Fórum Defesa Brasil

Poti escreveu:Olá amigos. Queria só salientar que o IA2 está ficando frequente no EB.(...), TODOS os militares da PE.

Com a chegada do IA2, será que a PE vai abolir o uso de submetralhadoras?

O EB, ao que parece, decidiu fazer as modificações finais do IA2 APÓS sua adoção. Estão começando a entregar novos lotes dos fuzis em determinadas tropas. Esse já tem alterações no sistema, se tornando mais confiável e o cano é diferente, passo de 1:7.

O desenvolvimento da coronha ainda está na fase de protótipo e vai levar 6 meses para um lote piloto. Acho que das 22 mil adquiridas, 3 mil devem ser liberadas. O resto creio que aguardará as modificações finais, sendo coronha, sistema de mira e possivelmente um freio de boca no cano do fuzil 5.56.

A versão em 7.62 ainda não é apressada pois não se tem ideia de que tipo de tropa será empregada. Inicialmente é pensado nas tropas blindadas e outras em pequenas quantidades (DMR). Ainda é um protótipo, tem várias coisas para se fazer no IA2 7.62, incluindo ferrolho rotativo que foi testado, mas nunca mais ouvir falar se pretendem testar mais em campo ou manter o basculante.

Clermont escreveu:

Poti escreveu:Olá amigos. Queria só salientar que o IA2 está ficando frequente no EB.(...), TODOS os militares da PE.

Com a chegada do IA2, será que a PE vai abolir o uso de submetralhadoras?

Hmm, acho meio difícil por enquanto. Mas se a Imbel soltar uma versão com o cano de 11.5 polegadas é capaz que sim.

Viktor Reznov escreveu:

Clermont escreveu: Com a chegada do IA2, será que a PE vai abolir o uso de submetralhadoras?

Hmm, acho meio difícil por enquanto. Mas se a Imbel soltar uma versão com o cano de 11.5 polegadas é capaz que sim.

Faz tanta diferença assim entre uma arma com cano 14 pol para outra com cano 11,5 pol?

Eu acharia razoável que se descartasse uma arma com fama de problemática como a submetralhadora Beretta e a substituísse pelo IA2 atual.

Clermont escreveu:

Viktor Reznov escreveu: Hmm, acho meio difícil por enquanto. Mas se a Imbel soltar uma versão com o cano de 11.5 polegadas é capaz que sim.

Faz tanta diferença assim entre uma arma com cano 14 pol para outra com cano 11,5 pol?

Eu acharia razoável que se descartasse uma arma com fama de problemática como a submetralhadora Beretta e a substituísse pelo IA2 atual.

A PE usa MP5.

Bolovo escreveu:A PE usa MP5.

Dessa eu não sabia, pensava que ainda se utilizasse a Beretta.

Clermont escreveu:

Bolovo escreveu:A PE usa MP5.

Dessa eu não sabia, pensava que ainda se utilizasse a Beretta.

A Beretta no Exército ainda existe, porém é praticamente uma arma cerimonial, sem valor operacional.

Wingate

Compensa gastar uma grana nisso ai, se já existem armas boas no mercado prontas e testadas?

Sabe o custo de uma Hk 416 ou Scar? Então...

joao fernando escreveu:Compensa gastar uma grana nisso ai, se já existem armas boas no mercado prontas e testadas?

Eu entendi a vontade do EB em transformar o FAL num M-16. Tentaram com o MD-97 e não deu certo. Agora querem transforma-lo num M-4 com o IA2. Isso me fez perceber que o desejo do EB desde os anos 80 é ter um fuzil na plataforma do AR-15/M-16 (com o adendo de um pistão). Nos EUA esse tipo de fuzil é praticamente uma commodity, há centenas de fabricantes, não apenas as tradicionais. Um exemplo disso é a UWS (Unified Weapons Systems) americana, uma pequena empresa (~500 funcionários; a Imbel tem cerca de 2000) localizada em Tampa/Flórida, que vai transferir tecnologia e fabricar fuzis 5,56mm e 7,62mm para o Exército Peruano na FAME (a Imbel deles). Creio que o EB deveria ter feito o algo parecido. Foi assim quando fabricamos o Mauser alemão, foi assim quando fabricamos o FAL belga. A questão aqui são os custos, o fato é que a Imbel reaproveitou muito ferramental do FAL para fabricar o IA2, o que fez custar pouco. O que leva a loucos ufanismos que dizem que o IA2 está a par dos melhores fuzis do mundo.

Agora que a adoção do IA2 já são favas contadas teremos de esperar o passar dos anos para julgar o acerto ou não da medida. Só a utilização da arma pelos recrutas brasileiros demonstrará - ou não - sua robustez e eficiência.

Também tenho muita curiosidade em saber como o IA2 se comportaria num teste com os fuzis tipo Galil adotados por vários exércitos sul-americanos e também com o fuzil desenvolvido para o Exército mexicano.

gabriel219 escreveu:Sabe o custo de uma Hk 416 ou Scar? Então...

Duvido que sejam mais caros que o IA-2. Pelo preço que dizem estarmos pagando pelos IA-2, provavelmente poderíamos comprar qualquer fuzil do mercado. Na verdade, provavelmente pagaríamos até menos.

vplemes escreveu:

gabriel219 escreveu:Sabe o custo de uma Hk 416 ou Scar? Então...

Duvido que sejam mais caros que o IA-2. Pelo preço que dizem estarmos pagando pelos IA-2, provavelmente poderíamos comprar qualquer fuzil do mercado. Na verdade, provavelmente pagaríamos até menos.

Se estiver falando do AR-15, tudo bem, são 500 dólares, mas falar que Hk 416 e Scar são mais baratos que o IA2 é um absurdo.

O IA2 custa 5,500 reais. Um MR 416, que é a versão civil do mesmo, custa USD 3 mil dólares, hoje R$ 9,820, isto sendo falado de uma versão civil e semiautomática. A versão militar deve ser bem superior a 3 mil reais, beirando aos 5 mil reais.

Em um site, vi que Scar 17S, semiautomático versão civil, está custando USD 4,199 na promoção. Convertendo para real dá R$ 13,740. Entre o MR 416 e o Scar 17S, a diferença de preço pro IA2 é de R$ 4,320 e R$ 8,240 respectivamente.

Estou falando de fuzis civis e semiautomáticos contra um fuzil militar.

Ai você está falando do valor de varejo para o mercado civil. Procure saber quanto ficaria para comprar lotes fechados de vinte mil fuzis, em acordos diretos com a indústria, e vamos ver se um scar ou HK-416 não sairia com preço similar ou até mais barato do que o IA-2.