GEOPOLÍTICA
Moderador: Conselho de Moderação
Re: GEOPOLÍTICA
Merkel dá apoio moral à Grécia, mas pacote é improvável
ATENAS/BERLIM (Reuters) - A Alemanha vai "ficar do lado da Grécia", disse a chanceler Angela Merkel nesta sexta-feira, enquanto seu ministro da Economia ressaltou que o apoio não se transformará em ajuda financeira para solucionar os problemas de dívida gregos.
Falando antes da visita do primeiro-ministro grego, George Papandreou, Merkel prometeu apoio moral, mas não deu pistas sobre qual tipo de ajuda, se houver alguma, a Alemanha estaria preparada para oferecer.
O ministro da Economia alemão, Rainer Bruederle, disse que seu país não tem intenção de dar à Grécia nem um único centavo em ajuda.
"O governo alemão não pretende dar um único centavo", afirmou ele, membro do partido Democratas Livres, que divide o poder com os conservadores de Merkel. O partido liderou a resistência do governo a ajudar Atenas.
Bruederle acrescentou que cada país da União Europeia é responsável por seus assuntos e que o governo grego precisa implementar com eficiência seu plano de austeridade fiscal.
Merkel disse em uma entrevista coletiva que "devemos ficar ao lado da Grécia". Ela também saudou o fato de o mercado ter mostrado forte demanda pela emissão de bônus gregos na véspera.
"A colocação dos bônus ontem foi muito bem e isso é com certeza um bom sinal para o mercado."
Merkel e Papandreou devem conceder uma entrevista coletiva por volta de 14h30 (horário de Brasília).
Nesta manhã, o presidente do Eurogroup, Jean-Claude Juncker, disse que os países da zona do euro vão garantir a estabilidade da moeda da região se for necessário, mas não devem precisar oferecer ajuda à Grécia.
"A Grécia realmente tem que fazer algo. A Grécia está fazendo agora", afirmou ele à rádio Deutschlandfunk.
"Se isso não for suficiente, a zona do euro estará pronta para garantir sua estabilidade financeira, mas eu não acho que será necessário."
ATENAS/BERLIM (Reuters) - A Alemanha vai "ficar do lado da Grécia", disse a chanceler Angela Merkel nesta sexta-feira, enquanto seu ministro da Economia ressaltou que o apoio não se transformará em ajuda financeira para solucionar os problemas de dívida gregos.
Falando antes da visita do primeiro-ministro grego, George Papandreou, Merkel prometeu apoio moral, mas não deu pistas sobre qual tipo de ajuda, se houver alguma, a Alemanha estaria preparada para oferecer.
O ministro da Economia alemão, Rainer Bruederle, disse que seu país não tem intenção de dar à Grécia nem um único centavo em ajuda.
"O governo alemão não pretende dar um único centavo", afirmou ele, membro do partido Democratas Livres, que divide o poder com os conservadores de Merkel. O partido liderou a resistência do governo a ajudar Atenas.
Bruederle acrescentou que cada país da União Europeia é responsável por seus assuntos e que o governo grego precisa implementar com eficiência seu plano de austeridade fiscal.
Merkel disse em uma entrevista coletiva que "devemos ficar ao lado da Grécia". Ela também saudou o fato de o mercado ter mostrado forte demanda pela emissão de bônus gregos na véspera.
"A colocação dos bônus ontem foi muito bem e isso é com certeza um bom sinal para o mercado."
Merkel e Papandreou devem conceder uma entrevista coletiva por volta de 14h30 (horário de Brasília).
Nesta manhã, o presidente do Eurogroup, Jean-Claude Juncker, disse que os países da zona do euro vão garantir a estabilidade da moeda da região se for necessário, mas não devem precisar oferecer ajuda à Grécia.
"A Grécia realmente tem que fazer algo. A Grécia está fazendo agora", afirmou ele à rádio Deutschlandfunk.
"Se isso não for suficiente, a zona do euro estará pronta para garantir sua estabilidade financeira, mas eu não acho que será necessário."
Re: GEOPOLÍTICA
EUA, França e GB pedem sanções ao Irã; China e Rússia se opõem
Qui, 04 Mar, 08h34
NOVA YORK (AFP) -As potências ocidentais se pronunciaram, nesta quinta-feira, a favor de novas sanções da ONU contra o Irã pela intransigência com relação a seu programa nuclear, mas China e Rússia pediram mais tempo para que os esforços diplomáticos possam dar resultados.
Durante reunião do Conselho de Segurança dedicada ao estudo das sanções já aplicadas à República islâmica, os embaixadores de Estados Unidos, França e Grã-Bretanha lamentaram que Teerã não tivesse cumprido ainda suas obrigações.
O Conselho já adotou cinco resoluções, das quais três, desde fevereiro de 2006, previam sanções para exigir que o Irã suspenda suas atividades nucleares consideradas perigosas, entre elas o enriquecimento de urânio. Teerã ignorou as cinco.
Vários países ocidentais acusam o Irã de equipar-se da bomba atômica sobre o pretexto de desenvolver um programa nuclear civil, o que é desmentido por Teerã.
Qui, 04 Mar, 08h34
NOVA YORK (AFP) -As potências ocidentais se pronunciaram, nesta quinta-feira, a favor de novas sanções da ONU contra o Irã pela intransigência com relação a seu programa nuclear, mas China e Rússia pediram mais tempo para que os esforços diplomáticos possam dar resultados.
Durante reunião do Conselho de Segurança dedicada ao estudo das sanções já aplicadas à República islâmica, os embaixadores de Estados Unidos, França e Grã-Bretanha lamentaram que Teerã não tivesse cumprido ainda suas obrigações.
O Conselho já adotou cinco resoluções, das quais três, desde fevereiro de 2006, previam sanções para exigir que o Irã suspenda suas atividades nucleares consideradas perigosas, entre elas o enriquecimento de urânio. Teerã ignorou as cinco.
Vários países ocidentais acusam o Irã de equipar-se da bomba atômica sobre o pretexto de desenvolver um programa nuclear civil, o que é desmentido por Teerã.
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Re: GEOPOLÍTICA
to pagando pra ver a china que importa mais de 10% do seu petroleo do irã abandonar seu aliado estrategico.
Quanto a russia, o irã é aliado historico dela. È preciso provas concretas e perda material ou monetaria antes que ela se mecha, até la continuara defendendo, principalmente pq nao custa nada pra ela.
Quanto a russia, o irã é aliado historico dela. È preciso provas concretas e perda material ou monetaria antes que ela se mecha, até la continuara defendendo, principalmente pq nao custa nada pra ela.
Re: GEOPOLÍTICA
(Escondidos sobre um título que virou mantra estão alguns pontos de vista bastante interessantes. Acho que é o tópico mais apropriado).
Brasil exerce a opção de dizer não
Frank Dirceu Braun
Jornalista
A opção de dizer “não” aos Estados Unidos e a outras nações industrializadas é um dos indicadores de que o Brasil emerge não apenas como líder regional na América do Sul, mas também como um poder global no cenário mundial.Esta nova realidade se revela pelo destacado papel que Lula, o carismático presidente brasileiro, vem desempenhando em fóruns internacionais como o G-20. Uma recente matéria do Los Angeles Times parece sublinhar o crescente perfil do Brasil e de Lula: “Sustentado por uma robusta economia e por sua habilidade de trabalhar com líderes de todo espectro ideológico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva emerge na América do Sul como um interlocutor e um mediador poderoso”.
O cenário global
O anseio do Brasil em tornar-se um protagonista no cenário global ficam evidentes na aspiração brasileira em tornar-se membro do Conselho de Segurança da ONU e em sua disposição de ajudar a reescrever as regras do sistema financeiro global.
Em 1993, Brasil e Índia se organizaram nas Nações Unidas para opor-se à entrada do Japão e da Alemanha como novos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Eles argumentaram, com sucesso, que a indicação apenas do Japão e da Alemanha acentuaria o poder das nações industrializadas em detrimento das nações em desenvolvimento.
Segundo eles, isto iria acentuar as desigualdades existentes, historicamente, no Conselho de Segurança. O embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Antonio de Aguiar ,enfatizou: “Se a Alemanha e o Japão tivessem sido incluídos, aumentaria o desequilíbrio, no Conselho de Segurança, a favor do mundo desenvolvido – não haveria representantes da África ou da América Latina. Nós tivemos sucesso em evitar que isso acontecesse, reconfigurando o debate”. Desde essa época, o Brasil tem se empenhado consistentemente em conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança.
O presidente Lula confirmou seu objetivo dizendo: “Queremos que mais continentes participem do Conselho de Segurança. O Brasil deveria ter uma cadeira, e o continente africano deveria ter uma ou duas”.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, apoiou esta posição, dizendo que o Brasil tem um papel vital a desempenhar na tomada de decisões relacionadas à crise financeira. Sarkozy declarou: “Estou sendo honesto quando digo que precisamos do Brasil no governo do mundo”, e disse ainda: “Penso que necessitamos do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança”.
Como a maior nação e a mais poderosa economia da América do Sul, o Brasil tem sido frequentemente chamado o “país do futuro”: agora está preparado para assumir o seu potencial.
Goldman Sachs, por exemplo, argumenta que, em 2050, o Brasil será a quarta economia do mundo, ultrapassado apenas por China, Estados Unidos e Índia, respectivamente. Assim, o Brasil procura ampliar seu papel nos negócios econômicos globais. É membro do Bric, um grupo das quatro maiores economias em desenvolvimento no mundo (Brasil, Rússia, Índia e China).
O embaixador brasileiro Antonio de Aguiar Patriota alega que o que começou em 2001, simplesmente como uma sigla, evoluiu para um grupo formal e coordenado, com os presidentes de cada país do grupo se reunindo em uma cúpula anual.
Como estão se desenvolvendo rapidamente, as economias combinadas dos países do Bric deverão eclipsar as economias combinadas dos países mais ricos do mundo. Após o encontro de março de 2009 dos ministros das finanças do G-20, os países membros do Bric lançaram o seu primeiro comunicado conjunto enfatizando que Brasil, Rússia, Índia e China deveriam ter maior expressão nas organizações internacionais.
