Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Luís Henrique
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14746 Mensagem por Luís Henrique » Seg Mar 13, 2017 7:12 pm

Penguin escreveu:
Luís Henrique escreveu: 300 MIL militares a mais na Previdência Social, que cobre um universo de 207 MILHÕES de brasileiros.

Após as devidas reformas na previdência social, 300 mil pessoas a mais ou a menos não farão diferença.

Não?! http://www1.folha.uol.com.br/mercado/20 ... rosa.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/20 ... rosa.shtml
http://fundacaoanfip.org.br/site/2016/1 ... evidencia/


Já por outro lado, para as forças armadas essa será a melhor estratégia para que fique CLARO E CRISTALINO que o Brasil investe MUITO POUCO em defesa.
E esse é exatamente o PRIMEIRO PASSO para se conseguir melhorias.
Primeiro a sociedade e os políticos precisam enxergar o problema. Só depois poderemos consertá-lo.

Luis, o problema já está diagnosticado até pela próprias FAs.
Gastamos muito com pessoal (ativos e inativos).
A questão é que qualquer solução será dolorosa e politicamente difícil.


Se até pessoas super qualificadas como você acreditam que o orçamento já é muito grande, imagine a massa da população.
Como conseguiremos aumentos expressivos no orçamento da defesa se a sociedade em geral já acredita que o orçamento é demasiadamente grande???

Teremos que reduzir os gastos com pessoal (ativos e inativos)
E priorizar e racionalizar os investimentos e gastos com custeio.


A média mundial está em torno de 2,3% do PIB investido em Defesa.

O Brasil investe 0,7% do PIB em defesa (excluindo os inativos).

Luis, as comparações sérias incluem ativos e inativos (ver estudo da OTAN):
Imagem

Nós estamos comprometendo 74% do orçamento de defesa com pessoal (ativo e inativos).
E por isso investimos apenas 10% em equipamentos.
Se fossemos da OTAN, estaríamos um uma situação orçamentária muito ruim.


As coisas podem melhorar com uma melhor administração? Concordo.
As coisas podem melhorar com um efetivo menor? Concordo.
Mas qual o MAIOR problema? Investimos MUITO POUCO.

E o dinheiro para os investimentos sairiam de onde?
Luis, vivemos uma crise fenomenal. Nosso deficit publico beira os R$200bi/ano!
Quando a situação econômica melhorar um dia, deveria-se aumentar os investimentos e o custeio sem aumentar os gastos com pessoal (ativos e inativos). Mas não é isso que acontece.


A Austrália investe próximo de 2% do PIB em defesa. Possui em lei o objetivo de alcançar os 2% até 2020.

A Austrália segue uma estrutura orçamentária de defesa similar ao Reino Unido e Canadá.
Investem 20% em equipamentos e entre 36 e 45% com pessoal (ativos e inativos).


Se reduzirmos nosso efetivo pela metade, ainda assim NÃO teremos recursos para termos os mesmos equipamentos que os Australianos.
Precisamos aumentar nosso atual orçamento em 50% para ficar em nível semelhante aos australianos.
Ai com este aumento de 50% e uma redução no efetivo teríamos condições de possuir uma força equivalente à deles.

Um orçamento de R$ 150 bi é POLITICAMENTE proibido. Seria maior que o orçamento da educação e da saúde.
Por isso eu continuo batendo na tecla. RETIRAMOS o pagamento de inativos. Nosso orçamento cairia para R$ 43,5 bi (dados de 2016).

Qualquer organização que adotasse os critérios internacionais da OTAN, do Banco Mundial e do SIPRI saberiam que esse valor estaria excluindo os inativos e iriam atrás desse valor.

Em seguida um aumento de 100% no orçamento, passando para R$ 90 bi (SEM PAGAMENTO DE INATIVOS).
Ai uma redução no efetivo e teríamos condições de possuir os mesmos equipamentos que os australianos.

A solução de cortar efetivos ISOLADA surtirá uma melhora, mas não será uma melhora SIGNIFICATIVA.
Precisamos de um incremento no orçamento.
[]s
1) Santiago, você está considerando APENAS servidores públicos FEDERAIS.
A Previdência Social paga aposentadoria de servidores públicos estaduais, municipais e de aposentados oriundos da iniciativa privada.

A previdência dos militares representa 7% do total.

2) Errado. As comparações SÉRIAS são aquelas que os políticos, a mídia e a sociedade TEM ACESSO.
São aquelas que aparecem nos jornais.
É aquela que aparece no LIVRO BRANCO DE DEFESA NACIONAL

Lá, a maioria dos países aparece com o orçamento REAL que inclui pessoal DA ATIVA, custeio e investimentos.
E o Brasil aparece com o orçamento MENTIROSO que inclui os INATIVOS.
E é isso que precisa MUDAR.

Deu até raiva de ler esta porcaria de livro branco.
O Brasil está em 11º lugar. [082] [082] [082] [082] [082] [082] [082]
Ai vai o link: http://www.defesa.gov.br/arquivos/2017/ ... minuta.pdf
Página 157

AH, a Austrália NEM APARECE...kkk
O Brasil está na frente. UAU.
Só rindo mesmo.

3) Errado amigo.
Entre no site do SIPRI, baixe o arquivo e verá se eles consideram U$ 780 bi para os EUA ou U$ 600 bi.
O SIPRI e os demais, dizem no rodapé que PODE CONTER PAGAMENTO DE INATIVOS.
Mas NA PRÁTICA só está incluso nos países que incluem por si só, o pagamento de inativos no próprio orçamento de defesa.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14747 Mensagem por Penguin » Seg Mar 13, 2017 9:35 pm

Luís Henrique escreveu:
Penguin escreveu: []s
1) Santiago, você está considerando APENAS servidores públicos FEDERAIS.
A Previdência Social paga aposentadoria de servidores públicos estaduais, municipais e de aposentados oriundos da iniciativa privada.

A previdência dos militares representa 7% do total.

O ponto ressaltado foi o deficit na previdência militar atual de R$34bi. Ou seja, é significativo e tem impacto.

