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Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mar 10, 2010 5:46 pm
por Sterrius
O que acho desse discurso e que grifei é que parece que não é óbvio para alguns países que andaram desrespeitando a ONU... ou a respeitam só quando interessa.
Parece que ainda temos (o mundo) ranços do século 19 a superar, não?


Sim, mas isso é bom senso demais para alguns paises! :mrgreen: :mrgreen:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mar 10, 2010 6:23 pm
por PRick
Estou trazendo esse post de outro tópico, mas ele demonstra o que ocorre nos EUA em matéria de diplomacia.
Ilya Ehrenburg escreveu: Não é por nada, mas da visita da Srª Clinton, pude perceber, pouca coisa se aproveitou e não por resistência de nossa parte, mas pelo despreparo diplomático da referida senhora. Na questão iraniana, por exemplo, ao invés de expressar um futuro plausível para região, na qual a presença de armas nucleares seria um fator impeditivo, mas contornável, ela apenas reforçou o temor da aquisição de tecnologia nuclear por parte do Irã, como se isto, por si só, formasse um arsenal de armas atômicas! Ridículo. Israel já possui duzentos artefatos estocados em Dimona.

No contencioso comercial, tendo a decisão da OMC conhecida há muito, nada ou pouco tinha a oferecer. Tanto, que virá uma "Comissão de Alto - nível" para o Brasil, mas, apenas depois de um encontro dela com o Itamaraty!

Observo que tanto os EUA, quanto Israel, atrofiaram os seus setores diplomáticos nas estruturas de decisão e governo. O resultado está aí, pode-se ver à vontade.
[]´s

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mar 10, 2010 6:26 pm
por Ilya Ehrenburg
Anton escreveu:O que acho desse discurso e que grifei é que parece que não é óbvio para alguns países que andaram desrespeitando a ONU... ou a respeitam só quando interessa.
Parece que ainda temos (o mundo) ranços do século 19 a superar, não?
Sim o temos: o Capital só respeita a si, e a nada mais.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mar 10, 2010 7:01 pm
por Oziris
Ilya Ehrenburg escreveu:
Anton escreveu:O que acho desse discurso e que grifei é que parece que não é óbvio para alguns países que andaram desrespeitando a ONU... ou a respeitam só quando interessa.
Parece que ainda temos (o mundo) ranços do século 19 a superar, não?
Sim o temos: o Capital só respeita a si, e a nada mais.
Perfeito Ilya, prefeito!

[]'s

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mar 10, 2010 7:50 pm
por GustavoB
Mas alguns ainda preferem manter o odio psdb x pt e desvirtuar tudo para este tema como se estivessemos discutindo eleições num topico de geopolitica.
Que bom que se percebe isso. Tarde, mas percebe.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mar 10, 2010 7:53 pm
por GustavoB
ninjanki escreveu:Gustavo,

A nossa dívida externa, que lhe preocupa tanto, só estourou depois do governo Geisel, e principalmente por fatores externos. Gastos em infra-estrutura, quando bem feitos, tendem a se pagar ao longo do tempo com crescimento econômico. Não se pode, ou deve, culpar Juscelino pelo que ocorreu muitos anos depois.

Aliás, recomendo que você estude oque é uma dívida externa, como a nossa é composta atualmente e oque mudou ao longo do tempo. Vai descobrir coisas interessantes, como por exemplo que já há muitos anos, os juros da divida externa são bem menores que os da dívida interna. Também vai descobrir que a diminuição da parcela da dívida externa que cabe ao governo fortalece o real, oque aumenta a sua cotação. Cotação de real alta é bom para eleições e para a percepção econômica do povo, mas é ruim para a maior parte da indústria. Só que o efeito de longo prazo demora a aparecer...

FHC começou a consertar nossa economia, e felizmente, o Lula continuou o trabalho, com erros, assim como os teve o FHC, mas continuou. Dizer que só um ou outro são os responsáveis pelo que temos hoje seria injusto.

