Cuba, cubanos e o Embargo americano
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2009 | 11:33
Sarkozy envia a Cuba emissário especial
O ex-ministro socialista francês, Jack Lang, está em Havana como «emissário especial» do presidente francês Nicolas Sarkozy para reactivar o diálogo político e a cooperação, disse o Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa.
«O presidente da República pediu a Jack Lang que seja seu emissário especial para Cuba para explorar com as autoridades cubanas a modalidade de uma retoma do diálogo político e a cooperação entre França e Cuba», afirmou.
Durante a estada em Havana, Jack Lang, que é deputado socialista, pretende reunir-se com autoridades cubanas.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=374857
Sarkozy envia a Cuba emissário especial
O ex-ministro socialista francês, Jack Lang, está em Havana como «emissário especial» do presidente francês Nicolas Sarkozy para reactivar o diálogo político e a cooperação, disse o Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa.
«O presidente da República pediu a Jack Lang que seja seu emissário especial para Cuba para explorar com as autoridades cubanas a modalidade de uma retoma do diálogo político e a cooperação entre França e Cuba», afirmou.
Durante a estada em Havana, Jack Lang, que é deputado socialista, pretende reunir-se com autoridades cubanas.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=374857
Triste sina ter nascido português
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
O fim do factóide dos pugilistas
Fonte: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... s-cubanos/
Fonte: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... s-cubanos/
Por ENEAS RODRIGUES
Estou aproveitando este espaço para registrar o que acabei de ver na TV Globo a respeito dos dois cubanos que voltaram para Cuba. Alguém assistiu? Na entrevista da Globo, os pugilistas que agora moram em Maimi , declaram em alto e bom som que voltaram para Cuba por livre e espontânea vontade. Que chegaram a conversar com o Lula que lhe ofereceu garantias para ficarem no Brasil se assim o desejassem. Gostaria de saber se vão dar o mesmo espaço que deram na época para esclarecer o que ocorreu com os pugulistas…Vamos como que a Mídia se comporta …
Comentário
Alguém teria o vídeo da entrevista?
Por Guilherme Dorneles
Ai o video:
http://video.globo.com/Videos/Player/Es ... GA,00.html
Comentário
Um belo exercício de jornalismo do Esporte Espetacular. Na entrevista, o boxeador explica que não fugiu porque tudo deu errado, os empresários alemães se mandaram. Diz que conversou com Lula, e que ele próprio ofereceu ajuda e perguntou se gostariam de ficar no Brasil. E os boxeadores disseram que preferiam voltar a Cuba.
A reportagem acaba de vez com um factóide que o próprio jornal Extra, do grupo, tinha se incumbido de desmontar e que o jornalismo de Ali Kamel se incumbiram de dar sobrevida.
Veja o problema do jornalismo enviezado. O correspondente do Estadão, Jamil Chade, já tinha conseguido declarações semelhantes dos boxeadores. Publicou a matéria. Depois disso, publicou mais duas matérias tentando corrigir a primeira.
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
E aquela revista semanal de grande circulação...desta semana, teima em notinhas anti-governo. Mas a entrevista da Globo foi ao ar domingo! Ah tá! Vamos ver se na semana que vem, a revista solta algo sobre o fato, já que tem os leitores mais fiéis do mundo, afinal, nunca vi carta reclamando das reportagens!
Abs!
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
É o seguinte: a ficar confirmado esta versão, muita gente vai ficar desmoralizada. Agora mesmo, acabei de ouvir o Jabor - aparentemente, numa gravação anterior a esta entrevista do tal boxeador - fulminando o governo federal e Tarso Genro, em particular, por "ter entregue os asilados cubanos". O tema era a ação criminosa do MST, mas ele achou um modo de encaixar a questão dos cubanos, só pra desmoralizar mais o governo.
Ora, com que cara o Jabor vai gravar as próximas matérias depois de hoje?
Claro que já apareceram dúvidas, tem gente que gostaria de ouvir a versão do outro boxeador, para confirmar.
