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Enviado: Qua Jan 02, 2008 9:20 am
por Túlio
born escreveu:No próximo governo, seja de quem for, vai ter uma nova reforma da previdência. Caso contrário, ela quebra e, consequentemente, leva junto o governo e o país.

As medidas esperadas na nova reforma da previdência vão ser aumento no tempo de contruibuição, idade minima, atacar os privilegios dos servidores públicos e outras não muito populares e que vão gerar muita briga. Vide o caso da reforma da previdencia francesa, em que os servidores pararam a França para que o governo cede-se.

No futuro, a previdência não terá condições de pagar grande coisa de aposentadoria, vai ser o minimo para a pessoa sobreviver. Quem quisser manter o mesmo nível de vida vai ter que aderir a previdencia privada e fundos de pensão. Aliás, a previdência privada no Brasil já tem R$ 110 bilhões e está crescendo de forma fantastica. Contudo, é insignificante se considerar que o fundo de pensão dos servidores públicos da California tem US$ 300 bilhões.

Esse assunto vai longe


E dizer que novamente se vai pegar no pé dos fracos e deixar de lado os grandes sonegadores da Previdência, encabeçados pelo governo e secundado por empresários 'espertinhos'...

Vai acabar igual à China, cria os filhos para ser sustentado por eles na velhice; sem filhos, trabalha até morrer... :evil: :evil: :evil: :evil:

DETESTO essas visões neoliberais que julgam o trabalhador acima de tudo um estorvo, mania que essa gente tem de comer, vestir, morar, se deslocar, se aposentar, por quê simplesmente não CONSOMEM bastante e fim? O ideal seria usar robôs para tudo, e creio que nos encaminhamos para isso, robô num fica doente, num se aposenta, num come, num precisa de psicólogo nem médico - os futuros se auto-consertarão - o problema é que ROBÔ TAMBÉM NÃO CONSOME, e aí reside o calcanhar de aquiles desses ultracapitalistas: vão acabar de prateleiras cheias e sem clientes, no máximo comprarão uns dos outros.

Isso me lembra demais o Admirável Mundo Novo, de Huxley, talvez ele fose um profeta, estamos nos encaminhando rapidamente para aquilo...

E depois se queixam do crescimento da esquerda: oras, dão-lhe munição o tempo todo, mais e mais!!!

Continuem a ferrar mais e mais os trabalhadores e aposentados e podem aguardar o NOVO LÊNIN, agitando as massas e virando tudo de cabeça pra baixo: VOSMEÇÊS que pediram... 8-]

Enviado: Qua Jan 02, 2008 12:59 pm
por Guerra
A-29 escreveu: Guerra,

Não nego que os militares ganhem mal, mas isso não pode nos turvar a visão da realidade. .


Isso não é novidade nenhuma. O Ministro da defesa também acha que nós ganhamos mal, mas também acha que a culpa são das "mordomias" que nós temos. Desculpe, mas isso não me comove. Eu ouço essa frase a quase 20 anos, a ultima vez foi a poucos dias quando o picareta do ministro da defesa disse “não” ao nosso aumento.

O que eu acho engraçado (eu ainda consigo rir dessa história) é que ninguém condiciona o aumento do restante dos funcionarios publicos a perdas de "mordomias".
A PF ganha bem e esta mais bem equipada que o EB, mas ninguém mexeu nas vantagens.
Porque só o aumento dos militares esta relacionado com perda de "mordomias"?

O congresso brasileiro vai aprovar um aumento de 50% para os politicos e não vi ninguém falando em perdas de "vantagens" (para eles é vantagem, para nós é "mordomias")


O que defendo é que a previdência dos militares é um problema sério que vai continuar afetando os orçamentos das forças por muito tempo, inclusive no tocante aos salários dos ativos.