A nova postura agressiva do Brasil foi reforçada pela crise econômica internacional deflagrada pelo colapso financeiro nos Estados Unidos. Enquanto grande parte do mundo luta, o Brasil parece estar se saindo bem.
De acordo com matéria de julho de 2008 do New York Times, “o Brasil finalmente pensa em realizar o seu tão esperado potencial como um protagonista global.
Economistas dizem que o país vive sua maior expansão econômica em três décadas… e uma expansão econômica que deve durar. Enquanto os Estados Unidos e partes da Europa lutam com a recessão e a falência do setor imobiliário, a economia do Brasil mostra poucas das vulnerabilidades de outros poderes emergentes”. O Times continua, dizendo que o Brasil “diversificou muito a sua base industrial, tem enorme potencial de expandir seu setor agrícola em direção a terras virgens e tem um imenso potencial de recursos naturais. Novas descobertas de petróleo vão colocar o Brasil nas fileiras dos produtores deste recurso na próxima década”.
Como resultado da crise, o presidente Lula insiste que nações emergentes, como o Brasil, merecem agora maior influência no desenho de novas regras de gerenciamento de instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.
O embaixador Patriota enfatiza também a nova natureza “multipolarizada” das relações entre as economias desenvolvidas e emergentes do mundo.
Havia uma realidade, diz Patriota, quando o mundo acreditava que “os americanos compreendem o capitalismo, que eles sabem o que estão fazendo. Mas, após o colapso do sistema financeiro… os americanos mostraram que não sabiam o que estavam fazendo. Então, devemos seguir os conselhos americanos (em questões econômicas)? Não, faremos o que pensamos ser o melhor”.
O desejo do Brasil em desempenhar um papel maior no cenário global é evidente. De acordo com a Global Research, “o Brasil está seriamente empenhado em solidificar seu papel como poder regional, o que é um passo decisivo que propiciará uma posição de maior poder”. A Global Research também aponta que se quisermos projetar o equilíbrio de poder no globo no fim deste século, o Brasil terá que ser levado em conta.
De qualquer forma, antes que possa assumir completamente seu papel como um protagonista importante no cenário mundial, o Brasil precisa reformar suas instituições, segundo Roberto Mangabeira Unger, ex-ministro do Planejamento. O ministro Unger se licenciou de seu cargo como professor da Faculdade de Direito da Universidade de Harvard para assumir o compromisso de ajudar a “formular um projeto para o futuro do país”. Entre outras coisas, Unger “propõe um novo modelo de desenvolvimento para certas regiões menos desenvolvidas – como o Amazonas, o Nordeste e o Centro-Oeste – baseado na ampliação de oportunidades”.
O projeto de reforma do Brasil, segundo Unger, exige que o país “aprenda a fazer o que nós raramente fizemos em nossa história, que é renovar nossas instituições, inclusive as que definem o mercado e a democracia”.
Unger acredita que a atual transformação no sistema financeiro e econômico mundial exige, na esfera internacional, a mesma espécie de reexame necessário dentro das fronteiras do Brasil, e acrescenta: “Nosso projeto nacional coincide com a mudança de foco no mundo todo, a competição entre o Estado e o mercado, que dominou a discussão mundial por 200 anos, está morta ou morrendo. Está no processo de ser substituída por um novo conflito e uma nova controvérsia sobre arranjos institucionais alternativos de mercados e democracia.
Assim, nossa condição nacional, em um sentido profundo, coincide com a condição do mundo.” Ações recentes do Brasil a respeito de suas Forças Armadas e defesa nacional também indicam o desejo de tornar-se um maior poder.
Primeiro se coloca a nova estratégia de defesa nacional para o Brasil, com a coautoria de Unger e revelada pelo presidente Lula em dezembro de 2008. A estratégia enfatiza a modernização das Forças Armadas e determina que o país se torne mais independente de tecnologias militares de outros países. Ao mesmo tempo, destaca a reorganização da indústria de defesa da nação, focalizando a criação de parcerias com outros países, dando ao Brasil maior conhecimento a respeito de tecnologias de defesa.
Segundo, o Brasil assinou com a França um acordo de defesa de US$ 12 bilhões que proporciona ao país tecnologia para desenvolver sua própria indústria de armas, segundo o New York Times. O embaixador Patriota aponta que “a América do Sul é uma das áreas menos armadas do mundo”, e deve modernizar seu armamento.
Patriota pensa que Sarkozy fez uma “aposta” em que o Brasil é o mais “confiável” e o mais previsível dos países emergentes do Bric. A França, segundo Patriota, tem um interesse antigo em uma “sinergia” com o Brasil para desenvolver a indústria de armamento. Patriota explica que “o Brasil tem uma capacidade de produção de larga escala e uma sociedade mais avançada que permitirá uma fertilização cruzada. Tivemos uma crescente indústria de armamento no passado… e agora a temos novamente”.
Não obstante, a ênfase brasileira em nova tecnologia militar cria alguns problemas. Tecnologia avançada, particularmente a tecnologia que é considerada de uso duplo (que tem aplicações civis e militares) provocou críticas nos Estados Unidos.
Historicamente, houve certa resistência do governo brasileiro que era percebido como uma “opressiva” influência americana sobre “as questões internas dos aliados”. A diferença agora, particularmente na administração Lula, é que o Brasil sente-se mais confortável em afirmar publicamente sua independência das pressões americanas.
Durante anos, o Brasil indicou sua intenção de planejar e construir seu próprio foguete e tornar o campo de lançamento de Alcântara um centro espacial internacional para o lançamento de satélites comerciais. Por mais de uma década, o governo dos Estados Unidos pressionou o Brasil para coibir seus esforços em tecnologia de lançamento.
Para ganhar a aquiescência dos Estados Unidos, o Brasil finalmente concordou em assinar o Acordo de Controle de Tecnologia de Mísseis, um acordo internacional com o objetivo de restringir a proliferação de tecnologia que poderia ser usada para construir mísseis.
Mais tarde, os Estados Unidos insistiram em que o governo brasileiro assinasse também um documento bilateral chamado Acordo de Tecnologia de Defesa (TSA) antes de permitir o lançamento de satélites americanos (ou satélites com componentes americanos) do campo de lançamento brasileiro. O TSA contém alguns procedimentos e condições rigorosos adotados para prevenir a transferência de tecnologia avançada de foguetes para os brasileiros e para outros países com quem o Brasil negocie.
Muitos membros influentes do governo brasileiro consideraram a concordância com muitas dessas condições “um abandono de nossa soberania” e “desrespeito pelos objetivos do Brasil em seu programa espacial”.
Alguns vão além ao dizer que o verdadeiro propósito do acordo não foi a salvaguarda de transferência tecnológica, mas de “desencorajar o Brasil no desenvolvimento de sua capacidade de lançamento de seu próprio satélite independente e exigir a contínua dependência do programa espacial brasileiro do programa dos Estados Unidos”.
O Brasil avançou com o desenvolvimento de seu foguete VLS apesar da preocupação dos Estados Unidos e dos constantes revezes, incluindo a trágica explosão do foguete na plataforma de lançamento, em 2003, que matou 22 oficiais espaciais brasileiros.
O governo brasileiro avançou gradualmente com a expansão de sua base de lançamento de Alcântara, incluindo planos eventuais de lançar um satélite desenvolvido em conjunto com a China a bordo de um foguete ucraniano. Em 2004, o Brasil afirmou sua posição de independência dos Estados Unidos e do resto do mundo quando recusou-se a permitir o acesso de inspetores das Nações Unidas a todos os aspectos de seu programa de energia nuclear, especificamente as centrífugas usadas no enriquecimento de urânio. O Brasil alegou que visava evitar o conhecimento detalhado de sua tecnologia de centrífugas porque esta “propriedade” dá ao país uma vantagem competitiva no mercado comercial.
Os esforços espaciais e nucleares do Brasil inicialmente encontraram resistência por parte dos Estados Unidos sob alegação de que a posse de tecnologia avançada de “uso duplo” poderia ser usada para fins pacíficos ou belicosos. Estas preocupações – no caso de foguetes, que podem evoluir para mísseis e no caso da energia nuclear, que pode ser usada para desenvolver armas atômicas – estiveram na imprensa recentemente em relação ao lançamento de mísseis da Coreia do Norte e ao programa de enriquecimento de urânio do Irã. A principal diferença entre o Brasil e esses países, porém, é que os Estados Unidos e o mundo se convenceram de que a nação sul-americana é um poder mundial emergente responsável e confiável no exercício de controles pacíficos sobre ambas as tecnologias – Coreia do Norte e o Irã estão em uma categoria diferente.
Geopolítica regional
O embaixador Patriota é um pouco reservado quanto ao fato de o Brasil procurar tornar-se um poder global. “Penso que essa fórmula não é a que subscrevemos”.
Patriota indica que o papel do Brasil está em ajudar a liderar a integração da América do Sul. Nos últimos anos, depois de consolidar a democracia e revigorar sua economia, o Brasil tem posto ênfase em uma diplomacia criativa, focada na integração da América do Sul. Ele afirma que “nossa diplomacia está mais ativa e conseguindo maior atenção porque está focada na integração da América do Sul e no estabelecimento de novos mecanismos de cooperação internacional”. Patriota vê o Brasil assumindo a liderança regional na América do Sul como uma consequência natural do seu tamanho e do sucesso de sua economia. Ele afirma que será impossível para a região alcançar a integração se “um país como o Brasil, combinando todas as nossas características – tamanho, economia, democracia, diplomacia ativa e um bom relacionamento com todos os principais atores mundiais, com uma presença forte em organizações multilaterais – não assumir a liderança”.
O Brasil atualmente promove um crescente número de acordos comerciais para incentivar cada vez mais a integração regional. Um desses acordos, o Mercosul, inclui a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e o Brasil.
Entre os objetivos do Mercosul está o estabelecimento de uma moeda comum para a região, similar ao euro. A Venezuela e o Brasil estão liderando também uma iniciativa para formar o Banco do Sul (BancoSur), que reuniria uma parte das reservas dos países participantes na tentativa de substituir o Fundo Monetário Internacional. Diferente do FMI, que insiste em cortar serviços sociais e programas de infraestrutura como uma condição para conceder empréstimos, o BancoSur teria uma abordagem mais dirigida ao desenvolvimento. Além do Brasil e da Venezuela, Bolívia, Equador, Colômbia, Paraguai e Uruguai sinalizaram seu interesse em participar.