2) Errado. As comparações SÉRIAS são aquelas que os políticos, a mídia e a sociedade TEM ACESSO.
São aquelas que aparecem nos jornais.
É aquela que aparece no LIVRO BRANCO DE DEFESA NACIONAL

Lá, a maioria dos países aparece com o orçamento REAL que inclui pessoal DA ATIVA, custeio e investimentos.

Vc está fazendo uma inferência equivocada e com base apenas nos EUA.
O SIPRI diz com todas as letras no seu site que embora a definição de gastos militares inclua gastos com inativos, nem todos os países informam esse valor e que por isso comparações entre países acabam sendo imprecisas mesmo com ajustes. Já a OTAN vai além e ecreve no seu estudo que que ela inclui os inativos, independende de quem pague.

Voltando aos EUA, as pensões são pagas por dois ministérios: Defesa (DoD) e Veteran Affairs (VAD)
No orçamento do DoD está sim incluído pensões. E no orçamento do VAD de US$180bi não é tudo destinado a pensões (na realidade, complementação das pensões mais baixas). Isso é menos da metade do orçamento do VAD.



E o Brasil aparece com o orçamento MENTIROSO que inclui os INATIVOS.
E é isso que precisa MUDAR.

Isso não vai mudar a realidade.

Deu até raiva de ler esta porcaria de livro branco.
O Brasil está em 11º lugar. [082] [082] [082] [082] [082] [082] [082]
Ai vai o link: http://www.defesa.gov.br/arquivos/2017/ ... minuta.pdf
Página 157

AH, a Austrália NEM APARECE...kkk
O Brasil está na frente. UAU.
Só rindo mesmo.

O pessoal usa essas comparações sem os devidos cuidados.
Basta seguir as orientações do SIPRI e adicionar notas e observações.

Quanto a Australia, não tem mágica alguma. Eles possuem apenas 60.000 efetivos no exército, força aérea e marinha.
Devem comprometer com os ativos e inativos um percentual semelhante a outros países anglo saxões como EUA, Canadá ou Reino Unido, algo na ordem de 35 a 45% do orçamento militar.
Logo possuem mais do que o dobro de capacidade de investimento em relação ao Brasil considerando orçamentos totais semelhantes (20-25% contra 10% do Brasil).




3) Errado amigo.
Entre no site do SIPRI, baixe o arquivo e verá se eles consideram U$ 780 bi para os EUA ou U$ 600 bi.
O SIPRI e os demais, dizem no rodapé que PODE CONTER PAGAMENTO DE INATIVOS.
Mas NA PRÁTICA só está incluso nos países que incluem por si só, o pagamento de inativos no próprio orçamento de defesa.
Já explicado que parte das pensões nos EUA são pagas pelo orçamento do DoD.
Quais são os países que pagam pensão aos militares fora do orçamento do equivalente ao ministério de defesa?[
O estudo da OTAN mostra os valores ajustados, incluindo as pensões.

[]s




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14748 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Mar 14, 2017 9:00 am

Luís Henrique escreveu:Os militares contribuem com 7% do salário para sua previdência DENTRO do orçamento.

O Temer, propõe na reforma passar este índice de 7% para 11% (equivalente aos demais funcionários públicos).
Para os meros mortais que trabalham na iniciativa privada o desconto é de 11% na folha e a empresa ainda paga 25% do salário total ao INSS, e isso tudo para quando se aposentar receber uma merreca de aposentadoria, no caso dos militares a desproporção entre o que contribuem e o que recebem é gigantesca.

Mas ao menos a previdência para os que não são funcionários públicos e nem militares não tem um déficit gigantesco.

Tudo o que você escreveu me fez refletir e cheguei a conclusão: Os inativos estão onde deveriam estar.

Você diz que no caso dos outros ministérios os inativos não são pagos pela pasta, mas não é bem assim, se o ministério do transportes contratar uma empreiteira para construir uma estrada então eles pagam a empreiteira que por sua vez vai separar uma parte para pagar o INSS de seus funcionários, então sim, os outros ministérios também pagam por seus inativos, apesar da relação com eles ser bem mais complicada.

Os militares inativos são parte dos gastos da defesa, na realidade, gastos passados que estamos pagando a conta, mas ainda assim, gastos da defesa, e devem ser considerados quando olhamos para quanto do PIB gastamos com defesa, e quando vemos que a maior parcela dos gastos militares é com inativos então sabemos que há algo muito errado ai, algo que pode ser arrumado! Esconder esse gasto em outro ministério não fará nenhum bem ao país.

E quanto a convencer os políticos e a sociedade, se os políticos querem se enganar fazendo comparações absurdas que mostram que gastamos demais, então, o que podemos fazer? Claro que eu lamento isso, assim como lamento quando aprovam leis que geram impunidade, ou quando desviam fundos federais, ou quando legislam em causa própria, uma das funções do MD é garantir que os políticos continuem em seus cargos (geralmente esses dançam em caso de derrota militar), se os políticos ignoram isso estão cavando a própria cova, quer dizer, são uns idiotas, e acho muito mais prioritário tirar esses idiotas de lá do que fazer alguns truques contábeis para tentar enganá-los.

E quanto a sociedade, você sabe qual é a utilidade do MD?

Leio muito por aqui coisas como "para o cenário sul-americano está bom", não concordo muito com isso, mas tenho certeza de que esse "está bom" custa muito mais do que deveria, como falar em aumento de verbas quando, em um forum de defesa essa frase "para o cenário sul-americano está bom" é tão comum?

E por fim, uma coisa é falar em aumento de verbas quando nossas forças tem o que há de melhor e mais moderno e nossos soldados são a elite do mundo mas não estão em quantidade suficiente, outra coisa é falar em aumento de verbas quando nossas forças estão entre as mais numerosas (e aqui vale uma observação adicional, muito mais numerosas do que eu acho necessário para qualquer cenário) e caras do mundo mas vivem nos anos 60.

Você não acha que antes de falar em aumentar a verba não deveríamos primeiro arrumar a casa? Porque é o que eu acho.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14749 Mensagem por Penguin » Ter Mar 14, 2017 9:22 am

Marechal-do-ar escreveu:
Luís Henrique escreveu:Os militares contribuem com 7% do salário para sua previdência DENTRO do orçamento.

