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Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 9:54 am
por binfa
Defesa nacional - Cada vez mais relevante no cenário internacional, o Brasil precisa melhorar de forma realista a sua capacidade de defesa

AS MOVIMENTAÇÕES do governo federal para a compra de equipamentos militares trazem uma questão subjacente, à qual é preciso responder de maneira clara: o Brasil deve reforçar sua capacidade de defesa? A resposta inequívoca é sim. O país, que ganha projeção e candidata-se a assumir mais responsabilidades, precisa reunir condições de enfrentar os desafios inerentes a este papel, num século que já nasceu sob o signo de novos conflitos e riscos geopolíticos.

A palavra-chave a nortear as ações nesse setor é dissuasão. No mundo pós-Guerra Fria, sem superpotências a servir de guarda-chuvas, um país com as dimensões e o potencial econômico do Brasil deve deixar claro que tem capacidade de se defender de determinados tipos de ameaça.

É preciso, de forma planejada e serena, dotar as Forças armadas de recursos para o exercício de sua missão constitucional. Um país que possui 64% da Amazônia, extensa faixa marítima e uma área equivalente à da Europa ocidental não pode prescindir de meios de proteção costeira, de rotas comerciais, fronteiras e campos petrolíferos -agora mais valiosos com as reservas do pré-sal.

Não se trata de postular uma política de defesa extensiva, pesada e custosa, mas de fornecer às Forças armadas acesso a equipamentos modernos, de modo que possam treinar efetivos e multiplicar sua capacidade de atuar com eficiência e agilidade quando requisitadas.

Não é tarefa fácil estimar os gastos militares mundiais. A interpretação dos diferentes orçamentos de cada país faz com que os números variem muito, mesmo entre os institutos mais respeitados que trabalham com o tema, como o sueco Sipri (Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo) e o britânico IISS (Instituto Internacional de Estudos Estratégicos). Há países, como a China e a Rússia, em que a falta de transparência torna difícil um cálculo preciso.

O Brasil tem gastos militares à altura de sua participação na economia mundial. Segundo o anuário do instituto sueco, ocupamos o 12º lugar, pouco atrás da Coreia do Sul e não muito à frente de países como Canadá, Espanha e Austrália.

O problema é que o país gasta mal. Os aviadores, soldados e marinheiros coreanos, canadenses, espanhóis e australianos contam com equipamento em geral bem mais modernos do que seus colegas brasileiros. A título de exemplo, esses países possuem caças superiores aos da FAB, que desde o governo anterior tenta adquirir novas aeronaves de combate. E os aviões de caça são a "ponta de lança" de qualquer aviação militar.

Da mesma forma, parece claro que a Marinha brasileira carece de uma verdadeira frota de submarinos e que o Exército precisa renovar seus veículos blindados.

Os outros países do chamado grupo Bric -Rússia, Índia e China, além do Brasil-, têm todos recursos mais poderosos. A Rússia passou anos sucateada após o final da União Soviética, mas recupera forças. A China tornou-se a segunda potência militar do planeta. A Índia, receosa do vizinho Paquistão, deverá produzir seu próprio submarino a propulsão nuclear antes que o brasileiro saia da prancheta.

O Brasil, felizmente, inscreve-se numa situação regional bem mais tranquila do que a enfrentada pelas nações acima citadas -todas elas, aliás, detentoras de armas nucleares. As relações brasileiras com seus vizinhos podem passar por eventuais divergências, mas têm sido harmoniosas há pelo menos cem anos.

Reconhecer a necessidade de reforçar o poder defensivo do país não significa um convite a aventuras. O Brasil não precisa e não deve estimular corridas armamentistas regionais ou despertar inquietações quanto ao uso de sua energia nuclear.

O Estado brasileiro já tem uma sólida, louvável e reconhecida tradição diplomática voltada para o entendimento e a solução pacífica de conflitos. É justamente para preservar este patrimônio que a defesa nacional, submetida aos devidos controles políticos e constitucionais, adquire papel mais relevante.