O que vc defende é o mesmo que o governo FHC defendeu por 8 anos.
Essa conversa fiada que os militares só vão ganhar rios de dinheiro quando abrirem mão de suas "mordomias" não é de agora. Isso vem de quando todo o pais acreditava nas promessas faceis do doutor FHC, que no auge dos seu prestigio politico iniciou essa politica de troca de “mordomias dos militares” por “aumentos”.
Nos oito anos que ele aplicou essa politica, apesar de não ter sido divulgado na mídia, houve uma guerra (tira essa palavra revolução pra lá) nos bastidores do EB (na verdade foi nas FAs, mas eu sei dos fatos no EB).
Foi nessa epoca ai, que nós vimos o surgimento da APEB (e de outros sindicatos que fizeram a esquerda brasileira ter um orgasmo multiplo e voltar a sonhar com um exército de lamarcas e carlos prestes), que só agora a pouco meses foi considerada ilegal. Foi nessa epoca que eu vi a maior batalha judicial de praças contra a instituição devido a politica de pessoal do governo, e que esta rolando até hoje nos bastidores. Eu nem vou entrar nos detalhes dessa guerra e nas consequencias, mas quem acompanhou a história dos controladores de voo sabe que aquilo não surgiu da noite para o dia. Foi nessa epoca que eu vi um 2º sgt, numa reunião com sgt do Brasil inteiro, apontar o dedo para o Cmt e acusar os oficiais de puxa-sacos do governo e responsaveis pela situação lastimavel dos praças, e esse sgt ser aplaudido de pé por todos os praças que estavam na sala. E eu vi esse mesmo Cmt responder com palavras tipo: “sacrificio”, “Brasil acima de tudo” e ser vaiado.
Foi graças a politica do Doutor FHC que houve mudanças nos regulamentos que não mudavam desde da decada de 30.



Essa história de o governo ficar com o dinheiro das contribuições dos militares "de sacanagem", sinceramente, é conversa furada, sem ofensas.


Eu não me ofendo. Eu só mandaria vc ir plantar batatas se essas ideias tivessem saido da sua cabeça. Mas vc só esta repetindo a musica que esta tocando desde do inicio do governo FHC, e que esse atual governo aprendeu sem nenhum esforço.

Eu fico ofendido é quando o governo para justificar o fato de não dar aumento aos militares vem com essa picaretagem de que os militares são os unicos resposaveis por sua própria desgraça. Porque o governo, esse sim, tem obrigação de saber que um exército não se faz só com equipamentos.
Se o governo gastasse um pouquinho de seu precioso tempo para tentar entender que um exército é o equipamento, doutrina e o pessoal, talvez (eu digo talvez, só por precaução) o governo finalmente tomaria vergonha na cara e adotaria um politica de pessoal decente e não uma solução facil vendida pelos picaretas que a mais de 30 anos vem desmanchando as FAs.

Eu acho perfeitamente normal que essas ideias tenham um numero enorme de adeptos aqui nesse forum. Pois aqui no DB, a culpa de não termos fotos de equipamentos de ultima geração para postarmos nos foruns de defesa internacionais e toda dos militares brasileiros.
Aqui, nós (os militares) somos os acomodados irresponsaveis que negligenciaram a defesa do Brasil. Se não temos equipamentos é porque os militares estão roubando munição, estão ganhando por fora nas transações com equipamentos. E qualquer solução que passe por retirar as “mordomias” dos militares é muito bem vinda e aplicada com a merecida justiça.
Num ambiente assim os picaretas do ministro da defesa e da ministra da fazenda não precisam nem de esforço para ganhar adeptos.

Eu acho facil convencer aqueles que acreditam que o petroleo dos poços que foram descobertos vão se transformar em caças de ultima geração, que é possivel transformar a pensão dos miliatres em blindados de ultima geração. Eu quero ver vc convencer os militares que vc descobriu essa formula inovadora que vai solucionar o problema da defesa e de quebra solucionar o problema de pessoal do EB.

“Claro vcs militares não querem perder suas mordomias”

Errado. Eu torço o nariz para soluções faceis porque eu sou de uma geração de militares que não acredita em promessa facil, principalmente vindo do governo.

A quase 20 anos atrás quando eu cheguei na ESA eu recebi uma farda velha e um coturno cheio de areia do pico da gavião que eu passei a noite limpando e costurando com a promessa que eu iria receber uma farda e coturno novo uma semana depois. Eu nunca recebi o coturno e a tal farda.
Na ESA eu tive instrução teorica do AT-4 e do missel COBRA, porque o instrutor disse que graças a FT 90, era possivel quando eu chegasse na tropa eu já encontrasse esse equipamento. Passado quase vinte anos, o EB ainda não tem um missel anticarro e da pra contar no dedo as unidades que possuem AT-4 (não vou nem mencionar que o EB levou quase 20 anos para desenvolver um similar nacional).