Além da integração econômica, o Brasil também está focado numa maior integração nos domínios político e militar. A União dos Países Sul Americanos (Unasul) é uma agência intergovernamental que incorpora os maiores blocos comerciais na região – Mercosul e a Comunidade Andina (que consiste na Bolívia, Colômbia, Equador e Peru). A Unasul tem servido ao Brasil para lançar suas iniciativas.
O Brasil incitou os países membros da Unasul a caminhar no sentido da criação de uma estrutura militar regional chamada Conselho de Defesa Sul-Americana (CDSA), que alguns consideram o equivalente sul-americano da Otan. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, apoia esse projeto, embora seus próprios esforços para criar uma aliança similar, em 1999, não tenham sido bem sucedido. O Brasil lidera a principal missão de paz das Nações Unidas na região, no Haiti, onde o Brasil tem 1.200 soldados.
Toda a ideia de uma América do Sul integrada requis muito trabalho, segundo Patriota. O Brasil enfrentou um desafio, por exemplo, ao tentar convencer a Colômbia, o mais forte aliado dos Estados Unidos na América Latina, a se unir à SADC. Não obstante, a integração regional já colheu proveitos. Patriota cita a SADC como um instrumento que ajudou a resolver a crise brasileira com a Bolívia no último ano, dizendo que “o presidente do Chile era o chefe do conselho naquele ano e convocou para um encontro da SADC para resolver a controvérsia com a Bolívia.
No passado, seria na Organização dos Estados Americanos que a controvérsia seria discutida. Desta vez, resolvemos a questão entre nós”.
Conclusão
Estes desenvolvimentos são importantes porque demonstram que o “cacife” brasileiro tem crescido nos domínios econômico e geopolítico. A expansão paralela de blocos comerciais e de alianças militares sugere que o Brasil está crescendo no cenário regional e global.
Contudo, apesar de sua importância crescente, o Brasil ainda não pode traçar seu curso por si só. Por exemplo, o país ainda não enfrenta sozinho as pressões dos Estados Unidos e ainda procura manter as boas graças do mesmo. O Brasil procura fazer com que seja percebido regionalmente como imune às pressões americanas, no entanto, tem interesse em manter um bom relacionamento de trabalho com os Estados Unidos.
Procura também exercer uma maior influência nas discussões a respeito de mudanças climáticas e na reforma do sistema financeiro internacional. Deste modo, o Brasil terá de trilhar um caminho estratégico delicado entre a promoção da integração da América do Sul, evitando ao mesmo tempo a hostilidade franca de algumas outras nações tais como Bolívia, Venezuela e Equador, que adotaram uma atitude mais antiamericana.
Além disso, ainda será necessário lidar com a Doutrina Monroe.
Em algum momento, os Estados Unidos não ficarão impassíveis à medida que potências de fora da região, tais como Rússia e China começarem a exercer sua influência através de alianças econômicas e militares com países sul-americanos que são hostis aos Estados Unidos. A pressão que os Estados Unidos podem exercer sobre os atores regionais poderá prejudicar a ascensão do Brasil como poder na região.
Todavia, o Brasil deve se afirmar no cenário internacional em algumas esferas. O colosso sul-americano tem a oportunidade única de influenciar eventos distantes de seu próprio quintal. O Brasil poderá ter um papel, por exemplo, na mediação dos conflitos com o Irã e a Coreia do Norte em relação aos seus programas nucleares. O Brasil compartilha tecnologia nuclear com esses países e é visto como um “bom cidadão” pela comunidade internacional, tendo assim uma oportunidade única como mediador.
Fonte: Jornal do Brasil via CCOMSEX
Brasil exerce a opção de dizer não
Frank Dirceu Braun
Jornalista
A opção de dizer “não” aos Estados Unidos e a outras nações industrializadas é um dos indicadores de que o Brasil emerge não apenas como líder regional na América do Sul, mas também como um poder global no cenário mundial.Esta nova realidade se revela pelo destacado papel que Lula, o carismático presidente brasileiro, vem desempenhando em fóruns internacionais como o G-20. Uma recente matéria do Los Angeles Times parece sublinhar o crescente perfil do Brasil e de Lula: “Sustentado por uma robusta economia e por sua habilidade de trabalhar com líderes de todo espectro ideológico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva emerge na América do Sul como um interlocutor e um mediador poderoso”.
O cenário global
O anseio do Brasil em tornar-se um protagonista no cenário global ficam evidentes na aspiração brasileira em tornar-se membro do Conselho de Segurança da ONU e em sua disposição de ajudar a reescrever as regras do sistema financeiro global.
Em 1993, Brasil e Índia se organizaram nas Nações Unidas para opor-se à entrada do Japão e da Alemanha como novos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Eles argumentaram, com sucesso, que a indicação apenas do Japão e da Alemanha acentuaria o poder das nações industrializadas em detrimento das nações em desenvolvimento.
Segundo eles, isto iria acentuar as desigualdades existentes, historicamente, no Conselho de Segurança. O embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Antonio de Aguiar ,enfatizou: “Se a Alemanha e o Japão tivessem sido incluídos, aumentaria o desequilíbrio, no Conselho de Segurança, a favor do mundo desenvolvido – não haveria representantes da África ou da América Latina. Nós tivemos sucesso em evitar que isso acontecesse, reconfigurando o debate”. Desde essa época, o Brasil tem se empenhado consistentemente em conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança.
O presidente Lula confirmou seu objetivo dizendo: “Queremos que mais continentes participem do Conselho de Segurança. O Brasil deveria ter uma cadeira, e o continente africano deveria ter uma ou duas”.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, apoiou esta posição, dizendo que o Brasil tem um papel vital a desempenhar na tomada de decisões relacionadas à crise financeira. Sarkozy declarou: “Estou sendo honesto quando digo que precisamos do Brasil no governo do mundo”, e disse ainda: “Penso que necessitamos do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança”.
Como a maior nação e a mais poderosa economia da América do Sul, o Brasil tem sido frequentemente chamado o “país do futuro”: agora está preparado para assumir o seu potencial.
Goldman Sachs, por exemplo, argumenta que, em 2050, o Brasil será a quarta economia do mundo, ultrapassado apenas por China, Estados Unidos e Índia, respectivamente. Assim, o Brasil procura ampliar seu papel nos negócios econômicos globais. É membro do Bric, um grupo das quatro maiores economias em desenvolvimento no mundo (Brasil, Rússia, Índia e China).
O embaixador brasileiro Antonio de Aguiar Patriota alega que o que começou em 2001, simplesmente como uma sigla, evoluiu para um grupo formal e coordenado, com os presidentes de cada país do grupo se reunindo em uma cúpula anual.
Como estão se desenvolvendo rapidamente, as economias combinadas dos países do Bric deverão eclipsar as economias combinadas dos países mais ricos do mundo. Após o encontro de março de 2009 dos ministros das finanças do G-20, os países membros do Bric lançaram o seu primeiro comunicado conjunto enfatizando que Brasil, Rússia, Índia e China deveriam ter maior expressão nas organizações internacionais.
A nova postura agressiva do Brasil foi reforçada pela crise econômica internacional deflagrada pelo colapso financeiro nos Estados Unidos. Enquanto grande parte do mundo luta, o Brasil parece estar se saindo bem.
De acordo com matéria de julho de 2008 do New York Times, “o Brasil finalmente pensa em realizar o seu tão esperado potencial como um protagonista global.
Economistas dizem que o país vive sua maior expansão econômica em três décadas… e uma expansão econômica que deve durar. Enquanto os Estados Unidos e partes da Europa lutam com a recessão e a falência do setor imobiliário, a economia do Brasil mostra poucas das vulnerabilidades de outros poderes emergentes”. O Times continua, dizendo que o Brasil “diversificou muito a sua base industrial, tem enorme potencial de expandir seu setor agrícola em direção a terras virgens e tem um imenso potencial de recursos naturais. Novas descobertas de petróleo vão colocar o Brasil nas fileiras dos produtores deste recurso na próxima década”.
Como resultado da crise, o presidente Lula insiste que nações emergentes, como o Brasil, merecem agora maior influência no desenho de novas regras de gerenciamento de instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.
O embaixador Patriota enfatiza também a nova natureza “multipolarizada” das relações entre as economias desenvolvidas e emergentes do mundo.
Havia uma realidade, diz Patriota, quando o mundo acreditava que “os americanos compreendem o capitalismo, que eles sabem o que estão fazendo. Mas, após o colapso do sistema financeiro… os americanos mostraram que não sabiam o que estavam fazendo. Então, devemos seguir os conselhos americanos (em questões econômicas)? Não, faremos o que pensamos ser o melhor”.
O desejo do Brasil em desempenhar um papel maior no cenário global é evidente. De acordo com a Global Research, “o Brasil está seriamente empenhado em solidificar seu papel como poder regional, o que é um passo decisivo que propiciará uma posição de maior poder”. A Global Research também aponta que se quisermos projetar o equilíbrio de poder no globo no fim deste século, o Brasil terá que ser levado em conta.
De qualquer forma, antes que possa assumir completamente seu papel como um protagonista importante no cenário mundial, o Brasil precisa reformar suas instituições, segundo Roberto Mangabeira Unger, ex-ministro do Planejamento. O ministro Unger se licenciou de seu cargo como professor da Faculdade de Direito da Universidade de Harvard para assumir o compromisso de ajudar a “formular um projeto para o futuro do país”. Entre outras coisas, Unger “propõe um novo modelo de desenvolvimento para certas regiões menos desenvolvidas – como o Amazonas, o Nordeste e o Centro-Oeste – baseado na ampliação de oportunidades”.
O projeto de reforma do Brasil, segundo Unger, exige que o país “aprenda a fazer o que nós raramente fizemos em nossa história, que é renovar nossas instituições, inclusive as que definem o mercado e a democracia”.