Fonte Folha de São Paulo (notimp)

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 9:57 am
por U-27
ao menos um texto que defende o aumento dos investimentos...
porem esqueceram de citar que no nosso gasto militar, entra as contas das pensões e pagamentos...

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 10:12 am
por Franz Luiz
Bom dia

Ufa...Até que enfim a Folha escreve algo mais isento.
E parece que até leu o DB.
Mas quem assinou esta matéria?

Franz Luiz

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 10:33 am
por Bender
Franz Luiz escreveu:Bom dia

Ufa...Até que enfim a Folha escreve algo mais isento.
E parece que até leu o DB.
Mas quem assinou esta matéria?

Franz Luiz
É editorial.

Sempre devemos olhar os editorias da FSP tendo em mente que se trata de um panfleto político paulista,e na maioria das vezes que determinado assunto está sendo tratado de forma chula e baixa e ideológica pelos seus colunistas “independentes na opinião”, ela aparece posando de moderada,cuidadosa e "isenta" nos seus “editoriais”.

Quanto a reconhecer a importância do reequipamento das FAs,vai ver é por quê ela agora acha que os vespucianos ainda tem chances de vencer a disputa dos caças.

Outra possibilidade são os artigos que ela deve ter programando para essa semana,se necessário for, com seus “articulistas independente” ,atacando,esculhambando e levantando suspeitas de toda ordem,então se antecipou em se mostrar racional e correta.

Veredito:Embalagem de peixe.

Sds

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 10:51 am
por orestespf
Começo a perceber um novíssimo movimento consciente sobre o tema defesa surgindo na imprensa brasileira. Falar sobre o assunto, sempre se falou, a novidade está na forma e na drástica mudança de tom, mas de forma extremamente positiva, assim vejo.

O texto da FSP segue o vácuo da matéria da Isto É, não no assunto, não na abordagem, mas no fogo e no tom, além de procurar informar e de forma até imparcial. Peca em um único ponto, que cito abaixo (e que foi negritado pelo amigo Binfa):
O Brasil tem gastos militares à altura de sua participação na economia mundial. Segundo o anuário do instituto sueco, ocupamos o 12º lugar, pouco atrás da Coreia do Sul e não muito à frente de países como Canadá, Espanha e Austrália.
A falta de informação específica, na verdade falta de conhecimento, faz com que se busque "parâmetros", algo rotineiro na imprensa e bem razoável. O problema destes índices e indicadores é não traduzir a verdade, mas apenas apontar tendências. Quando se diz que o Brasil se encontra em 12º lugar em gastos militares (internacional) sugere-se que estamos muito bem e que não é necessário mais investimentos na área. Um grande erro, pois estes "institutos" (sic) avaliam os números apresentados pelos países em seus ministérios da defesa (ou seja qual for o nome adotado em cada nação). Eles não avaliam e revelam o montante de investimentos especificamente na compra e manutenção de seus equipamentos. Por exemplo, é comum países com economias pequenas contabilizar o gasto com pessoal, uma forma de maquiar o quanto não se investe em manutenção e compras, e revelar que os equipamentos não estão sendo mantidos é uma forma de "informar" potenciais inimigos de quão fraco se encontra. Durantes anos o Brasil agiu assim, vários vizinhos continuam usando deste expediente.

Porém não podemos recriminar a imprensa, que ainda está leiga no assunto, mas que se mostra a cada dia uma disposição para reverter este cenário, visto que o mais importante já foi assimilado, que é compreender a importância de se ter Defesa e não apenas comprar equipamentos militares. Um sistema de Defesa não depende apenas dos militares, digamos que eles sejam a ponta de lança, mas depende fortemente da sociedade civil, depende fortemente dos meios de comunicação (aí entra a imprensa inclusive), depende fortemente das universidades, depende fortemente de mobilização (isto ainda nem engatinha, mas pode mudar).