Eu posso dizer que assisti de camorote o desmanche do EB. E quando eu falo em EXÉRCITO BRASILEIRO, eu não estou falando do conceito de “exército” de forum de defesa. Eu não estou falando só do desmanche dos equipamentos, porque esse já esta consolidado. Estou me referindo também ao desmanche da doutrina do nosso exercito, que ainda não consegue aplicar no campo de batalhas inovações tecnologicas que muitos paises vizinhos já dominam, eu estou falando também do desmanche de pessoal. Esse sim me preocupa, porque qualquer paisinho de merda constroi um blindado em um mês, eu quero saber quanto tempo o EB vai levar para “construir” os generais, coroneis, majores e subtenentes e sargentos que estão saindo em massa.

E esse processo de evasão não começou agora. Isso vem de quando todo o pais acreditava nas promessas faceis do doutor FHC.


Pelos links que indiquei pode reparar que o governo arrecada cerca de um bilhão e meio por ano de contribuições dos militares, e gasta algo em torno de 17 bilhões por ano com aposentados e pensionistas


Cara, se vocês querem acreditar que a unica solução para a defesa do Brasil é acabando com as “mordomias” dos militares, tudo bem. Mas por favor não culpem por dizer que isso é uma grande conversa fiada e uma grande picaretagem do governo.

Não me culpem por não acreditar que a unica solução é essa, quando eu vejo os outros funcionarios publicos com mais privilegios que os militares recebendo aumentos sem perder qualquer beneficios.
Não que eu seja acomodado, mas é muito dificil acreditar que a unica solução para compramos equipamentos e voltarmos a desenvolver um doutrina decente é tirando as “mordomias” dos militares, quando eu vejo a PF recebendo aumento e equipamentos sem ninguém se quer colocar em jogo a eficiencia da instituição.
É muito dificil acreditar que esses tais 17 bilhões que o governo aplica tão mal nas pensões militares vão ser trasnformados em blindados. E se 17 bilhões é suficiente para resolver todo o problema de defesa do pais, é ainda mais dificil acreditar que o governo não tenha 17 bilhões para resolve-lo, sendo que gastou mais que isso com idenizações para vagabundo.

União pagou R$ 2,45 bilhões a anistiados desde 2001
Segundo Comissão de Anistia, indenizações devem superar R$ 4 bi



Não queiram me convencer que eu vou ganhar um salario decente, porque em 20 anos escutei essa conversa um milhão de vezes. Não existe promessa ou golpe que já não tenham me aplicado.

Se querem acreditar que os militares vão ganhar rios de dinheiro, tudo bem, só não venham chorar as pitangas quando o ultimo e derradeiro elemento (pessoal) que forma o EB desaparecer.

Agora me diz ai. A PF vai ter aumento em janeiro, o que eles precisaram fazer para ganhar aumento. Quais foram os "privilegios" que eles abriram mão?

Não, obrigado. A solução do restante do funcionalismo publico eu dispenso. Eu vou ficar aqui levando a culpa por vocês não terem fotos de equipamentos decentes para postarem nos foruns internacionais e vendendo salgadinho nas horas de folga.

Enviado: Qua Jan 02, 2008 10:46 pm
por faterra
Às vezes imagino que as pessoas que criticam as aposentadorias e pensões são ricas, eternamente jovens e que nunca necessitarão de se aposentar. É tal a veemência com que o fazem que dão a impressão de quererem acabar com o sistema previdenciário, defendendo uma "chinalização" do sistema. Você tem que trabalhar até virar presunto e, de preferência, contribuindo cada vez mais para que a boa vida da pilantragem progrida cada vez mais.
Que a previdência está com sérios problemas nunca tive dúvidas. Porém, antes de sair dando tiros nos aposentados e pensionistas, deveríamos saber o que está sendo feito para proteger os fundos arrecadados, quais providências estão sendo tomadas para aperfeiçoar o gerenciamento, dificultando cada vez mais as picaretagens existentes, blindando o sistema contra as fraudes, sonegações e desvios, etc.
Utopia? De jeito nenhum, é só nossos governantes, políticos e gestores previdenciários criarem vergonha na cara e trabalharem um pouco em prol do país. Se isto for impossível, me desculpem, teremos que passar uma borracha no país e devolvê-lo a quem de direito, pedindo desculpas pelos estragos. :oops:
Embora saiba que a previdência privada tem regras e normas mais aperfeiçoadas, alguma coisa me empurra a lembrança dos montepios criados a alguns anos atrás - para arrecadar era uma maravilha, prometendo mundos e fundos, mas, quando chegou a hora de pagar...
Por ser privada, quem contribuiu se fudeu.
Tome-se como exemplo os grandes fundos de pensões atuais (tanto faz se público ou privado). Constantemente temos notícias de gestão fraudulenta com aplicações que geram lucros somente para a instituição que as recebe e para os gerentes dos otários que fizeram a "aplicação".
Qualquer semelhança é mera coincidência!
E ainda por cima tem-se que bancar os lucros exorbitantes dos banqueiros. Acho que é por aí que começa a verdadeira vantagem do sistema privado. Temos que pagar muito caro, entupir o rabo dos mesmos para que possamos ter uma mixaria de aposentadoria no futuro.
A Previdência pública, que não visa lucro, não presta.
Não sou contra a previdência controlada pela iniciativa privada, quem quiser aplicar nela, tudo bem.
Mas sou contra o desmanche da previdência pública/privada (a Previdência Social, o INSS). Tem-se é que mudar sua gestão, aumentar sua base de contribuição (hoje pela metade em virtude dos empregos informais) criando condições reais para restaurá-la aos níveis anteriores.
Podem me crucificar à vontade. Mas, não vou cuspir no prato que um dia irei comer.
Preventivamente, peço desculpas se ofendi alguém.