Unger acredita que a atual transformação no sistema financeiro e econômico mundial exige, na esfera internacional, a mesma espécie de reexame necessário dentro das fronteiras do Brasil, e acrescenta: “Nosso projeto nacional coincide com a mudança de foco no mundo todo, a competição entre o Estado e o mercado, que dominou a discussão mundial por 200 anos, está morta ou morrendo. Está no processo de ser substituída por um novo conflito e uma nova controvérsia sobre arranjos institucionais alternativos de mercados e democracia.
Assim, nossa condição nacional, em um sentido profundo, coincide com a condição do mundo.” Ações recentes do Brasil a respeito de suas Forças Armadas e defesa nacional também indicam o desejo de tornar-se um maior poder.
Primeiro se coloca a nova estratégia de defesa nacional para o Brasil, com a coautoria de Unger e revelada pelo presidente Lula em dezembro de 2008. A estratégia enfatiza a modernização das Forças Armadas e determina que o país se torne mais independente de tecnologias militares de outros países. Ao mesmo tempo, destaca a reorganização da indústria de defesa da nação, focalizando a criação de parcerias com outros países, dando ao Brasil maior conhecimento a respeito de tecnologias de defesa.
Segundo, o Brasil assinou com a França um acordo de defesa de US$ 12 bilhões que proporciona ao país tecnologia para desenvolver sua própria indústria de armas, segundo o New York Times. O embaixador Patriota aponta que “a América do Sul é uma das áreas menos armadas do mundo”, e deve modernizar seu armamento.
Patriota pensa que Sarkozy fez uma “aposta” em que o Brasil é o mais “confiável” e o mais previsível dos países emergentes do Bric. A França, segundo Patriota, tem um interesse antigo em uma “sinergia” com o Brasil para desenvolver a indústria de armamento. Patriota explica que “o Brasil tem uma capacidade de produção de larga escala e uma sociedade mais avançada que permitirá uma fertilização cruzada. Tivemos uma crescente indústria de armamento no passado… e agora a temos novamente”.
Não obstante, a ênfase brasileira em nova tecnologia militar cria alguns problemas. Tecnologia avançada, particularmente a tecnologia que é considerada de uso duplo (que tem aplicações civis e militares) provocou críticas nos Estados Unidos.
Historicamente, houve certa resistência do governo brasileiro que era percebido como uma “opressiva” influência americana sobre “as questões internas dos aliados”. A diferença agora, particularmente na administração Lula, é que o Brasil sente-se mais confortável em afirmar publicamente sua independência das pressões americanas.
Durante anos, o Brasil indicou sua intenção de planejar e construir seu próprio foguete e tornar o campo de lançamento de Alcântara um centro espacial internacional para o lançamento de satélites comerciais. Por mais de uma década, o governo dos Estados Unidos pressionou o Brasil para coibir seus esforços em tecnologia de lançamento.
Para ganhar a aquiescência dos Estados Unidos, o Brasil finalmente concordou em assinar o Acordo de Controle de Tecnologia de Mísseis, um acordo internacional com o objetivo de restringir a proliferação de tecnologia que poderia ser usada para construir mísseis.
Mais tarde, os Estados Unidos insistiram em que o governo brasileiro assinasse também um documento bilateral chamado Acordo de Tecnologia de Defesa (TSA) antes de permitir o lançamento de satélites americanos (ou satélites com componentes americanos) do campo de lançamento brasileiro. O TSA contém alguns procedimentos e condições rigorosos adotados para prevenir a transferência de tecnologia avançada de foguetes para os brasileiros e para outros países com quem o Brasil negocie.
Muitos membros influentes do governo brasileiro consideraram a concordância com muitas dessas condições “um abandono de nossa soberania” e “desrespeito pelos objetivos do Brasil em seu programa espacial”.
Alguns vão além ao dizer que o verdadeiro propósito do acordo não foi a salvaguarda de transferência tecnológica, mas de “desencorajar o Brasil no desenvolvimento de sua capacidade de lançamento de seu próprio satélite independente e exigir a contínua dependência do programa espacial brasileiro do programa dos Estados Unidos”.
O Brasil avançou com o desenvolvimento de seu foguete VLS apesar da preocupação dos Estados Unidos e dos constantes revezes, incluindo a trágica explosão do foguete na plataforma de lançamento, em 2003, que matou 22 oficiais espaciais brasileiros.
O governo brasileiro avançou gradualmente com a expansão de sua base de lançamento de Alcântara, incluindo planos eventuais de lançar um satélite desenvolvido em conjunto com a China a bordo de um foguete ucraniano. Em 2004, o Brasil afirmou sua posição de independência dos Estados Unidos e do resto do mundo quando recusou-se a permitir o acesso de inspetores das Nações Unidas a todos os aspectos de seu programa de energia nuclear, especificamente as centrífugas usadas no enriquecimento de urânio. O Brasil alegou que visava evitar o conhecimento detalhado de sua tecnologia de centrífugas porque esta “propriedade” dá ao país uma vantagem competitiva no mercado comercial.
Os esforços espaciais e nucleares do Brasil inicialmente encontraram resistência por parte dos Estados Unidos sob alegação de que a posse de tecnologia avançada de “uso duplo” poderia ser usada para fins pacíficos ou belicosos. Estas preocupações – no caso de foguetes, que podem evoluir para mísseis e no caso da energia nuclear, que pode ser usada para desenvolver armas atômicas – estiveram na imprensa recentemente em relação ao lançamento de mísseis da Coreia do Norte e ao programa de enriquecimento de urânio do Irã. A principal diferença entre o Brasil e esses países, porém, é que os Estados Unidos e o mundo se convenceram de que a nação sul-americana é um poder mundial emergente responsável e confiável no exercício de controles pacíficos sobre ambas as tecnologias – Coreia do Norte e o Irã estão em uma categoria diferente.
Geopolítica regional
O embaixador Patriota é um pouco reservado quanto ao fato de o Brasil procurar tornar-se um poder global. “Penso que essa fórmula não é a que subscrevemos”.
Patriota indica que o papel do Brasil está em ajudar a liderar a integração da América do Sul. Nos últimos anos, depois de consolidar a democracia e revigorar sua economia, o Brasil tem posto ênfase em uma diplomacia criativa, focada na integração da América do Sul. Ele afirma que “nossa diplomacia está mais ativa e conseguindo maior atenção porque está focada na integração da América do Sul e no estabelecimento de novos mecanismos de cooperação internacional”. Patriota vê o Brasil assumindo a liderança regional na América do Sul como uma consequência natural do seu tamanho e do sucesso de sua economia. Ele afirma que será impossível para a região alcançar a integração se “um país como o Brasil, combinando todas as nossas características – tamanho, economia, democracia, diplomacia ativa e um bom relacionamento com todos os principais atores mundiais, com uma presença forte em organizações multilaterais – não assumir a liderança”.
O Brasil atualmente promove um crescente número de acordos comerciais para incentivar cada vez mais a integração regional. Um desses acordos, o Mercosul, inclui a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e o Brasil.
Entre os objetivos do Mercosul está o estabelecimento de uma moeda comum para a região, similar ao euro. A Venezuela e o Brasil estão liderando também uma iniciativa para formar o Banco do Sul (BancoSur), que reuniria uma parte das reservas dos países participantes na tentativa de substituir o Fundo Monetário Internacional. Diferente do FMI, que insiste em cortar serviços sociais e programas de infraestrutura como uma condição para conceder empréstimos, o BancoSur teria uma abordagem mais dirigida ao desenvolvimento. Além do Brasil e da Venezuela, Bolívia, Equador, Colômbia, Paraguai e Uruguai sinalizaram seu interesse em participar.
Além da integração econômica, o Brasil também está focado numa maior integração nos domínios político e militar. A União dos Países Sul Americanos (Unasul) é uma agência intergovernamental que incorpora os maiores blocos comerciais na região – Mercosul e a Comunidade Andina (que consiste na Bolívia, Colômbia, Equador e Peru). A Unasul tem servido ao Brasil para lançar suas iniciativas.
O Brasil incitou os países membros da Unasul a caminhar no sentido da criação de uma estrutura militar regional chamada Conselho de Defesa Sul-Americana (CDSA), que alguns consideram o equivalente sul-americano da Otan. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, apoia esse projeto, embora seus próprios esforços para criar uma aliança similar, em 1999, não tenham sido bem sucedido. O Brasil lidera a principal missão de paz das Nações Unidas na região, no Haiti, onde o Brasil tem 1.200 soldados.
Toda a ideia de uma América do Sul integrada requis muito trabalho, segundo Patriota. O Brasil enfrentou um desafio, por exemplo, ao tentar convencer a Colômbia, o mais forte aliado dos Estados Unidos na América Latina, a se unir à SADC. Não obstante, a integração regional já colheu proveitos. Patriota cita a SADC como um instrumento que ajudou a resolver a crise brasileira com a Bolívia no último ano, dizendo que “o presidente do Chile era o chefe do conselho naquele ano e convocou para um encontro da SADC para resolver a controvérsia com a Bolívia.
No passado, seria na Organização dos Estados Americanos que a controvérsia seria discutida. Desta vez, resolvemos a questão entre nós”.
Conclusão
Estes desenvolvimentos são importantes porque demonstram que o “cacife” brasileiro tem crescido nos domínios econômico e geopolítico. A expansão paralela de blocos comerciais e de alianças militares sugere que o Brasil está crescendo no cenário regional e global.
Contudo, apesar de sua importância crescente, o Brasil ainda não pode traçar seu curso por si só. Por exemplo, o país ainda não enfrenta sozinho as pressões dos Estados Unidos e ainda procura manter as boas graças do mesmo. O Brasil procura fazer com que seja percebido regionalmente como imune às pressões americanas, no entanto, tem interesse em manter um bom relacionamento de trabalho com os Estados Unidos.
Procura também exercer uma maior influência nas discussões a respeito de mudanças climáticas e na reforma do sistema financeiro internacional. Deste modo, o Brasil terá de trilhar um caminho estratégico delicado entre a promoção da integração da América do Sul, evitando ao mesmo tempo a hostilidade franca de algumas outras nações tais como Bolívia, Venezuela e Equador, que adotaram uma atitude mais antiamericana.
