Re: Aviação do Exército
Enviado: Sáb Nov 24, 2012 7:23 pm
Capa da última edição da Revista Força Aérea.
credito: Leonard Lo / Revista Força Aérea
Talvez, aquilo que um militar fala, publicamente, para uma "revista de grande circulação", não seja, exatamente, aquilo que ele fala, na privacidade do quartel, entre os companheiros de armas, e longe dos olhos e ouvidos dos superiores hierárquicos. Sejam estes últimos militares ou civis...sarto escreveu:MUITO ESTRANHO!! Tem uma reportagem extensa em uma revista de grande circulação sobre o 1º BAVEX, que rasga pesados elogios a aeronave EC 725 CARACAL,inclusive salientando que o EB encontra-se em outro patamar com essa aeronave,positivamente é claro.Eu fico sem entender...
abs.Valentim escreveu:Bom sobrar Helis eu não acredito, pq hoje eles estão faltando em todas as unidades, pelo menos em condições de vôo, nossa disponibilidade operacional é muito baixa, em torno de no máx 50%.
Esta baixa disponibilidade se deve mais ao fato da ausência onipresente de recursos suficientes de parte do EB para a manutenção/operação e investimento na infraestrutura humana e logística da frota de helos do Avex, ou porque os modelos operados são realmente ruins para as missões a que se destinam?
Com relacão a aumento operacional em razão da adoção do EC725, eu não acredito que vá ocorrer, a a aeronave está se mostrando um péssimo negócio para seus operadores na Avex; pilotos e mecânicos reclamam dela, que tudo indica não está adaptada a nossa operação e logística que até agora não foi tbm adaptada a suas particularidades.
Em sete meses de operação, não seria esta a questão fulcral para o aparente desentendimento entre pilotos e mecânicos e o EC-725: um bom e lógico planejamento logístico e de gestão de ambas as partes, tanto da Eurocopter, na integração do helo ao EB, quanto deste no que compete a criação das condições materiais e humanas para a plena operação daquele helicóptero? Custo a crer que um piloto/mecânico tenha tantas queixas em relação a este helo, que aparentemente, tem tido bastante sucesso comercial junto a outras forças militares. Não estaria faltando alguns ajustes entre os interesses das partes envolvidas quanto a melhor inserção do helo na força a fim de que se possa tirar dele o melhor? Tais deficiências já foram arguidas junto ao MD, no sentido de se encaminhar soluções, ou as demais forças tem tido as mesmas dificuldades com os seus? Enfim, se está ruim para um, pela lógica está ruim então para todo mundo. Mas até o presente momento não se tem notícias de reclamações, ao menos a boca pequena, ou mesmo oficiais, sobre o desempenho do helo na MB e FAB.
Não adianta nada sair comprando aeronaves, se a estrutura logistica, de pessoal e treinamento não vem tbm sendo incrementada e aumentada para absorver o esforço que a aeronave vai exigir, e olha que aeronaves francesas adoram ficar em solo aguardando manutenção e peças de reposição, na minha opinião, o custo operacional de aeronaves civis francesas, como panther, Super Puma e agora o caracal, são impeditivos para operação na Avex.
tal questão não seria em função justamente da falta de um melhor planejamento e visão organizacional do EB em relação à Avex, e principalmente, penso, de orçamentos mais e melhor adequados a operação destes helos na força? Presumo que nenhuma força de helos de nenhum exercito no mundo, sobrevive operacionalmente a constate e insistente falta de verba, como é de praxe não só na Avex, como de resto, é tradicional seja no 8o Gav da FAB, como na aviação naval da MB.
Com o valor de um caracal daria para comprar 3 BH...
Quanto custa cada Caracal para o EB? Qual o preço base sairia um UH-60M ao EB?
...e aeronave cumpre melhor as missões tanto HA-1, HM-1 e HM-3. E tem ao meu ver uma mnt mais simples que esse dois ultimos, só nos carece de uma estrutura logistica adaptada a ela, mas que poderia ser exigida, caso fizésse-mos uma compra de monta, como vem sendo feito a mais de 20 anos com os franceses e suas aeronaves civis.