Nenhum país pode dizer que é soberano se viver sob as asas de terceiros, que influi nas escolhas dos equipamentos, impõe doutrina e até toma decisões. Durante anos se confundiu soberania com auto-suficiência econômica, esta fase praticamente chegou e veio na garupa a auto-suficiência energética (talvez o único país do Planeta que tenha conseguido). Um país que tem estes fundamentos assentados e com enorme potencial de crescimento oriundos de suas riquezas naturais, tem amplo espaço de crescimento (em todos os sentidos) no cenário internacional. A consciência sobre isso já foi assimilada, em seguida veio a óbvia pergunta: não devemos proteger tamanho patrimônio? A resposta afirmativa surge com as "revolucionárias" formas da imprensa brasileira apresentar seus textos recentemente.

Não se trata de polarizar as discussões entre militares e civis, trata-se de atenuar o ranço do passado e que já não existe na mente dos jovens adultos deste país. Não se trata de conveniência e parcimônia, mas sim de consciência e de dar os créditos devidos à Nação, que durante anos amargou pela incompetência e descaso das mais variadas autoridades responsáveis. Espero que realmente tudo isso seja um contínuo e não exceções esporádicas.

A imprensa deveria se envolver mais, não apenas dando suas opiniões, não apenas conscientizando, mas participando ativamente do processo, mostrando prós e contras na escolha dos equipamentos, questionando se os equipamentos são ou não suficientes para defender o país, analisar as potenciais ameaças, regionais ou não, analisar o contexto do Brasil em cenários extra-fronteiriços, divulgar de forma mais clara possível o que se faz no país em termos de equipamentos de ponta e o que poderá conseguir com os recentes acordos e compras, entra no mérito de acordos de ordem política e geo-política que influenciam fortemente a escolha de equipamentos bélicos, e se for necessário, denunciar erros e abusos, mas digo, denúncia e não denuncismos, estes corroem o País e não apenas pessoas.

Então, espero que tudo isso seja realmente um novo rumo, nova tendência. Só espero não estar sendo muito romântico ao devanear em minhas utopias.

Orestes

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 10:52 am
por Juliano_ssa
Os caças de Jobim.

Escrito por Defesa Brasil
Sáb, 08 de Agosto de 2009 13:31

A escolha do ministro da Defesa vai definir o futuro da indústria bélica nacional.
Claudio Dantas Sequeira

Após 15 anos de negociações frustradas, batalhas de lobbies das maiores potências bélicas do planeta e uma sequência interminável de testes e avaliações técnicas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, finalmente terá em mãos até o final da próxima semana o relatório completo para escolher quais serão os novos aviões superssônicos da Força Aérea Brasileira (FAB). Trata-se de um documento com mais de mil páginas com a análise completa das ofertas finais feitas pelos americanos da Boeing, que oferecem o F-18 Super Hornet; pelos franceses da Dassault, que produzem o Rafale; e pelos suecos da Saab, que concorrem com o Gripen NG. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende anunciar a escolha no dia 7 de setembro. Trata-se de uma decisão com perspectivas de longo prazo e efeitos na concepção estratégica da segurança nacional e no desenvolvimento tecnológico do País. Como tem alertado o ministro Jobim, a transferência tecnológica obtida com a compra dos aviões deve assegurar uma retomada da indústria bélica nacional, na tentativa de alçar o Brasil aos líderes mundiais do setor num prazo de três décadas.

Na semana passada, americanos, franceses e suecos entregaram à FAB a chamada “Best and Final Offer”, a melhor e última oferta, com a qual tiveram chance de melhorar suas propostas iniciais. A Dassault reduziu o preço do Rafale de 70 milhões de euros para 50 milhões de euros, se aproximando dos demais finalistas, o F-18 (US$ 55 milhões) e o Gripen (US$ 50 milhões).