Além disso, ainda será necessário lidar com a Doutrina Monroe.
Em algum momento, os Estados Unidos não ficarão impassíveis à medida que potências de fora da região, tais como Rússia e China começarem a exercer sua influência através de alianças econômicas e militares com países sul-americanos que são hostis aos Estados Unidos. A pressão que os Estados Unidos podem exercer sobre os atores regionais poderá prejudicar a ascensão do Brasil como poder na região.
Todavia, o Brasil deve se afirmar no cenário internacional em algumas esferas. O colosso sul-americano tem a oportunidade única de influenciar eventos distantes de seu próprio quintal. O Brasil poderá ter um papel, por exemplo, na mediação dos conflitos com o Irã e a Coreia do Norte em relação aos seus programas nucleares. O Brasil compartilha tecnologia nuclear com esses países e é visto como um “bom cidadão” pela comunidade internacional, tendo assim uma oportunidade única como mediador.
Fonte: Jornal do Brasil via CCOMSEX
Re: GEOPOLÍTICA
Texto muito interessante, seria tão bom se eles fossem em maior número, e não exceções.GustavoB escreveu:(Escondidos sobre um título que virou mantra estão alguns pontos de vista bastante interessantes. Acho que é o tópico mais apropriado).
Brasil exerce a opção de dizer não
Frank Dirceu Braun
Jornalista
..........
Fonte: Jornal do Brasil via CCOMSEX
[]´s
Re: GEOPOLÍTICA
Via Resenha EB
Na zona de guerra
À mão dura dos EUA, mão de gato da Rússia e mão boba da China, Irã prefere a mão estendida do Brasil
Por Antonio Machado
A política externa brasileira arrebata paixões, e difícil é ficar indiferente diante das firulas do Itamaraty para o presidente Lula atrair atenções e ser ouvido como líder de um país em ascensão.
Parecem distrações distantes da realidade, mas começam a tomar um vulto maior que a área de eficácia da diplomacia, e praticamente à revelia de discussões no Congresso e de considerações sobre como a política externa deve enlaçar-se com os negócios empresariais.
As atenções estão agora potencializadas pelas iniciativas com o objetivo de inserir o presidente como negociador de conflitos em duas das regiões mais explosivas do planeta: na Palestina, desde a década de 1950 em estado permanente de guerra entre Israel e parte do mundo árabe, e no Irã, alvo de sanções, que EUA e Europa querem ampliar, devido à recusa do governo do primeiro-ministro Mahmoud Ahmadinejad a abrir o programa nuclear do país à inspeção externa.
Lula recebeu Ahmadinejad em novembro e em maio retribui a visita indo a Teerã. Este mês, visitará Israel e a Autoridade Palestina.
Como medida cautelar ao seu roteiro às regiões da intransigência, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, veio a Brasília, formalmente, para pedir apoio de Lula às pressões contra o Irã. Na prática, insinuou os limites à capacidade mediadora do Brasil.
A ousadia da diplomacia liderada pelo ministro Celso Amorim é do tipo tudo ou nada desta vez. Os líderes que antecederam Lula neste desafio chamuscaram-se todos. O risco, especialmente se confirmado o pior sobre o Irã, equivale ao sucesso, se Ahmadinejad e o clero xiita entenderem a iniciativa talvez como a última de que dispõem.
À teocracia que tutela Ahmadinejad Lula oferecerá a oportunidade de romper o cerco internacional, livrando o Irã da humilhação de pária do mundo. Ele espera ações efetivas que atestem o interesse do Irã pelo uso pacífico da energia nuclear. Aos israelenses e aos árabes, espera ter algo a propor mais tangível que diálogo.
A intenção é propor um projeto imponente: um túnel escavado desde o Mar Vermelho até o Mar Morto, entre Israel, território palestino e Jordânia, para recompor as águas do lago que irrigam a essencial agricultura da região. O projeto é de uma empreiteira brasileira.
É a diplomacia emulando a estratégia de potências como China, EUA e França em áreas do mundo em que quer fazer parte das decisões.
Um gigante desarmado
Apesar da repulsa a Ahmadinejad por amplos setores da política e da sociedade em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, há um exercício sofisticado na aproximação entre Brasil e Irã. Dos EUA o que há, em dissensos esgarçados, especialmente numa região em que guerreia em dois países, Iraque e Afeganistão, e dois aliados que detém armas nucleares, Índia e Paquistão, se vêem como inimigos, é a tendência a negociações impositivas. Elas resultam em impasses.
À mão dura dos EUA, à mão de gato da Rússia e à mão boba da China — outras potências globais com negócios no Irã —, a mão estendida do Brasil, o gigante desarmado, pode ser a mais promissora.
Impasse cheio de nós
Mesmo o governo de Barack Obama, mais flexível que o de George W. Bush, acabou envolvido pelo gigantesco aparato militar dos EUA. Só na Ásia há seis porta-aviões em permanente deslocamento. Um único deles leva mais caças que a frota total da América do Sul.
Difícil conter a propensão a agir unilateralmente. A Europa nesse cenário é um figurante pela falta de uma política externa comum. A China é o dado novo na geopolítica, mas é vista com desconfiança na Ásia. A Índia é parte do problema. É um impasse com muitos nós.
Redenção do Itamaraty
É aí, no vácuo da geopolítica e por não privilegiar ninguém, que o Itamaraty julga haver um papel para Lula desempenhar. É grande a pretensão. Mas ela pode redimir a atuação pífia em outros fóruns, como quando não condenou nas Nações Unidas o genocídio no Sudão e se mostra atônita diante do atrevimento de vizinhos na América do Sul, firmando a maturidade internacional e diplomática do Brasil.
Mas não basta a simpatia do Irã. O governo Obama tem de aceitar o papel assumido por Lula, e é isso o que parece estar em processo.
À exceção da direita radical, o senso é que “Brasil não desafia a visão de mundo americana”, diz análise do prestigioso Council on Foreign Relations, maior think tank sobre relações internacionais dos EUA. O que há é uma agenda própria, sem que ela seja hostil.
Noutro ensaio, afirma que “Brasil é finalmente visto como genuíno poder emergente”. É vero somente se o governo mostrar resultados.
O destino natural
A diplomacia já poderia ter alçado o país a estágios superiores da geopolítica, se não se encolhesse por visões ideológicas ainda da Guerra Fria nem temesse o expansionismo das empresas nacionais.
É da conveniência dos governos vizinhos alegar que o gigantismo relativo do Brasil levará a um imperialismo regional quanto mais os EUA se afastem e criem a expectativa de que a responsabilidade de potência emergente abaixo do Rio Grande é brasileira.
Tal vocação é secular e vai acentuar-se, mas não necessariamente como o déspota regional. Quanto mais a economia brasileira cresça e a América Latina se entrelace, mais necessária ela será para o desenvolvimento em harmonia. Risco é negar o destino natural.
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Re: GEOPOLÍTICA
A corrida louca para a hegemonia americana põe em perigo a vida na Terra
Por Paul Craig Roberts*, no Global Research, via Resistir.info, sugestão de Edvaldo Alves e Marroni
O Washington Times é um jornal que encara com bons olhos as guerras de agressão de Bush/Cheney/Obama/ neoconservadores no Médio Oriente e defende que se obrigue os terroristas a pagar pelo 11/Setembro. Por isso, fiquei admirado ao saber que, em 24 de Fevereiro, a notícia mais apreciada no sítio web do jornal durante os últimos três dias era a reportagem "Explosive News" , do "Inside the Beltway", sobre as 31 conferências de imprensa em cidades dos EUA e no estrangeiro realizadas a 19 de Fevereiro pelos Arquitectos e Engenheiros para a Verdade do 11/Setembro, uma organização de profissionais que já tem 1 000 membros.
E ainda fiquei mais admirado por a reportagem do jornal tratar a conferência de imprensa muito a sério.
Como é que três arranha-céus do World Trade Center se desintegram subitamente em poeira fina? Como é que sólidas vigas de aço em três arranha-céus cedem subitamente em consequência de incêndios de curta duração, isolados e de baixa temperatura? "Mil arquitectos e engenheiros querem saber, e apelam ao Congresso que promova uma nova investigação sobre a destruição das Torres Gémeas e do Edifício 7", noticia o Washington Times.
O jornal noticia que os arquitectos e engenheiros chegaram à conclusão de que a Federal Emergency Management Agency (FEMA) e o National Institute of Standards and Technology (NIST) forneceram "relatos insuficientes, contraditórios e fraudulentos das circunstâncias da destruição das torres" e "exigem uma investigação de um grande júri aos funcionários do NIST".
O jornal relata que Richard Gage, o porta-voz dos arquitectos e engenheiros disse: "Deverão ser notificados funcionários do governo de que a 'Conivência com a Traição', Código 18 (Sec. 2382) dos EUA é um grave crime federal, que exige a acção dos que possuem indícios de traição. As implicações são enormes e podem ter um impacto profundo no próximo julgamento de Khalid Sheik Mohammed".
Agora há uma outra organização, os Bombeiros pela Verdade do 11/Setembro. Na principal conferência de imprensa em São Francisco, Eric Lawyer, o líder desta organização, anunciou o apoio dos bombeiros às exigências dos arquitectos e engenheiros. Denunciou que não houve qualquer investigação forense aos incêndios que supostamente destruíram os três edifícios e que esta omissão constitui um crime.
Não foram seguidos os procedimentos obrigatórios e, em vez de ser preservada e investigada, a cena do crime foi destruída. Também denunciou que há mais de cem testemunhas de primeira-mão que ouviram e sentiram explosões e há provas de explosões através da rádio, de gravações de som e de vídeos.
Também na conferência de imprensa, o físico Steven Jones apresentou provas da existência de nano-termite em resíduos dos edifícios do WTC encontrada por um painel internacional de cientistas, chefiado pelo Professor Niels Harrit, da Universidade de Copenhaga. A nano-termite é um explosivo/pirotécnico de alta tecnologia capaz de derreter instantaneamente vigas mestras de aço.
Antes de gritarmos "teoria da conspiração", temos que ter presente que os arquitectos, engenheiros, bombeiros e cientistas não apresentam qualquer teoria. Apresentam provas que contestam a teoria oficial. Estas provas não vão desaparecer.