Allan
Ora, seguindo esse raciocínio a culpa por nossos problemas é do Pedro Álvares Cabral.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mar 10, 2010 8:23 pm
por Sterrius
Ora, seguindo esse raciocínio a culpa por nossos problemas é do Pedro Álvares Cabral.


O que ele tentou falar na parte do JK é que se as dividas fossem mal administradas elas teriam estourado logo após ou 5 anos dpois, basicamente no curto ou medio prazo. Nao em 74-79. Isso são mais de 10 anos de diferença desde que JK abandonou o cargo em 60. (ele abandono em 31 de janeiro de 61, logo 61 nao conta).

Fora que a realidade politica mudo completamente de 60 pra 74.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Mar 11, 2010 9:37 am
por Marino
O Brasil e o Oriente Médio

Mauro Santayana



É possível prever outros desencontros diplomáticos entre o Brasil e os Estados Unidos. A visita da senhora Clinton e as suas pressões para que concordemos com sanções contra o governo de Teerã é apenas um dos indícios. O governo norte-americano não consegue retirar lições de seus malogros bélicos e econômicos, e seu comportamento com relação a Israel é um dos grandes mistérios do convívio internacional. Washington age com relação ao Estado judaico como se a grande nação fosse mera colônia política de Tel Aviv. Entre as muitas explicações, há a do imenso e tradicional poder da elite econômica dos hebreus no mundo e, particularmente, nos Estados Unidos. A isso se acrescenta o fundamentalismo protestante, que hoje busca aliança com o judaísmo, tendo como ponto de encontro o Velho Testamento, com suas crônicas de guerra.

A senhora Bill Clinton a cada dia é mais parecida com sua antecessora, Condoleezza Rice. O presidente a recebeu com deferência, e ao tratar das questões que a trouxeram, junto ao chanceler Celso Amorim, seu interlocutor natural, ela recebeu o recado, cortês mas firme, de que não temos por que mudar nossa posição em relação ao Irã. Queremos a paz, e trabalharemos para obtê-la naquela região do mundo. Desde a descoberta dos grandes lençóis petrolíferos em Baku, no Cáspio, ela tem sido objeto da cobiça do Ocidente.

É difícil raciocinar fora dos interesses e preconceitos. Por que – é o que pergunta Lula – só o pequeno grupo de nações poderosas tem o direito de arbitrar os conflitos e decidir quem pode e quem não pode desenvolver tais processos industriais ou tais armas? Não há povos com mais direitos do que os outros. Desde que as armas, a partir do século 19, se tornaram mais letais, sempre se pensou no desarmamento como garantia da paz. Depois da guerra franco-prussiana de 1870, período que coincide com a utilização sempre maior do petróleo, as potências europeias passaram a discutir o assunto em público e a armar-se secretamente, criando novas e mais poderosas armas, como os gases venenosos e os canhões de longo alcance.

A guerra passou a ser planejada para a expansão do colonialismo e, sobretudo, o domínio estratégico do Oriente Médio. Em consequência, tivemos as duas grandes guerras mundiais no século passado e a construção da mais poderosa das armas, empregada no massacre de Hiroshima. Com ela, os norte-americanos pretendiam impor seu império ao mundo. Em seguida, os soviéticos, os ingleses, os franceses e os chineses também produziram suas bombas. Israel também fabricou o artefato, com ajuda americana. Esta é uma das razões que deixam o Estado hebraico tão seguro em desdenhar as inúmeras e repetidas resoluções das Nações Unidas, que tentam obrigá-lo a admitir o direito palestino a seu próprio Estado, como decidiu a comunidade internacional em 1948. Mais tarde, a Índia e o Paquistão também conseguiram entrar para o clube nuclear.