O Temer, propõe na reforma passar este índice de 7% para 11% (equivalente aos demais funcionários públicos).
Para os meros mortais que trabalham na iniciativa privada o desconto é de 11% na folha e a empresa ainda paga 25% do salário total ao INSS, e isso tudo para quando se aposentar receber uma merreca de aposentadoria, no caso dos militares a desproporção entre o que contribuem e o que recebem é gigantesca.

Mas ao menos a previdência para os que não são funcionários públicos e nem militares não tem um déficit gigantesco.

Tudo o que você escreveu me fez refletir e cheguei a conclusão: Os inativos estão onde deveriam estar.

Você diz que no caso dos outros ministérios os inativos não são pagos pela pasta, mas não é bem assim, se o ministério do transportes contratar uma empreiteira para construir uma estrada então eles pagam a empreiteira que por sua vez vai separar uma parte para pagar o INSS de seus funcionários, então sim, os outros ministérios também pagam por seus inativos, apesar da relação com eles ser bem mais complicada.

Os militares inativos são parte dos gastos da defesa, na realidade, gastos passados que estamos pagando a conta, mas ainda assim, gastos da defesa, e devem ser considerados quando olhamos para quanto do PIB gastamos com defesa, e quando vemos que a maior parcela dos gastos militares é com inativos então sabemos que há algo muito errado ai, algo que pode ser arrumado! Esconder esse gasto em outro ministério não fará nenhum bem ao país.

E quanto a convencer os políticos e a sociedade, se os políticos querem se enganar fazendo comparações absurdas que mostram que gastamos demais, então, o que podemos fazer? Claro que eu lamento isso, assim como lamento quando aprovam leis que geram impunidade, ou quando desviam fundos federais, ou quando legislam em causa própria, uma das funções do MD é garantir que os políticos continuem em seus cargos (geralmente esses dançam em caso de derrota militar), se os políticos ignoram isso estão cavando a própria cova, quer dizer, são uns idiotas, e acho muito mais prioritário tirar esses idiotas de lá do que fazer alguns truques contábeis para tentar enganá-los.

E quanto a sociedade, você sabe qual é a utilidade do MD?

Leio muito por aqui coisas como "para o cenário sul-americano está bom", não concordo muito com isso, mas tenho certeza de que esse "está bom" custa muito mais do que deveria, como falar em aumento de verbas quando, em um forum de defesa essa frase "para o cenário sul-americano está bom" é tão comum?

E por fim, uma coisa é falar em aumento de verbas quando nossas forças tem o que há de melhor e mais moderno e nossos soldados são a elite do mundo mas não estão em quantidade suficiente, outra coisa é falar em aumento de verbas quando nossas forças estão entre as mais numerosas (e aqui vale uma observação adicional, muito mais numerosas do que eu acho necessário para qualquer cenário) e caras do mundo mas vivem nos anos 60.

Você não acha que antes de falar em aumentar a verba não deveríamos primeiro arrumar a casa? Porque é o que eu acho.
Concordo.
Há muito o que se arrumar em casa.
E isso não vale só para a área militar, diga-se, mas esse eh o tema aqui.

[]s




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14750 Mensagem por Luís Henrique » Ter Mar 14, 2017 5:05 pm

Penguin escreveu:
Luís Henrique escreveu:
1) Santiago, você está considerando APENAS servidores públicos FEDERAIS.
A Previdência Social paga aposentadoria de servidores públicos estaduais, municipais e de aposentados oriundos da iniciativa privada.

A previdência dos militares representa 7% do total.

O ponto ressaltado foi o deficit na previdência militar atual de R$34bi. Ou seja, é significativo e tem impacto.

2) Errado. As comparações SÉRIAS são aquelas que os políticos, a mídia e a sociedade TEM ACESSO.
São aquelas que aparecem nos jornais.
É aquela que aparece no LIVRO BRANCO DE DEFESA NACIONAL

Lá, a maioria dos países aparece com o orçamento REAL que inclui pessoal DA ATIVA, custeio e investimentos.

Vc está fazendo uma inferência equivocada e com base apenas nos EUA.
O SIPRI diz com todas as letras no seu site que embora a definição de gastos militares inclua gastos com inativos, nem todos os países informam esse valor e que por isso comparações entre países acabam sendo imprecisas mesmo com ajustes. Já a OTAN vai além e ecreve no seu estudo que que ela inclui os inativos, independende de quem pague.

Voltando aos EUA, as pensões são pagas por dois ministérios: Defesa (DoD) e Veteran Affairs (VAD)
No orçamento do DoD está sim incluído pensões. E no orçamento do VAD de US$180bi não é tudo destinado a pensões (na realidade, complementação das pensões mais baixas). Isso é menos da metade do orçamento do VAD.



E o Brasil aparece com o orçamento MENTIROSO que inclui os INATIVOS.
E é isso que precisa MUDAR.

Isso não vai mudar a realidade.

Deu até raiva de ler esta porcaria de livro branco.
O Brasil está em 11º lugar. [082] [082] [082] [082] [082] [082] [082]
Ai vai o link: http://www.defesa.gov.br/arquivos/2017/ ... minuta.pdf
Página 157

AH, a Austrália NEM APARECE...kkk
O Brasil está na frente. UAU.
Só rindo mesmo.

O pessoal usa essas comparações sem os devidos cuidados.
Basta seguir as orientações do SIPRI e adicionar notas e observações.

Quanto a Australia, não tem mágica alguma. Eles possuem apenas 60.000 efetivos no exército, força aérea e marinha.
Devem comprometer com os ativos e inativos um percentual semelhante a outros países anglo saxões como EUA, Canadá ou Reino Unido, algo na ordem de 35 a 45% do orçamento militar.
Logo possuem mais do que o dobro de capacidade de investimento em relação ao Brasil considerando orçamentos totais semelhantes (20-25% contra 10% do Brasil).