Enviado: Qua Jan 02, 2008 11:01 pm
por Túlio
Reitero que, com essas palhaçadas e sem-vergonhices, o 'pseudo-capitalismo' Brasileiro está forjando as armas que o destruirão um dia, daí salve-se quem puder, e mesmo os saudosistas dos golpes militares ficarão em maus lençóis, pois NÃO HAVERÁ mais militares para dar golpe...

E todo mundo sabe que General de pijama é muito que bueno para dar discurso inflamado e escrever carta, mas ganhar guerra que é bão... 8-]

Enviado: Qui Jan 03, 2008 7:17 pm
por Guerra
Túlio escreveu: e mesmo os saudosistas dos golpes militares ficarão em maus lençóis, pois NÃO HAVERÁ mais militares para dar golpe...

]


E nem para evitar um golpe, o que é pior, sabio guru dos pampas :lol:

Enviado: Sex Jan 04, 2008 11:42 am
por Guerra
Ué, desistiram do assunto? Cade os especialistas em previdencia militar? cade o pessoal que tem a unica formula para as FAs?


Tema do Dia - Tributos

Só a PF e o mínimo escaparam

Com o déficit de 40 bilhões nas contas, governo suspende recomposição de servidores. Garantidos mesmo estão apenas os reajustes do salário do trabalhador e dos policiais federais

Fernanda Odilla

Da equipe do Correio


Quando vai começar os cortes nas mordomias dos agentes?

Enviado: Sáb Jan 05, 2008 5:40 pm
por Bourne
Túlio escreveu:
born escreveu:No próximo governo, seja de quem for, vai ter uma nova reforma da previdência. Caso contrário, ela quebra e, consequentemente, leva junto o governo e o país.

As medidas esperadas na nova reforma da previdência vão ser aumento no tempo de contruibuição, idade minima, atacar os privilegios dos servidores públicos e outras não muito populares e que vão gerar muita briga. Vide o caso da reforma da previdencia francesa, em que os servidores pararam a França para que o governo cede-se.

No futuro, a previdência não terá condições de pagar grande coisa de aposentadoria, vai ser o minimo para a pessoa sobreviver. Quem quisser manter o mesmo nível de vida vai ter que aderir a previdencia privada e fundos de pensão. Aliás, a previdência privada no Brasil já tem R$ 110 bilhões e está crescendo de forma fantastica. Contudo, é insignificante se considerar que o fundo de pensão dos servidores públicos da California tem US$ 300 bilhões.

Esse assunto vai longe


E dizer que novamente se vai pegar no pé dos fracos e deixar de lado os grandes sonegadores da Previdência, encabeçados pelo governo e secundado por empresários 'espertinhos'...

Vai acabar igual à China, cria os filhos para ser sustentado por eles na velhice; sem filhos, trabalha até morrer... :evil: :evil: :evil: :evil:

DETESTO essas visões neoliberais que julgam o trabalhador acima de tudo um estorvo, mania que essa gente tem de comer, vestir, morar, se deslocar, se aposentar, por quê simplesmente não CONSOMEM bastante e fim? O ideal seria usar robôs para tudo, e creio que nos encaminhamos para isso, robô num fica doente, num se aposenta, num come, num precisa de psicólogo nem médico - os futuros se auto-consertarão - o problema é que ROBÔ TAMBÉM NÃO CONSOME, e aí reside o calcanhar de aquiles desses ultracapitalistas: vão acabar de prateleiras cheias e sem clientes, no máximo comprarão uns dos outros.