A Boeing ampliou o pacote de compensações comerciais, industriais e tecnológicas. Os americanos propõem parceria com 45 empresas, enquanto os franceses visam à cooperação com 38 companhias ou entidades brasileiras. Na análise comparativa feita pela FAB, as três aeronaves se destacaram de diferentes maneiras, ficando F-18 e Rafale tecnicamente empatados. Equipado com componentes de quinta geração e armamentos de ponta, o caça francês saiu vitorioso no quesito tecnológico. O Super Hornet venceu na logística, pois suas peças e seus armamentos são mais baratos e fáceis de ser encontrados. O Gripen NG, por sua vez, ainda é um protótipo, o que colocou o avião sueco como preferido da FAB para o desenvolvimento do projeto desde sua fase inicial. Mas, para a cúpula da Defesa, não ter o aparelho completamente operacional é um problema. Assim como o fato de o Gripen NG apresentar diversos componentes de fabricação americana, portanto suscetível a embargo para a transferência tecnológica.

Com a balança pendendo para os franceses, o governo de Barack Obama lançou uma ofensiva para tentar reverter o jogo em prol do F-18. Na quarta-feira 29, desembarcou em Brasília o chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, general Douglas Fraser, que esteve com representantes do Ministério da Defesa e das três Forças. Na terça-feira 4, foi a vez de o próprio conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, general James Jones, cumprir a liturgia de encontros a portas fechadas, primeiro com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e depois com Jobim.

“O presidente Obama quer que esse relacionamento cresça entre nossos países”, afirmou Jones. Nos encontros, o general americano ressaltou a necessidade de aprofundar a parceria militar bilateral. Ele entregou ao chanceler Celso Amorim uma carta em que a secretária de Estado, Hillary Clinton, garante que haverá total transferência de tecnologia ao Brasil (leia abaixo). As palavras foram reiteradas pela subsecretária de Controle de Armamento, Ellen Tauscher, que integrou a comitiva. “Trata-se de uma oferta sem precedentes.” Ela esteve acompanhada do subsecretário de Estado de Defesa, Aquisição e Tecnologia, Ashton Carter. O problema é que, em termos de equipamentos de defesa, a lei americana não permite a transferência tecnológica a não ser que haja aval do Congresso. E isso vale mesmo que autoridades do Executivo prometam o contrário. Ao saber disso, o chanceler Celso Amorim ponderou sobre o embargo imposto pelos EUA à venda dos Super Tucanos da Embraer para a Venezuela em 2006, exatamente porque o avião brasileiro possui equipamentos fabricados nos EUA.

O relatório da FAB, embora seja conclusivo, não tem caráter decisório. Caberá a Lula e a Jobim a palavra final e escolher o Dia da Independência para o anúncio do caça escolhido pode indicar que de fato o Brasil está caminhando no sentido de adquirir conhecimento para fabricar suas próprias defesas.
Promessas De Última Hora

“Como você sabe, o Departamento de Estado é responsável por autorizar a venda e a exportação de artigos e serviços de defesa dos Estados Unidos. O Departamento de Estado examinou detalhadamente a proposta da Marinha dos Estados Unidos e apoia completamente a transferência de toda informação relevante e toda tecnologia necessária em apoio a essa proposta de venda. Além disso, acreditamos que a oferta da Marinha dos Estados Unidos preenche, e em muitas áreas excede, todos os requisitos técnicos da Força Aérea Brasileira. A Marinha dos Estados Unidos está oferecendo tecnologias e capacidades provadas em combate que, em outras partes da indústria da aviação internacional, estão ainda apenas nos estágios conceituais"

Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA, em carta entregue a Celso Amorim.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 11:41 am
por Bender
orestespf escreveu:Começo a perceber um novíssimo movimento consciente sobre o tema defesa surgindo na imprensa brasileira. Falar sobre o assunto, sempre se falou, a novidade está na forma e na drástica mudança de tom, mas de forma extremamente positiva, assim vejo.

