verde) por um país inimigo (país amarelo). Os alvos da cobiça estrangeira seriam a hidrelétrica de Balbina (AM) e áreas ricas em minérios.

Durante a visita, Jobim acompanhou o lançamento de suprimentos por pára-quedas, a partir de um avião Hércules, destinado a municiar um grupo de operações especiais que tinha sido lançado na véspera, para tomar uma área de interesse do inimigo. No mesmo vôo, o ministro acompanhou o lançamento de pára-quedistas de um grupo de operações especiais do corpo de fuzileiros navais.

Jobim também acompanhou a simulação de um ataque aéreo feito por aviões A1 (AMX) a uma coluna de blindados do inimigo que pretendia barrar o avanço dos grupos de operações especiais do país verde, em Caracaraí (RR). À tarde, o ministro visitou uma Ação Cívico Social (ACISO) em Novo Airão e operações de manutenção de navio fluvial no Rio Negro, em um dique flutuante (navio que retira outra embarcação da água e a mantém em seu convés para manutenção).

O ministro disse que os esforços para a otimização da defesa da Amazônia não significam que o Brasil esteja sob a ameaça de outros países. A possibilidade de que ocorra uma incursão inimiga, segundo ele, está "abaixo de zero".
Jobim, porém, alertou para a necessidade de manifestação do poder dissuasório do Estado. Ele definiu a importância do poder dissuasório da seguinte forma: "Nos tempos modernos não raciocinamos em termos de conflitos convencionais. Temos de raciocinar em termos de conflitos não convencionais, ou assimétricos, em que quem estabelece um conflito não é o Estado Nacional, mas organizações criminosas. O Brasil não tem nenhuma pretensão expansionista no sentido territorial, mas tem - isso sim - uma pretensão de preservação de seus espaços, das suas riquezas, e essa região é muito rica."
O ministro disse ainda que em dois meses o Exército deverá ter concluído o estudo de implantação dos pelotões de fronteira que deverão ser instalados em todas as àreas indígenas onde ainda não existam essas instalações. Ele negou que a oposição de organizações indígenas possa prejudicar a implantação de pelotões de fronteiras.
Segundo Jobim, as organizações indígenas fazem parte do poder do Estado brasileiro e, como tal, se submetem ao poder do Estado. Por essa razão, se o Estado brasileiro já decidiu, por meio de decreto do Presidente da República, que instalará postos de fronteira, essas organizações "podem protestar à vontade, que (os pelotões) serão instalados", concluiu.
Com relação ao combate ao tráfico de drogas, o ministro lembrou que se trata de atividade da competência do Ministério da Justiça e da Polícia Federal. Observou, porém, ser importante a aplicação de estratégia combinada com a Polícia Federal, para o caso de droga, e com a Receita Federal, para o caso de contrabando. Acrescentou que as Forças Armadas possuem poder de polícia em zonas de fronteira, conforme a Lei Complementar 97 que dispõe sobre a atuação a Marinha, Exército e Aeronáutica.

Para o ministro, a necessidade de implantação de uma infra-estrutura e de logística de apoio às Forças Armadas na Amazônia constitui um problema também dos países que fazem fronteira com o Brasil. Daí, segundo Jobim, a importância da criação do Conselho Sul-Americano de Defesa, que deverá ter uma vertente amazônica, destinada a fortalecer a cooperação nessa área.

Além do ministro Nelson Jobim, compareceram às atividades da Operação Poraquê os Comandantes do Exército, General Enzo Martins Peri, da Marinha, Almirante Júlio Soares de Moura Neto, e da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito. Também estiveram presentes o chefe do Estado-Maior da Defesa, Almirante Marcos Martins Torres, o Comandante Militar da Amazônia, General Augusto Heleno Pereira, e oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica. As operações foram iniciadas em 4 de agosto e se encerram na próxima sexta-feira (15/08).




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#17 Mensagem por jauro » Qua Ago 13, 2008 12:01 pm

Brasília (12/08/2008) – O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta terça-feira que o Brasil não tem motivos para temer uma ameaça à Amazônia porque os soldados das Forças Armadas estão prontos para defender a região. Jobim participou, no Palácio do Planalto, da solenidade de apresentação de 27 militares promovidos a oficiais generais ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Também estavam presentes à cerimônia, os Comandantes das Forças Armadas e o presidente do Senado, Garibaldi Alves.

Jobim disse que pôde acompanhar durante a Operação Poraquê, exercício militar combinado realizado pelas Forças na região Amazônica, o profissionalismo, a criatividade e a capacidade de superar obstáculos do militar brasileiro. “Voltei feliz como cidadão e muito orgulhoso, senhor presidente, como ministro do seu governo. Acredito, senhor presidente, não há motivos para temer nenhuma ameaça à Amazônia. Nossos soldados estão prontos para defendê-la”, disse.

O ministro destacou que as eventuais deficiências logísticas de atuação das Forças serão superadas a partir do Plano Estratégico Nacional de Defesa, que está em elaboração. Segundo Jobim, o plano vem sendo discutido com profundidade e deverá ser concluído logo. Lembrou ainda que os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica têm tido participação fundamental na formulação do plano e que eles entenderam a importância, a seriedade e o alcance do projeto.

“O presidente Lula, o Almirante Moura Neto, o General Enzo, o Brigadeiro Saito e eu temos consciência de que a tarefa não tem sido fácil e nem será concluída com a presteza desejada por todos nós. É uma tarefa que exige perseverança, firmeza de atitudes, clareza de objetivos e ferrenha vontade política de fazer acontecer tudo aquilo que deve ser feito. Tenho certeza de que continuamos buscando inserir as questões da Defesa na agenda nacional”, destacou Jobim.
Segundo o ministro da Defesa, o aparelhamento das Forças Armadas só será possível com um parque industrial atualizado, competitivo e disposto a colaborar no esforço governamental de desenvolver o país. Na avaliação de Jobim, o Brasil não pode continuar na dependência quase completa de material importado na área de defesa.

“Temos avançado muito nas conversações com a iniciativa privada nacional e internacional. Mas temos que continuar ampliando o mercado regional para os nossos materiais de defesa. A autonomia depende exatamente da capacitação nacional dos insumos militares necessários à defesa do país. Lembrando bem a industria de defesa é uma industria dual. Produz efetivamente pesquisas que servem à atuação militar, mas também à atuação civil”, completou.