Uma coisa é certa, se os atuais governantes já são insuportavelmente arrogantes, imaginem só como vão ficar, se ficar comprovada a inocência deles neste caso...
Ora, com que cara o Jabor vai gravar as próximas matérias depois de hoje?
Claro que já apareceram dúvidas, tem gente que gostaria de ouvir a versão do outro boxeador, para confirmar.
Uma coisa é certa, se os atuais governantes já são insuportavelmente arrogantes, imaginem só como vão ficar, se ficar comprovada a inocência deles neste caso...
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
Planalto nega contato entre Lula e cubano
Boxeador que fugiu no Pan diz na TV que presidente lhe ofereceu refúgio, mas preferiu voltar a seu país
Roberto Almeida
Auxiliares diretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva negaram ontem que ele tenha falado com os pugilistas cubanos Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux e oferecido ajuda para que não voltassem a seu país. Eles foram deportados do Brasil após fugir da delegação cubana durante os Jogos Panamericanos do Rio, em 2007.
Em entrevista ao programa Esporte Espetacular, exibida ontem pela TV Globo, Lara afirmou ter tido contato direto com Lula quando estava no País, versão qualificada como "fantasiosa" pelo Palácio do Planalto. O boxeador ressaltou ter retornado a seu País por vontade própria - nesse caso, a versão coincide com o que o governo vem afirmando desde 2007. "Ele (Lula) perguntou se eu queria ficar no Brasil e eu disse que não. Disse que queria voltar a Cuba", contou o atleta. O Planalto respondeu que, na época, a questão foi tratada pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Federal, sem envolvimento do presidente.
Em reportagem publicada pelo Estado ontem, o pugilista contou ainda que seu desinteresse em permanecer no Brasil estava relacionado à suposta impossibilidade de viajar depois para a Alemanha, seu verdadeiro objetivo após a fuga do Pan.
O país europeu é sede da empresa Arena Box, a qual Cuba acusa de ter "roubado" pelo menos cinco de seus atletas. Representantes da Arena Box já haviam contratado os pugilistas e, segundo Lara, tentavam levá-los embora do País.
O atleta também falou à TV Globo sobre o assunto. "Eu tinha um contrato assinado na França com eles, que foram nos buscar nos Jogos Panamericanos. Decidimos fugir, mas as coisas não saíram certo", explicou. "Eles foram para a Alemanha e nos deixaram sozinhos. Não ficou ninguém e nós voltamos para Cuba."
Lara relatou ainda que decidiu voltar para casa porque "as coisas deram errado" na tentativa de fuga. "Nós quisemos voltar. Não foi pelo governo brasileiro, nem por ninguém, já que as coisas deram errado então. Sabíamos que não íamos mais poder lutar lá (em Cuba). Tomamos uma decisão e quisemos voltar."
Segundo o Estatuto dos Refugiados, os cubanos teriam direito, caso obtivessem o refúgio, de viajar à Europa. De acordo com a lei, bastaria uma autorização do governo federal.
Em resposta às declarações do pugilista, o Ministério da Justiça disse que não tem registro oficial do pedido para seguir para a Alemanha. Contrariado com o viés "ideológico" do caso, o ministro Tarso Genro declarou que o refúgio foi oferecido e recusado em duas ocasiões. Tarso também ressalta que outros atletas cubanos que solicitaram refúgio durante o Pan foram acolhidos pelo governo brasileiro.
Após o retorno a Cuba, os pugilistas fugiram novamente. Com lanchas, chegaram ao México, de onde embarcaram para a Alemanha. De lá, viajaram para Miami, onde vivem hoje. Lara tem passaporte alemão e treina para dar continuidade à carreira profissional.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 1910,0.php
Boxeador que fugiu no Pan diz na TV que presidente lhe ofereceu refúgio, mas preferiu voltar a seu país
Roberto Almeida
Auxiliares diretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva negaram ontem que ele tenha falado com os pugilistas cubanos Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux e oferecido ajuda para que não voltassem a seu país. Eles foram deportados do Brasil após fugir da delegação cubana durante os Jogos Panamericanos do Rio, em 2007.