Isso me lembra demais o Admirável Mundo Novo, de Huxley, talvez ele fose um profeta, estamos nos encaminhando rapidamente para aquilo...

E depois se queixam do crescimento da esquerda: oras, dão-lhe munição o tempo todo, mais e mais!!!

Continuem a ferrar mais e mais os trabalhadores e aposentados e podem aguardar o NOVO LÊNIN, agitando as massas e virando tudo de cabeça pra baixo: VOSMEÇÊS que pediram... 8-]


Túlio, você está chamando de neoliberal?????? E eu que pensava que era comuna. :cry:

O problema é que a previdência no Brasil é uma zona, apesar de já ter sido muito pior. Mesmo pegando os sonegadores, no longo prazo, a quantidade de idosos aposentados vai crescer em relação a população econônicamente ativa e não será possível equilibrar as contas.

Além das pessoas viveram cada vez mais e melhor e, consequentemente, é necessário elevar o prazo de contribuição e idade de aposentadoria. Já é um problema sério na Europa que detém uma quantidade consideravél de idosos.

O problema é a estrutura da previdência, que não vai fundcionar no futuro. É necessário uma revolução, caminhar da estrutura atual (em que o trabalhador ativo paga a aposentadoria do inativo) para a de fundos de pensão (os recursos dos trabalhadores são guardados e investidos em busca de rendimento mínimo, afim de garantir os recursos necessários para pagar as pensões e aposentadorias no futuro. Além dos fundos serem importantes para financiar os investimentos na economia, os EUa são uma prova disso

Enviado: Sáb Jan 05, 2008 10:41 pm
por faterra
born escreveu:
Túlio escreveu:
born escreveu:No próximo governo, seja de quem for, vai ter uma nova reforma da previdência. Caso contrário, ela quebra e, consequentemente, leva junto o governo e o país.

As medidas esperadas na nova reforma da previdência vão ser aumento no tempo de contruibuição, idade minima, atacar os privilegios dos servidores públicos e outras não muito populares e que vão gerar muita briga. Vide o caso da reforma da previdencia francesa, em que os servidores pararam a França para que o governo cede-se.

No futuro, a previdência não terá condições de pagar grande coisa de aposentadoria, vai ser o minimo para a pessoa sobreviver. Quem quisser manter o mesmo nível de vida vai ter que aderir a previdencia privada e fundos de pensão. Aliás, a previdência privada no Brasil já tem R$ 110 bilhões e está crescendo de forma fantastica. Contudo, é insignificante se considerar que o fundo de pensão dos servidores públicos da California tem US$ 300 bilhões.

Esse assunto vai longe


E dizer que novamente se vai pegar no pé dos fracos e deixar de lado os grandes sonegadores da Previdência, encabeçados pelo governo e secundado por empresários 'espertinhos'...

Vai acabar igual à China, cria os filhos para ser sustentado por eles na velhice; sem filhos, trabalha até morrer... :evil: :evil: :evil: :evil:

DETESTO essas visões neoliberais que julgam o trabalhador acima de tudo um estorvo, mania que essa gente tem de comer, vestir, morar, se deslocar, se aposentar, por quê simplesmente não CONSOMEM bastante e fim? O ideal seria usar robôs para tudo, e creio que nos encaminhamos para isso, robô num fica doente, num se aposenta, num come, num precisa de psicólogo nem médico - os futuros se auto-consertarão - o problema é que ROBÔ TAMBÉM NÃO CONSOME, e aí reside o calcanhar de aquiles desses ultracapitalistas: vão acabar de prateleiras cheias e sem clientes, no máximo comprarão uns dos outros.

Isso me lembra demais o Admirável Mundo Novo, de Huxley, talvez ele fose um profeta, estamos nos encaminhando rapidamente para aquilo...

E depois se queixam do crescimento da esquerda: oras, dão-lhe munição o tempo todo, mais e mais!!!

Continuem a ferrar mais e mais os trabalhadores e aposentados e podem aguardar o NOVO LÊNIN, agitando as massas e virando tudo de cabeça pra baixo: VOSMEÇÊS que pediram... 8-]


Túlio, você está chamando de neoliberal?????? E eu que pensava que era comuna. :cry:

O problema é que a previdência no Brasil é uma zona, apesar de já ter sido muito pior. Mesmo pegando os sonegadores, no longo prazo, a quantidade de idosos aposentados vai crescer em relação a população econônicamente ativa e não será possível equilibrar as contas.