3) Errado amigo.
Entre no site do SIPRI, baixe o arquivo e verá se eles consideram U$ 780 bi para os EUA ou U$ 600 bi.
O SIPRI e os demais, dizem no rodapé que PODE CONTER PAGAMENTO DE INATIVOS.
Mas NA PRÁTICA só está incluso nos países que incluem por si só, o pagamento de inativos no próprio orçamento de defesa.
Já explicado que parte das pensões nos EUA são pagas pelo orçamento do DoD.
Quais são os países que pagam pensão aos militares fora do orçamento do equivalente ao ministério de defesa?[
O estudo da OTAN mostra os valores ajustados, incluindo as pensões.

[]s
Confesso que as pesquisas sobre isso são COMPLEXAS.

É muita informação. Muitas planilhas. Verbas de todo lado.
Mas pelo que pude apurar, os EUA possuem o Department of Veterans Affairs.
O MoD ou o orçamento da defesa gira em torno de U$ 600 bi e o DVA (pensões) gira em torno de U$ 180 bi.
O Total seria de U$ 780 bi.
No IISS, no SIPRI e na maioria dos lugares a informação divulgada com Military Expenditures gira em torno de U$ 600 bi.
Ou seja, eles IGNORAM o DVA.

Na Austrália, acredito que ocorra o mesmo.
Eles TAMBÉM tem um Department of Veterans Affairs.
Pelo que pude apurar o orçamento está em torno de U$ 10 bi.
Não tenho certeza e estou sem tempo de me aprofundar, mas pelo que entendi o Orçamento de Defesa é de U$ 24 bi + U$ 10 bi.

Nos demais países NÃO pesquisei e nem irei faze-lo. Já tentei mas é demorado e complexo.

Mas entendo que se no orçamento americano (que é o mais fácil de apurar), SIPRI, IISS, etc NÃO colocam tudo, acredito que em muitos casos devam fazer o mesmo.

Quando falamos de PENSÕES a situação fica bastante complexa porque no ramo militar, principalmente nos países da OTAN, existem muitos militares MORTOS EM CONFLITO e muitos militares PARAPLÉGICOS, enfim, com necessidades de cuidados especiais e que são aposentados, digamos por INVALIDEZ.

Portanto, entendo que algumas pensões saem do orçamento da defesa e outras de outros ministérios justamente por esses fatores.
Entendo que um militar que perdeu as pernas poderia continuar recebendo através do orçamento da defesa, seria tipo um SEGURO.
Mas entendo que no Brasil, pelo menos em tempos de PAZ, essas coisas são bem mais raras.
O GROSSO é formado por militares que trabalharam 30 anos ou mais. Em sua maioria são pessoas com IDADE AVANÇADA.
Portanto, acredito que devam receber APOSENTADORIA como todos os demais brasileiros, proveniente da PREVIDÊNCIA SOCIAL.


Sobre comparações entre Brasil e Austrália:

Eu achei sobre orçamento defesa da Austrália de 2015

TOTAL A$ 32,1 bi
INVESTMENT= A$ 9,7 bi
PERSONNEL = A$ 11,7 bi
OPERATING = A$ 10,8 bi

Share of GDP = 1,93%
https://www.aspi.org.au/publications/th ... e-2015.pdf

também achei isso:

A$ 25,986 bi NÃO INCLUI aposentados
http://www.budget.gov.au/2016-17/conten ... bs5-01.htm

Portanto, da para 'entender' que a Austrália gasta A$ 6,114 bi com pessoal INATIVO.

Destrinchando:

9,7 bi investimentos
10,8 bi operações
6,11 bi INATIVOS
5,58 bi Ativos
total 32 bi

EM DÓLARES AMERICANOS

7,27 bi Investimentos
8,10 bi Operações
4,58 bi INATIVOS
4,18 bi Ativos
total 24 bi




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14751 Mensagem por Luís Henrique » Ter Mar 14, 2017 5:11 pm

Marechal-do-ar escreveu:
Luís Henrique escreveu:Os militares contribuem com 7% do salário para sua previdência DENTRO do orçamento.

O Temer, propõe na reforma passar este índice de 7% para 11% (equivalente aos demais funcionários públicos).
Para os meros mortais que trabalham na iniciativa privada o desconto é de 11% na folha e a empresa ainda paga 25% do salário total ao INSS, e isso tudo para quando se aposentar receber uma merreca de aposentadoria, no caso dos militares a desproporção entre o que contribuem e o que recebem é gigantesca.

Mas ao menos a previdência para os que não são funcionários públicos e nem militares não tem um déficit gigantesco.

Tudo o que você escreveu me fez refletir e cheguei a conclusão: Os inativos estão onde deveriam estar.

Você diz que no caso dos outros ministérios os inativos não são pagos pela pasta, mas não é bem assim, se o ministério do transportes contratar uma empreiteira para construir uma estrada então eles pagam a empreiteira que por sua vez vai separar uma parte para pagar o INSS de seus funcionários, então sim, os outros ministérios também pagam por seus inativos, apesar da relação com eles ser bem mais complicada.

Os militares inativos são parte dos gastos da defesa, na realidade, gastos passados que estamos pagando a conta, mas ainda assim, gastos da defesa, e devem ser considerados quando olhamos para quanto do PIB gastamos com defesa, e quando vemos que a maior parcela dos gastos militares é com inativos então sabemos que há algo muito errado ai, algo que pode ser arrumado! Esconder esse gasto em outro ministério não fará nenhum bem ao país.

E quanto a convencer os políticos e a sociedade, se os políticos querem se enganar fazendo comparações absurdas que mostram que gastamos demais, então, o que podemos fazer? Claro que eu lamento isso, assim como lamento quando aprovam leis que geram impunidade, ou quando desviam fundos federais, ou quando legislam em causa própria, uma das funções do MD é garantir que os políticos continuem em seus cargos (geralmente esses dançam em caso de derrota militar), se os políticos ignoram isso estão cavando a própria cova, quer dizer, são uns idiotas, e acho muito mais prioritário tirar esses idiotas de lá do que fazer alguns truques contábeis para tentar enganá-los.

E quanto a sociedade, você sabe qual é a utilidade do MD?

Leio muito por aqui coisas como "para o cenário sul-americano está bom", não concordo muito com isso, mas tenho certeza de que esse "está bom" custa muito mais do que deveria, como falar em aumento de verbas quando, em um forum de defesa essa frase "para o cenário sul-americano está bom" é tão comum?

