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Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Nov 30, 2012 2:08 pm
por LeandroGCard
denilson escreveu:O titulo de ontem foi Avibrás assina contrato para a construção de lote piloto de novo míssil de cruzeiro de projeto brasileiro.
http://www.alide.com.br/joomla/componen ... rasileiro-
Não esta batendo...
A palavra "desenvolvimento" pode ter um significado muito amplo, vai ver neste caso ela engloba alguns lançamentos de testes iniciais para validação dos conceitos, o que talvez inclua o que poderia ser chamado de um lote piloto de mísseis.

Mas de fato não está muito claro até onde se pretende ir nesta fase. Sempre achei estes extratos divulgados pelo talha muito vagos mesmo (é claro que não por culpa dele :) ). Vamos ter que esperar mais notícias.


Leandro G. Card

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Nov 30, 2012 2:21 pm
por Brasileiro
LeandroGCard escreveu:
denilson escreveu:O titulo de ontem foi Avibrás assina contrato para a construção de lote piloto de novo míssil de cruzeiro de projeto brasileiro.
http://www.alide.com.br/joomla/componen ... rasileiro-
Não esta batendo...
A palavra "desenvolvimento" pode ter um significado muito amplo, vai ver neste caso ela englobar alguns lançamentos de testes iniciais para validação dos conceitos, o que talvez inclua o que poderia ser chamado de um lote piloto de mísseis.

Mas de fato não está muito claro até onde se pretende ir nesta fase. Sempre achei estes extratos divulgados pelo talha muito vagos mesmo (é claro que não por culpa dele :) ). Vamos ter que esperar mais notícias.


Leandro G. Card
Temos de esperar o que vai dizer o Roberto Godoy no jornal de amanhã. Em 9 de cada 10 reportagens que ele faz, ele cita o tal "míssil de cruzeiro de 300 km de alcance fabricado pela Avibrás", com estas palavras, desde 1999.
E, de tudo o que ele fala, dá pra sacar também que ele tem sim contato confiável com essa empresa, talvez até junto ao presidente.



abraços]

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Nov 30, 2012 2:26 pm
por Boss
Interessante, novamente, o "pelo menos 300 km"... 8-]

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Nov 30, 2012 2:40 pm
por denilson
Me lembro de ter visto por ai que o míssil estava sendo financiado por algum país asiático.

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Nov 30, 2012 2:43 pm
por J.Ricardo
Acabo de colocar nas navais, a Avibras também irá revistalizar os mísseis sea wolf da MB!
http://www.naval.com.br/blog/#axzz2DQs0UFtB

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Nov 30, 2012 4:05 pm
por Luís Henrique
Boss escreveu:Interessante, novamente, o "pelo menos 300 km"... 8-]
Eu não tinha reparado nisto.

Se juntarmos este pequeno detalhe, com as falas do presidente da Avibras que comparou o AV-MT-300 com o Scalp, podemos SONHAR que os 300 km estão ali, APENAS para acalmar os ânimos dos outros países.
Talvez os 300 km está ali para demonstrar que trata-se de um produto EXPORTÁVEL.
Porém, a versão brasileira, poderá ter um alcance bem diferente.
Será???

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Nov 30, 2012 4:09 pm
por denilson
Espero que sim :!:

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Nov 30, 2012 4:39 pm
por Brasileiro
Luís Henrique escreveu:
Boss escreveu:Interessante, novamente, o "pelo menos 300 km"... 8-]
Eu não tinha reparado nisto.

Se juntarmos este pequeno detalhe, com as falas do presidente da Avibras que comparou o AV-MT-300 com o Scalp, podemos SONHAR que os 300 km estão ali, APENAS para acalmar os ânimos dos outros países.
Talvez os 300 km está ali para demonstrar que trata-se de um produto EXPORTÁVEL.
Porém, a versão brasileira, poderá ter um alcance bem diferente.
Será???
Mas tem o seguinte, até acho qeu não é muito difícil aumentar o alcance do míssil para até uns 500 km, não muito mais que isto.