Aos novos oficiais generais o ministro da Defesa disse que somente “os melhores, entre os melhores, têm a honra de participar dessa cerimônia” e desejou a eles que prossigam na carreira com entusiasmo, espírito público e vontade de continuar colaborando com o desenvolvimento do Brasil.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#18 Mensagem por jauro » Qui Ago 21, 2008 11:14 am

"Os militares vão à s compras"



Desde que deixaram o poder, nos anos 80, os militares brasileiros não aguardavam o 7 de Setembro com tanta ansiedade. No próximo Dia da Pátria, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, deverá anunciar uma nova política para equipar as Forças Armadas com a compra e o desenvolvimento de novos equipamentos bélicos — um pacote de gastos estimado em 6 bilhões de reais até o fim de 2010. “Esse é um projeto de Estado, não de governo”, disse Jobim a EXAME. “O Brasil precisa de uma estrutura de defesa compatível com seu novo papel de destaque no cenário internacional.” Longe de ser apenas uma aspiração da caserna, o programa de reaparelhamento das Forças Armadas tem amplo apoio do governo Lula, do Congresso e de uma azeitada engrenagem de lobby pró-indústria nacional. Segundo Jobim, a idéia é favorecer empresas brasileiras e consórcios com parceiros estrangeiros dispostos a transferir tecnologia. Tudo com o suporte de linhas de financiamento do BNDES.

O investimento nas Forças Armadas tem três objetivos imediatos: exibir músculo militar aos países vizinhos, induzir à criação de um parque industrial bélico brasileiro e fomentar a exportação de armas para países da América Latina, da África e da Ásia. “O Brasil tem cerca de 500 empresas em condições de produzir equipamentos modernos, como aviões, tanques, navios, mísseis e sistemas de software para vigilância”, diz Jairo Cândido, diretor do departamento de defesa da Fiesp. A preferência pela produção nacional ficou clara no ano passado, quando a Aeronáutica suspendeu a importação de 36 caças supersônicos, a um custo de 2,2 bilhões de dólares, para fabricá-los no Brasil, num consórcio que deverá juntar a Embraer a um fornecedor estrangeiro a ser definido. “Se tivermos de optar entre uma aeronave supermoderna e outra um pouco menos avançada, mas que proporcione capacitação tecnológica, vamos ficar com esse modelo intermediário”, diz Jobim. O mesmo critério tem norteado as primeiras licitações militares, retomadas graças ao aumento da arrecadação federal. É o caso do contrato de quase 50 milhões de reais conquistado pela Iveco, do grupo Fiat, no ano passado, para desenvolver uma nova geração de tanques Urutu 3.

Várias nações do mundo atuam na área militar com a meta colateral de desenvolver tecnologia que acaba servindo para outras indústrias — como é o caso de Estados Unidos e Reino Unido. Nesse sentido, a opção pela indústria local em detrimento de importações não chega a ser uma invenção do governo Lula. É claro que essa escolha sobrecarrega o contribuinte, que não deve estar lá muito convencido da necessidade de gastar tanto dinheiro em armas — vale lembrar que toda a história do Brasil em guerras pode ser contada em alguns minutos. O maior problema, porém, é que não dá para saber de antemão qual o saldo tecnológico do pacote imaginado por Jobim. Afinal, essa não é a primeira vez que o país alimenta a pretensão de desenvolver uma indústria bélica forte. Durante o regime militar, o Brasil gastou bilhões de dólares a fundo perdido para tentar construir um setor de armamentos. Nos sonhos mais delirantes, estávamos caminhando para ser uma potência nuclear.

O governo, claro, diz que desta vez a história será diferente. A favor do pacote de Jobim está o fato de os investimentos planejados se concentrarem no ainda pouco explorado nicho do mercado de combate a guerrilhas. Na próxima década, o Exército planeja ter 1 200 tanques em áreas de fronteira, como a Amazônia. Outra prioridade do governo — e da Petrobras — é a proteção da megarreserva petrolífera de Tupi, na região sudeste da costa brasileira. Uma das medidas tomadas para reforçar a defesa oceânica foi acelerar o desenvolvimento de um submarino de 6 000 toneladas movido a energia nuclear, um polêmico projeto iniciado em 1979 e que andou engavetado nos últimos anos. Desenvolvido pelo Centro Tecnológico da Marinha, o reator nuclear do submarino custará 1 bilhão de reais e — na hipótese otimista do governo — deverá ser concluído em 2015 (depois, portanto, de 36 anos de trabalho). Para proteger a superfície costeira, Marinha e Aeronáutica contarão com helicópteros Cougar a ser fabricados pela Helibras, uma parceria entre a empresa francesa Eurocopter e o governo mineiro, e também com um lote de 99 caças Super Tucanos encomendados à Embraer. Do lado das empresas, contratos como esses são vistos como oportunidades para valorizar o produto nacional e abrir portas. “O reaparelhamento das Forças Armadas ajudará muito na expansão das nossas exportações”, diz Luiz Carlos Aguiar, vice-presidente do mercado de defesa da Embraer. “No caso do Super Tucano, a venda para a Aeronáutica já facilitou contratos com Colômbia, México, Grécia e Índia.”

Modernização das armas O reaparelhamento das Forças Armadas já começou com encomendas a diversas empresas brasileiras e estrangeiras... Exército 270 tanques alemães (KMW)

R$ 270 milhões Marinha 2 navios-patrulha (Estaleiro Inace, do Ceará)

R$ 140 milhões Aeronáutica 99 caças Super Tucano (Embraer)

R$ 640 milhões As três armas 50 helicópteros Super Cougar (Helibras)

R$ 3,2 bilhões ...e deve gerar novos negócios até o final do governo Lula com o desenvolvimento de grandes projetos Exército Tanque Urutu 3 (Exército e Iveco)

R$ 49 milhões Marinha Reator do submarino nuclear (Consórcio Marinha, USP, INB, Equipamentos Jaraguá)

R$ 390 milhões Aeronáutica Caça supersônico (Consórcio Embraer e empresa estrangeira a ser definida)

R$ 3,5 bilhões Fonte: Ministério da Defesa

É fato que, desprestigiadas com cortes de verbas nas últimas três décadas, as Forças Armadas se encontram em estado de penúria. Hoje, menos de 40% dos caças da Aeronáutica estão aptos a combater, e só metade dos 21 navios de guerra da Marinha pode navegar. “A situação é insustentável para uma potência emergente com tantos vizinhos instáveis”, diz o cientista social Luís Alexandre Fuccille, da Unicamp. Resta saber se o presente do governo aos militares será capaz de fazer tudo o que promete o ministro Jobim.(Revista Exame)




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#19 Mensagem por jauro » Sex Ago 22, 2008 12:51 pm

PROJEÇÃO DE FORÇAS E PROJEÇÃO DE PODER
AMAZÔNIA - ESTAR PRESENTE VERSUS FAZER-SE PRESENTE


No mundo militar, é comum se falar em projeção de forças e em projeção de poder. Não-raro, vemos alguém tratando dos dois conceitos de maneira indistinta, como se fossem a mesma coisa. Entendemos que tais conceitos, embora interligados, possuem diferenças fundamentais entre si:

- projeção de poder se refere à capacidade que um país possui de acionar, na totalidade ou em parte, os instrumentos do Poder Nacional (político, econômico, diplomático, militar etc.) para incrementar o seu nível de dissuasão, para responder a crises e para contribuir com a estabilidade regional, particularmente em seu entorno estratégico de interesse;

- projeção de força, por sua vez, é a capacidade de rapidamente reunir e deslocar efetivos para conduzir operações em qualquer parte do território nacional. Esse conceito se aplica tanto no nível estratégico como no operacional.