E por fim, uma coisa é falar em aumento de verbas quando nossas forças tem o que há de melhor e mais moderno e nossos soldados são a elite do mundo mas não estão em quantidade suficiente, outra coisa é falar em aumento de verbas quando nossas forças estão entre as mais numerosas (e aqui vale uma observação adicional, muito mais numerosas do que eu acho necessário para qualquer cenário) e caras do mundo mas vivem nos anos 60.

Você não acha que antes de falar em aumentar a verba não deveríamos primeiro arrumar a casa? Porque é o que eu acho.
Marechal, quando analisamos o quanto o Brasil investe em Educação, ninguém busca informações na Previdência Social para verificar quantos aposentados da área (professores, coordenadores, diretores, faxineiras, etc) existem e quanto o Brasil paga de APOSENTADORIA para essas pessoas.

Da mesma forma quando a mídia fala o quanto o Brasil investe em SAÚDE, ninguém faz pesquisa na Previdência Social para encontrar todos os médicos, enfermeiros e demais profissionais da área que recebem APOSENTADORIAS.

É a mesma coisa.

Quando falamos quanto o Brasil investe em DEFESA, nós temos que contabilizar o EFETIVO ATIVO, os INVESTIMENTOS e o CUSTEIO.
Não temos que buscar quantos militares aposentados existem e quanto recebem.

Simplesmente o militar deveria contribuir com 11% do seu salário para a PREVIDÊNCIA SOCIAL.
Após 'aposentadoria' ele receberia de lá.
Assim o orçamento da defesa ficaria mais enxuto e mais realista.

Minha opinião.

E o que isso mudaria?
Apenas as MANCHETES DOS JORNAIS. Apenas contribuiria para melhorar a opinião pública sobre o assunto.
Apenas acredito que seria MUITO MAIS FÁCIL conseguir melhorias quando a sociedade, principalmente os políticos enxergarem o valor REAL que investimos em defesa e PERCEBEREM que em relação ao resto do mundo, investimos POUCO.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14752 Mensagem por P44 » Ter Mar 14, 2017 5:25 pm

E estas fragatas de 4 mil tons que a Colombia talvez vá adquirir?

https://navaltoday.com/2017/03/10/frenc ... -contract/




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14753 Mensagem por Penguin » Ter Mar 14, 2017 6:50 pm

Luís Henrique escreveu:
Penguin escreveu: Já explicado que parte das pensões nos EUA são pagas pelo orçamento do DoD.
Quais são os países que pagam pensão aos militares fora do orçamento do equivalente ao ministério de defesa?[
O estudo da OTAN mostra os valores ajustados, incluindo as pensões.

[]s
Confesso que as pesquisas sobre isso são COMPLEXAS.

É muita informação. Muitas planilhas. Verbas de todo lado.
Mas pelo que pude apurar, os EUA possuem o Department of Veterans Affairs.
O MoD ou o orçamento da defesa gira em torno de U$ 600 bi e o DVA (pensões) gira em torno de U$ 180 bi.
O Total seria de U$ 780 bi.
No IISS, no SIPRI e na maioria dos lugares a informação divulgada com Military Expenditures gira em torno de U$ 600 bi.
Ou seja, eles IGNORAM o DVA.

Na Austrália, acredito que ocorra o mesmo.
Eles TAMBÉM tem um Department of Veterans Affairs.
Pelo que pude apurar o orçamento está em torno de U$ 10 bi.
Não tenho certeza e estou sem tempo de me aprofundar, mas pelo que entendi o Orçamento de Defesa é de U$ 24 bi + U$ 10 bi.

Nos demais países NÃO pesquisei e nem irei faze-lo. Já tentei mas é demorado e complexo.

Mas entendo que se no orçamento americano (que é o mais fácil de apurar), SIPRI, IISS, etc NÃO colocam tudo, acredito que em muitos casos devam fazer o mesmo.

Quando falamos de PENSÕES a situação fica bastante complexa porque no ramo militar, principalmente nos países da OTAN, existem muitos militares MORTOS EM CONFLITO e muitos militares PARAPLÉGICOS, enfim, com necessidades de cuidados especiais e que são aposentados, digamos por INVALIDEZ.

Portanto, entendo que algumas pensões saem do orçamento da defesa e outras de outros ministérios justamente por esses fatores.
Entendo que um militar que perdeu as pernas poderia continuar recebendo através do orçamento da defesa, seria tipo um SEGURO.
Mas entendo que no Brasil, pelo menos em tempos de PAZ, essas coisas são bem mais raras.
O GROSSO é formado por militares que trabalharam 30 anos ou mais. Em sua maioria são pessoas com IDADE AVANÇADA.
Portanto, acredito que devam receber APOSENTADORIA como todos os demais brasileiros, proveniente da PREVIDÊNCIA SOCIAL.


Sobre comparações entre Brasil e Austrália:

Eu achei sobre orçamento defesa da Austrália de 2015

TOTAL A$ 32,1 bi
INVESTMENT= A$ 9,7 bi
PERSONNEL = A$ 11,7 bi
OPERATING = A$ 10,8 bi

Share of GDP = 1,93%
https://www.aspi.org.au/publications/th ... e-2015.pdf

também achei isso:

A$ 25,986 bi NÃO INCLUI aposentados
http://www.budget.gov.au/2016-17/conten ... bs5-01.htm

Portanto, da para 'entender' que a Austrália gasta A$ 6,114 bi com pessoal INATIVO.

Destrinchando:

9,7 bi investimentos
10,8 bi operações
6,11 bi INATIVOS
5,58 bi Ativos
total 32 bi

EM DÓLARES AMERICANOS

7,27 bi Investimentos
8,10 bi Operações
4,58 bi INATIVOS
4,18 bi Ativos
total 24 bi
Esses números fazem sentido:

19% com inativos
17% com ativos
Ou seja, 36% com pessoal (ativos e inativos)

30% investimentos
34% com custeio

Como havia citado, similar aos demais países "anglo saxões": EUA, Canadá e Reino Unido




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14754 Mensagem por juarez castro » Ter Mar 14, 2017 11:18 pm

Marechal-do-ar escreveu:
Luís Henrique escreveu:Os militares contribuem com 7% do salário para sua previdência DENTRO do orçamento.

