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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sáb Abr 10, 2010 6:08 am
por P44
Entregar a supervisão a Constâncio "é dar dinamite a um pirómano"

Astrid Lulling, democrata-cristã luxemburguesa, questionou Constâncio sobre os casos BCP, BPP e BPN.

"Não admira que os portugueses estejam contentes que saia", afirmou Lulling, referindo-se ao Governador do Banco de Portugal, que está hoje no Parlamento e deve assumir, em Junho, o cargo de vice-presidente do Banco Central Europeu.

Perante os eurodeputados, Astrid Lulling, lembrando os casos BCP, BPP e BPN, afirmou que entregar a supervisão do BCE a Constâncio "é como dar dinamite a um pirómano".
CM

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sáb Abr 10, 2010 2:05 pm
por Bourne
:shock: :shock: :shock: :shock: :shock:

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Dom Abr 11, 2010 7:41 pm
por soultrain
Portugal vai participar no "esforço conjunto" de ajuda à Grécia com 770 milhões
Portugal vai participar no "esforço conjunto" de ajuda financeira da Zona Euro à Grécia com perto de 770 milhões de euros, segundo contas feitas pela agência Lusa.
Lusa

Portugal vai participar no "esforço conjunto" de ajuda financeira da Zona Euro à Grécia com perto de 770 milhões de euros, segundo contas feitas pela agência Lusa.

De acordo com o ministério das Finanças e da Administração Pública, Portugal "participará numa proporção correspondente à sua dimensão económica e financeira, reflectida na participação no capital do Banco Central Europeu, com 2,58 por cento, depois de excluída a participação da Grécia".

Os ministros das Finanças da área do euro decidiram hoje conceder um montante no valor de 30.000 milhões de euros à Grécia, que serão cedidos a uma taxa de cerca de cinco por cento.

De acordo com a fonte do Ministério das Finanças, os Estados-membros da área do euro "estão preparados para, no seu conjunto, assegurar um montante de financiamento até 30.000 milhões de euros durante o corrente ano, montante esse que será complementado pelo Fundo Monetário Internacional, no âmbito de um programa conjunto".

Os trabalhos preparatórios vão iniciar-se segunda feira, dia 12 de abril, precisou a fonte oficial.

Recordou que "desde o início da União Económica e Monetária, Portugal partilha com os seus parceiros a moeda única, o euro", sublinhando ainda que "a garantia da estabilidade financeira da área euro, que é uma condição fundamental para a estabilidade económica e financeira em cada país, exige a solidariedade entre todos os Estados-membros".

O ministro grego das Finanças saudou hoje o acordo "muito importante" da zona euro sobre as condições de uma eventual ajuda à Grécia, mas ressalvou não ter pedido para o mecanismo ser activado.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Dom Abr 11, 2010 7:43 pm
por soultrain
Bom,

Acho melhor começar a escolher os 2,58 por cento, que teremos direito, talvez umas ilhas.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Abr 12, 2010 9:39 am
por P44
pagarão em géneros?

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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Abr 12, 2010 10:34 am
por tflash
Com este governo nas negociações querias géneros desses?

com sorte vem disto....

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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Abr 13, 2010 6:51 am
por Rui Elias Maltez
quem diria... depois do milagre grego, ainda vamos emprestar 0,5% do nosso PIB à Grécia :mrgreen:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Abr 13, 2010 7:09 am
por P44
se andamos a emprestar a Angola, porque não....???? :roll: :roll: :roll:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Abr 13, 2010 7:40 am
por manuel.liste
Ese préstamo a Grecia es la mejor inversión que Portugal (y España) puede hacer :wink:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Abr 13, 2010 4:06 pm
por P44
13 Abril 2010 - 00h30
Diário da Manhã
A vingança será terrível
Portugal vai dar 775 milhões à Grécia mal Atenas abrir a boca para reduzir o défice das suas contas públicas e conseguir dinheiro mais barato.

Serão 73 euros por cada súbdito que ainda tem o azar de viver nesta santa terra. É evidente que o País vai endividar-se ainda mais para pagar aos gregos e o défice de 8,3 % das contas do Estado previsto pelo Executivo do senhor engenheiro relativo já era. Com sorte, o buraco subirá para 8,8 %. Mas a vingança lusa promete ser terrível e os gregos bem podem pedir mais uns milhões de euros emprestados quando chegar a nossa hora. No estado a que isto chegou, dentro de pouco tempo chegará a vez de Lisboa estender a mão. E aí é que os gregos vão ver que a nossa tragédia é bem maior do que a deles. Bem-feita! O último a pedir é quem pede melhor.



António Ribeiro Ferreira, Jornalista
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx? ... F322C97C31

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Abr 13, 2010 6:16 pm
por PRick
P44 escreveu:
13 Abril 2010 - 00h30
Diário da Manhã
A vingança será terrível
Portugal vai dar 775 milhões à Grécia mal Atenas abrir a boca para reduzir o défice das suas contas públicas e conseguir dinheiro mais barato.