Israel está desafiando o governo Obama, e anunciou a decisão de construir 1.600 moradias para o uso de judeus no leste de Jerusalém, território palestino ocupado, em clara violação das determinações da ONU, pouco antes da chegada do vice-presidente Joe Biden. O visitante verberou, de forma firme, essa transgressão, mas o governo de Israel não se abalou. Não é provável que a próxima visita de Lula ao Oriente Médio traga grande avanço nos esforços para conciliar os interesses de Israel e os da Palestina. Ainda assim, ela é importante e necessária. O Brasil terá dado o primeiro passo em sua trajetória no esforço de obter diálogo fecundo e a paz na região. Nosso país tem a autoridade para isso, desde que, em nosso território, e há séculos, convivem, sem grandes conflitos, judeus e árabes; cristãos e muçulmanos.

Além do problema do Oriente Médio, temos os problemas comerciais que nos levaram ao remédio extremo de adotar, contra os subsídios oficiais dos Estados Unidos a seus produtores de algodão, as retaliações autorizadas pela OMC, depois de exaustivas e infrutíferas negociações com Washington.

Temos que manter a serenidade, mas agir com firmeza. Na vida das nações, como na vida dos homens, só são respeitados os que se fazem respeitar.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mar 12, 2010 11:37 am
por Paisano
Jornal israelense vê Lula como 'profeta do diálogo'

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... z_np.shtml
Uma reportagem publicada pelo diário israelense Haaretz nesta sexta-feira classifica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chega no domingo a Israel para um giro de quatro dias pelo Oriente Médio, de "profeta do diálogo", por sua defesa das negociações diplomáticas em busca da paz na região.

"Imparcialidade é o nome do jogo. Lula tem que ser amado por todos. Sua visita ao Oriente Médio na próxima semana começará em Israel, mas também o levará para os territórios palestinos e para a Jordânia", comenta o texto do jornal.

O autor da reportagem, Adar Primor, participou de uma entrevista concedida pelo presidente brasileiro a dois jornalistas israelenses e um árabe, e diz que essa característica de Lula transpareceu até mesmo na hora de escolher quem faria a primeira pergunta: numa disputa de par ou ímpar.

Apesar disso, o jornal questiona a capacidade de Lula de ganhar a confiança dos israelenses ao manter a cordialidade com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, conhecido por sua negação do Holocausto.

A reportagem observa que Lula foi um dos primeiros líderes mundiais a receber Ahmadinejad após as contestadas eleições iranianas de junho do ano passado e um dos cinco países que se abstiveram em uma votação na Agência Internacional de Energia Atômica pela condenação do Irã.

Questionado sobre isso na entrevista, Lula disse ter colocado "claramente" a Ahmadinejad que "ele não pode continuar dizendo que quer a liquidação de Israel, assim como é indefensável sua negação do Holocausto, que é um legado de toda a humanidade".

"Acrescentei que o fato de que ele tem diferenças com Israel não permite a ele ignorar a história", disse o presidente.

Negociador

Para o Haaretz, as autoridades israelenses ficarão perturbadas pela associação que Lula faz entre a falta de avanço no processo de paz israelo-palestino e sua visita a Teerã programada para maio, entre a necessidade de garantir que o Irã não desenvolva armas nucleares e a necessidade de resolver o conflito na região, e entre as fracassadas tentativas de mediação do diálogo, principalmente dos Estados Unidos, e a necessidade de se incorporar novos mediadores, como o Brasil.

A reportagem comenta que Lula se descreve como "um negociador, não um ideólogo", capaz de se relacionar ao mesmo tempo com Hugo Chávez e com George W. Bush, com o presidente israelense, Shimon Peres, e com Ahmadinejad.

"Ele diz nunca ter lido um livro em sua vida, embora todos admirem sua 'sabedoria suprema' e sua 'mente criativa'. Como presidente do sindicato de trabalhadores durante os anos de regime militar no Brasil, ele encontrou e resolveu muitos conflitos difíceis", afirma o texto.