Em entrevista ao programa Esporte Espetacular, exibida ontem pela TV Globo, Lara afirmou ter tido contato direto com Lula quando estava no País, versão qualificada como "fantasiosa" pelo Palácio do Planalto. O boxeador ressaltou ter retornado a seu País por vontade própria - nesse caso, a versão coincide com o que o governo vem afirmando desde 2007. "Ele (Lula) perguntou se eu queria ficar no Brasil e eu disse que não. Disse que queria voltar a Cuba", contou o atleta. O Planalto respondeu que, na época, a questão foi tratada pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Federal, sem envolvimento do presidente.
Em reportagem publicada pelo Estado ontem, o pugilista contou ainda que seu desinteresse em permanecer no Brasil estava relacionado à suposta impossibilidade de viajar depois para a Alemanha, seu verdadeiro objetivo após a fuga do Pan.
O país europeu é sede da empresa Arena Box, a qual Cuba acusa de ter "roubado" pelo menos cinco de seus atletas. Representantes da Arena Box já haviam contratado os pugilistas e, segundo Lara, tentavam levá-los embora do País.
O atleta também falou à TV Globo sobre o assunto. "Eu tinha um contrato assinado na França com eles, que foram nos buscar nos Jogos Panamericanos. Decidimos fugir, mas as coisas não saíram certo", explicou. "Eles foram para a Alemanha e nos deixaram sozinhos. Não ficou ninguém e nós voltamos para Cuba."
Lara relatou ainda que decidiu voltar para casa porque "as coisas deram errado" na tentativa de fuga. "Nós quisemos voltar. Não foi pelo governo brasileiro, nem por ninguém, já que as coisas deram errado então. Sabíamos que não íamos mais poder lutar lá (em Cuba). Tomamos uma decisão e quisemos voltar."
Segundo o Estatuto dos Refugiados, os cubanos teriam direito, caso obtivessem o refúgio, de viajar à Europa. De acordo com a lei, bastaria uma autorização do governo federal.
Em resposta às declarações do pugilista, o Ministério da Justiça disse que não tem registro oficial do pedido para seguir para a Alemanha. Contrariado com o viés "ideológico" do caso, o ministro Tarso Genro declarou que o refúgio foi oferecido e recusado em duas ocasiões. Tarso também ressalta que outros atletas cubanos que solicitaram refúgio durante o Pan foram acolhidos pelo governo brasileiro.
Após o retorno a Cuba, os pugilistas fugiram novamente. Com lanchas, chegaram ao México, de onde embarcaram para a Alemanha. De lá, viajaram para Miami, onde vivem hoje. Lara tem passaporte alemão e treina para dar continuidade à carreira profissional.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 1910,0.php
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
10/03/2009 | 00:00
Cara-de-pau cubana
Em recente visita a Cuba, o presidente da OAB-SE, Henri Clay Andrade, perguntou ao vice-ministro da Justiça, Miguel Perez, “se é verdade” que há milhares de presos políticos na ilha. Resposta cínica do cubano: “Não há nenhum preso político; há presos contra-revolucionários”. Ah, bom.
http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php
Cara-de-pau cubana
Em recente visita a Cuba, o presidente da OAB-SE, Henri Clay Andrade, perguntou ao vice-ministro da Justiça, Miguel Perez, “se é verdade” que há milhares de presos políticos na ilha. Resposta cínica do cubano: “Não há nenhum preso político; há presos contra-revolucionários”. Ah, bom.
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... D20F4F6B4711 Março 2009 - 15h56
Viagens e exportação de medicamentos
EUA: Senado levanta restrições relativas a Cuba
O Senado norte-americano aprovou na noite de terça-feira um projecto-lei que levanta restrições a viagens a Cuba e a exportação de medicamentos para aquele país, sem terem de ser pagos adiantadamente.