Além das pessoas viveram cada vez mais e melhor e, consequentemente, é necessário elevar o prazo de contribuição e idade de aposentadoria. Já é um problema sério na Europa que detém uma quantidade consideravél de idosos.

O problema é a estrutura da previdência, que não vai fundcionar no futuro. É necessário uma revolução, caminhar da estrutura atual (em que o trabalhador ativo paga a aposentadoria do inativo) para a de fundos de pensão (os recursos dos trabalhadores são guardados e investidos em busca de rendimento mínimo, afim de garantir os recursos necessários para pagar as pensões e aposentadorias no futuro. Além dos fundos serem importantes para financiar os investimentos na economia, os EUa são uma prova disso


Assim foi criada a Previdência, com as contribuições calculadas para que no final pudessem formar este fundo. A meu ver, o contribuinte após sua aposentadoria deveria continuar pagando e não parar, dependendo assim da contribuição dos ativos. Isto foi corrigido nesta última "mini-reforma". A sacanagem é que só ficou nisso. A sonegação, os desvios, as falcatruas, etc. continuam aumentando cada vez mais e não vejo ninguém do governo fazendo qualquer coisa para reverter este quatro e, muito menos, da sociedade fazendo pressão para que esta revolução aconteça.

Re: Impacto da Previdência dos militares no Orçamento

Enviado: Sáb Mai 31, 2008 12:08 am
por A-29
Olha só, abandonei meu próprio tópico na férias de janeiro e só lembrei dele agora, pela intervenção de um colega lá no Navais.

Gostaria de esclarecer aos colegas que contestaram minhas idéia de uma maneira um tanto, digamos, "indignada", que não sou contrário à previdência dos militares, apenas sou contrário à forma como a maneira como está montada a previdência de todos os servidores, sejam civis ou militares.

Aos colegas que bradaram aqui contra a aceitação do problema, botando a culpa nos sonegadores, nos políticos em geral e no FHC em particular, na Georgina e os quarenta ladrões, no lucro dos baqueiros, no neo-liberalismo, na Polícia Federal, etc, gostaria de tecer os seguintes comentários:

1. Até 2001 os militares contribuíam com apenas 1,5% do salário para previdência. Se o sistema fôsse de capitalização, obviamente essa contribuição não seria suficiente para pagar a aposentadoria de ninguém.

2. Após 2001 os militares ativos e inativos passaram a contribuir com 7,5% do salário para previdência. Também contribuem com 3,5% para o sistema de saúde das FA. Um servidor civil contribui com 11% apenas para previdência, e tem direito a usar o SUS (é sério, isso é previsto em lei).

3. Os atuais militares permanecerão no regime solidário de previdência, onde os ativos pagam a aposentadoria dos inativos e o governo completa a diferença, pois possuem direito adquirido a esse sistema. Para os atuais ativos o déficit simplesmente vai continuar e não há o que se possa fazer contra isso.

4. Em países desenvolvidos, o inativo (civil ou militar) se aposenta com salário inferior ao que ganhava na ativa, pois durante a vida contribuem com valores suficientes para se aposentar com um bom percentual do salário da ativa. Supõe-se que o padrão de vida não cai nessa transição porque a essa altura os gastos do agora aposentado serão menores: seus filhos já terão estudado, a casa já estará paga, etc. Os incrementos dos gastos com saúde são considerados inferiores aos decrécimos com os gastos anteriores.

5. Minha proposta é de que todos os novos servidores (civis e militares) passassem a contribuir para a previdência geral apenas até seu teto, como qualquer outro cidadão. O complemento de sua aposentadoria deveria ser feito através de contribuições a um fundo próprio de capitalização, em que cada servidor juntaria dinheiro para a própria aposentadoria. Aos servidores antigos seria dada a opção de aderir ou não ao novo regime, com compensação dos valores já pagos além do valor do regime geral.

6. Não concordo com a posição do MD, que considera que não há problema na medida em que o déficit se estabilizará em administráveis R$ 25 bilhões anuais. Ressalto que essa estimativa foi anterior ao acordo de aumento escalonado dos soldos.

7. Aos que criticam o excesso de oficiais generais, o país tem um total de 300 e poucos oficiais-generais nas três forças. Se é muito ou pouco, não sei. Como leigo não achei exagerado.