Para a reportagem, Lula está ciente de que pode soar ingênuo diante dos seus interlocutores israelenses, mas crítica a posição do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, de comparar Ahmadinejad com Hitler e o Irã atual com o regime nazista do pré-guerra.

"Qualquer um que siga essa linha não está contribuindo em nada para o processo de paz que queremos criar", disse Lula na entrevista. "Você não pode fazer política com ódio e ressentimento. Ninguém pode administrar um país com o fígado. Você tem que administrar um país com sua cabeça e com seu coração. Se não for assim, é melhor ficar fora da política", afirmou.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mar 12, 2010 2:05 pm
por alexmabastos
Xiii, o homi virou até profeta?
:shock: :shock:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mar 12, 2010 2:50 pm
por rodrigo
O Brasil e a geopolítica dos grandes

"O Brasil contou, nesse período recente, com a liderança política de um presidente que transcendeu o país, e projetou mundialmente sua imagem e influência carismática"

Uma análise recente de José Luís Fiori aponta um ângulo interessante para se considerar a articulação do jogo geopolítico no futuro: foi-se o tempo dos pequenos países conquistadores – como Portugal, Inglaterra, Espanha e, mais remotamente, Itália (Roma) –, daqui para frente o sistema mundial dependerá de um jogo de poder entre os grandes países continentais, como foram os EUA e agora serão a China, a Rússia, a Índia e o Brasil, excluindo-se a União Européia enquanto não constituir um Estado único. Trocando em miúdos: qualquer candidato a superpotência precisa ser de tamanho grande.

Neste jogo, os EUA já ocupam o epicentro e lideram a expansão do sistema mundial, mas os outros quatro países possuem, por si só, cerca de um quarto do território e quase um terço da população mundial. Todos disputam hegemonias regionais e já projetam seu poder econômico ou diplomático para fora de suas regiões. Na próxima década, espera-se que a Rússia reconquiste seu antigo território e zona de influência imediata; que a expansão global da China mantenha-se no âmbito econômico e diplomático; e que a Índia continue envolvida com a construção de barreiras e alianças para proteger suas fronteiras, ameaçadas ao norte pelo Paquistão e pelo Afeganistão e, ao sul, pelo novo poder naval da China.

Nessa perspectiva, comparado com esses três “países continentais”, o Brasil tem menor importância econômica do que a China e muito menor poder militar do que a Rússia e a Índia. Mas, ao mesmo tempo, o Brasil é o único entre eles situado numa região sem disputas territoriais com vizinhos, razão pela qual é o país com maior potencial de expansão pacífica dentro da sua própria região. Além disso, o Brasil desfruta da condição de “potência desarmada”, posto estar situado na zona de proteção militar incondicional dos Estados Unidos. Por isso, a expansão da influência brasileira tem seguido até aqui a trilha já percorrida pelos Estados Unidos e por seus antepassados europeus.

Além disso, é fundamental destacar que o Brasil contou, nesse período recente, com a liderança política de um presidente que transcendeu o país, e projetou mundialmente sua imagem e influência carismática. Como ocorreu, num outro momento e situação, com a liderança mundial de Nelson Mandela, que foi muito além do seu poder real e da influência internacional da África do Sul.

Assim, pode-se prever que o fim do mandato do presidente Lula representará, inevitavelmente, uma perda no cenário internacional, como aconteceu com a saída de Nelson Mandela. Com a diferença de que o Brasil já está objetivamente muito à frente da África do Sul. Assim mesmo, para seguir adiante com um caminho já traçado, o Brasil terá que fazer duas opções fundamentais a longo prazo:

1) Terá que decidir se aceita ou não a condição de “aliado estratégico” dos Estados Unidos, da Inglaterra e da França – com direito de acesso à tecnologia de ponta, mas mantendo-se na zona de influencia e decisão militar dos Estados Unidos.