De acordo com a nova lei, os cidadãos norte-americanos com origem cubana podem deslocar-se a Cuba uma vez por ano, em vez de uma vez de três em três anos.
O diploma facilita ainda a transferência de divisas entre familiares cubanos e os visitantes estão autorizados a gastar até 179 dólares por dia (o equivalente a 141 euros). Antes, apenas podiam gastar 50 dólares (39 euros).
O novo diploma não cancela, no entanto, o embargo decretado em 1962 por Washington contra Havana,
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
Há coisas que não podem ser incluidas no bloqueio, medicamentos é uma dessas coisas.
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
Oferta de Chávez à Rússia ofusca viagem de Lula
O espaço nobre dos sites dos principais jornais norte-americanos ignorou até agora o encontro de Lula com Barack Obama (Washington Post, The New York Times, Wall Street Journal e Los Angeles Times).
A notícia importante da América Latina para tais jornais explodiu esta tarde: Hugo Cháves ofereceu as pistas das bases militares da Venezuela para uso pelo bombardeiros estratégicos russos que transportam armas nucleares.
O chefe de aviação de longo alcance da Rússsia, major-general Anatoly Zhikharav, revelou que Cuba também ofereceu suas bases.
O governo russo admite que o uso de bases na Venezuela não passa, por enquanto, de uma hipótese.
Atualização das 17h18 - Vinte e quatro minutos depois deste post ter ido ao ar, entrou no site do The New York Times a notícia sobre o encontro de Lula com Obama.
O espaço nobre dos sites dos principais jornais norte-americanos ignorou até agora o encontro de Lula com Barack Obama (Washington Post, The New York Times, Wall Street Journal e Los Angeles Times).
A notícia importante da América Latina para tais jornais explodiu esta tarde: Hugo Cháves ofereceu as pistas das bases militares da Venezuela para uso pelo bombardeiros estratégicos russos que transportam armas nucleares.
O chefe de aviação de longo alcance da Rússsia, major-general Anatoly Zhikharav, revelou que Cuba também ofereceu suas bases.
O governo russo admite que o uso de bases na Venezuela não passa, por enquanto, de uma hipótese.
Atualização das 17h18 - Vinte e quatro minutos depois deste post ter ido ao ar, entrou no site do The New York Times a notícia sobre o encontro de Lula com Obama.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
”FIDEL CASTRO FOI O CARRASCO DA MINHA FAMÍLIA” – Médica dissidente que conseguiu permissão para sair do país diz que troca de líder não mudou o regime.
Janaína Figueiredo, Correspondente – O GLOBO, 20 de junho de 2009.
BUENOS AIRES. Seu pouco mais de 1,50 m de altura e o tom de voz suave não refletem a fortalezqa humana que lhe permitiu suportar 15 anos longe do filho e dos dois netos. Menos de uma semana após ter se reencontrado com a família em Buenos Aires, a médica cubana Hilda Molina, de 66 anos, não se cansa de agradecer a mediação da presidente Cristina Kirchner e de denunciar a violação dos direitos humanos em seu país. “Me disseram que eu nunca sairia de Cuba porque meu cérebro era patrimônio do país”, contou ao GLOBO a neurocirurgiã, que nos anos 90 renucniou à direção do Centro Internacional de Restauração Nerológica de Havana e foi alvo de uma perseguição política que a impediu de sair da ilha.
O GLOBO:A senhora obteve autorização para viajar duas semanas antes de uma eleição legislativa decisiva para o governo Kirchner...
HILDA MOLINA: Não sabia de nada e ainda não estou muito informada sobre isso. Fui liberada pelo governo cubano e não pelo governo argentino, mas devo dizer que o ex-presidente (Néstor) Kirchner me ajudou muito, desde o início de seu governo.
Por que a senhor ase distanciou do governo cubano, em 1994?