Como vêem, o assunto é extremamente interessante, mas ao invés de ideologizar a matéria preferi tentar pensar uma solução para o problema. Ela não é radical nem prejudica os direitos de ninguém. Quem já é servidor fica como está. Para os novos, a formação de um fundo de capitalização. Quem quiser aderir, pode. O regime geral continua solidário, com uma aproximação cada vez maior entre teto e mínimo (não pelo achatamento do teto, mas pelo crescimento do mínimo, conforme já vêm ocorrendo). O geral serviria para um mínimo de sobrevivênvia digna, tendo também função assistencial do Estado. O complemento da aposentadoria seria bancado pelos recursos acumulados pelo próprio servidor durante sua vida. A gestão do fundo seria profissional, mediante fiscalização dos órgãos governamentais.

Agora que espero ter explicado melhor meu ponto de vista, submeto-me à execução

[071] [002] [004] :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Re: Impacto da Previdência dos militares no Orçamento

Enviado: Sáb Mai 31, 2008 12:49 pm
por Guerra
A-29 escreveu:
Aos colegas que bradaram aqui contra a aceitação do problema, botando a culpa nos sonegadores, nos políticos em geral e no FHC em particular, na Georgina e os quarenta ladrões, no lucro dos baqueiros, no neo-liberalismo, na Polícia Federal, etc, gostaria de tecer os seguintes comentários:
Quem citou a PF fui eu, mas eu não disse que a culpa é deles. Eu só disse que existe um tratamento difereciado que o governo dá para cada categoria. E o governo só reconhe a previdencia militar como um problema.
Se o governo aplicar as mesma regras para todo mundo....mas "se" minha vó não tivesse falecido..."

2. Após 2001 os militares ativos e inativos passaram a contribuir com 7,5% do salário para previdência. Também contribuem com 3,5% para o sistema de saúde das FA. Um servidor civil contribui com 11% apenas para previdência, e tem direito a usar o SUS (é sério, isso é previsto em lei).
Quando um militar usa o FUSEX o EB paga uma parte e ele paga outra daquela despesa, além desses 3,5% que vem todo mês. Como é na previdência?

3. Os atuais militares permanecerão no regime solidário de previdência, onde os ativos pagam a aposentadoria dos inativos e o governo completa a diferença, pois possuem direito adquirido a esse sistema. Para os atuais ativos o déficit simplesmente vai continuar e não há o que se possa fazer contra isso.
Os inativos também pagam pensão. Como funciona na previdência?

4. Em países desenvolvidos, o inativo (civil ou militar) se aposenta com salário inferior ao que ganhava na ativa, pois durante a vida contribuem com valores suficientes para se aposentar com um bom percentual do salário da ativa. Supõe-se que o padrão de vida não cai nessa transição porque a essa altura os gastos do agora aposentado serão menores: seus filhos já terão estudado, a casa já estará paga, etc. Os incrementos dos gastos com saúde são considerados inferiores aos decrécimos com os gastos anteriores.
Eu sou a favor de uma redução gradual de soldo para inativos. O militar vai para reserva, depois da reforma diminui, e quando ele morre cai pela metade e fica estabelecido um teto para a viuva.
Mas eu gostaria também de ganhar um soldo igual dos paises desenvolvidos, já sei "vai sobrar dinheiro...e ai voces vão ganhar bem e tal..."
5. Minha proposta é de que todos os novos servidores (civis e militares) passassem a contribuir para a previdência geral apenas até seu teto, como qualquer outro cidadão. O complemento de sua aposentadoria deveria ser feito através de contribuições a um fundo próprio de capitalização, em que cada servidor juntaria dinheiro para a própria aposentadoria. Aos servidores antigos seria dada a opção de aderir ou não ao novo regime, com compensação dos valores já pagos além do valor do regime geral.
E essas mudanças seriam só na aposentadoria, ou o militar teria direito a horas extras como qualquer outro cidadão? Caso positivo, teria meu total apoio.

6. Não concordo com a posição do MD, que considera que não há problema na medida em que o déficit se estabilizará em administráveis R$ 25 bilhões anuais. Ressalto que essa estimativa foi anterior ao acordo de aumento escalonado dos soldos.
Será!? O aumento maior foi para os postos e graduações mais baixas onde ficam a maioria dos militares mais novos, que vão ficar mais tempo na ativa. Nesse grupo também estão os temporarios que contribuem e não se aposentam.

7. Aos que criticam o excesso de oficiais generais, o país tem um total de 300 e poucos oficiais-generais nas três forças. Se é muito ou pouco, não sei. Como leigo não achei exagerado.
Eu acho que pagando a miséria que pagam para um general o EB ainda tem espaço para 250 mil generais.