Portanto, não devemos confundir capacidade de “projeção de poder”, que se aplica ao nível político e a todos os Campos do Poder Nacional, com capacidade de “projeção de forças”, embora esta possa constituir importante instrumento daquela.

Esperando haver contribuído para clarear essa questão, passemos a tratar da presença militar na Amazônia[1], área de importância estratégica global pelo valor dos recursos naturais que possui, particularmente no que se refere à biodiversidade.

As próprias características da Amazônia sempre dificultaram a implementação de iniciativas destinadas à sua ocupação, ao seu desenvolvimento e à sua integração ao restante do País, o que levou à manutenção de grandes vazios territoriais[2] e à rarefeita presença do Estado, tornando-a vulnerável à ocorrência de problemas e de ilícitos de natureza grave, relacionados, entre outros, com a questão ambiental, a problemática indígena, o narcotráfico e os conflitos agrários. Essa situação atrai a atenção, o interesse e a “preocupação” por parte da comunidade internacional, que se faz presente, seja diretamente, por intermédio de parcerias com o Governo brasileiro, seja indiretamente, em apoio aos inúmeros entes não estatais que, paulatinamente, parecem estar substituindo o Poder Público nas ações direcionadas para a região.

A insuficiente ação dos sucessivos governos, no sentido de determinar uma política nacional consistente para combater tais problemas, estimula a intensa orquestração que, de há muito, vem sendo executada na mídia mundial com o objetivo de caracterizar nosso País como um grande vilão ambiental, que não cuida da Amazônia nem de seus habitantes indígenas.

Na realidade, a região constitui um grande desafio, particularmente pela necessidade de se enfrentar o conflito histórico existente na fórmula: ocupar + desenvolver versus preservar. Esse conflito ainda é mal administrado, persiste e faz parte do dia-a-dia da região, gerando danos ambientais de difícil reparação, violência, ódio, exclusão social, desperdício de recursos naturais, interesse, cobiça.

O Brasil precisa demonstrar decisão e eficiência nas ações destinadas a solucionar os problemas da Amazônia ou, pelo menos, a minimizar os efeitos danosos causados pelos mesmos. Caso contrário, correrá o risco de sofrer, ou de ver incrementadas, pressões externas, que poderão, dependendo da situação, até mesmo ultrapassar o âmbito do campo político.

Assim, entendemos, é urgente a implementação de programas de Estado destinados a promover a ocupação, o desenvolvimento e a defesa desse gigante territorial brasileiro.

O nosso Exército, à custa de grande esforço, colabora nos três âmbitos acima especificados:

- vem, paulatinamente, aumentando a sua presença na Amazônia, seja por intermédio da criação de novas unidades, seja pela transferência de tropas localizadas em outras partes do território nacional;

- tem participado de iniciativas governamentais destinadas à promoção do desenvolvimento regional;

- tem incrementado o seu poder de combate na área, não somente com o aumento de seus efetivos, mas também pelo adestramento constante das tropas lá estacionadas e pelo aperfeiçoamento de doutrinas de emprego que atendem às características desse ambiente operacional peculiar. Além disso, mantém em outras partes do território nacional Forças de Ação Rápida (FAR) Estratégicas aptas a, mediante ordem, serem transportadas e empregadas na região.

Com referência ao último aspecto apontado, destacamos as seguintes vertentes para o emprego de tropas na defesa da Amazônia: a ação das forças estacionadas na região, o emprego de forças especializadas trazidas de outras áreas e a combinação das modalidades anteriores.

A presença permanente das tropas subordinadas ao Comando Militar da Amazônia (CMA) nos mais afastados recantos da região, além dos aspectos relacionados com as atividades de segurança e de defesa, constitui importante instrumento a serviço da ocupação e do desenvolvimento regionais[3]. Quanto mais unidades militares especializadas e adestradas possuirmos na região, mais efetiva será a nossa contribuição nesse sentido. Essa situação caracteriza o conceito entendido por nós como estar presente.

A possibilidade de deslocar, com rapidez, tropas diversas para a região, em face de eventuais ameaças à integridade e/ou à soberania nacionais, representa o conceito por nós definido como fazer-se presente, sempre que necessário, a fim de reforçar o poderio bélico lá disponível de imediato.

Vale ressaltar que esses conceitos não são excludentes: não podemos abrir mão da presença constante de forças na Amazônia, nem da capacidade de rapidamente deslocar e empregar na região tropas oriundas de outras áreas nacionais.

Consideramos, assim, muito clara a importância da obtenção, do incremento e da manutenção de alta capacidade de projeção de forças por parte do Exército Brasileiro. Tal capacidade significa poder de dissuasão, e os esforços necessários à sua obtenção e manutenção levam ao incremento do poderio bélico nacional, instrumento, como sabemos, fundamental para a capacidade de projeção de poder por parte do Brasil.

Finalmente, ampliando o espectro do nosso pensamento, entendemos que os conceitos projeção de poder, projeção de forças, estar presente e fazer-se presente, em perfeita consonância com princípios e políticas de Estado estabelecidos para os demais campos do Poder Nacional, são importantes e devem ser levados em conta nos planejamentos do setor da Defesa, não somente para a proteção da Amazônia, mas para a do País como um todo, posto que se aplicam ao cumprimento de quaisquer das missões constitucionais atribuídas às Forças Armadas brasileiras.



Brasília-DF, 20 de agosto de 2008.
Imagem
[1] Neste trabalho, nos referimos à Amazônia Legal, área correspondente a aproximadamente 61% do território nacional.

[2] Atualmente, a região é habitada por cerca de 22 milhões de pessoas. Em outras palavras, nesse imenso espaço vive, apenas, 12,4% da população brasileira, o que representa uma densidade demográfica muito rarefeita de aproximadamente quatro habitantes por quilômetro quadrado.

[3] O contato permanente com a população, a geração de empregos diretos e indiretos, a vigilância, a defesa, o combate a atividades ilícitas, o apoio ao desenvolvimento etc




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#20 Mensagem por jauro » Sáb Ago 23, 2008 2:58 pm

Brasil terá plano nacional de proteção

Projeto pretende modernizar e reorganizar as Forças Armadas do país



O Brasil não tem inimigos, nem se sente ameaçado, mas precisa estar preparado com toda sua força militar para defender seu território, caso seja atacado ou intimidado.