2) Caso contrário, o Brasil terá que decidir se quer ou não construir uma capacidade autônoma de sustentar suas posições internacionais com seu próprio poder militar. Sendo assim, o Brasil terá que definir a sua visão e o seu projeto de transformação do sistema mundial, ainda que aceitando sua “matriz originária européia”, mas sem contar com nenhum “mandato” ou “destino” (revelado por Deus ou quem quer que seja) para converter, civilizar ou conquistar os povos mais fracos do sistema.

De qualquer forma, uma coisa é certa: o Brasil já se mobilizou internamente e estabeleceu nexos, dependências e expectativas internacionais muito extensas, num jogo de poder que não mais admite recuos. Nessa altura, qualquer retrocesso custará muito caro à história e ao povo brasileiro.

Resumindo: o avanço geopolítico do Brasil deve passar necessariamente pela consolidação da sua soberania política no interior do próprio território. E, para tanto, o país precisa neutralizar a ação das suas elites eternamente entreguistas, preferencialmente, pelo voto direto, pela via democrática.


http://congressoemfoco.ig.com.br/coluna ... acao=32152

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mar 12, 2010 8:24 pm
por Rock n Roll
Não há democracia sem um judiciário comprometido com todas as camadas sociais e assim resguardar a constituição e a democracia. Foi assim que os países se desenvolveram e se tornaram potências. No nosso caso torna-se imperativo a faxina das instituições, ir além das oligarquias representadas por seus servos no congresso. Assim como erradicar as quadrilhas que se especializaram (partidos políticos e asseclas) em lesar os cofres públicos. Políticos no nosso país não têm mais ideologias. Só o caixa da próxima campanha.
Essa sim é a reforma que fará do país a potência regional. Saneando nossas assembléias representativas e o judiciário. Receita de potência para o Brasil:
Fazer o dever de casa. Colocar corruptos na cadeia, estancar o assalto impune sobre o caixa de uma das maiores cargas tributárias do mundo. O combate á corrupção geraria caixa para tratar de todas as mazelas urgentes do país. Imaginem:

" ... Deu no New Yok Times:
Brasil inaugura mega cadeia para políticos corruptos.
Detalhe, está lotada. "

[004] [004] [004]

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Mar 14, 2010 11:43 am
por Rock n Roll
Rogério Lima escreveu:Não há democracia sem um judiciário comprometido com todas as camadas sociais e assim resguardar a constituição e a democracia. Foi assim que os países se desenvolveram e se tornaram potências. No nosso caso torna-se imperativo a faxina das instituições, ir além das oligarquias representadas por seus servos no congresso. Assim como erradicar as quadrilhas que se especializaram (partidos políticos e asseclas) em lesar os cofres públicos. Políticos no nosso país não têm mais ideologias. Só o caixa da próxima campanha.
Essa sim é a reforma que fará do país a potência regional. Saneando nossas assembléias representativas e o judiciário. Receita de potência para o Brasil:
Fazer o dever de casa. Colocar corruptos na cadeia, estancar o assalto impune sobre o caixa de uma das maiores cargas tributárias do mundo. O combate á corrupção geraria caixa para tratar de todas as mazelas urgentes do país. Imaginem:

" ... Deu no New Yok Times:
Brasil inaugura mega cadeia para políticos corruptos.
Detalhe, está lotada. "

[004] [004] [004]
Pô, só falta a mega-sena. Neste tópico falei de Malklands / Falvinas. Mais ou menos um mês após o sururu rendeu até tópico novo.
Well... Fiz diversos contatos depois de uma troca de posts com o Marino sobre o Iêmen vai daí...
Passei uns dois meses conversando com colegas mundo afora para saber alguma coisa sobre a situação no Iêmen. O que recebi de volta foi de arrepiar os cabelos. Algo como um novo regime Taleban se consolidando. Bem na entrada do tráfrego para Suez. Ver post neste mesmo tópico uns dias atrás.
Não é que hoje o Estadao soltou uma matéria nada animadora sobre o fato. Ainda não li os jornais ingleses sobre o assunto. Os da Arábia Saudita passam ao largo.
Se alguém tiver um update do assunto contribua. Vou continuar o garimpo e postando.
Debater é preciso.
Cadê o Ylia e o FRANCOOP ? Sem vocês (e muitos outros) não tem graça.
Sds.
[005] [005] [005]

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Mar 14, 2010 5:04 pm
por Junker
Não sei se aqui é o melhor lugar mas...