Serão 73 euros por cada súbdito que ainda tem o azar de viver nesta santa terra. É evidente que o País vai endividar-se ainda mais para pagar aos gregos e o défice de 8,3 % das contas do Estado previsto pelo Executivo do senhor engenheiro relativo já era. Com sorte, o buraco subirá para 8,8 %. Mas a vingança lusa promete ser terrível e os gregos bem podem pedir mais uns milhões de euros emprestados quando chegar a nossa hora. No estado a que isto chegou, dentro de pouco tempo chegará a vez de Lisboa estender a mão. E aí é que os gregos vão ver que a nossa tragédia é bem maior do que a deles. Bem-feita! O último a pedir é quem pede melhor.



António Ribeiro Ferreira, Jornalista
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx? ... F322C97C31

Vocês não queriam o Euro e a UE, agora, receberam um presente de grego! Esses caras são os melhores em matérias de presentes.

[]´s

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Abr 14, 2010 5:01 am
por P44
a mim ninguém me perguntou nada, nunca tiveram a coragem de fazer um referendo acerca da UE/CEE e do euro

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Abr 14, 2010 5:23 am
por Rui Elias Maltez
Governo vai avançar com proposta para taxar as mais-valias bolsistas em 20 por cento

PEC português não é o que levanta mais dúvidas à UE

14.04.2010 - 07:24 Por Isabel Arriaga e Cunha
http://economia.publico.pt/Noticia/

A avaliação cautelosa da Comissão Europeia sobre o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) contrasta com os elogios feitos há um mês pelo seu presidente, Durão Barroso, que o considerou "credível", a par de "ambicioso, mas exequível".

Na avaliação que vai hoje aprovar formalmente o PEC português, a Comissão levanta algumas dúvidas sobre a possibilidade de redução do défice de 9,4 por cento do PIB este ano para 2,8 por cento em 2013 como previsto pelo Governo, considerando que o cumprimento deste objectivo "poderá implicar um esforço de consolidação mais forte do que o previsto actualmente".

Portugal está, no entanto, longe de ser o único país em risco de não cumprir os objectivos de consolidação das finanças públicas: a generalidade dos outros países da União Europeia (UE) está mais ou menos na mesma situação, com a agravante de que na maior parte dos casos as previsões de crescimento económico são consideradas algo irrealistas. A Comissão considera que a estratégia portuguesa assenta em "pressupostos algo favoráveis", sobretudo na fase final do programa (entre 2011 e 2013), o que constitui, ainda assim, um veredicto menos severo do que para os ouros países.

No seu papel de "polícia" da disciplina orçamental, a Comissão Europeia já se pronunciou sobre 25 programas para corrigir os graves desequilíbrios das contas públicas provocados pela crise económica e financeira. Entre os dois programas que faltam, a Comissão avaliará hoje o português, enquanto o de Chipre ainda não foi apresentado. Na maioria dos programas analisados "as previsões de crescimento subjacentes às projecções orçamentais são consideradas bastante optimistas, o que significa que os resultados orçamentais poderão ser piores do que o projectado", considera a Comissão. A generalidade dos países também não especificou as medidas de consolidação que conta aplicar, sobretudo a partir de 2011, o que deixa planar uma grande incerteza sobre o resultado final.

O Reino Unido obteve o veredicto mais severo, já que no seu caso Bruxelas não fala em riscos de incumprimento dos objectivos orçamentais, mas de certezas: a estratégia britânica "não prevê uma correcção do défice excessivo até 2014/2015", como estava previsto, frisa. Os outros programas assumem, segundo a Comissão, previsões de crescimento económico "optimistas" - ou seja, algo irrealistas - o que põe em dúvida a credibilidade das respectivas estratégias orçamentais. No caso da França, as previsões são mesmo consideradas "muito optimistas" - leia-se bastante irrealistas.

Mais-valias tributadas

O Governo vai avançar "dentro de dias" com uma proposta que há 14 dias o primeiro-ministro afirmava não ser oportuna: a tributação das mais-valias bolsistas em 20 por cento. O anúncio foi feito ontem pelo líder parlamentar socialista, Francisco Assis, na véspera do debate no Parlamento de uma proposta do Bloco de Esquerda. Se a 31 de Março, num debate quinzenal, José Sócrates admitia avançar com a medida mas no "momento oportuno", agora Assis defende que este é um momento para se "acabarem com controvérsias políticas desnecessárias" e avançar já com a medida. Uma controvérsia que atingiu também a própria bancada do PS. Francisco Assis defendeu ainda que, perante este anúncio do Governo, o BE admita que o seu projecto baixe à comissão sem votação, para ser discutido juntamente com o do Governo.