O problema é que ele deixa de ser interessante para o EB, na medida em que não poderá mais ser lançado diretamente do Astros-2020. Mas pode ser que se torne interessante para a MB, para ser lançado do submarino nuclear ou de navios.
Já para a FAB, a não ser que ela improvise algum bombardeiro estratégico, baseado num P-3 ou KC-390, um míssil grande demais não será compatível nem mesmo com um Rafale da vida.

EDIT: Ainda sobre essa extensão de alcance, um outro fator é que o míssil de cruzeiro é dependente de uma estrutura que localize estes alvos, com coordenadas geográficas precisas, e que depois avalie os danos. A até uns 300 km temos esta capacidade, através da capacidade das nossas aeronaves, P-3, R-99 e caças. E abaixo disso, até uns 150 km, os VANTs são capazes de fazer este serviço. Quando isto não é disponível, estes alvos podem ser localizados pelas próprias tropas, com equipamentos específicos.
Se quisermos desenvolver um míssil de maior alcance, acima de 500 km, os meios que temos já não são mais suficientes para fazer esta busca de forma segura. O fato é que quem dispõe de mísseis de longo alcance faz isto via satélites espiões ou VANTs estratégicos. Então, se for o caso, já teremos de estar pensando nestes meios estratégicos, e não mais táticos, como até mesmo o nome do míssil diz "missil tático de cruzeiro".


abraços]

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Nov 30, 2012 9:39 pm
por Centurião
LeandroGCard escreveu:
denilson escreveu:Esta fora de contexto, a comparação era a respeito da possibilidade de utilização da turbina do bizjet Phenom sitado pelo Presidente da Avibrás, Sami Hassuani. Como é uma turbina comercial ela tem preço e (no meu entender) o preço unitário de tal turbina deve ser muito inferior ao custo de pesquisa, desenvolvimento e produção de uma turbina nova que terá uma escala de produção pequena que aumentara o preço final do produto que é a diluição dos custos de pesquisa , desenvolvimento, produção, lucro e impostos.
Como tu falou o contrário do meu pensamento, que uma turbina comercial deve "custar pelo menos umas 20 vezes mais caro que as utilizadas em mísseis" perguntei se tu tinha uma fonte desses preços ou se preferir, custos.
A justificativa para se fazer uma turbina específica para o míssil é que os países produtores não a venderiam para a utilização em um míssil de cruzeiro.
Grato
Denilson
Denilson,

Um Phenon-100 está custando na faixa dos US$3.500.000,00, e em geral o custo dos motores representa pelo menos 1/4 do preço do avião. Isso daria na faixa de 440 mil dólares por cada turbina PW-617. Supondo o custo de desenvolvimento de uma turbina nova para aplicação em mísseis e Vant's (muito mais simples que as de aviação, já teve gente desenvolvendo coisas assim em casa) em 10 milhões de reais, o custo de 11 turbinas já bancaria o desenvolvimento. Memo se a Avibrás conseguisse pagar bem menos por cada turbina (ela poderia usar a PW-600, que é menor) ainda assim algumas poucas dezenas já custariam o valor a ser desembolsado no desenvolvimento. Isso sem falar nos problemas políticos, de embargo, etc... .

É importante ter em mente que os custos de desenvolvimento dentro de uma empresa possuem um componente fixo, relativo ao pagamento dos salários de engenheiros e projetistas, que não pode ser economizado a menos que a empresa aceite perder sua capacidade técnica, o que para uma empresa do ramo da Avibrás seria fatal (na verdade é fatal para qualquer indústria, este é um dos motivos da indústria brasileira estar em crise). Assim, boa parte dos eventuais custos de desenvolvimento de uma turbina para aplicação em mísseis dentro da Avibrás seria um custo que ela teria que bancar de qualquer jeito, o máximo que a empresa poderia fazer seria deslocar o pessoal para outros projetos semelhantes. Mas não existem tantas coisas assim que a Avibrás possa desenvolver, então era bem possível que simplesmente aumentasse a ociosidade do pessoal técnico, sem que se ganhasse nada com isso.