Não se trata de polarizar as discussões entre militares e civis, trata-se de atenuar o ranço do passado e que já não existe na mente dos jovens adultos deste país. Não se trata de conveniência e parcimônia, mas sim de consciência e de dar os créditos devidos à Nação, que durante anos amargou pela incompetência e descaso das mais variadas autoridades responsáveis. Espero que realmente tudo isso seja um contínuo e não exceções esporádicas.

A imprensa deveria se envolver mais, não apenas dando suas opiniões, não apenas conscientizando, mas participando ativamente do processo, mostrando prós e contras na escolha dos equipamentos, questionando se os equipamentos são ou não suficientes para defender o país, analisar as potenciais ameaças, regionais ou não, analisar o contexto do Brasil em cenários extra-fronteiriços, divulgar de forma mais clara possível o que se faz no país em termos de equipamentos de ponta e o que poderá conseguir com os recentes acordos e compras, entra no mérito de acordos de ordem política e geo-política que influenciam fortemente a escolha de equipamentos bélicos, e se for necessário, denunciar erros e abusos, mas digo, denúncia e não denuncismos, estes corroem o País e não apenas pessoas.

Então, espero que tudo isso seja realmente um novo rumo, nova tendência. Só espero não estar sendo muito romântico ao devanear em minhas utopias.

Orestes
Bom Domingo de dia dos pais Orestes,e a todos os companheiros que lerem! :D

Se me permite professor, vou tecer alguns comentários curtos, parece óbvio para aqueles que olham o país nesse contexto amplo que você cita corretamente,que a questão da defesa e preparo das FAs é fundamental para soberania futura da nação.

Mas o “obvio” das atitudes e posicionamentos da imprensa de sempre(com uma ou duas exceções ) é tratar o tema ideologicamente,partidariamente,com revanchismo carcomido e interesses que nem sequer raspam,nos mais nobres que você coloca.

Que não possuem profissionais a altura para o tratamento de alto nível que o tema merece, isso também é “obvio”,mas não pode ser desculpa,em uma imprensa que chama até o pasteleiro da feira pra emitir opiniões em suas páginas.

Profissionais, professores, especialistas, ex-militares com conhecimento e opiniões relevantes para serem dadas sobre o tema, existem muitos no Brasil, pouquíssimas vezes são chamados a fazê-lo,pois os interesses políticos rasteiros dessas empresas “jornalísticas” se sobrepõe aos interesse maiores da nação,a necessidade de formar opiniões que dêem suporte as suas “intenções” nem sempre ocultas,os levam a ignorar o tratamento e informações corretas que o tema merece,em função da divulgação de idéias e pensamentos que interessam a seus objetivos políticos e ideológicos.

Mas não posso deixar de ignorar, que quando agentes externos demonstram abertamente a arrogância e a ganância inerentes a sua posição no mundo,até os que costumam se calar e chamar de paranóicos os que vivem levantando a questão da segurança nacional,se vêem em uma posição desconfortável, e tem que admitir mesmo que a contra gosto,que é necessário que algo se faça para que se preserve a integridade nacional futura,talvez seja o caso.

Que seria do mundo sem o romantismo, mas acho que devemos direcionar essa qualidade tão pouco demonstrada por nós homens, para nossas companheiras que as apreciam e nos cobram pela falta dessa qualidade no dia a dia. :mrgreen:

Essa imprensa safada,que age jogando pedras nas FAs e nas questões de defesa a cinqüenta anos, não merece que sejamos condescendentes nem românticos, só por poucas palavras somente corretas,tem muito o que dizer e fazer para que mudem a sua imagem.

Abraços!

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 12:11 pm
por orestespf
Bender escreveu: Bom Domingo de dia dos pais Orestes,e a todos os companheiros que lerem! :D

Se me permite professor, vou tecer alguns comentários curtos, parece óbvio para aqueles que olham o país nesse contexto amplo que você cita corretamente,que a questão da defesa e preparo das FAs é fundamental para soberania futura da nação.

