Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.
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knigh7
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#14566
Mensagem
por knigh7 » Qua Fev 15, 2017 10:26 pm
LeandroGCard escreveu:Lord Nauta escreveu:Para aqueles que criticam ou não entendem a importância das CV 03 Eu afirmo que a realização deste projeto e que permitira a MB a ter no futuro os navios que todos nos almejamos para a defesa de nosso país. E fundamental para a construção naval militar do Brasil que haja projetos e construção de nossos próprios navios.
Sds
Lord Nauta
Leandro G. Card
O que me preocupa Leandro, é a restrição para atividades antissubmarina de um navio de deslocamento da Tamandaré tem. Observe que a Classe Incheon-que tem 20% a mais de deslocamento que o projetado para a Tamandaré- seus sensores a habilitam realizar capacidade ASW até estado de mar 4. Aqui no Atlântico Sul, o mar é grosso.
E o que fazer para contornar esse problema, Leandro? Pois apenas depender do sonar do heli orgânico-que será apenas 1 por corveta- em situações de mar a partir de estado 5 é insuficiente.
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knigh7
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#14567
Mensagem
por knigh7 » Qua Fev 15, 2017 11:05 pm
Lord Nauta escreveu:Prezados Colegas
Aproveito nosso fórum para apresentar algumas características das corvetas classe Tamandaré.
O projeto da classe recebeu as seguintes indicações de classe:
Categoria: Military/Second line ship;
Serviço: Corvette;
Navegação: Unrestricted navigation;
Meio ambiente: MARPOL;
Automação de maquinas: AUT-QAS.
Os projetos das classes anteriores (CV 01 e 02) não foram contemplados com a indicação de classe.
Em relação a classe Barroso as CV 03 apresentam diferenças e ganhos significativos, entre eles podem ser destacados os seguintes:
• Adoção de regras de Sociedade Classificadora Internacional, previsto no contrato com a VARD;
• Mudança significativa da geometria da superestrutura e do mastro visando á redução de RCS;
• Aumento do pontal ao longo da proa com a inclusão de um convés através do prolongamento do convés 01 com a manutenção da borda livre no bico da proa. Esta modificação permitiu maior disponibilidade de espaços.
• Eliminação do tosamento e do abaulamento da proa o que permitira um melhor performance das fainas no convés 01, além da eliminação da descontinuidade estrutural na transição do tosamento com o convés supra mencionado.
• Prolongamento do convés de vôo.
• Aumento geral da boca do navio.
• Otimização das formas do casco nas proa e popa, melhorando o performance hidrodinâmico. ( Fato comprovado em tanques de testes).
• Inclusão de lanchas militares ETRH.
• Eliminação de tanque de combustível compensado, atendendo assim as normas MARPOL e classificadora RINA.
• Inclusão de tanques de lastro permitindo um melhor controle de estabilidade, incluindo banda e trin.
• Inclusão de dois lançadores VLS para MAS na proa.
• Propulsão CODAD, com duas linhas de eixo, dois hélices de passo controlável e quatro MCP diesel.
• Aumento da capacidade de aguada.
• Subdivisão do casco em anteparas estanques transversais, garantindo uma melhor flutuabilidade e sobrevivência em caso de danos em combate.
• Adoção de arranjo geral verticalizado, sem circulação horizontal entre compartimentos estanques.
• Adoção de corredor central espaçoso, no convés principal, facilitando o escape e circulação em caso de avarias graves no navio.
• Modificação no arranjo geral com melhorias na circulação eficiente de pessoal, conforto e segurança. Incluído camarote para duas oficias do genro feminino.
• Adoção de perfis leves do tipo bulbo e do aço naval AH 36. Este aço proporciona uma estrutura com maior resistência e menor peso.
• Adoção de paiol de munição central protegido e de paios de pronto uso próximo dos sistemas de armas.
Lord Nauta
Nauta, qual é o atual comprimento do convoo da Tamandaré? Pergunto pois li há cerca de 1 ano, que houve alterações na dimensão.