Se o facto de exprimir dúvidas ou reservas quanto à versão oficial do Relatório da Comissão do 11/Setembro torna uma pessoa num idiota da teoria da conspiração, então também temos que incluir o co-presidente da Comissão do 11/Setembro e o conselheiro legal da Comissão, que escreveram livros em que declaram abertamente que foram enganados por funcionários do governo quando dirigiam a investigação, ou, melhor, quando presidiam à investigação dirigida pelo director executivo Philip Zelikow, membro da equipa de transição do Presidente George W. Bush e do Foreign Intelligence Advisory Board e um co-autor com a secretária de Estado de Bush, Condi "Mushroom Cloud" Rice.
Há de haver sempre americanos que acreditam em tudo o que o governo lhes diz apesar de saberem que o governo lhes tem mentido muitas vezes. Apesar das dispendiosas guerras que ameaçam a Segurança Social e os Cuidados de Saúde, guerras essas baseadas em inexistentes armas de destruição maciça iraquianas, em inexistentes ligações de Saddam Hussein à al Qaida, em inexistente participação afegã nos ataques de 11/Setembro, e em inexistentes armas nucleares iranianas, que estão a ser invocadas como razão para a próxima guerra americana de agressão no Médio Oriente, mais de metade da população dos EUA continua a acreditar na história fantástica que o governo lhes contou sobre o 11/Setembro, uma conspiração muçulmana que ludibriou todo o mundo ocidental.
Mais ainda, esses americanos não se preocupam com a quantidade de vezes que o governo altera a sua versão. Por exemplo, os americanos ouviram falar pela primeira vez de Osama bin Laden porque o regime Bush lhe atribuiu os ataques do 11/Setembro. Ano após ano foram apresentados vídeos ao público crédulo americano com declarações de bin Laden. Os especialistas consideraram que esses vídeos eram falsificações, mas os americanos mantiveram-se crédulos. Depois, subitamente no ano passado, surgiu um novo "cérebro" do 11/Setembro que ocupou o lugar de bin Laden, o preso Khalid Sheik Mohammed, o detido que foi mergulhado em água 183 vezes até confessar ter sido o cérebro dos ataques do 11/Setembro.
Na Idade Média, as confissões arrancadas sob tortura constituíam prova, mas o sistema legal dos EUA sempre recusou a auto-incriminação desde a sua fundação. Mas com o regime Bush e os juízes federais Republicanos, que nos juraram defender a Constituição dos EUA, a auto-incriminação de Sheik Mohammed consiste hoje na única prova que o governo americano tem de que foram terroristas muçulmanos que provocaram o 11/Setembro.
Se uma pessoa analisar as acções atribuídas a Khalid Sheik Mohammed, estas são simplesmente incríveis. Sheik Mohammed é um super-herói mais brilhante, com mais capacidades do que V no filme de ficção, "V de Vingança" (V for Vendetta). Sheik Mohammed ludibriou todas as 16 agências de informações americanas e as de todos os aliados ou fantoches dos EUA, incluindo o Mossad de Israel. Não há nenhum serviço de informações na terra nem mesmo todos eles juntos que cheguem aos calcanhares de Sheik Mohammed.
Sheik Mohammed ludibriou o Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Dick Cheney, o Pentágono, o Departamento de Estado, o NORAD, a Força Aérea americana, e o Controlo de Tráfego Aéreo.
Fez com que a Segurança dos Aeroportos falhasse quatro vezes na mesma manhã. Provocou a falha das modernas defesas aéreas do Pentágono, o que permitiu que se despenhasse no Pentágono um avião comercial pirateado, que andou fora da rota durante toda a manhã enquanto a Força Aérea americana, pela primeira vez na história, foi incapaz de o interceptar,
Sheik Mohammed conseguiu realizar estas façanhas com pilotos não qualificados.
Sheik Mohammed, apesar de ser um prisioneiro mergulhado em água, conseguiu impedir que o FBI divulgasse os muitos vídeos confiscados que, segundo a versão oficial, mostrariam o avião pirateado a embater no Pentágono.
Até que ponto temos que ser ingénuos para acreditar que qualquer ser humano, qual personagem de ficção de Hollywood, tem este poder e capacidades?
Se Sheik Mohammed tem estas capacidades super humanas, como é que os incompetentes americanos o apanharam? Este tipo é um bode expiatório torturado até à confissão, a fim de que os americanos ingénuos continuem a acreditar na teoria da conspiração governamental.
O que se está a passar é que o governo americano tem que pôr fim ao mistério do 11/Setembro. O governo tem que levar a julgamento e condenar um réu para poder encerrar o caso antes que ele rebente. Qualquer pessoa que foi mergulhada em água 183 vezes confessa o que quer que seja.
O governo americano tem respondido às provas, que têm sido apresentadas contra a sua extraordinária teoria da conspiração do 11/Setembro, redefinindo a guerra contra o terrorismo de inimigos externos para inimigos internos. Janet Napolitano, secretária da Segurança Nacional, disse a 21 de Fevereiro que actualmente os extremistas americanos são motivo de preocupação tão grande como os terroristas internacionais. Os extremistas, claro, são pessoas que interferem na agenda do governo, como os 1 000 Arquitectos e Engenheiros pela Verdade do 11/Setembro. Este grupo era de 100, agora já são 1 000. E se vierem a ser 10 000?
Cass Sunstein, um funcionário do regime Obama, tem uma solução para os cépticos do 11/Setembro: Infiltrar-se dentro deles e levá-los a fazerem declarações e acções que possam ser usadas para os desacreditar ou para os prender. Mas livrar-se deles a todo o custo.
Porquê utilizar estas medidas extremas contra supostos idiotas se eles apenas provocam divertimento e risota? Estará o governo preocupado que eles farejem alguma coisa?
Em vez disso, porque é que o governo americano não confronta pura e simplesmente as provas que são apresentadas e as contesta?
Se os arquitectos, engenheiros, bombeiros e cientistas são uns idiotas chapados, seria fácil analisar as suas provas e refutá-las. Porque é que é necessário infiltrar-se neles com agentes secretos e armar-lhes ratoeiras?
Muitos americanos responderiam que o "seu" governo nunca pensaria sequer em matar americanos, roubando aviões e destruindo edifícios só para promover a agenda do governo. Mas a 3 de Fevereiro, Dennis Blair, director do National Intelligence, disse à Comissão de Informações da Câmara que o governo dos EUA pode assassinar os seus próprios cidadãos quando eles estão além-mar. Não é necessário nenhuma detenção, nenhum julgamento, nenhuma condenação por um crime capital. Apenas um assassínio impune.
Obviamente, se o governo dos EUA pode assassinar os seus cidadãos no estrangeiro, também pode assassiná-los internamente, e é o que tem feito. Por exemplo, foram assassinados 100 davidianos Branch [1] em Waco, Texas, por ordem da administração Clinton, sem qualquer razão legítima. O governo decidiu apenas usar do seu poder sabendo que o podia fazer, e foi o que fez.
Os americanos que pensam que o "seu governo" é uma espécie de operação moralmente pura, deviam familiarizar-se com a Operação Northwoods. A Operação Northwoods foi uma conspiração organizada pelos chefes de estado-maior conjuntos para que a CIA efectuasse actos de terrorismo em cidades americanas e fabricasse provas culpando Castro a fim de os EUA poderem conquistar o apoio interno e internacional para a mudança de regime em Cuba. O plano secreto foi vetado pelo presidente John F. Kennedy e foi revelado pelo John F. Kennedy Assassination Records Review Board. Está disponível online no National Security Archive. Há inúmeros relatos disponíveis online, incluindo na Wikipedia. O livro de James Bamford, Body of Secrets , também fala resumidamente na conspiração.
"A Operação Northwoods, que teve a aprovação por escrito do presidente [Gen. Lemnitzer] e de todos os membros dos chefes de estado-maior, propunha que fossem alvejadas pessoas inocentes nas ruas americanas; que fossem afundados no alto mar barcos que transportassem refugiados fugidos de Cuba; que fosse desencadeada uma onda de terrorismo violento em Washington, DC, Miami, e noutros sítios. Seriam acusadas pessoas por explosões bombistas que não tinham feito, seriam pirateados aviões. Através de provas fabricadas, tudo isso seria atribuído a Castro, dando a Lemnitzer e à sua pandilha a justificação e o apoio público e internacional de que precisavam para desencadear a sua guerra".
Antes do 11/Setembro os neoconservadores americanos foram explícitos quanto afirmaram que as guerras de agressão que pretendiam desencadear no Médio Oriente exigiam "um novo Pearl Harbour".
Para seu próprio bem e para o bem de todo o mundo, é preciso que os americanos prestem atenção ao número cada vez maior de especialistas que lhes estão a dizer que o relato do governo sobre o 11/Setembro não condiz com as suas próprias investigações. O 11/Setembro desencadeou o plano neoconservador para a hegemonia mundial dos EUA. Enquanto escrevo, o governo dos EUA está a negociar o acordo de governos estrangeiros que rodeiam a Rússia para aceitar bases americanas de intercepção de mísseis. Os EUA pretendem cercar a Rússia com bases americanas de mísseis desde a Polónia, passando pela Europa central e Kosovo, até à Geórgia, Azerbaijão e Ásia central [ver www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=17709 ]. O enviado especial americano Richard Holbrooke declarou a 20 de Fevereiro que a al Qaida está a infiltrar-se nas partes constituintes da antiga União Soviética na Ásia central, como o Tajiquistão, o Quirguistão, o Uzbequistão, o Turquemenistão e o Cazaquistão. Hollbrooke está a pedir bases americanas nestas repúblicas ex-soviéticas com a desculpa da "guerra contra o terrorismo" sempre em expansão.
Os EUA já cercaram o Irã com bases militares. O governo americano pretende neutralizar a China assumindo o controlo do Médio Oriente e isolando a China do petróleo.
Este plano parte do princípio que a Rússia e a China, países com armas nucleares, ficarão intimidados com as defesas anti-mísseis americanas e cederão à hegemonia dos EUA e que a China ficará sem petróleo para as suas indústrias e forças militares.