O Temer, propõe na reforma passar este índice de 7% para 11% (equivalente aos demais funcionários públicos).
Para os meros mortais que trabalham na iniciativa privada o desconto é de 11% na folha e a empresa ainda paga 25% do salário total ao INSS, e isso tudo para quando se aposentar receber uma merreca de aposentadoria, no caso dos militares a desproporção entre o que contribuem e o que recebem é gigantesca.

Mas ao menos a previdência para os que não são funcionários públicos e nem militares não tem um déficit gigantesco.

Tudo o que você escreveu me fez refletir e cheguei a conclusão: Os inativos estão onde deveriam estar.

Você diz que no caso dos outros ministérios os inativos não são pagos pela pasta, mas não é bem assim, se o ministério do transportes contratar uma empreiteira para construir uma estrada então eles pagam a empreiteira que por sua vez vai separar uma parte para pagar o INSS de seus funcionários, então sim, os outros ministérios também pagam por seus inativos, apesar da relação com eles ser bem mais complicada.

Os militares inativos são parte dos gastos da defesa, na realidade, gastos passados que estamos pagando a conta, mas ainda assim, gastos da defesa, e devem ser considerados quando olhamos para quanto do PIB gastamos com defesa, e quando vemos que a maior parcela dos gastos militares é com inativos então sabemos que há algo muito errado ai, algo que pode ser arrumado! Esconder esse gasto em outro ministério não fará nenhum bem ao país.

E quanto a convencer os políticos e a sociedade, se os políticos querem se enganar fazendo comparações absurdas que mostram que gastamos demais, então, o que podemos fazer? Claro que eu lamento isso, assim como lamento quando aprovam leis que geram impunidade, ou quando desviam fundos federais, ou quando legislam em causa própria, uma das funções do MD é garantir que os políticos continuem em seus cargos (geralmente esses dançam em caso de derrota militar), se os políticos ignoram isso estão cavando a própria cova, quer dizer, são uns idiotas, e acho muito mais prioritário tirar esses idiotas de lá do que fazer alguns truques contábeis para tentar enganá-los.

E quanto a sociedade, você sabe qual é a utilidade do MD?

Leio muito por aqui coisas como "para o cenário sul-americano está bom", não concordo muito com isso, mas tenho certeza de que esse "está bom" custa muito mais do que deveria, como falar em aumento de verbas quando, em um forum de defesa essa frase "para o cenário sul-americano está bom" é tão comum?

E por fim, uma coisa é falar em aumento de verbas quando nossas forças tem o que há de melhor e mais moderno e nossos soldados são a elite do mundo mas não estão em quantidade suficiente, outra coisa é falar em aumento de verbas quando nossas forças estão entre as mais numerosas (e aqui vale uma observação adicional, muito mais numerosas do que eu acho necessário para qualquer cenário) e caras do mundo mas vivem nos anos 60.

Você não acha que antes de falar em aumentar a verba não deveríamos primeiro arrumar a casa? Porque é o que eu acho.
Texto muito sensato, parabéns.

G abraço




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14755 Mensagem por juarez castro » Ter Mar 14, 2017 11:30 pm

Penguin escreveu:
Luís Henrique escreveu: Confesso que as pesquisas sobre isso são COMPLEXAS.

É muita informação. Muitas planilhas. Verbas de todo lado.
Mas pelo que pude apurar, os EUA possuem o Department of Veterans Affairs.
O MoD ou o orçamento da defesa gira em torno de U$ 600 bi e o DVA (pensões) gira em torno de U$ 180 bi.
O Total seria de U$ 780 bi.
No IISS, no SIPRI e na maioria dos lugares a informação divulgada com Military Expenditures gira em torno de U$ 600 bi.
Ou seja, eles IGNORAM o DVA.

Na Austrália, acredito que ocorra o mesmo.
Eles TAMBÉM tem um Department of Veterans Affairs.
Pelo que pude apurar o orçamento está em torno de U$ 10 bi.
Não tenho certeza e estou sem tempo de me aprofundar, mas pelo que entendi o Orçamento de Defesa é de U$ 24 bi + U$ 10 bi.

Nos demais países NÃO pesquisei e nem irei faze-lo. Já tentei mas é demorado e complexo.

Mas entendo que se no orçamento americano (que é o mais fácil de apurar), SIPRI, IISS, etc NÃO colocam tudo, acredito que em muitos casos devam fazer o mesmo.

Quando falamos de PENSÕES a situação fica bastante complexa porque no ramo militar, principalmente nos países da OTAN, existem muitos militares MORTOS EM CONFLITO e muitos militares PARAPLÉGICOS, enfim, com necessidades de cuidados especiais e que são aposentados, digamos por INVALIDEZ.

Portanto, entendo que algumas pensões saem do orçamento da defesa e outras de outros ministérios justamente por esses fatores.
Entendo que um militar que perdeu as pernas poderia continuar recebendo através do orçamento da defesa, seria tipo um SEGURO.
Mas entendo que no Brasil, pelo menos em tempos de PAZ, essas coisas são bem mais raras.
O GROSSO é formado por militares que trabalharam 30 anos ou mais. Em sua maioria são pessoas com IDADE AVANÇADA.
Portanto, acredito que devam receber APOSENTADORIA como todos os demais brasileiros, proveniente da PREVIDÊNCIA SOCIAL.


Sobre comparações entre Brasil e Austrália:

Eu achei sobre orçamento defesa da Austrália de 2015

TOTAL A$ 32,1 bi
INVESTMENT= A$ 9,7 bi
PERSONNEL = A$ 11,7 bi
OPERATING = A$ 10,8 bi

Share of GDP = 1,93%
https://www.aspi.org.au/publications/th ... e-2015.pdf

também achei isso:

A$ 25,986 bi NÃO INCLUI aposentados
http://www.budget.gov.au/2016-17/conten ... bs5-01.htm

Portanto, da para 'entender' que a Austrália gasta A$ 6,114 bi com pessoal INATIVO.