Basicamente, porque não estava de acordo com a política de tratar estrangeiros no centro onde trabvalhava. Para mim a prioridade eram os doentes cubanos. Desde então fui perseguida e, quando meu primeiro neto naceu, aqui na Argentina, impediram minha saíd do país. Funcionários do governo cubano me disseram que eu nunca sairia de Cuba porque meu cérebro era patrimônio do país.
A senhora pensa em voltar?
O que eu gostaria seria voltar com minha mãe, mas ela tem 92 anos e problemas de coração. Gostaria de realizar esse sonho, mas se não puder o governo cubano sabe que posso pedir uma prorrogação da permissão para ficar aqui.
Como a senhora definiria o regime cubano?
Como uma ditadura totalitária, de perfil stalinista.
A maioria dos presidentes estrangeiros que visitam a ilha não se reúne com os dissidentes...
Como uma pessoa que teve seus direitos violados, respeito os direitos e as decisões de cada pessoa. Mas acho que, nos casos dos países que viveram ditaduras, os opositores dessas ditaduras ficavam muito felizes quando recebiam o respaldo de pessoas de outros países. Se recebêssemos pelo menos um respaldo moral, nos sentiríamos mais acompanhados.
A senhora se sente decepcionada com os governos da região?
Os dissidentes cubanos precisam do mesmo apoio que eles (os governos) recevberam quando eram opositores de suas ditaduras: o presidente Lula e todos os que enfrentaram uma ditadura.
Por que Cuba recebe tanto apoio internacional?
Muitos presidentes se sentem pressionados psicologicamente, sentem que qualquer crítica poderia alterar a estabilidade de Cuba. E outros acham que esta atitude positiva em relação ao governo cubano é a malhor maneira de promover a abertura do papís, estratégia que considero totalmente equivocada. Por outro lado, os governos populistas eleitos nos últimos anos querem perpetuar-se no poder como fez o governo cubano.
A senhora se refera ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez?
Não vou dar nomes, não quero brigar com mais ninguém (risos).
Qual é a sua opinião sobre a aliança do presidente Chávez com Fidel?
Chávez é aluno de Fidel Castro, ele mesmo diz isso. Depois de ter saído da prisão, Chávez visitou Cuba e foi recebido com honras de chefe de Estado – isso muito antes de assumir o poder. Isso sempre chamou mninha atenção, nunca entendi por que tanto protocolo para uma pessoa que não era ninguém. Hoje entendo que havia um plano. Fidel foi seu mentor e Chávez está transformando a Venezuela numa nova Cuba.
Como a senhora explica a resistência de Cuba a retornar à Organização dos Estados Americanos?
O problema é que Cuba deveria acaeitar uma série de condições – por exemplo, em relação aos direitos humanos – que não quer aceitar.
O que representa Fidel Castro para a senhora?
Ele foi o carrasco da minha família.
A posse de Raúl Castro despertou grande expectativa...
A abertura não ocorreu porque Fidel não a permitiu. Os discursos iniciais foram promissores, chegamos a pensar que seria anulado o sistema de concessão de autorizações para viajar. Mas nada disso. Foi permitido apenas comprar computadores, celulares e ter acesso a hotéis de luxo. Mas com que dinheiro? São duas pessoas diferentes, mas o governo é o mesmo. Raúl Castro tem os pés sobre a terra, mas Fidel continua lá, mandando.
Janaína Figueiredo, Correspondente – O GLOBO, 20 de junho de 2009.
BUENOS AIRES. Seu pouco mais de 1,50 m de altura e o tom de voz suave não refletem a fortalezqa humana que lhe permitiu suportar 15 anos longe do filho e dos dois netos. Menos de uma semana após ter se reencontrado com a família em Buenos Aires, a médica cubana Hilda Molina, de 66 anos, não se cansa de agradecer a mediação da presidente Cristina Kirchner e de denunciar a violação dos direitos humanos em seu país. “Me disseram que eu nunca sairia de Cuba porque meu cérebro era patrimônio do país”, contou ao GLOBO a neurocirurgiã, que nos anos 90 renucniou à direção do Centro Internacional de Restauração Nerológica de Havana e foi alvo de uma perseguição política que a impediu de sair da ilha.