O governo dos EUA está enganado. Os líderes militares e políticos russos responderam a esta ameaça óbvia declarando que a NATO é uma ameaça directa para a segurança da Rússia e anunciando uma mudança na doutrina russa da guerra quanto ao lançamento preventivo de armas nucleares. Os chineses estão demasiado confiantes para serem intimidados por uma "superpotência" americana enfraquecida.
Os atrasados mentais de Washington estão a jogar a cartada da guerra nuclear. O impulso louco para a hegemonia americana ameaça a vida sobre a Terra. O povo americano, ao aceitar as mentiras e enganos do "seu" governo, estão a facilitar este resultado.
26/Fevereiro/2010
[1] Davidianos Branch – seita religiosa destrutiva com origem na igreja adventista; em 1993 agentes federais dos EUA cercaram as suas instalações em Waco (Texas), tendo daí resultado a morte de dezenas dos seus membros quando o complexo ardeu completamente (N.T.).
O original, em inglês, encontra-se aqui.
Tradução: Margarida Ferreira
Fonte: Blog do Luiz Carlos Azenha - Sugestão: Probus
Por Paul Craig Roberts*, no Global Research, via Resistir.info, sugestão de Edvaldo Alves e Marroni
O Washington Times é um jornal que encara com bons olhos as guerras de agressão de Bush/Cheney/Obama/ neoconservadores no Médio Oriente e defende que se obrigue os terroristas a pagar pelo 11/Setembro. Por isso, fiquei admirado ao saber que, em 24 de Fevereiro, a notícia mais apreciada no sítio web do jornal durante os últimos três dias era a reportagem "Explosive News" , do "Inside the Beltway", sobre as 31 conferências de imprensa em cidades dos EUA e no estrangeiro realizadas a 19 de Fevereiro pelos Arquitectos e Engenheiros para a Verdade do 11/Setembro, uma organização de profissionais que já tem 1 000 membros.
E ainda fiquei mais admirado por a reportagem do jornal tratar a conferência de imprensa muito a sério.
Como é que três arranha-céus do World Trade Center se desintegram subitamente em poeira fina? Como é que sólidas vigas de aço em três arranha-céus cedem subitamente em consequência de incêndios de curta duração, isolados e de baixa temperatura? "Mil arquitectos e engenheiros querem saber, e apelam ao Congresso que promova uma nova investigação sobre a destruição das Torres Gémeas e do Edifício 7", noticia o Washington Times.
O jornal noticia que os arquitectos e engenheiros chegaram à conclusão de que a Federal Emergency Management Agency (FEMA) e o National Institute of Standards and Technology (NIST) forneceram "relatos insuficientes, contraditórios e fraudulentos das circunstâncias da destruição das torres" e "exigem uma investigação de um grande júri aos funcionários do NIST".
O jornal relata que Richard Gage, o porta-voz dos arquitectos e engenheiros disse: "Deverão ser notificados funcionários do governo de que a 'Conivência com a Traição', Código 18 (Sec. 2382) dos EUA é um grave crime federal, que exige a acção dos que possuem indícios de traição. As implicações são enormes e podem ter um impacto profundo no próximo julgamento de Khalid Sheik Mohammed".
Agora há uma outra organização, os Bombeiros pela Verdade do 11/Setembro. Na principal conferência de imprensa em São Francisco, Eric Lawyer, o líder desta organização, anunciou o apoio dos bombeiros às exigências dos arquitectos e engenheiros. Denunciou que não houve qualquer investigação forense aos incêndios que supostamente destruíram os três edifícios e que esta omissão constitui um crime.
Não foram seguidos os procedimentos obrigatórios e, em vez de ser preservada e investigada, a cena do crime foi destruída. Também denunciou que há mais de cem testemunhas de primeira-mão que ouviram e sentiram explosões e há provas de explosões através da rádio, de gravações de som e de vídeos.
Também na conferência de imprensa, o físico Steven Jones apresentou provas da existência de nano-termite em resíduos dos edifícios do WTC encontrada por um painel internacional de cientistas, chefiado pelo Professor Niels Harrit, da Universidade de Copenhaga. A nano-termite é um explosivo/pirotécnico de alta tecnologia capaz de derreter instantaneamente vigas mestras de aço.
Antes de gritarmos "teoria da conspiração", temos que ter presente que os arquitectos, engenheiros, bombeiros e cientistas não apresentam qualquer teoria. Apresentam provas que contestam a teoria oficial. Estas provas não vão desaparecer.
Se o facto de exprimir dúvidas ou reservas quanto à versão oficial do Relatório da Comissão do 11/Setembro torna uma pessoa num idiota da teoria da conspiração, então também temos que incluir o co-presidente da Comissão do 11/Setembro e o conselheiro legal da Comissão, que escreveram livros em que declaram abertamente que foram enganados por funcionários do governo quando dirigiam a investigação, ou, melhor, quando presidiam à investigação dirigida pelo director executivo Philip Zelikow, membro da equipa de transição do Presidente George W. Bush e do Foreign Intelligence Advisory Board e um co-autor com a secretária de Estado de Bush, Condi "Mushroom Cloud" Rice.
Há de haver sempre americanos que acreditam em tudo o que o governo lhes diz apesar de saberem que o governo lhes tem mentido muitas vezes. Apesar das dispendiosas guerras que ameaçam a Segurança Social e os Cuidados de Saúde, guerras essas baseadas em inexistentes armas de destruição maciça iraquianas, em inexistentes ligações de Saddam Hussein à al Qaida, em inexistente participação afegã nos ataques de 11/Setembro, e em inexistentes armas nucleares iranianas, que estão a ser invocadas como razão para a próxima guerra americana de agressão no Médio Oriente, mais de metade da população dos EUA continua a acreditar na história fantástica que o governo lhes contou sobre o 11/Setembro, uma conspiração muçulmana que ludibriou todo o mundo ocidental.
Mais ainda, esses americanos não se preocupam com a quantidade de vezes que o governo altera a sua versão. Por exemplo, os americanos ouviram falar pela primeira vez de Osama bin Laden porque o regime Bush lhe atribuiu os ataques do 11/Setembro. Ano após ano foram apresentados vídeos ao público crédulo americano com declarações de bin Laden. Os especialistas consideraram que esses vídeos eram falsificações, mas os americanos mantiveram-se crédulos. Depois, subitamente no ano passado, surgiu um novo "cérebro" do 11/Setembro que ocupou o lugar de bin Laden, o preso Khalid Sheik Mohammed, o detido que foi mergulhado em água 183 vezes até confessar ter sido o cérebro dos ataques do 11/Setembro.
Na Idade Média, as confissões arrancadas sob tortura constituíam prova, mas o sistema legal dos EUA sempre recusou a auto-incriminação desde a sua fundação. Mas com o regime Bush e os juízes federais Republicanos, que nos juraram defender a Constituição dos EUA, a auto-incriminação de Sheik Mohammed consiste hoje na única prova que o governo americano tem de que foram terroristas muçulmanos que provocaram o 11/Setembro.
Se uma pessoa analisar as acções atribuídas a Khalid Sheik Mohammed, estas são simplesmente incríveis. Sheik Mohammed é um super-herói mais brilhante, com mais capacidades do que V no filme de ficção, "V de Vingança" (V for Vendetta). Sheik Mohammed ludibriou todas as 16 agências de informações americanas e as de todos os aliados ou fantoches dos EUA, incluindo o Mossad de Israel. Não há nenhum serviço de informações na terra nem mesmo todos eles juntos que cheguem aos calcanhares de Sheik Mohammed.
Sheik Mohammed ludibriou o Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Dick Cheney, o Pentágono, o Departamento de Estado, o NORAD, a Força Aérea americana, e o Controlo de Tráfego Aéreo.
Fez com que a Segurança dos Aeroportos falhasse quatro vezes na mesma manhã. Provocou a falha das modernas defesas aéreas do Pentágono, o que permitiu que se despenhasse no Pentágono um avião comercial pirateado, que andou fora da rota durante toda a manhã enquanto a Força Aérea americana, pela primeira vez na história, foi incapaz de o interceptar,
Sheik Mohammed conseguiu realizar estas façanhas com pilotos não qualificados.
Sheik Mohammed, apesar de ser um prisioneiro mergulhado em água, conseguiu impedir que o FBI divulgasse os muitos vídeos confiscados que, segundo a versão oficial, mostrariam o avião pirateado a embater no Pentágono.
Até que ponto temos que ser ingénuos para acreditar que qualquer ser humano, qual personagem de ficção de Hollywood, tem este poder e capacidades?
Se Sheik Mohammed tem estas capacidades super humanas, como é que os incompetentes americanos o apanharam? Este tipo é um bode expiatório torturado até à confissão, a fim de que os americanos ingénuos continuem a acreditar na teoria da conspiração governamental.
O que se está a passar é que o governo americano tem que pôr fim ao mistério do 11/Setembro. O governo tem que levar a julgamento e condenar um réu para poder encerrar o caso antes que ele rebente. Qualquer pessoa que foi mergulhada em água 183 vezes confessa o que quer que seja.
O governo americano tem respondido às provas, que têm sido apresentadas contra a sua extraordinária teoria da conspiração do 11/Setembro, redefinindo a guerra contra o terrorismo de inimigos externos para inimigos internos. Janet Napolitano, secretária da Segurança Nacional, disse a 21 de Fevereiro que actualmente os extremistas americanos são motivo de preocupação tão grande como os terroristas internacionais. Os extremistas, claro, são pessoas que interferem na agenda do governo, como os 1 000 Arquitectos e Engenheiros pela Verdade do 11/Setembro. Este grupo era de 100, agora já são 1 000. E se vierem a ser 10 000?
Cass Sunstein, um funcionário do regime Obama, tem uma solução para os cépticos do 11/Setembro: Infiltrar-se dentro deles e levá-los a fazerem declarações e acções que possam ser usadas para os desacreditar ou para os prender. Mas livrar-se deles a todo o custo.
Porquê utilizar estas medidas extremas contra supostos idiotas se eles apenas provocam divertimento e risota? Estará o governo preocupado que eles farejem alguma coisa?