Destrinchando:

9,7 bi investimentos
10,8 bi operações
6,11 bi INATIVOS
5,58 bi Ativos
total 32 bi

EM DÓLARES AMERICANOS

7,27 bi Investimentos
8,10 bi Operações
4,58 bi INATIVOS
4,18 bi Ativos
total 24 bi
Esses números fazem sentido:

19% com inativos
17% com ativos
Ou seja, 36% com pessoal (ativos e inativos)

30% investimentos
34% com custeio


Exatamente, por isto sobra dinheiro para investimento e principalmente para CUSTEIO, aqui, a pirâmide inversa, nós temos inativos e ativos comendo 85 a 90% do orçamento, a matemática é simples, agora observem a dotação das três FAs Australianas e Canadenses(cito-os, e os uso como fonte de comparação, porque eles assim como nós, possuem grande extensão territorial terrestre, grandes costas oceânicas e duas áreas geográficas críticas, o Autback na Austrália e a tundra ártica no Canadá) chega a quase um terço das nossas.
Todos nós que acompanhamos o assunto "defesa" sabemos exatamente o que está errado:

É o tamanho físico delas, inchados, assim como todo o estado Brasileiro, com apaniguados e um corporativismos do tipo: "Não mexe comigo, que eu não mexo contigo".
E para não dizer que não falei de "flores": A RAF tem hoje , se não me engano 25 brigadeiros na ativa, a FAB tem quantos mesmo??? 94 ou 96...a conta é esta, e quem paga , como diria o personagem capitão Nascimento, é "você".

G abraço
Como havia citado, similar aos demais países "anglo saxões": EUA, Canadá e Reino Unido




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14756 Mensagem por Túlio » Qua Mar 15, 2017 2:33 pm

juarez castro escreveu:
Marechal-do-ar escreveu: Para os meros mortais que trabalham na iniciativa privada o desconto é de 11% na folha e a empresa ainda paga 25% do salário total ao INSS, e isso tudo para quando se aposentar receber uma merreca de aposentadoria, no caso dos militares a desproporção entre o que contribuem e o que recebem é gigantesca.

Mas ao menos a previdência para os que não são funcionários públicos e nem militares não tem um déficit gigantesco.

Tudo o que você escreveu me fez refletir e cheguei a conclusão: Os inativos estão onde deveriam estar.

Você diz que no caso dos outros ministérios os inativos não são pagos pela pasta, mas não é bem assim, se o ministério do transportes contratar uma empreiteira para construir uma estrada então eles pagam a empreiteira que por sua vez vai separar uma parte para pagar o INSS de seus funcionários, então sim, os outros ministérios também pagam por seus inativos, apesar da relação com eles ser bem mais complicada.

Os militares inativos são parte dos gastos da defesa, na realidade, gastos passados que estamos pagando a conta, mas ainda assim, gastos da defesa, e devem ser considerados quando olhamos para quanto do PIB gastamos com defesa, e quando vemos que a maior parcela dos gastos militares é com inativos então sabemos que há algo muito errado ai, algo que pode ser arrumado! Esconder esse gasto em outro ministério não fará nenhum bem ao país.

E quanto a convencer os políticos e a sociedade, se os políticos querem se enganar fazendo comparações absurdas que mostram que gastamos demais, então, o que podemos fazer? Claro que eu lamento isso, assim como lamento quando aprovam leis que geram impunidade, ou quando desviam fundos federais, ou quando legislam em causa própria, uma das funções do MD é garantir que os políticos continuem em seus cargos (geralmente esses dançam em caso de derrota militar), se os políticos ignoram isso estão cavando a própria cova, quer dizer, são uns idiotas, e acho muito mais prioritário tirar esses idiotas de lá do que fazer alguns truques contábeis para tentar enganá-los.

E quanto a sociedade, você sabe qual é a utilidade do MD?

Leio muito por aqui coisas como "para o cenário sul-americano está bom", não concordo muito com isso, mas tenho certeza de que esse "está bom" custa muito mais do que deveria, como falar em aumento de verbas quando, em um forum de defesa essa frase "para o cenário sul-americano está bom" é tão comum?

E por fim, uma coisa é falar em aumento de verbas quando nossas forças tem o que há de melhor e mais moderno e nossos soldados são a elite do mundo mas não estão em quantidade suficiente, outra coisa é falar em aumento de verbas quando nossas forças estão entre as mais numerosas (e aqui vale uma observação adicional, muito mais numerosas do que eu acho necessário para qualquer cenário) e caras do mundo mas vivem nos anos 60.

Você não acha que antes de falar em aumentar a verba não deveríamos primeiro arrumar a casa? Porque é o que eu acho.
Texto muito sensato, parabéns.

G abraço

De fato! É hora de se repensar o modelo vigente (quantitativo) e enfatizar o qualitativo. Ou seja, partir de Núcleos de Excelência e, após estarem devidamente completos e muito bem equipados, ir expandindo de acordo com as necessidades. Olhem a MB, quase sem navios e com um efetivo maior do que vários Exércitos do mundo; idem a FAB, com uns cem efetivos para cada avião que possui. Fechando com chave de lata, o EB, com aquele monte de conscritos mal treinados e mal equipados, além de mal pagos (como os demais Militares).

A rigor, para começar isso se teria de extinguir o SMO (o que ia deixar um monte de burocrata estrelado sem razão de existir). Só isso já daria uma baita paulada nos exageros de custeio. Mas vai convencer OG que vai ser necessário (por brabo que seja) considerar como SÉRIA a possibilidade de que o filhão não herde um dia as estrelas... :roll: :roll: :roll: :roll:




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14757 Mensagem por Luís Henrique » Qua Mar 15, 2017 2:35 pm

juarez castro escreveu:
Penguin escreveu: Esses números fazem sentido:

19% com inativos
17% com ativos
Ou seja, 36% com pessoal (ativos e inativos)

30% investimentos
34% com custeio


Exatamente, por isto sobra dinheiro para investimento e principalmente para CUSTEIO, aqui, a pirâmide inversa, nós temos inativos e ativos comendo 85 a 90% do orçamento, a matemática é simples, agora observem a dotação das três FAs Australianas e Canadenses(cito-os, e os uso como fonte de comparação, porque eles assim como nós, possuem grande extensão territorial terrestre, grandes costas oceânicas e duas áreas geográficas críticas, o Autback na Austrália e a tundra ártica no Canadá) chega a quase um terço das nossas.
Todos nós que acompanhamos o assunto "defesa" sabemos exatamente o que está errado:

É o tamanho físico delas, inchados, assim como todo o estado Brasileiro, com apaniguados e um corporativismos do tipo: "Não mexe comigo, que eu não mexo contigo".
E para não dizer que não falei de "flores": A RAF tem hoje , se não me engano 25 brigadeiros na ativa, a FAB tem quantos mesmo??? 94 ou 96...a conta é esta, e quem paga , como diria o personagem capitão Nascimento, é "você".