Mas o “obvio” das atitudes e posicionamentos da imprensa de sempre(com uma ou duas exceções ) é tratar o tema ideologicamente,partidariamente,com revanchismo carcomido e interesses que nem sequer raspam,nos mais nobres que você coloca.

Que não possuem profissionais a altura para o tratamento de alto nível que o tema merece, isso também é “obvio”,mas não pode ser desculpa,em uma imprensa que chama até o pasteleiro da feira pra emitir opiniões em suas páginas.

Profissionais, professores, especialistas, ex-militares com conhecimento e opiniões relevantes para serem dadas sobre o tema, existem muitos no Brasil, pouquíssimas vezes são chamados a fazê-lo,pois os interesses políticos rasteiros dessas empresas “jornalísticas” se sobrepõe aos interesse maiores da nação,a necessidade de formar opiniões que dêem suporte as suas “intenções” nem sempre ocultas,os levam a ignorar o tratamento e informações corretas que o tema merece,em função da divulgação de idéias e pensamentos que interessam a seus objetivos políticos e ideológicos.

Mas não posso deixar de ignorar, que quando agentes externos demonstram abertamente a arrogância e a ganância inerentes a sua posição no mundo,até os que costumam se calar e chamar de paranóicos os que vivem levantando a questão da segurança nacional,se vêem em uma posição desconfortável, e tem que admitir mesmo que a contra gosto,que é necessário que algo se faça para que se preserve a integridade nacional futura,talvez seja o caso.

Que seria do mundo sem o romantismo, mas acho que devemos direcionar essa qualidade tão pouco demonstrada por nós homens, para nossas companheiras que as apreciam e nos cobram pela falta dessa qualidade no dia a dia. :mrgreen:

Essa imprensa safada,que age jogando pedras nas FAs e nas questões de defesa a cinqüenta anos, não merece que sejamos condescendentes nem românticos, só por poucas palavras somente corretas,tem muito o que dizer e fazer para que mudem a sua imagem.

Abraços!
Obrigado pelo cumprimento, Bender, faço de suas as minhas palavras, extensível a todos!

Concordo com você, totalmente, porém "quero acreditar" (intermediário entre ingênuo e cético. rsrs) que a imprensa está tentando mudar no que diz respeito ao assunto defesa e segurança. Duas matérias é muito pouco, mas pode sinalizar algo positivo. Um editorial tem um peso muito superior a qualquer matéria que seja. E claro, estou convencido que teremos matérias distorcidas e tentando explorar outros fatos, inclusive dizendo besteiras intencionalmente por aí.

Não desejo matérias e editoriais agindo como vaquinhas de presépio e sendo conivente com nada, inclusive sou um crítico da forma de agir de uma revista especializada, que criou novas FFAA para o Brasil, totalmente diferente do que a prática mostra, totalmente diferente daquelas que conheço. Isto também não é bom, é enganar.

Abordar o assunto de maneira correta e tocar em pontos sensíveis não é sinônimo de "fazer média" e tampar sol com peneira, é ser crítico, abordar o assunto, apontar problemas, colocar a sociedade para debater o tema e até mesmo cobrar de quem é de direito.

Hoje temos três modelos de matérias que aparecem na mídia: o puxasaquismo, o denuncismo e as matérias pobres em conteúdo e com estes distorcidos. A matéria recente da Isto É e o editorial da FSP muda totalmente isso, não se enquadrando nas três "classificações" que mencionei. Isto demonstra que é possível falar sobre o assunto de maneira correta, elevar o nível do debate para questões de soberania do País e desvincular o tema de governos em geral.

