Clermont escreveu:Vídeos fascinantes.
Valeu mesmo, ABULDOG74.
Sobre o exercício de fogo e movimento, uma curiosidade: a doutrina admite que um comandante de GC ou de Pel altere a organização da fração para um assalto?
Por exemplo: ao invés de avançar para o assalto com suas três esquadras, o sargento concentra suas três "Minimis" num elemento de apoio e os volteadores num elemento de assalto.
Existiria esta liberdade de pensamento tático no CFN?
Clermont,
existem tópicos de estudo específicos quando da formação do fuzileiro naval chamados "Esquadra de Tiro e Grupo de Combate" e "Patrulhas", onde se aprende tudo em relação a esses assuntos, inclusive as formações táticas comandadas pelo Sargento comandante do grupo de combate e Cabo comandante da esquadra de tiro.
Vou colocar as formações táticas e suas características.
1) Em coluna: facilita o controle, favorece o fogo e manobra para os flancos, vulnerável aos tiros partidos de frente, limitado o fogo pela frente. É usado quando a velocidade e controle são fatores preponderantes, tais como, deslocamentos através de bosques, nevoeiro, noite e ao longo de estradas;
2) Em triângulo: facilita o controle, provê segurança a toda volta, a formação é flexível. É usado quando a situação do inimigo é incerta e o terreno e visibilidade requerem dispersão;
3) Linha de atiradores à direita ou esquerda: dificuldade de controle, máximo poder de fogo para a frente. É usado quando a posição de efetivos do inimigo são conhecidos, durante o assalto, limpeza e cruzando pequenas clareiras;
4) Escalonado à direita ou esquerda: dificuldade de controle, o movimento é lento, especialmente sob condições de visibilidade reduzidas, provê eficiente poder de fogo para a frente, na direção do escalonamento. É usado para proteger um flanco exposto.
5) Formação em "V": facilita a mudança para a formação em linha, provê segurança a toda volta, provê excelente poder de fogo para a frente e para os flancos. É usado quando o inimigo está a frente e seus efetivos e localização são conhecidos. Pode ser usado quando da travessia de longas áreas abertas.
6) Em linha: dificuldade de controle, máxima potência de fogo à frente. É usada para transposição de cristas, estradas ou locais de passagem obrigatória sujeitos ao fogo e observação do inimigo. É a mais apropriada para o assalto.
Então, como pode observar, os comandantes de GC e ET tem diversas opções táticas a sua disposição, dependendo do caso concreto. Eles tem flexibilidade para manobrar.
Abraços.