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Luís Henrique
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#14568
Mensagem
por Luís Henrique » Qui Fev 16, 2017 10:19 am
Senhores, alguém sabe quais são os planos ATUAIS da MB, no que se refere à QUANTITATIVOS?
Pergunto, pois há alguns anos o plano era possuir:
15 Submarinos Convencionais
6 Submarinos Nucleares
30 Navios de Escolta (Fragatas de 6.000T)
2 Navios Aeródromos
48 Caças a jato
4 Navios de Propósitos Múltiplos (Mistral)
Como estão os planos HOJE?
Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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J.Ricardo
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#14569
Mensagem
por J.Ricardo » Qui Fev 16, 2017 10:26 am
O primeiro plano foi picotar o livro branco e usar como confete no carnaval...
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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sarto
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#14570
Mensagem
por sarto » Qui Fev 16, 2017 11:18 am
Esse plano ai foi batizado de... A marinha do nunca.
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joao fernando
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#14571
Mensagem
por joao fernando » Qui Fev 16, 2017 11:49 am
O correto seria a MB pedir canoas, afinal é barato de operar e não assusta. Pera, esse lema é de outra arma...
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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LeandroGCard
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#14572
Mensagem
por LeandroGCard » Qui Fev 16, 2017 4:58 pm
knigh7 escreveu:O que me preocupa Leandro, é a restrição para atividades antissubmarina de um navio de deslocamento da Tamandaré tem. Observe que a Classe Incheon-que tem 20% a mais de deslocamento que o projetado para a Tamandaré- seus sensores a habilitam realizar capacidade ASW até estado de mar 4. Aqui no Atlântico Sul, o mar é grosso.
E o que fazer para contornar esse problema, Leandro? Pois apenas depender do sonar do heli orgânico-que será apenas 1 por corveta- em situações de mar a partir de estado 5 é insuficiente.
Vão resolver o problema da mesma forma que a MB resolveu ao longo das décadas de operação das Inhaúma/Barroso, que não eram maiores do que as CV-3 e cumpriram a missão ao longo de todo este tempo. Ou não cumpriram, e na verdade a MB tinha 5 navios que nunca serviram para aquilo que se esperava deles?
De resto, para obter navios maiores seria preciso mais $$$ e mais tempo, e ambos estão escassos. A única outra opção disponível no momento é não ter nada, e ainda perder a já pouca capacitação que resta do nosso pessoal envolvido com o desenvolvimento de navios militares.
Acha que esta solução seria melhor?
Leandro G. Card
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knigh7
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#14573
Mensagem
por knigh7 » Qui Fev 16, 2017 6:30 pm
Leandro, a pergunta que eu fiz não foi retórica, mas de uma solução para contornar o problema.
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Marechal-do-ar
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#14574
Mensagem
por Marechal-do-ar » Qui Fev 16, 2017 6:50 pm
knigh7 escreveu:O que me preocupa Leandro, é a restrição para atividades antissubmarina de um navio de deslocamento da Tamandaré tem. Observe que a Classe Incheon-que tem 20% a mais de deslocamento que o projetado para a Tamandaré- seus sensores a habilitam realizar capacidade ASW até estado de mar 4. Aqui no Atlântico Sul, o mar é grosso.
E o que fazer para contornar esse problema, Leandro? Pois apenas depender do sonar do heli orgânico-que será apenas 1 por corveta- em situações de mar a partir de estado 5 é insuficiente.
Tinha uma apresentação da Tamandaré que falava sobre os estados de mar, que eu me lembre ela seria capaz de operar ASW até estado de mar 4, mesmo da Incheon.
Aumentar a tonelagem não é uma forma eficiente de aumentar a estabilidade, a propósito.
E ainda sobre a capacidade ASW, ao invés de pendurar o sonar em helicópteros não seria melhor colocar eles em drones sub-aquáticos?
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#14575
Mensagem
por knigh7 » Qui Fev 16, 2017 7:27 pm
Taí, drones sub-aquáticos. Não tinha pensado nisso. Vou estudar sobre a adoção pelas marinhas para fazer essa atividade.
