juarez castro escreveu:FCarvalho escreveu:Não tem como mais manter as T-22 e as Niterói por muito tempo. Os custos estão explodindo e a logística implodindo...
É provável que uma das Niterói vire panela ainda no final do ano, a candidata é a própria Niterói, acompanhada de mais um ou dois caça minas, e mais alguns navios fluviais. Em 2018 devem sair uma segunda Niterói e uma das T 22. O Matoso Maia está em "análise".
Corveta Tamandaré, um projeto que eu particularmente acho ruim , limitado e quando estiver pronta a primeira vai estar obsoleta, se sair evidentemente não sairão a tempo de cobrir o gap de baixas, e a MB vai ter que ser valer caso queira manter um mínimo de capacidade operacional e de adestramento, de compras de oportunidade de navios escolta usados.
G abraço
Olá Juarez,
Eu tenho cá para mim hoje que a MB tem de ser pragmática, e oferecer o máximo de soluções que contem com a participação da industrial naval nacional e da BID. Temos tantos buracos para resolver na esquadra que por qualquer lugar que resolvermos começar, a solução terá de ser encarada no longo prazo. Escala é um problema que não temos, já recursos(vontade
) para investir...
Ainda vou ver se consigo colocar neste tópico uma análise simples que fiz sobre o cronograma de construção, a necessidade e a viabilidade de um segundo lote de 4 CV-3 a partir de 2025, que a bem da verdade, é o que temos hoje como opção mais urgente, no sentido de tapar, parcialmente, os espaços que estão aparecendo em função da derrocada geral da esquadra. Neste sentido, como coloquei acima, seria no mínimo interessante a MB observar a possibilidade de uma Niterói Bach II. Dominamos o projeto completo, temos todos os desenhos e com alguma ajuda externa, como no caso da CV-3, entendo que seria possível dar a esta classe uma nova vida. 10 navios divididos em 2 ou 3 lotes já seria suficiente junto com 8 CV-3.
Em um planejamento de médio/longo prazo, poderíamos determinar um índice de nacionalização mínimo dos sistemas e obter aos poucos a expertise necessária para desenvolver o que ainda não temos e/ou fazemos, de forma a capacitar ao longo do processo a BID/industria naval dentro da nossa realidade tecnológica.
Se a MB quer mesmo reverter de alguma forma o atual quadro degenerativo pelo que passa, tem os vetores e a demanda necessária para isso. E este e os próximos governos terão de arrumar vetores de investimento que possibilitem fazer a economia retomar os seus patamares anteriores. A industria naval - civil e militar - congregam uma miríade de empresas dos mais diferenciados setores em seus processos produtivos, além de empregar mão de obra em peso e ajudar no desenvolvimento de diversas áreas correlatas a si. Se conseguirmos ter os pés no chão e colocar na mesa os projetos que temos no CPN e previstos na versão anterior do PEAMB, e sabendo com quem conversar no congresso, as coisas podem começar a mudar aos poucos.
Ano que vem tem eleições. E todo mundo vai estar a cata de apoio e de votos. Podemos ter uma oportunidade boa nesse meio tempo para colocar se não o PEAMB ideial, mas o possível, e baseado em plataformas nacionais nos próximos 10/20 anos.
Aliás, uma coisa que a MB e as demais forças deveriam aprender e colocar em prática de vez é: fazer planos de no máximo 10 anos. Governos, e governantes, no Brasil tendem a se importar apenas e tão somente com o tempo de seu mandato. E neste tempo, eles se ocuparão de tudo que for do seu interesse a fim de se prolongar, e quiçá, se perpetuar no poder. Planos de longo prazo são muito importantes e necessários do ponto de vista do planejamento de Estado. Mas Estado é uma coisa para a qual nunca se deu mesmo valor por aqui.
Na verdade, as vezes eu penso que nem chegamos a saber o que é isso no Brasil.
Se é que um dia fomos um Estado de verdade.
abs.