Quem garante é o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, que ontem esteve em Porto Alegre discutindo a Estratégia Nacional de Defesa, proposta que será apresentada no dia 7 de setembro ao presidente Lula.

A intenção do governo é fazer um plano nacional de proteção do país, considerado inédito no período democrático. Segundo ele, a estratégia não está movida por nenhuma ameaça, nem mesmo os rumores de interesse de outros países na Amazônia. Mas afirmou que o país deve estar preparado para dizer “não” a outras nações.

– Há um vínculo indissolúvel entre desenvolvimento e defesa. E as Forças Armadas precisam estar prontas para isso – disse.



Recrutas receberiam formação técnica

O plano está baseado em três grandes vertentes. A primeira é a modernização e a reorganização das Forças Armadas, que vai da compra de equipamentos a investimento em pesquisas. Aumentar o efetivo e mudar locais das unidades são possibilidades.

O segundo é o incentivo às empresas que fornecem material militar. O Brasil quer acabar ou diminuir a compra de produtos bélicos e tecnologia de outros países. O serviço militar é o terceiro ponto. Continuará obrigatório o alistamento, mas o governo quer oferecer formação técnica aos recrutas, por meio de cursos.
A diminuição da faixa de fronteira não é discutida, garantiu o ministro. Há proposta no Congresso Nacional para reduzir de 150 para 50 quilômetros a faixa nos Estados do Sul, o que permitiria investimentos estrangeiros nas cidades que ficam nesse território.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#21 Mensagem por cvn73 » Dom Ago 24, 2008 12:13 am

Não sei se alguem já postou em outro tópico, mas fica a pergunta ;Será assim?
As Forças Armadas segundo JobimPlano de Defesa Nacional prevê França como parceira estratégica e tecnológica na Marinha, Aeronáutica e Exército



No dia 7 de setembro, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, entregará ao presidente Lula o Plano Estratégico de Defesa Nacional. O projeto vai além da compra de equipamentos bilionários para a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. O objetivo é mudar a concepção de defesa nacional e redirecionar as prioridades das três Forças. Como principal parceiro no plano militar para as próximas décadas foi escolhida a França de Nicolas Sarkozy. É de lá que virão equipamentos como submarinos convencionais, helicópteros e, quase certo, também os caças supersônicos. Sarkozy ganhou a disputa ao garantir ao presidente Lula que a França não criará nenhum obstáculo à transferência de tecnologia para o Brasil. "Temos acordos com os franceses no que diz respeito à Marinha, ao Exército e à Aeronáutica. Em 23 de dezembro, o termo de aliança estratégica com a França será assinado pelos presidentes Lula e Sarkozy", antecipou o ministro Jobim em entrevista exclusiva à ISTOÉ. "Isso nos dá a possibilidade de sair ao largo da hegemonia americana no setor. O que faz parte da linha de ação do Conselho de Defesa Sul-Americano." A forte contribuição da França começa pelo mar. Caberá à Marinha os maiores investimentos no plano de Jobim. O Brasil construirá submarinos em parceria com a francesa DCN (Direction des Constructions Navales). Inicialmente, serão fabricados três submarinos convencionais Scorpène, de propulsão a diesel. Depois, o Brasil vai incorporar a tecnologia da DCN para produzir seu primeiro submarino de propulsão nuclear. "O Scorpène nos dará condições de produzir a parte não nuclear do submarino de propulsão nuclear, que é a tecnologia de rigidez do casco", diz Jobim. "O submarino nuclear é uma decisão já tomada." O acerto entre os dois países na área marítima foi negociado entre Lula e Sarkozy durante reunião em Caiena, em fevereiro. Para os acertos finais do acordo, o chefe do Estado- Maior da Presidência da França, Edouard Guillaud, assessor militar do presidente, esteve duas vezes em Brasília, a última no dia 23 de julho. O projeto completo dos submarinos chega a US$ 7 bilhões, cifra que pode mudar. "Talvez, mais", diz Jobim. O País, no momento, negocia na ONU a extensão das águas jurisdicionais das atuais 200 milhas para 350 milhas, o que aumentará a área de 3,5 milhões para 4,5 milhões de quilômetros quadrados, compreendendo todo o mega-campo de petróleo Tupi.
Para o Exército, uma das novidades é a construção de postos em todas as áreas indígenas de fronteira. Hoje, o Exército tem 17 mil soldados na região. Os soldados índios receberão fuzis novos, binóculos de visão noturna e chips nos equipamentos, para rastreamento. É o que o ministro chama de "soldado do futuro". "Um soldado índio com chip", explica Jobim. "É outro ponto em que contamos com a colaboração dos franceses." O ministro afirma que o Brasil já tem os guerreiros de selva mais competentes do planeta, mas destaca que os novos equipamentos irão inserir o Exército na modernidade. "Os marines americanos foram lá fazer treinamento e quase morreram, foram embora doentes, de maca, cheios de mosquito, não se agüentam." O Exército possui 184 mil homens. Juntas, as Forças Armadas têm 308 mil homens, mas a maioria do aquartelamento está no leste do País.
O governo pretende criar na Amazônia a figura do "exército móvel". São brigadas com grande capacidade de mobilidade e logística. Para atender os batalhões móveis, o governo vai investir pesado na construção de blindados sobre rodas em Sete Lagoas, Minas, um projeto da Fiat-Iveco, e nos aviões C-390 da Embraer, semelhantes aos Hércules americanos. O plano prevê a integração ainda maior do Exército com a FAB, que vai dar suporte aéreo principalmente na Amazônia. Outra ferramenta importante do exército móvel serão os 50 helicópteros fabricados em Itajubá, pela Helibrás, consórcio com a também francesa Eurocopter. A fábrica atenderá as três Forças. O modelo Cougar 725 não é ataque: destinase ao transporte de materiais e tropa. Esse acordo já foi assinado
A tarefa da Aeronáutica é assegurar a supremacia do espaço aéreo. De novo, devem vencer os franceses. O governo deve mesmo fechar a parceria para trazer para o País a tecnologia da construção de caças Rafale, da empresa Dassault. É prevista grande participação de uma empresa brasileira no projeto. "A tendência é atrair a Embraer, que já tem uma estrutura", diz Jobim. Outros países interessados no projeto do caça supersônico serão descartados. Entre as empresas que prometeram transferir tecnologia para o Brasil estão as americanas Boeing, com seu F-18, e Lockheed, com o F-16, a sueca Grippen, com o caça do mesmo nome, a Rosoboronexport, que vende o russo Sukhoi, e o consórcio europeu que fabrica o Eurofighter. Mas os contatos com os governos onde estão estas empresas foram infrutíferos.
Nelson Jobim manteve reuniões com autoridades americanas, inclusive com a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, e o secretário de Defesa, Robert Gates, e ouviu que os EUA estavam dispostos a transferir tecnologia para o Brasil. "Por que, então, os senhores anunciaram que não permitiriam a venda dos Super Tucanos para a Venezuela, alegando que havia um ingrediente militar?", retrucou Jobim nas reuniões. A conversa não avançou. Quanto aos russos, o ministro demonstra mais simpatia, mas prefere brincar: "O russo não é fácil não, eles não falam em outra língua." O Brasil deve, então, importar 12 caças franceses Rafale para legitimar o início da fabricação nacional. Além dos caças, o monitoramento do território nacional também será feito pelo espaço. O plano prevê a construção de satélites geoestacionários no Brasil, que devem ser lançados na base de Kuoruo, na Guiana Francesa.
As premissas do Plano de Defesa estão lançadas. Seu conteúdo integral, no entanto, só será conhecido após o desfile de 7 de Setembro. E em dezembro, o presidente Sarkozy desembarcará em Brasília com sua esposa, a cantora Carla Bruni, para renovar a santa aliança militar com os franceses, que, por sinal, está na origem da formação das Forças Armadas brasileiras.