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#14576
Mensagem
por Tikuna » Qui Fev 16, 2017 8:09 pm
Marechal-do-ar escreveu:
E ainda sobre a capacidade ASW, ao invés de pendurar o sonar em helicópteros não seria melhor colocar eles em drones sub-aquáticos?
O Problema nesse caso é velocidade, alcance, autonomia e armamento já embutido.
Abraços
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#14577
Mensagem
por Túlio » Qui Fev 16, 2017 8:15 pm
Tikuna escreveu:Marechal-do-ar escreveu:
E ainda sobre a capacidade ASW, ao invés de pendurar o sonar em helicópteros não seria melhor colocar eles em drones sub-aquáticos?
O Problema nesse caso é velocidade, alcance, autonomia e armamento já embutido.
Abraços
Não estarias trocando as bolas? Pelo que entendi, seria uma espécie de sonar ativo/passivo ligado ao navio ou mesmo heli médio-pesado por cabos de kevlar para fixação, de cobre que transmitiriam energia ao motor elétrico e receberiam informações por cabos de fibra ótica.
Me parece exequível, ao menos em algum País sério.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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#14578
Mensagem
por Tikuna » Qui Fev 16, 2017 8:32 pm
Túlio escreveu:Tikuna escreveu:
O Problema nesse caso é velocidade, alcance, autonomia e armamento já embutido.
Abraços
Não estarias trocando as bolas? Pelo que entendi, seria uma espécie de sonar ativo/passivo ligado ao navio ou mesmo heli médio-pesado por cabos de kevlar para fixação, de cobre que transmitiriam energia ao motor elétrico e receberiam informações por cabos de fibra ótica.
Me parece exequível, ao menos em algum País sério.
Imagina só o tempo pra recolher esses kilometros de cabo.
Qual é o alcance de detecção de um HELRAS? Quantos KM o helicoptero se desloca após não identificar nada na área? em quanto tempo um drone faria esse deslocamento... muitas questões
Abraços
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#14579
Mensagem
por knigh7 » Qui Fev 16, 2017 9:29 pm
Luís Henrique escreveu:Senhores, alguém sabe quais são os planos ATUAIS da MB, no que se refere à QUANTITATIVOS?
Pergunto, pois há alguns anos o plano era possuir:
15 Submarinos Convencionais
6 Submarinos Nucleares
30 Navios de Escolta (Fragatas de 6.000T)
2 Navios Aeródromos
48 Caças a jato
4 Navios de Propósitos Múltiplos (Mistral)
Como estão os planos HOJE?
A MB fez uma revisão do PAEMB em 2013 e reduziu os números. Mas nunca foi oficialmente divulgado. Segundo um jornalista com fontes na MB, o número de escoltas pretendidas havia caído para 20 e composto por um misto de fragatas e corvetas.
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#14580
Mensagem
por Túlio » Qui Fev 16, 2017 10:21 pm
Tikuna escreveu:Túlio escreveu:
Não estarias trocando as bolas? Pelo que entendi, seria uma espécie de sonar ativo/passivo ligado ao navio ou mesmo heli médio-pesado por cabos de kevlar para fixação, de cobre que transmitiriam energia ao motor elétrico e receberiam informações por cabos de fibra ótica.
Me parece exequível, ao menos em algum País sério.
Imagina só o tempo pra recolher esses kilometros de cabo.
Qual é o alcance de detecção de um HELRAS? Quantos KM o helicoptero se desloca após não identificar nada na área? em quanto tempo um drone faria esse deslocamento... muitas questões
Abraços
Sei lá eu, cupincha. Sabes tu o comprimento do cabo de um VDS? Não deve ser curtinho...
De todo modo, minha intenção não era te esculhambar, apenas propor uma de nossas (DB) costumeiras
brainstorms, tentando "projetar" algo diferente. Se me entendeste mal/me expressei mal, minhas desculpas.
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