Re: Impacto da Previdência dos militares no Orçamento

Enviado: Seg Jun 02, 2008 11:53 am
por A-29
Olá Guerra!

Quanto às suas perguntas, os servidores inativos civis, bem como os pensionistas, também pagam contribuição. Quanto à saúde, dei uma informação incompleta. Os civis não têm direito a nenhum sistema diferenciado de atendimento, por isso a lei lhes assegura atendimento pelo SUS ( :roll: ). Mas os que pagam plano de saúde do bolso têm um ressarcimento mensal do governo de uns R$ 35,00 ou R$ 40,00, alguma coisa por aí.

No resto pensamos bem parecido, inclusive no tocante ao militar ganhar bem se comparado ao civil, para compensar direitos que ele não tem, como é o caso da hora-extra. O tal impacto deve crescer sim com o aumento, pois mesmo os postos superiores terão aumentos escalonados de uns 40% nos próximos 2 anos. A lógica é que os gastos com previdência aumentem na mesma proporção.

Por fim, só para mostrar como a retomada do tópico foi oportuna, vejam o que saiu hoje no OESP:
Governo quer igualar Previdência

Projeto de lei está sendo elaborado para nivelar as regras para aposentadoria dos servidos públicos e privados

Suely Caldas, RIO

Até o fim deste ano, o governo vai enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei igualando regras de aposentadorias e pensões dos funcionários públicos com as que vigoram para os trabalhadores privados, entre elas a limitação do valor da aposentadoria ao máximo de 10 salários mínimos aplicado aos aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, anunciou ao Estado que a mudança valerá apenas para quem ingressar no serviço público após a promulgação da lei e não será aplicada aos que estão na ativa hoje, que continuarão se aposentando com o último salário, geralmente muito acima do teto do INSS. Um desembargador, por exemplo, se aposenta com mais de R$ 20 mil.

Os militares do Exército, Marinha e Aeronáutica serão excluídos das mudanças e continuarão regidos pelas regras atuais.

Entre novos e antigos, haverá uma faixa intermediária daqueles que ingressaram no serviço público desde 1º de janeiro de 2004 -data da implementação da reforma previdenciária do governo Lula -, que poderão optar entre a regra atual ou a nova - esta implica contribuir para o INSS com até 11% sobre o teto de 10 mínimos e aplicar um excedente no fundo de previdência complementar da União que tramita na Câmara dos Deputados, mas que precisa ser aprovado simultaneamente ou até antes do novo projeto de lei.

Essa é a principal mudança nas regras de aposentadorias e pensões dos servidores que os técnicos dos Ministérios da Previdência e Planejamento trabalham para começar a ser debatida no governo este mês, no Congresso no próximo semestre e com aprovação prevista para o ano que vem, revelou o secretário Helmut Schwarzer. “A intenção é aproveitar o ano não eleitoral e aprovar o projeto em 2009, a tempo de implementá-lo em 1º de janeiro de 2010.”

Não haverá perdas para os funcionários atuais porque, para eles, não serão alteradas as regras de cálculo da contribuição e dos benefícios. O peso das mudanças vai recair sobre os novos que ingressarem no serviço público a partir de 2010, que passarão a receber aposentadorias e pensões equivalentes ao que ganham trabalhadores privados.

Hoje o abismo separando os servidores públicos e privados faz com que o déficit da previdência pública da União, Estados e municípios some mais do que o dobro do INSS, aproximando-se de R$ 100 bilhões.

Só o rombo da União fechou 2006 em R$ 30,4 bilhões, resultantes de despesas de R$ 46,5 bilhões (pagamentos de aposentadorias e pensões) e receitas (R$ 10,7 bilhões de contribuições do governo federal e R$ 5,4 bilhões dos servidores).

Proporcionalmente, a previdência pública custa para o contribuinte brasileiro mais do que a dos trabalhadores privados, visto que o INSS paga 25 milhões de benefícios e a União só 1 milhão (650 mil para servidores civis e 350 mil militares).

NOVAS REGRAS

Valerão só para os novos servidores que ingressarem a partir de janeiro de 2010

Serão equiparados aos trabalhadores privados

Teto da aposentadoria será limitado a 10 salários mínimos

Acima desse valor, só contribuindo para um fundo de pensão

Militares serão excluídos
Servidores dos poderes Executivo, Judiciário, Legislativo e Ministério Público terão uma única previdência

Contribuições irão para uma conta única capitalizada pelo Banco do Brasil

INSS ampliado vai administrar também a previdência pública

Estados e municípios vão aderir às regras depois