AVIBRAS

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: AVIBRAS

#1456 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 27, 2012 7:52 am

E se a encrenca for grande, ainda de lambuja ganhamos os dados referenciais de desempenho em operações reais dos nossos brinquedinhos... :wink:

Sem ter que dar um único tiro de nossos paiós, e sem nos meter, ou sermos metidos, na encrenca de ninguém.

Bom ventos... digo, caças, os levem, e boas noticias tragam de volta. [009]

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Re: AVIBRAS

#1457 Mensagem por J.Ricardo » Qui Nov 29, 2012 12:06 pm

Avibrás assina contrato para a construção de lote piloto de novo míssil de cruzeiro de projeto brasileiro.

Escrito por Felipe Salles
Qui, 29 de Novembro de 2012 01:34

Nesta quinta-feira, dia 28 de novembro, o Presidente da Avibrás, Sami Hassuani, assina com o Exército Brasileiro um contrato para a fabricação de um lote inicial do míssil AV-TM 300. Míssil de cruzeiro terra-terra com 300 quilômetros de alcance, o AV-TM 300 será lançado desde os lançadores padrão da linha ASTROS da empresa brasileira. Segundo Hassuani este é um novo míssil que é movido por uma turbina que inova também por ter sido projetada no Brasil pela sua empresa: “existe um número muito pequeno de fabricantes de turbinas no mundo. Mas a verdade é que nenhum país no mundo fornece motores a jato a um país que tem planos de desenvolver seus próprios mísseis de cruzeiro”.

Perguntado por ALIDE se este míssil teria um derivado naval capaz de ser lançados dos VLS (lançadores verticais) que existirão nas próximas fragatas de 6000 toneladas, em processo de aquisição pela Marinha, Hassuani disse que “isso ainda não estava sendo discutidos porque neste momento este é um programa do Exército e não da Marinha: além disso, independentemente do fabricante do VLS (Mk-41, se vier dos EUA, Itália ou Alemanha, ou Sylver se o navio escolhido for francês ou italiano) eu esperaria muitas dificuldades no plano político para que estes fabricantes estrangeiros possam ajudar o Brasil na integração deste míssil ao seu lançador”.

As políticas de não-proliferação das grandes potências são muito rígidas: “se tomássemos a decisão de usar uma turbina a jato padrão de um bizjet Phenom, por exemplo, num míssil nacional sem a devida autorização do governo americano isso geraria toda uma série de duras penalidades para a Avibrás, para a Embraer e para o país como um todo”, explicou o Presidente da Avibrás. O AV-MT 300 se encontra em desenvolvimento pela Avibras, pelo menos desde 1999.

A cerimônia de assinatura ocorrerá no Palácio Duque de Caxias, sede do Exército no Rio de janeiro e não será aberta ao público. O general-de-brigada Luiz Felipe Linhares Gomes, chefe do Escritório de Projetos do Exército, confirmou esta notícia em sua palestra no final do Seminário “Estratégias de Defesa Nacional” realizado nesta terça e quarta na Câmara dos Deputados pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional daquela casa.
fonte: BASE MILITAR WEB MAGAZINE http://www.alide.com.br/joomla/componen ... rasileiro-

Qual turbina será esta? Será a mesma do exocet nacionalizado?




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Re: AVIBRAS

#1458 Mensagem por Brasileiro » Qui Nov 29, 2012 12:33 pm

É interessante imaginar que era uma alternativa cogitável a utilização de uma turbina civil, do tipo das usadas nos jatos Phenom.




abraços]




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Re: AVIBRAS

#1459 Mensagem por LeandroGCard » Qui Nov 29, 2012 1:01 pm

Brasileiro escreveu:É interessante imaginar que era uma alternativa cogitável a utilização de uma turbina civil, do tipo das usadas nos jatos Phenom.

abraços]
Uma turbina como as utilizadas em aviões comerciais e executivos deve custar pelo menos umas 20 vezes mais caro que as utilizadas em mísseis, por questões de desempenho, economia, confiabilidade e vida útil. Não acho que isso seja cogitável. Até porque já temos o desenvolvimento de turbinas no país adequadas para este tipo de aplicação, não haveria porque importar alguma de fora.

Agora, fazendo um brainstorm, o AV-300 com o sistema de navegação e busca de alvos do MAN-1 já daria um míssil anti-navio lançável e terra ou de outros navios interessante para o cenário atual. Só acho que não caberia em nenhuma das plataformas atuais da MB, e as novas teriam que ser avaliadas quanto à possibilidade de recebê-lo. O reporter até perguntou se ele poderia eventualmente ser instalado nos lançadores verticais destes novos navios, mas dada a exígua quantidade destes no modelo preferido (FREEM) acho que esta não seria uma boa idéia, seria bem melhor instalá-los no lugar dos Exocet/Otomat e deixar os lançadores verticais para os mísseis AAe.