O GLOBO:A senhora obteve autorização para viajar duas semanas antes de uma eleição legislativa decisiva para o governo Kirchner...
HILDA MOLINA: Não sabia de nada e ainda não estou muito informada sobre isso. Fui liberada pelo governo cubano e não pelo governo argentino, mas devo dizer que o ex-presidente (Néstor) Kirchner me ajudou muito, desde o início de seu governo.
Por que a senhor ase distanciou do governo cubano, em 1994?
Basicamente, porque não estava de acordo com a política de tratar estrangeiros no centro onde trabvalhava. Para mim a prioridade eram os doentes cubanos. Desde então fui perseguida e, quando meu primeiro neto naceu, aqui na Argentina, impediram minha saíd do país. Funcionários do governo cubano me disseram que eu nunca sairia de Cuba porque meu cérebro era patrimônio do país.
A senhora pensa em voltar?
O que eu gostaria seria voltar com minha mãe, mas ela tem 92 anos e problemas de coração. Gostaria de realizar esse sonho, mas se não puder o governo cubano sabe que posso pedir uma prorrogação da permissão para ficar aqui.
Como a senhora definiria o regime cubano?
Como uma ditadura totalitária, de perfil stalinista.
A maioria dos presidentes estrangeiros que visitam a ilha não se reúne com os dissidentes...
Como uma pessoa que teve seus direitos violados, respeito os direitos e as decisões de cada pessoa. Mas acho que, nos casos dos países que viveram ditaduras, os opositores dessas ditaduras ficavam muito felizes quando recebiam o respaldo de pessoas de outros países. Se recebêssemos pelo menos um respaldo moral, nos sentiríamos mais acompanhados.
A senhora se sente decepcionada com os governos da região?
Os dissidentes cubanos precisam do mesmo apoio que eles (os governos) recevberam quando eram opositores de suas ditaduras: o presidente Lula e todos os que enfrentaram uma ditadura.
Por que Cuba recebe tanto apoio internacional?
Muitos presidentes se sentem pressionados psicologicamente, sentem que qualquer crítica poderia alterar a estabilidade de Cuba. E outros acham que esta atitude positiva em relação ao governo cubano é a malhor maneira de promover a abertura do papís, estratégia que considero totalmente equivocada. Por outro lado, os governos populistas eleitos nos últimos anos querem perpetuar-se no poder como fez o governo cubano.
A senhora se refera ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez?
Não vou dar nomes, não quero brigar com mais ninguém (risos).
Qual é a sua opinião sobre a aliança do presidente Chávez com Fidel?
Chávez é aluno de Fidel Castro, ele mesmo diz isso. Depois de ter saído da prisão, Chávez visitou Cuba e foi recebido com honras de chefe de Estado – isso muito antes de assumir o poder. Isso sempre chamou mninha atenção, nunca entendi por que tanto protocolo para uma pessoa que não era ninguém. Hoje entendo que havia um plano. Fidel foi seu mentor e Chávez está transformando a Venezuela numa nova Cuba.
Como a senhora explica a resistência de Cuba a retornar à Organização dos Estados Americanos?
O problema é que Cuba deveria acaeitar uma série de condições – por exemplo, em relação aos direitos humanos – que não quer aceitar.
O que representa Fidel Castro para a senhora?
Ele foi o carrasco da minha família.
A posse de Raúl Castro despertou grande expectativa...
A abertura não ocorreu porque Fidel não a permitiu. Os discursos iniciais foram promissores, chegamos a pensar que seria anulado o sistema de concessão de autorizações para viajar. Mas nada disso. Foi permitido apenas comprar computadores, celulares e ter acesso a hotéis de luxo. Mas com que dinheiro? São duas pessoas diferentes, mas o governo é o mesmo. Raúl Castro tem os pés sobre a terra, mas Fidel continua lá, mandando.