G abraço
Como havia citado, similar aos demais países "anglo saxões": EUA, Canadá e Reino Unido
O problema é RESOLVER esta questão.

A Austrália investe 36% com pessoal
17% com Ativos e 19% com Inativos

Vamos imaginar que o Brasil reduza o EFETIVO para um número que represente os mesmos 17% do orçamento, como faz a Austrália.
Em 2016 o valor de R$ 22,5 bi para pagamento de pessoal da ativa, em comparação com orçamento total de R$ 82 bi, dava um percentual de 27%.
Para chegar no nível australiano de 17%, o efetivo teria que ser reduzido dos atuais 360 MIL homens para 225 MIL homens nas 3 forças.

Uma redução de 38% no efetivo das 3 forças.

As forças estão assim HOJE:
EB = 222 mil homens
FAB = 72 mil homens
MB = 64 mil homens

E com a redução de 38% ficaria assim:
EB = 140 mil homens
FAB = 45 mil homens
MB = 40 mil homens

EU APOIO ESTA REDUÇÃO

Isso nos daria R$ 8 bi de economia, que caso o orçamento seja MANTIDO, teríamos R$ 8 bi A MAIS para custeio e investimentos...

Mas devemos considerar que com APENAS ESTA mudança, não vamos atingir o mesmo nível dos australianos.

O gasto com pessoal ativo cairia de 27% para 17%.
Mas o gasto com pessoal INATIVO permaneceria MUITO ALTO durante DÉCADAS.
A não ser que se proponha assassinar os aposentados e pensionistas... :roll:
E agora josé?

O pagamento de INATIVOS é de cerca de 47% do orçamento.
Como se reduz isso para o nível de 19% equivalente ao dos australianos???
Isso dependeria de uma REFORMA na previdência dos militares, uma diminuição no número dos ativos e a ESPERA DE MUITOS ANOS.

Tem uma solução:
1) Aumenta o orçamento da defesa para o MESMO NÍVEL dos Australianos, ou seja, 2% do PIB.

Em 2017 nosso orçamento aumentou para R$ 94 bi.
Com 2% do PIB nosso orçamento seria de R$ 140 bi.
Os R$ 38,5 bi para inativos que hoje representa 47% do total passaria a representar 27% do total.

Os R$ 14 bi para o NOVO efetivo REDUZIDO de 225 MIL homens, deixaria de representar 17% e passaria a representar 10%.

Com 37% para pagamento de Ativos e Inativos, AI SIM estaríamos em um nível semelhante aos australianos.
E com a reforma da previdência, a representatividade do pagamento de Inativos iria diminuir a cada ano. A partir de um determinado ponto (de queda), poderíamos até considerar algum aumento no efetivo ou aumento nos salários.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14758 Mensagem por Marechal-do-ar » Qua Mar 15, 2017 3:02 pm

Luís Henrique escreveu:Isso nos daria R$ 8 bi de economia, que caso o orçamento seja MANTIDO, teríamos R$ 8 bi A MAIS para custeio e investimentos...
Um bom começo, daria para tocar muitos projetos.
Luís Henrique escreveu:Mas o gasto com pessoal INATIVO permaneceria MUITO ALTO durante DÉCADAS.
Sim, mas vai reduzir a cada ano até atingir níveis civilizados, e haverá disponibilidade orçamentária futura para financiar programas atuais, por exemplo, o Gripen só será pago daqui a alguns anos, terá que caber nos futuros orçamentos, se uma reforma criar um espaçozinho no orçamento daqui a 5 anos seria possível, talvez, até financiar mais alguns caças.

Mas enfim, se houvesse uma perspectiva real de redução de gastos com inativos haveria muito espaço para planejamento, os problemas não precisam ser resolvidos em um passe de mágica para amanhã (alias, parece que estamos tentando fazer isso a uns 500 anos, sem sucesso), mas é preciso planejar soluções reais.

A propósito, já que você pesquisou tantos números, acho alguma projeção de quanto serão os gastos com inativos daqui a 10 anos? A perspectiva é que fique nos mesmos 47% do orçamento atuais?


Mais uma coisa, acamos de "desativar" nosso único porta-aviões e não temos qualquer perspectiva de comprar outro nos próximos 20 anos, e sou obrigado a usar aspas no desativar porque nos últimos anos ele não estava exatamente ativo, quer dizer, foram uns 40 anos em uma tentativa fracassada de ter um porta-aviões, por esse aspecto, será que esperar 40 anos por uma solução definitiva (e real, não truque contábil) dos gastos com inativos é tanto tempo assim? Embora eu ache que, com bem menos tempo, já sentiremos benefícios pela redução parcial do problema.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14759 Mensagem por osolamaalua » Sex Mar 17, 2017 6:33 pm

Durante a LAAAD que ocorrerá no RJ em abril deverá ser anunciada a concorrência para escolha do grupo internacional que deverá modernizar o arsenal e ainda fornecer 3 CV3 com a cabeça de série montada no exterior com finalização no Brasil e as demais no mesmo molde de montagem feita pelo submarino com cortes de chapas a partir da 3ª unidade. Ideia de ida ao mar do primeiro navio em 2019 e entrega ao setor operativo em 2020.
Não sei mais detalhes. Se alguém souber canta ai. Vou na LAAAD e aviso o que souber.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14760 Mensagem por pmicchi » Sáb Mar 18, 2017 7:30 am

LAAD é aberta ao público?




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