Não podemos esquecer tbm o Mi-17 que o helicoptero de emprego geral mais utilizado no mundo.
Gostaria muito da idéia de ver o Mi-17 na Avex, que creio, com o valor de um único BH poderia-se comprar 2/3 Hip, bem equipados. Ou talvez 6/9 undes do mesmo com o valor de um Caracal, segundo sua lógica.
Mas, qual as funções e vantagens de um Mi-17 nos Btls da Avex, caso fizesse uma dupla com os BH? Alhures a este hipótese, não seria interessante a adoção do Mi-38 no lugar dos Hip, quando estes entrarem em operação, já que poderiam fazer, por suas capacidades e qualidades, a função tanto de helo médio, como pesado na Avex, compensando a indecisão nacional pela compra ou não de helos pesados de origem?
Os dois. Uma aeronave militar deve ser robusta e de manutenção simples, nenhuma aeronave Eurocopter operada pelo EB apresenta as duas caracteristica juntas, até pq são projetos para aviação civil e portanto não foram projetadas para operação militar e sua homologação aeronáutica civil, as obriga a terem um infinito numeros de sistemas de proteção, duplicidade e redundância de alarmes e equipamentos que encarecem o produto, tornam complexa e cara a operação e manutenção. O Esquilo sempre teve boa aceitação por ser uma aeronave de semples manutenção e baixo custo de operação.FCarvalho escreveu: Esta baixa disponibilidade se deve mais ao fato da ausência onipresente de recursos suficientes de parte do EB para a manutenção/operação e investimento na infraestrutura humana e logística da frota de helos do Avex, ou porque os modelos operados são realmente ruins para as missões a que se destinam?
Sua pergunta tem um fundo de descrença quanto a verdade que existe na avex, quanto a isso não vou responder, até pq o planejamento que vc cita deveria passar pela aprovação do operador antes da aquisição e isso não ocorreu, foi uma jogada irresponsável do governo anterior e pq não dizer atual.FCarvalho escreveu: Em sete meses de operação, não seria esta a questão fulcral para o aparente desentendimento entre pilotos e mecânicos e o EC-725: um bom e lógico planejamento logístico e de gestão de ambas as partes, tanto da Eurocopter, na integração do helo ao EB, quanto deste no que compete a criação das condições materiais e humanas para a plena operação daquele helicóptero? Custo a crer que um piloto/mecânico tenha tantas queixas em relação a este helo, que aparentemente, tem tido bastante sucesso comercial junto a outras forças militares. Não estaria faltando alguns ajustes entre os interesses das partes envolvidas quanto a melhor inserção do helo na força a fim de que se possa tirar dele o melhor? Tais deficiências já foram arguidas junto ao MD, no sentido de se encaminhar soluções, ou as demais forças tem tido as mesmas dificuldades com os seus? Enfim, se está ruim para um, pela lógica está ruim então para todo mundo. Mas até o presente momento não se tem notícias de reclamações, ao menos a boca pequena, ou mesmo oficiais, sobre o desempenho do helo na MB e FAB?
É bem baratinho 42 Milhões de Euros.FCarvalho escreveu:Quanto custa cada Caracal para o EB? Qual o preço base sairia um UH-60M ao EB?
As funções e vantagem de um Mi-17 na avex, seria ter uma aeronave do mesmo porte de um Super Puma, porem mais rustico, confiavel e de custo de aquisição e operacional muito mais baixo. Por sí só isso se justifica.FCarvalho escreveu:...Mas, qual as funções e vantagens de um Mi-17 nos Btls da Avex, caso fizesse uma dupla com os BH? ...
Valew...BrasilPotência escreveu:Muito boa as fotos Sávio.
osolamaalua escreveu:Quanto a situação da fabricação dos helis no Brasil.
Atualmente a política de Defesa no Brasil, toma os rumos que a política americana já adota a muitos anos (não falo em quantidade de dinheiro) e sim em necessidade de projetos.