http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2 ... 9636-1.htm




unanimidade só existe no cemitério
brisa

Re: Estratégia Nacional de Defesa

#22 Mensagem por brisa » Dom Ago 24, 2008 10:15 am

Domingo, 24 de agosto de 2008, 03h18
Plano Nacional de Defesa será entregue a Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá no próximo dia 7, quando se comemora a Independência do Brasil, o Plano Nacional de Estratégia de Defesa, considerado pelo chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, ministro Mangabeira Unger, "uma iniciativa sem precedentes na nossa história".
» Leia mais notícias da agência JB

"Trata-se de proposta de qualificação abrangente das Forças Armadas, por meio do vínculo indissolúvel entre o desenvolvimento do país e a Defesa",­ disse.

Segundo o ministro, a estratégia não está sendo formulada a propósito de qualquer sentimento de ameaça por qualquer país do mundo.

"Na América do Sul ou em qualquer parte do mundo não temos inimigos. Por isso, o nosso trabalho tem como foco o futuro do Brasil. Nós nunca tivemos em toda a nossa história nacional uma grande discussão civil a respeito da Defesa e agora estamos determinados a ter."

Mangabeira afirmou que a proposta foi encomendada por Lula no dia 6 de setembro do ano passado, e não objetiva apenas equipar as Forças Armadas. Ela envolve a qualificação e a reorganização das Forças Armadas.

"Tudo em torno de uma cultura militar pautada pela flexibilidade, pela imaginação e pela audácia. Elas devem ter capacidade para surpreender e desbordar. A estratégia de Defesa prevê a reorganização da indústria brasileira de defesa quanto na parte privada quanto na estatal, conforme o ministro, e propõe também o aprofundamento do serviço militar obrigatório.

"Se o Brasil quiser desbravar um caminho próprio no mundo, precisa poder dizer não quando tiver que fazê-lo e ter escudo contra ameaças e intimidações. Precisa ter espaço para afirmar nossa originalidade coletiva."




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#23 Mensagem por jauro » Seg Ago 25, 2008 1:06 pm

O Dia
FORÇA MILITAR
R$ 514 e R$ 6,7 bilhões animadores

Marco Aurélio Reis

Rio - Hoje, às 10h, em Brasília, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, preside a solenidade do Dia do Soldado no QG do Exército. O clima será de euforia, a começar pelos dados do alistamento deste ano: o número de jovens voluntários ao serviço militar obrigatório dobrou. Para isso pesou a decisão de governo de elevar o piso dos recrutas para R$ 471, com a sinalização que no ano que vem eles receberão R$ 514,90 — R$ 54 a mais que o salário mínimo em discussão no Congresso para entrar em vigor em 2009.

“Em cidades do interior, chegou-se a impressionantes 100% de jovens voluntários”, revela um oficial. O Exército se prepara para reestruturar suas brigadas, adquirindo material de emprego militar e reforçando seu sistema operacional. A Força calcula que seu reaparelhamento vai custar R$ 6,7 bilhões. O sinal verde para este investimento saiu do Planalto. A prioridade para a aquisição de material e armamentos será para os produzidos pela Base Industrial de Defesa nacional, como prevê o Plano Estratégico de Defesa, que será entregue ao presidente no 7 de Setembro.

Na data, Lula chamará “de nova independência”, em discurso transmitido por cadeia de rádio e TV, as descobertas de bilhões de barris de petróleo na camada abaixo do sal na costa brasileira. O pronunciamento sobre as reservas será o sinal, apostam os comandantes, que o reaparelhamento dos quartéis passou a integrar as políticas do Estado brasileiro.

O Dia
Soldado do Exército terá chips
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#24 Mensagem por jauro » Seg Ago 25, 2008 1:14 pm

Revista IstoÉ As Forças Armadas segundo Jobim
Plano de Defesa Nacional prevê França como parceira estratégica e tecnológica na Marinha, Aeronáutica e Exército
Octávio Costa e Hugo Marques

No dia 7 de setembro, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, entregará ao presidente Lula o Plano Estratégico de Defesa Nacional. O projeto vai além da compra de equipamentos bilionários para a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. O objetivo é mudar a concepção de defesa nacional e redirecionar as prioridades das três Forças. Como principal parceiro no plano militar para as próximas décadas foi escolhida a França de Nicolas Sarkozy. É de lá que virão equipamentos como submarinos convencionais, helicópteros e, quase certo, também os caças supersônicos. Sarkozy ganhou a disputa ao garantir ao presidente Lula que a França não criará nenhum obstáculo à transferência de tecnologia para o Brasil. "Temos acordos com os franceses no que diz respeito à Marinha, ao Exército e à Aeronáutica. Em 23 de dezembro, o termo de aliança estratégica com a França será assinado pelos presidentes Lula e Sarkozy", antecipou o ministro Jobim em entrevista exclusiva à ISTOÉ. "Isso nos dá a possibilidade de sair ao largo da hegemonia americana no setor. O que faz parte da linha de ação do Conselho de Defesa Sul-Americano." A forte contribuição da França começa pelo mar. Caberá à Marinha os maiores investimentos no plano de Jobim. O Brasil construirá submarinos em parceria com a francesa DCN (Direction des Constructions Navales). Inicialmente, serão fabricados três submarinos convencionais Scorpène, de propulsão a diesel. Depois, o Brasil vai incorporar a tecnologia da DCN para produzir seu primeiro submarino de propulsão nuclear. "O Scorpène nos dará condições de produzir a parte não nuclear do submarino de propulsão nuclear, que é a tecnologia de rigidez do casco", diz Jobim. "O submarino nuclear é uma decisão já tomada." O acerto entre os dois países na área marítima foi negociado entre Lula e Sarkozy durante reunião em Caiena, em fevereiro. Para os acertos finais do acordo, o chefe do Estado- Maior da Presidência da França, Edouard Guillaud, assessor militar do presidente, esteve duas vezes em Brasília, a última no dia 23 de julho. O projeto completo dos submarinos chega a US$ 7 bilhões, cifra que pode mudar. "Talvez, mais", diz Jobim. O País, no momento, negocia na ONU a extensão das águas jurisdicionais das atuais 200 milhas para 350 milhas, o que aumentará a área de 3,5 milhões para 4,5 milhões de quilômetros quadrados, compreendendo todo o mega-campo de petróleo Tupi.