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Re: AVIBRAS

#1460 Mensagem por denilson » Qui Nov 29, 2012 1:18 pm

LeandroGCard escreveu:
Brasileiro escreveu:É interessante imaginar que era uma alternativa cogitável a utilização de uma turbina civil, do tipo das usadas nos jatos Phenom.

abraços]
Uma turbina como as utilizadas em aviões comerciais e executivos deve custar pelo menos umas 20 vezes mais caro que as utilizadas em mísseis, por questões de desempenho, economia, confiabilidade e vida útil. Não acho que isso seja cogitável. Até porque já temos o desenvolvimento de turbinas no país adequadas para este tipo de aplicação, não haveria porque importar alguma de fora.

Agora, fazendo um brainstorm, o AV-300 com o sistema de navegação e busca de alvos do MAN-1 já daria um míssil anti-navio lançável e terra ou de outros navios interessante para o cenário atual. Só acho que não caberia em nenhuma das plataformas atuais da MB, e as novas teriam que ser avaliadas quanto à possibilidade de recebê-lo. O reporter até perguntou se ele poderia eventualmente ser instalado nos lançadores verticais destes novos navios, mas dada a exígua quantidade destes no modelo preferido (FREEM) acho que esta não seria uma boa idéia, seria bem melhor instalá-los no lugar dos Exocet/Otomat e deixar os lançadores verticais para os mísseis AAe.


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Tem fonte dos preços? E pelo que entendi a turbina só foi feita por que não seria vendida uma comercial, dai a necessidade de se produzir uma nacional, não seria isso?




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Re: AVIBRAS

#1461 Mensagem por Luís Henrique » Qui Nov 29, 2012 1:37 pm

LeandroGCard escreveu:
Brasileiro escreveu:É interessante imaginar que era uma alternativa cogitável a utilização de uma turbina civil, do tipo das usadas nos jatos Phenom.

abraços]
Uma turbina como as utilizadas em aviões comerciais e executivos deve custar pelo menos umas 20 vezes mais caro que as utilizadas em mísseis, por questões de desempenho, economia, confiabilidade e vida útil. Não acho que isso seja cogitável. Até porque já temos o desenvolvimento de turbinas no país adequadas para este tipo de aplicação, não haveria porque importar alguma de fora.

Agora, fazendo um brainstorm, o AV-300 com o sistema de navegação e busca de alvos do MAN-1 já daria um míssil anti-navio lançável e terra ou de outros navios interessante para o cenário atual. Só acho que não caberia em nenhuma das plataformas atuais da MB, e as novas teriam que ser avaliadas quanto à possibilidade de recebê-lo. O reporter até perguntou se ele poderia eventualmente ser instalado nos lançadores verticais destes novos navios, mas dada a exígua quantidade destes no modelo preferido (FREEM) acho que esta não seria uma boa idéia, seria bem melhor instalá-los no lugar dos Exocet/Otomat e deixar os lançadores verticais para os mísseis AAe.


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Concordo.
E já que a Avibras produz seus próprios lançadores, utilizados no sistema Astros, não vejo tanta dificuldade em construir lançadores e instalá-los nos navios.
Utilizar os lançadores americanos e europeus para múltiplas armas seria bem mais complexo e exigiria o que ele disse, muitas negociações políticas.
Já um lançador PRÓPRIO, como são usados em muitos outros mísseis (exocet, harpoon) , que são lançadores dedicados exclusivamente para aquela arma, acho que a Avibras daria conta do recado.
Ou não???




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: AVIBRAS

#1462 Mensagem por denilson » Qui Nov 29, 2012 2:26 pm

Alguem consegue identificar essa turbina?

Imagem
Avibras AV-MT 300
Brasil adquire míssil Cruise tático com 300 km de alcance
29/11/2012
(Infodefensa.com) R. Caiafa, Brasilia - Nesta quinta-feira, dia 29 de novembro, o Presidente da Avibrás, Sami Hassuani, assina com o Exército Brasileiro contrato para a fabricação de um lote inicial do míssil de cruzeiro terra-terra designado AV-TM 300 (trezentos quilômetros de alcance). Este moderno armamento será operado pelos lançadores MK-6/2020 da linha ASTROS, fabricados pela empresa brasileira.
Segundo Hassuani “Este é um novo míssil movido por turbina inovadora, projetada no Brasil, já que existe um número muito pequeno de fabricantes de turbinas no mundo e nenhum país fornece motores a jato para outra nação que tenha planos de desenvolver seus próprios mísseis de cruzeiro”. O AV-MT 300 se encontra em desenvolvimento pela Avibras desde 1999.
A cerimônia de assinatura, a ser realizada hoje (29), terá lugar no Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Estas informações foram confirmadas ontem (28) em Brasília (DF) pelo chefe do escritório de projetos do Exército Brasileiro, general de brigada Luiz Felipe Linhares Gomes, durante o Seminário “Estratégias de Defesa Nacional”, organizado pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
http://www.infodefensa.com/?noticia=bra ... de-alcance