Hoje para se pedir um equipamento novo, vou dar um exemplo: Um canhão no para artilharia. O EB deve encaixa-lo num dos grandes projetos da força, calcular todos os custos de implantaçao e vida útil e por fim elencar todos os por ques os políticos perguntariam. (inclua-se o por que precisa, o que ele faz e qual a vantagem para o "país', diga-se vantagem politica) ai ele entrará em uma ordem de prioridade.
E assim foi com o EC725. Existia a necessidade da FAB de ter um heli para substituir e complementar os Super PUMA, para o lugar do H-1H são os Black, também tinha-se a vontade de ter um heli com Revo para Salvamento a longa distancia.
A Marinha queria um heli para operar o Exocet que com o S-70 não rola.
E o EB queria mais Helis maiores.
Por conjecturas políticas apareceu a oportunidade do EC-725. E o gerenciamento de especificação foi da FAB por ter mais experiência na área. O EB expecificou o que quis, a MB também e FAB também. Ai se observou que o valor final ia ficar bem acima do valor do projeto original e iam cancelar se mantivesse assim. Para não se perder se fez uma configuração meio a meio para cada Força e a principio, não sei se confirmou o valor dos helis da Presidencia sairiam do projeto e seriam adquiridos com verba especifica da presidência. Então o EB não pode reclamar muito do heli isso ou aquilo, foi a configuração que eles pediram.
O heli realmente mostrou algumas situações inusitadas, mas acredito que aos poucos vão se resolver. Todos sabemos que o Black é um heli militar por excelencia. Mas algumas missões ficam melhor para EC725. Então tem espaço para os dois. Quanto forem entregues os helis "especiais" ai vai todo mundo vir no fórum elogiar, igual estão fazendo com o P-3 que um monte meteu o pau sem conhecer e agora veem que funciona (imagina quanto tiver com o Harpoon).
Infelizmente o cenário político no Brasil é este, cabe as FFAA se adequarem e conseguirem apresentar seus projetos que gerem ganhos políticos (em parte até concordo, pois antigamente muita coisa ficava no quartel e nunca era usada). Então aos poucos está se enxergando isso, e as brechas para isto existem.
Quanto ao outros helis do EB foram por oras conjunturas políticas e por outros motivos os que se tem hoje. Todos sabem que o Pantera tem restrições como heli operacional, mas para algumas missões ele atende. E o EB tem uma dificuldade de mudança de doutrina por causa do seu tamanho.
Quanto aos helicópteros russos, alguém já operou com algum militar da Colombia, Venezuela para saber como é. São helis realmente projetados para a guerra, agora sua disponibilidade, a dificuldade de peças e até aprendizado, sugerem que em tempos de orçamentos curtos, não se pode aventurar tanto por ai. Então analisando pelo aspecto operacional e de logística não vejo espaço para muita coisa russa nas FFAA em curto prazo. Acredito sim que o EB queira ou não ainda possa vir a ter o MI35. Que é um ganho de qualquer forma. Mas não vejo o MI17 ou KA52 ou qualquer coisa do genero voando a curto prazo por aqui.
Por favor não me batam, mas hoje são aspectos faceis de analisar com o que temos lido na imprenssa nos últimos anos.
Tendo como notório exemplo o alto comando da FAB se rasgando de elogios acerca das velharias de museu que são os M2000 de Anápolis e os elogiando como se fôssem F-16 Block 60.Clermont escreveu:Talvez, aquilo que um militar fala, publicamente, para uma "revista de grande circulação", não seja, exatamente, aquilo que ele fala, na privacidade do quartel, entre os companheiros de armas, e longe dos olhos e ouvidos dos superiores hierárquicos. Sejam estes últimos militares ou civis...sarto escreveu:MUITO ESTRANHO!! Tem uma reportagem extensa em uma revista de grande circulação sobre o 1º BAVEX, que rasga pesados elogios a aeronave EC 725 CARACAL,inclusive salientando que o EB encontra-se em outro patamar com essa aeronave,positivamente é claro.Eu fico sem entender...