Para o Exército, uma das novidades é a construção de postos em todas as áreas indígenas de fronteira. Hoje, o Exército tem 17 mil soldados na região. Os soldados índios receberão fuzis novos, binóculos de visão noturna e chips nos equipamentos, para rastreamento. É o que o ministro chama de "soldado do futuro". "Um soldado índio com chip", explica Jobim. "É outro ponto em que contamos com a colaboração dos franceses." O ministro afirma que o Brasil já tem os guerreiros de selva mais competentes do planeta, mas destaca que os novos equipamentos irão inserir o Exército na modernidade. "Os marines americanos foram lá fazer treinamento e quase morreram, foram embora doentes, de maca, cheios de mosquito, não se agüentam." O Exército possui 184 mil homens. Juntas, as Forças Armadas têm 308 mil homens, mas a maioria do aquartelamento está no leste do País.

O governo pretende criar na Amazônia a figura do "exército móvel". São brigadas com grande capacidade de mobilidade e logística. Para atender os batalhões móveis, o governo vai investir pesado na construção de blindados sobre rodas em Sete Lagoas, Minas, um projeto da Fiat-Iveco, e nos aviões C-390 da Embraer, semelhantes aos Hércules americanos. O plano prevê a integração ainda maior do Exército com a FAB, que vai dar suporte aéreo principalmente na Amazônia. Outra ferramenta importante do exército móvel serão os 50 helicópteros fabricados em Itajubá, pela Helibrás, consórcio com a também francesa Eurocopter. A fábrica atenderá as três Forças. O modelo Cougar 725 não é ataque: destinase ao transporte de materiais e tropa. Esse acordo já foi assinado.

A tarefa da Aeronáutica é assegurar a supremacia do espaço aéreo. De novo, devem vencer os franceses. O governo deve mesmo fechar a parceria para trazer para o País a tecnologia da construção de caças Rafale, da empresa Dassault. É prevista grande participação de uma empresa brasileira no projeto. "A tendência é atrair a Embraer, que já tem uma estrutura", diz Jobim. Outros países interessados no projeto do caça supersônico serão descartados. Entre as empresas que prometeram transferir tecnologia para o Brasil estão as americanas Boeing, com seu F-18, e Lockheed, com o F-16, a sueca Grippen, com o caça do mesmo nome, a Rosoboronexport, que vende o russo Sukhoi, e o consórcio europeu que fabrica o Eurofighter. Mas os contatos com os governos onde estão estas empresas foram infrutíferos.

Nelson Jobim manteve reuniões com autoridades americanas, inclusive com a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, e o secretário de Defesa, Robert Gates, e ouviu que os EUA estavam dispostos a transferir tecnologia para o Brasil. "Por que, então, os senhores anunciaram que não permitiriam a venda dos Super Tucanos para a Venezuela, alegando que havia um ingrediente militar?", retrucou Jobim nas reuniões. A conversa não avançou. Quanto aos russos, o ministro demonstra mais simpatia, mas prefere brincar: "O russo não é fácil não, eles não falam em outra língua." O Brasil deve, então, importar 12 caças franceses Rafale para legitimar o início da fabricação nacional. Além dos caças, o monitoramento do território nacional também será feito pelo espaço. O plano prevê a construção de satélites geoestacionários no Brasil, que devem ser lançados na base de Kuoruo, na Guiana Francesa.

As premissas do Plano de Defesa estão lançadas. Seu conteúdo integral, no entanto, só será conhecido após o desfile de 7 de Setembro. E em dezembro, o presidente Sarkozy desembarcará em Brasília com sua esposa, a cantora Carla Bruni, para renovar a santa aliança militar com os franceses, que, por sinal, está na origem da formação das Forças Armadas brasileiras.

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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#25 Mensagem por jauro » Qui Ago 28, 2008 11:39 am

ZH
Defesa do país exigirá sacrifícios, diz ministro


O ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, afirmou ontem que a Estratégia Nacional de Defesa a ser apresentada ao presidente Lula no próximo dia 7 de setembro vai exigir “sacrifícios de toda a nação” e causará polêmica. Ele adiantou os três grandes eixos do projeto: ampliação do serviço militar obrigatório, reestruturação das Forças Armadas e a ativação da indústria bélica nacional. Além disso, ele avisou que o país terá de gastar mais dinheiro com as Forças Armadas.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#26 Mensagem por knigh7 » Dom Ago 31, 2008 12:28 pm

O novo perfil das Forças Armadas
Vasconcelo Quadros


BRASÍLIA - Guardado como o novo segredo civil-militar até o próximo dia 7 de setembro, quando deverá ser anunciado pelo presidente Lula, o novo Plano Estratégico de Defesa Nacional causará impacto no orçamento do governo para os próximos anos.

Com previsão atual de gasto estimada em 1,5% do PIB ou cerca de R$ 50,2 bilhões, a proposta entregue a Lula prevê aumento de, no mínimo, o dobro desse patamar, colocando o Brasil numa faixa intermediária de investimentos entre os países pobres e ricos, que chegam a empregar nos gastos com defesa cifras superiores a 5% do PIB.

– Será um aumento substancial – diz o ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangaberia Unger, um dos pais do novo plano.

Ele classifica a proposta orçamentária como “patamar mediano” e alerta que a reformulação radical delineada no texto de mais de 100 páginas entregues ao presidente exigirá sacrifícios de tempo e recursos públicos.

– Não há estratégia de defesa sem dinheiro – avisa Mangabeira Unger, em entrevista exclusiva ao Jornal do Brasil. Garante, no entanto, que o foco do plano é a qualificação das Forças Armadas.

Debate inédito
Concluído depois de um ano de um inédito debate envolvendo estrategistas civis e militares coordenados por Mangabeira Unger e pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, o plano prevê uma profunda reestruturação militar (Exército, Marinha e Aeronáutica), mas mantém o serviço militar obrigatório e põe um fim na velha discussão sobre o uso das Forças Armadas no combate ao crime em centros urbanos.

– Força armada não é polícia. É necessário manter clara essa distinção – diz o ministro.

Segundo ele, o legado pacifista e ausência de guerras com outros países deixaram aos militares o desafio de evitar que as forças se voltem para questões corporativistas ou “degenerem em preocupações” com segurança interna.