Ontem de manhã, o Ministério das Finanças reafirmou o seu "compromisso, empenho e confiança" de que atingirá os objectivos do PEC, adoptando para isso as medidas necessárias. Entre a oposição, o PSD disse que está disponível para "dar uma mão ao Governo" na revisão do PEC e o CDS criticou o adiamento de medidas de corte na despesa. Já o PCP acusou o executivo e a Comissão Europeia de defenderem medidas que "vão afundar ainda mais o crescimento económico". Para o BE, "onde o Governo diz mata, a Comissão Europeia diz esfola". O PEC vem "acrescentar crise à crise" e "a Comissão vem agora dizer que isso ainda não é suficiente".

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Abr 14, 2010 10:44 am
por marcelo l.
Algo mais sobre o assunto?

http://www.vidanaislandia.com/index.htm ... try-id-248

Hoje o país parou para receber o muito aguardado "relatório negro", do comitê que investiga o colapso do sistema bancário islandês que ocorreu no final de 2008, quando todos os bancos comerciais e de investimento do país faliram.

Finalmente algumas respostas à pergunta de como um país tão pequeno se tornou a maior vítima da crise econômica internacional.

O relatório é enorme, são 2300 páginas. Por um lado, não existe nada de novo nele que já não se sabia ou se suspeitava. Mas pelo menos agora existe certeza. Segundo o relatório, o sistema bancário islandês era conduzido de maneira inapropriada, de fato criminosa, pelos diretores dos bancos. O governo não desempenhou seu papel na condução da economia e no controle do setor bancário, e pior, sabia meses antes que o colapso estava por vir, e escolheu não fazer nada à respeito.

O comitê de investigação não tem poder de abrir processos na justiça criminal, mas o relatório já está nas mão de outra comissão que tem poder para decretar um tribunal especial que pode mandar para a cadeia por até dois anos os políticos que foram negligentes em seus cargos. A polícia também deve tamb;em investigar os diretores dos bancos que foram citados no relatório como tendo agido de maneira criminosa.

Número de indivíduos que já admitiram sua culpa: zero.
Político é tudo a mesma raça não importa o país!


Pontos principais do "relatório negro":

- Políticos acusados de extrema negligência na condução da economia:
Geir H. Haarde (ex- Primeiro Ministro)
Arni Mathiesen (ex- Ministro da Economia)
Bjorgvin G. Sigurdsson (ex- Ministro do Comércio)
David Oddsson (ex- Presidente do Banco Central) - este deixou o país ontem!

- Os bancos estavam sendo usados pelos seus donos e diretores como um pote de dinheiro sem fim, para uso próprio. Os maiores devedores dos bancos eram seus diretores, com alguns deles tendo pegado dos bancos empréstimos de valor superior à cinco bilhões de dólares. Um dos grandes bancos emprestou mais da metade do valor de marcado do banco inteiro, para um dos seus diretores.

- Os próprios bancos detinham 40% ou mais de suas próprias ações via empresas-fantasma, quando o limite definido por lei é de 10%. Os bancos usavam das empresas fantasma para comprar ações deles mesmos, assim inflando o valor das ações e o tamanho dos bancos no papel.

- O então presidente do Banco Central, David Oddsson, chegou à avisar ao governo seis meses antes, de que um colapso estava por vir, mas não ofereceu nenhum conselho e não tomou nenhuma providência. O governo, por sua vez, esperou que o Banco Central resolvesse a situação sozinho.

- Quando o então secretário para assuntos bancários se recusou a apoiar a decisão de David Oddsson de nacionalizar o banco Glitnir ao invés de estender à ele uma linha de crédito, David Oddsson o ameaçou dizendo: "Se você não me der apoio, eu vou pessoalmente fazer sua vida muito difícil nesse país". A nacionalização desse banco gerou um pânico imediato nos mercado internacionais e desencadeou o colapso dos três bancos em menos de duas semanas.

- David Oddsson tentou fazer manobras políticas para tomar o posto do Primeiro Ministro em um governo de emergência no início da crise, mas foi barrado pelo outro partido de coalizão no governo. Ainda assim, o relatório menciona que o então Primeiro Ministro estava com medo de confrontar Oddsson sobre o assunto.

- Em 2008, mesmo com uma situação financeira já periclitante, as empresas islandesas pagaram mais de 4 bilhões de dólares em dividendos para os acionistas. Um grande número delas faliu no mesmo ano.

- As reservas monetárias do Banco Central eram totalmente inadequadas para o tamanho do setor bancário. Quando os enormes bancos precisaram de socorro, não houve como socorrer. O governo não devia ter permitido que os bancos se tornassem tão grandes.

- O departamento de avaliação de riscos de um dos maiores banco não fez nenhuma análise de risco para os 20 maiores clientes de empréstimos.

- O presidente da Islândia, Ólafur Ragnar Grímsson, é criticado no relatório por usar seu cargo para promover os interesses dos bancos no exterior.

Vamos ver se alguém será mesmo punido, ou se vai acabar tudo em pizza aqui na terra do gelo!


Imagem

Essa anta é o primeiro-ministro Geir H. Haarde

Partes do relatório parece que vão estar disponível em ingles.
http://sic.althingi.is/

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Abr 14, 2010 12:52 pm
por marcelo l.
Joseph Stiglitz