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
Durante seis meses
Obama suspende parte das sanções a Cuba
O presidente norte-americano Barack Obama informou hoje o Congresso de que irá suspender, a partir de 1 de Agosto e pelo período de seis meses, a aplicação da lei Helms-Burton – que desde 1996 impõe duras sanções a Cuba
A notícia surge um dia após os dois países terem retomado o diálogo diplomático. Seis anos depois da última ronda negocial, Nova Iorque assistiu a um encontro entre delegações dos dois países que teve como objectivo encontrar soluções para que os cubanos possam emigrar para os Estados Unidos de forma «segura, ordeira e legal».
Agora, Obama suspende por meio ano a lei que sanciona companhias e particulares estrangeiros que negoceiem com propriedades em Cuba que são reclamadas por cidadãos norte-americanos. A lei afastava as companhias estrangeiras de negócios que envolviam terrenos expropriados pela revolução de Fidel Castro.
SOL
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Intern ... _id=141917
Obama suspende parte das sanções a Cuba
O presidente norte-americano Barack Obama informou hoje o Congresso de que irá suspender, a partir de 1 de Agosto e pelo período de seis meses, a aplicação da lei Helms-Burton – que desde 1996 impõe duras sanções a Cuba
A notícia surge um dia após os dois países terem retomado o diálogo diplomático. Seis anos depois da última ronda negocial, Nova Iorque assistiu a um encontro entre delegações dos dois países que teve como objectivo encontrar soluções para que os cubanos possam emigrar para os Estados Unidos de forma «segura, ordeira e legal».
Agora, Obama suspende por meio ano a lei que sanciona companhias e particulares estrangeiros que negoceiem com propriedades em Cuba que são reclamadas por cidadãos norte-americanos. A lei afastava as companhias estrangeiras de negócios que envolviam terrenos expropriados pela revolução de Fidel Castro.
SOL
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
Falta um contrapartida na distensão do regime na ilha. Deve sair nos próximos dias.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
Eu acredito que acabar o embargo acelera a democratização. Prosperidade econômica sempre leva a maior liberdade. Chile, Tigres Asiáticos e China são exemplo disso. A medida que o padrão de vida aumenta, a população depende menos do governo, o que faz as pessoas se sentirem mais a vontade para criticar e desdenhar o governo.
NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
Cuba agora enfrenta escassez de papel higiênico
REUTERS
HAVANA - Em meio a uma séria crise econômica, Cuba está enfrentando escassez de papel higiênico e pode não ter o suficiente para atender à população até o final do ano, disseram fontes de empresas estatais na sexta-feira.
As autoridades dizem estar reduzindo preços de 24 produtos básicos, em reação aos efeitos da crise global financeira e de três violentos furacões no último ano.
As reservas financeiras do país ficaram esgotadas devido ao maior gasto com importações e à redução da renda com exportações, o que obrigou o governo comunista a tomar medidas excepcionais.
"A corporação deu todos os passos para que, ao final do ano, haja uma importante importação de papel higiênico", disse uma fonte da estatal Climex à estatal Rádio Rebelde.
Cuba importa e produz papel higiênico, mas atualmente não tem matéria prima suficiente para a produção.
Uma das medidas tomadas diante da crise é um corte de 20 por cento nas importações, o que nos últimos dias se tornou evidente na redução da oferta de produtos nas lojas estatais. Cuba importa cerca de 60 por cento dos seus alimentos.
Apesar da escassez, os preços serão reduzidos entre 5 e 27 por cento para alguns alimentos, medicamentos e produtos de higiene pessoal, segundo autoridades.
Uma visita a uma loja no bairro do Vedado, na sexta-feira, mostrou uma queda nos preços de maionese, molho para churrasco e lula enlatada.