E ainda é preciso levar em conta que dificilmente a Avibrás bancou este desenvolvimento sozinha, existem outras iniciativas de desenvolvimento de pequenas turbinas deste tipo no Brasil e deve ter havido muita troca de informações, o que permite reduzir muito os custos deste tipo de desenvolvimento.


Leandro G. Card
Nao tem o custo de homologacao ai tambem? Para o desenvolvimento de laboratorios para homologacao de turbinas o gasto e estimado em R$ 100 milhoes.

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Nov 30, 2012 9:55 pm
por JT8D
Centurião escreveu:Nao tem o custo de homologacao ai tambem? Para o desenvolvimento de laboratorios para homologacao de turbinas o gasto e estimado em R$ 100 milhoes.
Creio que embora imprescindível para uma turbina civil ou mesmo para uso numa aeronave tripulada militar, para aplicação num míssil a homologação seria desnecessária.

[]´s,

JT

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Nov 30, 2012 10:09 pm
por JT8D
Para se ter uma ideia da diferença de complexidade que existe entre o desenvolvimento de turbinas para aeronaves tripuladas e turbinas para mísseis e vants, na década de 80 a extinta CBT (Companhia Brasileira de Tratores, de São Carlos -SP) desenvolveu um vant propulsado por um pequeno turbojato, o BQM-1BR, hoje exposto no Museu Asas de Um Sonho, da TAM (também em São Carlos).

http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/BQM1BR.pdf


Abraços,

JT

Re: AVIBRAS

Enviado: Sex Nov 30, 2012 10:18 pm
por Centurião
JT8D escreveu:
Centurião escreveu:Nao tem o custo de homologacao ai tambem? Para o desenvolvimento de laboratorios para homologacao de turbinas o gasto e estimado em R$ 100 milhoes.
Creio que embora imprescindível para uma turbina civil ou mesmo para uso numa aeronave tripulada militar, para aplicação num míssil a homologação seria desnecessária.

[]´s,

JT
Sim, se for somente para um missil. Eu estava me referindo ao uso em VANT tambem ja que ha planos para isso.

Re: AVIBRAS

Enviado: Sáb Dez 01, 2012 12:02 am
por WalterGaudério
Tem dinheiro de um cliente estrangeiro entrando no caixa da AVIBRAS, desde agosto deste ano.

Re: AVIBRAS

Enviado: Sáb Dez 01, 2012 7:56 am
por guilhermecn
WalterGaudério escreveu:Tem dinheiro de um cliente estrangeiro entrando no caixa da AVIBRAS, desde agosto deste ano.
Seria a Indonésia, Malásia ou algum país do Oriente Médio?

Abraços! :D

Re: AVIBRAS

Enviado: Dom Dez 02, 2012 8:07 pm
por LeandroGCard
Centurião escreveu:Nao tem o custo de homologacao ai tambem? Para o desenvolvimento de laboratorios para homologacao de turbinas o gasto e estimado em R$ 100 milhoes.
Homolgar uma turbina de míssil? Para que?!?!

Turbinas aeronáuticas são homologadas por órgãos internacionais específicos como a FAA para uso em aeronaves que transportarão carga ou passageiros, usarão aeroportos e entrarão nas rotas de navegação normal, e por isso precisam provar que possuem um nível de segurança adequado. Uma turbina de míssil não faz nada disso, pois é operada como qualquer motor-foguete, e não precisa ser homologada mas apenas testada para garantir que funciona dentro dos requisitos do míssil. É mais um dos motivos de serem muito mais simples de desenvolver.

Na área dos Vant´s está surgindo uma discussão a este respeito, pois eles são em grande parte operados como aeronaves. Mas na área de mísseis isso não existe.


Leandro G. Card

P.S.- Desculpe, só vi seu segundo comentário depois de já ter colocado o post. É de fato isso, na área de mísseis a turbina não precisa de homologação. Na de Vant´s pode ser, mas aí o próprio projeto tende a ser diferente, pelo tempo de cada vôo (várias horas) e de utilização (vários anos). Já em mísseis o uso é uma vez só, por alguns minutos.