Política de Estado é muito diferente de política de governo. Isto é óbvio (acho), mas as pessoas confundem os conceitos na prática, visto que quem implementa uma política de Estado é um dado governo. O maior problema que vejo sobre tais coisas é que não existe nenhum envolvimento do Legislativo até agora, o que se vê é o mesmo de sempre, uns gatos pingados se interessando sobre o assunto, dando opiniões estapafúrdias sobre algo que claramente não sabe do que se trata (algo "normal" por estas bandas). Isto se traduz como falta de assessores mais competentes (sobre o assunto) neste meio. A melhor forma de reverter isto, pelo menos em parte, é a imprensa fazer seu papel, promover o debate e "encher os olhos" dos políticos de forma tal que estes possam se envolver mais e melhorar o assessoramento. Só que durante algumas décadas o assunto defesa foi confundido com média com os militares, um tabu e que todos faziam de tudo para fugir, no máximo conversando sobre o assunto nos bastidores da vida.

Em um país onde os políticos só se interessam por um tema quando a imprensa o promove, se faz necessário introduzir o assunto por estas vias. Se a imprensa foge desta responsabilidade, fica muito difícil pedir envolvimento dos políticos e da sociedade, deixando que cada governo faça o que quiser, aumentando assim as chances de erros (sejam por ideologias, por incompetência, por descaso, por que for).

Assim sendo, nós leitores e entusiastas destes assuntos, devemos criticar (e muito) a má imprensa, as más matérias, os erros e distorções introduzidos, etc., porém não podemos deixar de elogiar profissionais e veículos quando acertam. Até porque eles mesmos não sabem quando acertam ou erram, tudo é muito novo neste segmento, precisam de um termômetro. Além disso, sabemos que vários profissionais populam o DB, ficam corujando, mas está aí. Desta forma, entendo, que nada mais justo do que elogiar o certo, nem que seja por esta via (fórum), pois algum retorno eles têm. Isto deve ser interpretado como uma espécie de contribuição e não tentativa de impor vontades e desejos, até porque estou convencidos que eles compreendem bem tais coisas.


Abração,

Orestes

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 12:22 pm
por gaitero
Falando em imprensa, gostaria de informar que a partir de segunda, no jornal da Record, será feita uma matéria nos mesmos moldes da guerra dos caças, mostrando a atual situação das forças armadas brasileiras, na Amazônia, no Fundo do Mar com o S-30, no ar com os aviões de transorte e tudo mais. Vale a pena conferir, 5 minutinhos por dia, mas que valem muito. Pelo menos já é o começo.... :wink:

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 1:35 pm
por rafa_rop
Subs franceses e caças americanos? Não ficamos tão dependentes de apenas um fornecedor... será?

[]'s

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 3:29 pm
por PRick
Depois de ler tudo que postaram e "noticiaram", creio que o vencedor do FX-2 será anunciado dia 07 de setembro, tudo leva crer que seria a data ideal. A despeito da presença do Sarkozy. Ainda mais que tudo deverá ser coincidente mesmo.

E não vejo qualquer constragimento do anúncio de outro vencedor(para quem acredita nisso :twisted: :twisted: ), só não precisa ser feito na presença do Sarkozy, se for anunciado separado, não tem problema, ainda mais dado os contratos que assinaremos com a França.

[]´s

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 6:52 pm
por Asteróide
PRick continuo apostando no Dassault Rafale, e você apostaria em qual para levar o F-X2?

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 7:07 pm
por Bolovo
Leonardo Besteiro escreveu:PRick continuo apostando no Dassault Rafale, e você apostaria em qual para levar o F-X2?
Ha ha ha! Você só pode estar brincando comigo?! O que acha que ele irá responder?!?! [003]

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 7:10 pm
por Bender
Bolovo escreveu:
Leonardo Besteiro escreveu:PRick continuo apostando no Dassault Rafale, e você apostaria em qual para levar o F-X2?
Ha ha ha! Você só pode estar brincando comigo?! O que acha que ele irá responder?!?! [003]
Leonardo,eu estou tentado a colocar o seu post lá nos imortais :mrgreen: :mrgreen:

Sds

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Ago 09, 2009 7:13 pm
por Asteróide
Ué gente deixa o cara responder, derrepente ele dá uma opinião diferente da que vocês estão imaginando.