:evil: :evil: :evil: :evil:
Indústria de copyright ataca uso de software livre pelo governo brasileiro
:: Luís Osvaldo Grossmann
:: Convergência Digital :: 12/03/2010

Imagem


Já é quase uma tradição o movimento feito pelas empresas norte-americanas de software, filmes e música para pressionar diversos países a adotarem regulações severas de proteção ao direito autoral. A principal ameaça utilizada é a de que os países "mal-comportados" serão excluídos da lista de direitos de preferências comerciais com os Estados Unidos - o maior comprador do mundo.

Na maioria das vezes, a Aliança Internacional de Propriedade Intelectual (IIPA, na sigla em inglês), entidade representante dessas empresas, ataca a pirataria. Mas no seu relatório deste ano, o capítulo sobre o Brasil traz uma novidade: Sustenta que o país deve evitar qualquer norma que determine o uso de software livre pelos órgãos de governo ou empresas estatais.

A abordagem é curiosa. Isso porque a principal iniciativa brasileira sobre o assunto é o projeto de lei 2269, que 'mofa' na Câmara dos Deputados desde que foi apresentado, em 1999. Ou seja, uma discussão de 11 anos que pouco avançou.

O receio talvez esteja na disposição da atual relatora do projeto na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), de retomar a iniciativa.

Tanto que no apagar das luzes de 2009, a parlamentar conseguiu aprovar um requerimento para a realização de audiências públicas sobre o assunto, com o objetivo de resgatar o projeto. "Estou trabalhando para o projeto voltar a caminhar no Congresso", promete a deputada.

O mais inusitado dessa menção ao software livre no relatório da IIPA, no entanto, é que a entidade parece desconhecer até mesmo políticas do governo norte-americano sobre o assunto. Como lembra o Secretário de Logística e TI do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, a defesa do software livre faz parte das orientações do próprio Departamento de Defesa dos EUA.

"É no mínimo estranho porque é isso que está no Roadmap Plan da Defesa dos EUA. Será que essa entidade vai atacar o Departamento de Defesa americano também? É isso ou estamos vendo mais um capítulo das coisas que lá podem e aqui não", ironiza Rogério Santanna.

De fato, o Roadmap Plan, um relatório do Departamento de Defesa dos EUA, é enfático na defesa do uso de software livre. Diz ele que "software de código aberto e as metodologias de desenvolvimento de código aberto são importantes para a Segurança Nacional e os Interesses Nacionais dos EUA". E cita algumas das razões para isso.

Entre elas, o software livre "permite que as indústrias de TI aumentem sua velocidade de adaptação e mudança às capacidades de que os usuários necessitam”fortalece a base industrial ao não proteger a indústria da concorrência e torna a indústria mais apta a competir em termos de ideias e sua execução, ao invés de produtos prontos".

Retaliações

Outra preocupação no relatório IIPA deste ano são as retaliações comerciais que o Brasil vai adotar por conta da vitória na Organização Mundial do Comércio, no caso dos subsídios aos produtores de algodão pagos pelo governo americano. Uma primeira lista já foi divulgada e prevê o aumento no imposto de importação para 101 bens.