– Força armada existe para defender o Brasil – afirma.

Serviço militar
Um dos pontos mais polêmicos do plano é o dilema de como tratar o serviço militar. O texto prevê alternativas ao presidente. Unger não entra em detalhes, mas deixa escapar que a proposta possível será híbrida, deixando intocável o atual sistema de convocação, mas profissionalizando e matendo nos quartéis por mais tempo recrutas treinados para se transformar em “soldados técnicos”, especialmente na Marinha e na Aeronáutica.

– Numa sociedade tão desigual como a nossa, o serviço militar é um nivelador republicano, um espaço no qual a nação pode se encontrar acima das classes – explica o ministro.

A idéia, segundo ele, seria diminuir a proporção de recrutas sem sacrificar a necessidade de profissionalização da tropa.

Unger diz que como o número de jovens em condições de convocação é infinitamente maior que a necessidade das Forças Armadas, o serviço militar acaba sendo voluntário na prática.

– Servem aqueles que querem servir – diz, ao prever que, com a elevação do valor do soldo, a pressão das camadas pobres pelas forças armadas tende a aumentar.

Favorável a uma proposta “maximalista e ambiciosa”, o ministro de Assuntos Estratégicos pode ser voto vencido, não deixa dúvidas sobre o que os militares deveriam fazer:

– As Forças Armadas passariam a escolher dentro da população jovem o que elas querem dentro de uma combinação do vigor físico com capacidade intelectual e por um critério que represente todas as classes e regiões do país por homens e mulheres de diferentes regiões – diz.

O ministro esclarece, no entanto, que no texto entregue ao presidente há também propostas de soluções intermediárias e, embora não concorde, acha que a de concepção “minimalista” pode ser mais viável politicamente.

– No centro da questão está o nível de ambição e a disposição para o sacrifício. Eu não ocultaria, dentro de um radicalismo republicano, que opto pela proposta maximalista, mas reconheço que ela só faz sentido no contexto de uma decisão nacional – acrescenta.

Serviço social
Pela proposta do ministro, o excesso de contingente que ficaria fora do padrão “vigor físico combinado com capacidade intelectual”, formado por homens e mulheres, receberia um treinamento militar básico, mas seria usado num serviço obrigatório social em programas parecidos com o Projeto Rondon ou no Tiro de Guerra, que ainda não foram desativados completamente. Seria também uma força de reserva.

Em linhas gerais o plano mexe na configuração, na orientação e no posicionamento operacional das Forças Armadas, que passariam por um processo de transformação e qualificação para dar resposta ao inimigo externo em caso de necessidade. A proposta prevê a reestruturação da indústria bélica nacional pública e privada, com tecnologia própria para a construção de equipamentos modernos, tecnologicamente avançados e que garantam ao país controle total do monitoramento territorial por terra, espaço e ar.

– Não se trata apenas de equipar as Forças Armadas. Trata-se de transforma-las – afirma.



fonte:http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#27 Mensagem por knigh7 » Dom Ago 31, 2008 12:29 pm

Mangabeira quer treino militar para mulheres e 'serviço social obrigatório'

Ministro diz lançar idéias ‘radicais’ e ‘inovadoras’ para engajar Nação em debate sobre modelo de Forças Armadas

Tânia Monteiro
BRASÍLIA

Um dos idealizadores do Plano Estratégico de Defesa, que será anunciado ao País no 7 de Setembro, o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, defendeu em entrevista ao Estado “uma verdadeira evolução do serviço militar” com a criação do “serviço social obrigatório”, inclusive para mulheres. Mais que isso: as mulheres também devem ser submetidas a um “treinamento militar rudimentar”.

As propostas, que o ministro considera “radicais” e “inovadoras”, são para engajar a sociedade na discussão sobre o modelo de Forças Armadas e de defesa para o País. Mangabeira trabalhou com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, na elaboração do plano estratégico e discutirá o detalhamento e a escolha das propostas amanhã, em reunião no Palácio do Planalto, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A idéia do serviço social obrigatório para mulheres, com treinamento militar básico, é uma proposta sua e tem a intenção de fazer com que o Brasil se aparelhe com uma “força de reserva mobilizável em caso de necessidade”. O ministro avalia que o serviço militar hoje “não é verdadeiramente obrigatório” e, por isso, todos deveriam se submeter ao serviço social e trabalhar em regiões diferentes de onde moram, “para que possam conhecer outras realidades do País”.

“Por que mulher é diferente do homem? Há muitas Forças Armadas em que elas são tratadas em igualdade com os homens”, argumentou Mangabeira. “E no caso de um serviço social obrigatório, haveria ainda menos razão para tratar homens e mulheres de forma diferente. São cidadãos que devem se sacrificar igualmente.” Ele citou o caso de Israel para lembrar que as mulheres prestam serviço militar e para dizer que aquele país tem uma das forças mais eficazes do mundo.

ESPELHO

Segundo o ministro, o Plano Estratégico de Defesa que ele vai apresentar a Lula propõe uma mudança no perfil das pessoas que são recrutadas para o serviço militar, a fim de que as Forças Armadas e as academias “se transformem em um verdadeiro espelho da sociedade”. “Em um país tão desigual, uma das utilidades do serviço militar obrigatório é servir como nivelador republicano, em que a nação fique acima das classes.” Como a carreira nas Forças Armadas se tornou economicamente pouco atraente, avalia o ministro, é preciso que “o serviço militar obrigatório se torne de fato obrigatório, para que todas as classes sociais estejam ali representadas.”

O plano propõe que as Forças Armadas escolham quem elas querem que sirva em seus quadros, e não o contrário - como, na prática, ocorre hoje. Para convocar os jovens de todas as classes sociais, seriam utilizados dois critérios, explicou o ministro: “vigor físico e capacidade intelectual”. Para quem não for incorporado, a proposta é que vá cumprir o serviço social obrigatório. “Mas todos devem dar sua contribuição”, disse Mangabeira.

RONDON

Depois de lembrar que o serviço civil obrigatório já está previsto na Constituição, o ministro disse que vai defender a idéia perante o presidente por considerar fundamental “o engajamento da juventude em busca do soerguimento social do País”. Ele sugere, por isso, a multiplicação do Projeto Rondon, o aprofundamento das experiências dos tiros de guerra, o trabalho, por exemplo, na construção de escolas e até a provisão de serviços públicos. Seria, disse, “um bom caminho” para melhorar a qualidade da administração pública.

“O Estado, em vez de prover todos os serviços sociais padronizados, em geral de baixa qualidade, deve equipar, financiar e monitorar a sociedade civil para que ela participe da provisão dos serviços públicos de maneira competitiva”, sugere o ministro. Ele defende um “debate amplo e intenso” sobre o que o País quer para si em termos de defesa e Forças Armadas.