Um cliente que se identificou como Pedro disse que "não parece que os preços caíram para os produtos fundamentais", como óleo de cozinha.
Ana María Ortega, subdiretora do conglomerado varejista TRD Caribe, administrado pelos militares, disse que não haverá escassez de produtos essenciais.
"As condições estão em vigor para manter a oferta de produtos essenciais", disse ela no mesmo programa de rádio.
Os cubanos recebem uma ração subsidiada de alimentos do governo a cada mês, mas dizem que essa quantidade alcança para apenas duas semanas.
O presidente Raúl Castro disse na semana passada à Assembleia Nacional que o governo cortou seus gastos orçamentários pela segunda vez neste ano e tem negociado seus débitos e gastos com fornecedores estrangeiros.
Cuba tradicionalmente atribui seus problemas econômicos ao embargo norte-americano, mas desta vez diz também que os furacões do ano passado, que provocaram prejuízos de 10 bilhões de dólares, obrigaram o governo a gastar mais na importação de alimentos e compra de materiais para a reconstrução.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 5256,0.htm
REUTERS
HAVANA - Em meio a uma séria crise econômica, Cuba está enfrentando escassez de papel higiênico e pode não ter o suficiente para atender à população até o final do ano, disseram fontes de empresas estatais na sexta-feira.
As autoridades dizem estar reduzindo preços de 24 produtos básicos, em reação aos efeitos da crise global financeira e de três violentos furacões no último ano.
As reservas financeiras do país ficaram esgotadas devido ao maior gasto com importações e à redução da renda com exportações, o que obrigou o governo comunista a tomar medidas excepcionais.
"A corporação deu todos os passos para que, ao final do ano, haja uma importante importação de papel higiênico", disse uma fonte da estatal Climex à estatal Rádio Rebelde.
Cuba importa e produz papel higiênico, mas atualmente não tem matéria prima suficiente para a produção.
Uma das medidas tomadas diante da crise é um corte de 20 por cento nas importações, o que nos últimos dias se tornou evidente na redução da oferta de produtos nas lojas estatais. Cuba importa cerca de 60 por cento dos seus alimentos.
Apesar da escassez, os preços serão reduzidos entre 5 e 27 por cento para alguns alimentos, medicamentos e produtos de higiene pessoal, segundo autoridades.
Uma visita a uma loja no bairro do Vedado, na sexta-feira, mostrou uma queda nos preços de maionese, molho para churrasco e lula enlatada.
Um cliente que se identificou como Pedro disse que "não parece que os preços caíram para os produtos fundamentais", como óleo de cozinha.
Ana María Ortega, subdiretora do conglomerado varejista TRD Caribe, administrado pelos militares, disse que não haverá escassez de produtos essenciais.
"As condições estão em vigor para manter a oferta de produtos essenciais", disse ela no mesmo programa de rádio.
Os cubanos recebem uma ração subsidiada de alimentos do governo a cada mês, mas dizem que essa quantidade alcança para apenas duas semanas.
O presidente Raúl Castro disse na semana passada à Assembleia Nacional que o governo cortou seus gastos orçamentários pela segunda vez neste ano e tem negociado seus débitos e gastos com fornecedores estrangeiros.
Cuba tradicionalmente atribui seus problemas econômicos ao embargo norte-americano, mas desta vez diz também que os furacões do ano passado, que provocaram prejuízos de 10 bilhões de dólares, obrigaram o governo a gastar mais na importação de alimentos e compra de materiais para a reconstrução.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Cuba, cubanos e o Embargo americano
Este é um dos maiores fracassos da revolução cubana. A incapacidade de produzir alimentos suficientes para abastecer sua população mesmo após cinquenta anos de socialismo. A Venezuela também está hoje com o mesmo problema, embora tenha uma vasta área de terra não produz alimentos suficientes para seu consumo. A bem da verdade o problema já existia antes de Chaves, agora apenas agravou-se.Cuba importa cerca de 60 por cento dos seus alimentos.
saudações
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.