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Re: AVIBRAS

#1463 Mensagem por denilson » Qui Nov 29, 2012 2:28 pm

A imagem não me parece ser muito confiável pois o primeiro míssil (o branco) me parece ser o EXOCET e ali é indicado como o AV-TM 300 (MT?)




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Re: AVIBRAS

#1464 Mensagem por Brasileiro » Qui Nov 29, 2012 2:29 pm

Interessante ver a turbina e o foguete guiado SS-40G.

Mas este aí, apontado como AV-TM-300, não está mais para um Exocet, um MAN-SUP? :?



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Re: AVIBRAS

#1465 Mensagem por J.Ricardo » Qui Nov 29, 2012 2:48 pm

Minha dúvida então esta se materializando, ao que parece, e, ao que parece, este míssil é derivado em até certo ponto, do MAN-SUP...




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Re: AVIBRAS

#1466 Mensagem por Brasileiro » Qui Nov 29, 2012 2:54 pm

J.Ricardo escreveu:Minha dúvida então esta se materializando, ao que parece, e, ao que parece, este míssil é derivado em até certo ponto, do MAN-SUP...
Olha, até que essa turbininha parece ser bem esbelta, mais do que a TAPP. Não duvido nada que caiba dentro de um míssil como o Exocet.

O modelo de turbina usado no Exocet é também usado em vários mísseis de cruziero europeus, no RBS-15 e em alguns alvos manobráveis também.


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Re: AVIBRAS

#1467 Mensagem por Paulo Bastos » Qui Nov 29, 2012 3:52 pm

EB e Avibras assinam contrato

Míssil de Cruzeiro Tático AV-TM 300


Imagem

Imagem

Para saber mais: http://www.tecnodefesa.com.br/materia.php?materia=607


Abraços,
Paulo Bastos




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Re: AVIBRAS

#1468 Mensagem por denilson » Qui Nov 29, 2012 4:08 pm

É, mas da prar notar uma diferença entre o nosso exocet e esse míssil, que é a entrada de ar logo atrás da "asa" do AV/MT-300.
Estou colocando a imagem do exocet para comparação.

Imagem




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Re: AVIBRAS

#1469 Mensagem por denilson » Qui Nov 29, 2012 4:17 pm

Mas se o MAN-SUP e o AV/MT-300 utilizarem a mesma célula, quer dizer também que o ASTROS pode lançar o MAN-SUP e os navios que utilizarem o lançador do MAN-SUP, poderão também lançar o AV/MT-300.
PQP!!! se for isso, é uma baita notícia, e jogada da AVIBRAS!!!! perfeito [009]




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Re: AVIBRAS

#1470 Mensagem por LeandroGCard » Qui Nov 29, 2012 5:06 pm

denilson escreveu: Tem fonte dos preços? E pelo que entendi a turbina só foi feita por que não seria vendida uma comercial, dai a necessidade de se produzir uma nacional, não seria isso?
Conseguir preços de turbinas para mísseis é muito complicado, mas não falei em preço e sim em custo, o que é diferente (preço é o quanto o fornecedor te cobra, e custo é o quanto se gasta para produzir).

Não é difícil coneceber porque o custo de uma turbina para uso em aviões é muito maior que outra para mísseis. A primeira tem que ser muito leve, extremamente econômica, ter confiabilidade praticamente absoluta e durar alguns milhares de horas entre reformas (TBO). Já a segunda não tem tanta preocupação com peso ou consumo (é feito um balanço entre o custo do míssil e seu tamanho/peso para uma dada especificação de alcance e carga bélica), pode ter uma confiabilidade bem mais baixa (1 falha em cada mil unidades seria perfeitamente aceitável) e o tempo total de operação é medido em minutos!

Já o comentário sobre o problema com a importação de turbinas para míssil vale para qualquer que seja o modelo, de origem civil ou de aplicação estritamente militar, o que importa não é a origem mas o emprego.

um abraço,


Leandro G. Card




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