Empenhado agora em obter apoio para o plano e respaldado pelo Palácio do Planalto, Mangabeira não há muito tempo esteve em terreno adversário. Em 2005 chegou a pedir impeachment de Lula - cujo governo classificava de “o mais corrupto da história”.

FRASES

Mangabeira Unger
Secretário de Assuntos Estratégicos

“Por que mulher é diferente do homem? Há muitas Forças Armadas em que elas são tratadas em igualdade com os homens”

“No caso de um serviço social obrigatório, haveria ainda menos razão para tratar homens e mulheres de forma diferente”








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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#28 Mensagem por knigh7 » Dom Ago 31, 2008 12:31 pm

Plano de Defesa de Lula não eliminará problemas do setor

Apesar das muitas discussões entre ministros e o Alto Comando, a compra de material bélico continua sendo feita sem coerência

Mangabeira Unger anuncia parceria com os russos para construir um caça, enquanto o Ministério da Defesa quer um acordo com os franceses

IGOR GIELOW

SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA



ALAN GRIPP

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá anunciar nesta semana o Plano Estratégico de Defesa Nacional para os próximos 30 anos. Mas há dois problemas, práticos e conceituais.

Primeiro, o plano será uma carta de intenções dependente do cumprimento da promessa de mais dinheiro para o setor. Segundo, a compra de material bélico vem sendo alinhavada sem coordenação e com diversos pontos de interrogação.

Hoje o plano é um documento de pouco mais de cem páginas, resultado de um ano de visitas a potências militares e intermináveis reuniões entre os ministros Nelson Jobim (Defesa), Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) e o Alto Comando das Forças Armadas.

Por ora, o texto planeja o reaparelhamento das Forças, a organização da indústria bélica nacional, o reforço do patrulhamento da fronteira e alterações no serviço militar obrigatório. Mas sua redação não é final.

Exemplo: Mangabeira defende um serviço civil obrigatório a ser exigido de todos os reservistas. Eles fariam serviços comunitários e passariam por um tratamento militar rudimentar, para servirem como força de reserva. O próprio ministro tem poucas esperanças de emplacar a idéia: "É audacioso, eu sei. Mas a transformação de um país exige sacrifício". Conforme relataram sob sigilo dois oficiais superiores que participaram das discussões, o plano pode virar, nas palavras deles mesmos, um amontoado de idéias ora "amalucadas", ora "realistas", ora "inexeqüíveis".

O plano não trata especificamente das negociações de material bélico. E aí residem incoerências. O caso da Marinha é eloqüente: há 26 anos o Brasil tem um acordo com estaleiros alemães para fabricar o consagrado submarino Tipo-209, mas, por conta da parceria estratégica com a França, o trabalho será paralisado e recomeçado com o Scorpène, produto não exatamente aceito no mercado (leia texto ao lado).

Na Aeronáutica, o caso mais famoso de ida-e-vinda é o da compra dos caças supersônicos: após muita protelação, o governo Lula comprou 12 Mirage-2000 da França para "tapar buraco", mas a idéia em debate é ambiciosa: compra inicial de até 36 aparelhos, chegando a mais de 100 até 2020, para substituir os Mirage, os AMX de ataque e os F-5BR táticos. Os concorrentes fortes são os mesmos da licitação F-X, em 2002: França e Rússia.

Os franceses, com o seu Rafale, parecem hoje mais bem posicionados devido à tal "parceria estratégica". Do ponto de vista puramente militar, o russo Sukhoi-35 é considerado superior, e Moscou promete total transferência tecnológica.

Mas aí entra a confusão. Mangabeira chegou a anunciar uma "parceria estratégica" com os russos para construir em conjunto um caça de próxima geração, mas a Defesa confirma o acordo com os franceses. Além de altamente improvável devido à falta de tradição de cooperação russo-brasileira, a idéia de Mangabeira choca-se com a preferência de Jobim: qual o sentido de comprar de um fornecedor e depois buscar o produto futuro de outro?

Mesma confusão já ocorre na área de helicópteros. O governo, com a ajuda do lobby do governador Aécio Neves (PSDB-MG), aceitou comprar 50 unidades do Cougar, helicóptero francês sobre o qual pesam boatos de descontinuação da linha européia. Aécio entrou na jogada porque a Helibrás, que pertence à francesa Eurocopter, tem fábrica em Itajubá.

Enquanto isso, chega ao Brasil amanhã uma missão russa para fechar a venda de 12 helicópteros de ataque russos Mi-35, negócio em torno de US$ 250 milhões. O produto é dos melhores de sua categoria, mas cabe perguntar o motivo da escolha de duas matrizes diferentes de fornecedor de produtos semelhantes: são duas escolas de manutenção e treinamento completamente diferentes.

O plano não dá detalhes, mas preverá o estabelecimento de favores para a indústria bélica nacional, que já foi uma das "top 10" do mundo nos anos 80. Há relatos incipientes de fábricas de veículos blindados em Minas e no Rio Grande do Sul, mas quem deverá se beneficiar é a poderosa Embraer: a FAB conseguiu emplacar uma rubrica no Orçamento de 2009 para dar dinheiro ao desenvolvimento de um avião de carga a jato para substituir os Hércules C-390. Um bom negócio para a Embraer: se o projeto não decolar, não terá gasto nada nele.

Além disso, há o ceticismo decorrente da realidade orçamentária do país. Mesmo com um orçamento gigante, de R$ 41 bilhões neste ano, a Defesa só conseguiu gastar R$ 394 milhões em investimento direto.

Mas há mais dinheiro prometido: a verba para investimento e custeio saltou de R$ 7,4 bilhões neste ano para R$ 10,9 bilhões em 2009.

Outro fator importante: o Chile e a Venezuela se armaram muito nos últimos anos. O fato foi lembrado em Anápolis pelo comandante da Aeronáutica, Juniti Saito: "Eles [Chile e Venezuela] fizeram a parte deles. É importante que façamos a nossa. Nossos diplomatas são muito capazes, mas ninguém sabe o dia de amanhã".






fonte: http://www.exercito.gov.br/Resenha/homepage.htm




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#29 Mensagem por jauro » Dom Ago 31, 2008 2:31 pm

De uma maneira geral, podem notar que as apreciações são altamente adjedivadas e pejorativas, sempre colocando MU contra NJ e as FA e ornando os textos com descasos, dúvidas, meias verdades, falácias e desacreditando o trabalho de todos. É a nossa mídia, 4º Poder que só acredita nela mesma e na desvalorização da Moral.

Doidinha p'ra vê o circo pegá fogo!




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#30 Mensagem por Roberto Portella Bertazzo » Seg Set 01, 2008 10:33 am

Interessante artifgo sobre a Estratégia Nacional de Defesa, que será promulgada a partir do dia 7 de setembro, pode ser lido no seguinte link da página Defesa UFJF: http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/DN2008.pdf




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