Essa lista de bens representa US$ 591 milhões em retaliações, mas a OMC autorizou o Brasil a adotar as medidas num total de US$ 829 milhões. E o que assusta a indústria de copyright dos EUA, conforme escrito no próprio relatório da IIPA, são os restantes US$ 238 milhões que o Brasil pretende retaliar em serviços e direitos de propriedade intelectual.

A nova lista, no entanto, só deve ser conhecida em um ou dois meses. Uma medida provisória que permite o país adotar esse tipo de retaliação é recente – de 10 de fevereiro – e ainda será realizada uma consulta pública para colher, especialmente, contribuições do setor produtivo nacional.

Há sinais de que o governo brasileiro fará uso desse instrumento especialmente no setor de medicamentos. Mas o setor de software também se preocupa. O funcionamento desse tipo de retaliação não se dá com aumento de imposto de importação – que não existe para software – mas pode acontecer com o aumento da tributação sobre a remessa de royalties para o exterior.
http://www.convergenciadigital.com.br/c ... 973&sid=11

O relatório recomendando o Brasil a ficar de quatro:

http://www.iipa.com/rbc/2010/2010SPEC301BRAZIL.pdf
Legislation
• Ensure that the copyright sector with the Ministry of Culture can participate in copyright law reform efforts expected to begin this year. There are a number of improvements that merit inclusion (including, for example, amending the section on technological protection measures).
Avoid legislation or other implementation of "cross retaliation" against U.S. intellectual property products as compensation for the WTO cotton case ruling.
• Have the State of São Paulo University (USP) reverse its harmful administrative rule which allows widespread reprographic copying of portions of books by commercial, for-profit copy centers, and institute guidance for other universities that have followed in USP’s footsteps.
• Create specialized IPR courts with copyright jurisdiction.
• Remove market access barriers, including high tariffs and taxes placed on entertainment software and consoles.
• Amend the Penal Code to increase the penalties applicable to infringement of copyright in software programs so that criminal cases involving software infringement are not eligible to be suspended by judges.
• Reject legislation that would have the effect of promoting unauthorized, overbroad reproduction of works in university settings (e.g. Senate Bill 131/2006).
• Ensure that the bill (House Bill 1120/2007) which deals with public availability of products or works based on publicly financed research, comports with international norms by leaving value-added copyrighted products incorporating publicly funded data out of its mandate.
• Reject discriminatory legislative proposals that would limit foreign investment in the audiovisual industry.
Avoid legislation on the mandatory use of open source software by government agencies and government controlled companies.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Mar 14, 2010 5:40 pm
por WalterGaudério
GustavoB escreveu:
ninjanki escreveu:Gustavo,

A nossa dívida externa, que lhe preocupa tanto, só estourou depois do governo Geisel, e principalmente por fatores externos. Gastos em infra-estrutura, quando bem feitos, tendem a se pagar ao longo do tempo com crescimento econômico. Não se pode, ou deve, culpar Juscelino pelo que ocorreu muitos anos depois.

Aliás, recomendo que você estude oque é uma dívida externa, como a nossa é composta atualmente e oque mudou ao longo do tempo. Vai descobrir coisas interessantes, como por exemplo que já há muitos anos, os juros da divida externa são bem menores que os da dívida interna. Também vai descobrir que a diminuição da parcela da dívida externa que cabe ao governo fortalece o real, oque aumenta a sua cotação. Cotação de real alta é bom para eleições e para a percepção econômica do povo, mas é ruim para a maior parte da indústria. Só que o efeito de longo prazo demora a aparecer...

FHC começou a consertar nossa economia, e felizmente, o Lula continuou o trabalho, com erros, assim como os teve o FHC, mas continuou. Dizer que só um ou outro são os responsáveis pelo que temos hoje seria injusto.

Allan
Ora, seguindo esse raciocínio a culpa por nossos problemas é do Pedro Álvares Cabral.
Raios, se for mesmo..., então vamos pegar algum tuga lá do século X ou XI que começou a vender azeite de Oliva para as cruzadas por preço superior ao de mercado...