Em vez disso, porque é que o governo americano não confronta pura e simplesmente as provas que são apresentadas e as contesta?
Se os arquitectos, engenheiros, bombeiros e cientistas são uns idiotas chapados, seria fácil analisar as suas provas e refutá-las. Porque é que é necessário infiltrar-se neles com agentes secretos e armar-lhes ratoeiras?
Muitos americanos responderiam que o "seu" governo nunca pensaria sequer em matar americanos, roubando aviões e destruindo edifícios só para promover a agenda do governo. Mas a 3 de Fevereiro, Dennis Blair, director do National Intelligence, disse à Comissão de Informações da Câmara que o governo dos EUA pode assassinar os seus próprios cidadãos quando eles estão além-mar. Não é necessário nenhuma detenção, nenhum julgamento, nenhuma condenação por um crime capital. Apenas um assassínio impune.
Obviamente, se o governo dos EUA pode assassinar os seus cidadãos no estrangeiro, também pode assassiná-los internamente, e é o que tem feito. Por exemplo, foram assassinados 100 davidianos Branch [1] em Waco, Texas, por ordem da administração Clinton, sem qualquer razão legítima. O governo decidiu apenas usar do seu poder sabendo que o podia fazer, e foi o que fez.
Os americanos que pensam que o "seu governo" é uma espécie de operação moralmente pura, deviam familiarizar-se com a Operação Northwoods. A Operação Northwoods foi uma conspiração organizada pelos chefes de estado-maior conjuntos para que a CIA efectuasse actos de terrorismo em cidades americanas e fabricasse provas culpando Castro a fim de os EUA poderem conquistar o apoio interno e internacional para a mudança de regime em Cuba. O plano secreto foi vetado pelo presidente John F. Kennedy e foi revelado pelo John F. Kennedy Assassination Records Review Board. Está disponível online no National Security Archive. Há inúmeros relatos disponíveis online, incluindo na Wikipedia. O livro de James Bamford, Body of Secrets , também fala resumidamente na conspiração.
"A Operação Northwoods, que teve a aprovação por escrito do presidente [Gen. Lemnitzer] e de todos os membros dos chefes de estado-maior, propunha que fossem alvejadas pessoas inocentes nas ruas americanas; que fossem afundados no alto mar barcos que transportassem refugiados fugidos de Cuba; que fosse desencadeada uma onda de terrorismo violento em Washington, DC, Miami, e noutros sítios. Seriam acusadas pessoas por explosões bombistas que não tinham feito, seriam pirateados aviões. Através de provas fabricadas, tudo isso seria atribuído a Castro, dando a Lemnitzer e à sua pandilha a justificação e o apoio público e internacional de que precisavam para desencadear a sua guerra".
Antes do 11/Setembro os neoconservadores americanos foram explícitos quanto afirmaram que as guerras de agressão que pretendiam desencadear no Médio Oriente exigiam "um novo Pearl Harbour".
Para seu próprio bem e para o bem de todo o mundo, é preciso que os americanos prestem atenção ao número cada vez maior de especialistas que lhes estão a dizer que o relato do governo sobre o 11/Setembro não condiz com as suas próprias investigações. O 11/Setembro desencadeou o plano neoconservador para a hegemonia mundial dos EUA. Enquanto escrevo, o governo dos EUA está a negociar o acordo de governos estrangeiros que rodeiam a Rússia para aceitar bases americanas de intercepção de mísseis. Os EUA pretendem cercar a Rússia com bases americanas de mísseis desde a Polónia, passando pela Europa central e Kosovo, até à Geórgia, Azerbaijão e Ásia central [ver www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=17709 ]. O enviado especial americano Richard Holbrooke declarou a 20 de Fevereiro que a al Qaida está a infiltrar-se nas partes constituintes da antiga União Soviética na Ásia central, como o Tajiquistão, o Quirguistão, o Uzbequistão, o Turquemenistão e o Cazaquistão. Hollbrooke está a pedir bases americanas nestas repúblicas ex-soviéticas com a desculpa da "guerra contra o terrorismo" sempre em expansão.
Os EUA já cercaram o Irã com bases militares. O governo americano pretende neutralizar a China assumindo o controlo do Médio Oriente e isolando a China do petróleo.
Este plano parte do princípio que a Rússia e a China, países com armas nucleares, ficarão intimidados com as defesas anti-mísseis americanas e cederão à hegemonia dos EUA e que a China ficará sem petróleo para as suas indústrias e forças militares.
O governo dos EUA está enganado. Os líderes militares e políticos russos responderam a esta ameaça óbvia declarando que a NATO é uma ameaça directa para a segurança da Rússia e anunciando uma mudança na doutrina russa da guerra quanto ao lançamento preventivo de armas nucleares. Os chineses estão demasiado confiantes para serem intimidados por uma "superpotência" americana enfraquecida.
Os atrasados mentais de Washington estão a jogar a cartada da guerra nuclear. O impulso louco para a hegemonia americana ameaça a vida sobre a Terra. O povo americano, ao aceitar as mentiras e enganos do "seu" governo, estão a facilitar este resultado.
26/Fevereiro/2010
[1] Davidianos Branch – seita religiosa destrutiva com origem na igreja adventista; em 1993 agentes federais dos EUA cercaram as suas instalações em Waco (Texas), tendo daí resultado a morte de dezenas dos seus membros quando o complexo ardeu completamente (N.T.).
O original, em inglês, encontra-se aqui.
Tradução: Margarida Ferreira
Fonte: Blog do Luiz Carlos Azenha - Sugestão: Probus
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Si vis pacem, para bellum.
"Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada. Mas a IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras."
Albert Einstein
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Re: GEOPOLÍTICA
E os bobalhões de nossa mídia acham que estamos entrando no Irã por conta só do problema Nuclear, é evidente que existe um enorme jogo de poder em torno do mercado de petróleo mundial, a China vai demandar quantidade crescentes dele, e ela não tem, e tudo deverá vir do Oriente Médio e dos outros grandes produtores, os EUA já perceberam isso faz tempo. Mas aqui todos os de rabo preso obedecem a Miami!!! Temos mais é que apoiar a diversidade ideológica no Oriente Médio.Oziris escreveu:A corrida louca para a hegemonia americana põe em perigo a vida na Terra
Por Paul Craig Roberts*, no Global Research, via Resistir.info, sugestão de Edvaldo Alves e Marroni
Fonte: Blog do Luiz Carlos Azenha - Sugestão: Probus
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Editado pela última vez por PRick em Seg Mar 08, 2010 2:26 pm, em um total de 1 vez.
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Re: GEOPOLÍTICA
Consumo.
United States of America 20,800,000 bbl
China 6,930,000 bbl
Japan 5,353,000 bbl
Russia 2,916,000 bbl
Germany 2,618,000 bbl
India 2,438,000 bbl
Canada 2,290,000 bbl (Opinião: WTF como tão pouca gente "bebe" tanto?)
South Korea 2,130,000 bbl
Brazil 2,100,000 bbl
Mexico 2,078,000 bbl
Saudi Arabia 2,000,000 bbl
Produção.
Saudi Arabia 11,000,000 bbl
Russia 9,870,000 bbl
United States of America 7,460,000 bbl
Iran 3,956,000 bbl
China 3,725,000 bbl
Canada 3,310,000 bbl
Mexico 3,083,000 bbl
Norway 2,560,000 bbl
Venezuela 2,398,000 bbl
Iraq 2,093,000 bbl
Brazil 1,797,000 bbl
Reservas comprovadas.
Saudi Arabia 264,300,000,000 bbl
Canada 178,800,000,000 bbl
Iran 136,200,000,000 bbl
Iraq 112,500,000,000 bbl
Venezuela 79,140,000,000 bbl
Russia 60,000,000,000 bbl
Libya 45,000,000,000 bbl
United States of America 21,760,000,000 bbl
Mexico 14,700,000,000 bbl
China 12,800,000,000 bbl
Brazil 11,720,000,000 bbl
Com isso vcs podem tirar suas conclusões sobre a importancia do oriente medio pra certos paises! (nao so EUA).
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Reservas comprovadas.
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Com isso vcs podem tirar suas conclusões sobre a importancia do oriente medio pra certos paises! (nao so EUA).
Re: GEOPOLÍTICA
Um dos motivos, senão o principal, para que o Japão Imperial tomasse a atitude de atacar os EUA, foi o cerco que os EUA fizeram as fontes de petróleo japonesas, eles agora querem repetir a dose com os chineses.
[]´s
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Re: GEOPOLÍTICA
ISTOÉ
Problemas americanos
Hillary volta aos EUA sem conseguir contornar conflitos comerciais com o Brasil e Obama cancela visita a Lula
Claudio Dantas Sequeira
“Os brasileiros dizem que falta confiança na relação com os EUA”
Hillary Clinton, secretária de Estado
A “agenda positiva” que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pretendia inaugurar em sua passagem por Brasília, na quarta- feira 3, deverá ser esquecida no fundo da gaveta. Pelo menos até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar do banquete protocolar, a recepção a Hillary no Itamaraty foi muito pouco diplomática. Tanto Lula quanto o chanceler Celso Amorim preferiram usar o encontro para marcar posições em defesa das negociações com o Irã e abordar, de forma franca, os conflitos comerciais que envolvem as barreiras tarifárias ao etanol e a retaliação autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC) no caso do algodão. Hillary, que esperava um contato amistoso no qual convenceria o governo brasileiro a comprar caças F-18 Super Hornet, foi embora decepcionada. “Os brasileiros dizem que falta confiança na relação com os EUA”, lamentou ela com seus assessores. O pior para a secretária de Estado foram as declarações de Amorim a respeito do apoio de Lula ao Irã. “Não podemos nos curvar. Temos de pensar com nossa própria cabeça”, bradou Amorim. Lula, por sua vez, afirmou que não se pode “emparedar o Irã”. A consequência mais imediata da posição do Brasil, segundo apurou ISTOÉ, será a suspensão “sine die” da visita do presidente Barack Obama, que deveria ocorrer no primeiro semestre.
SEM DIPLOMACIA
Amorim: “Não podemos nos curvar”
“A viagem foi posta de lado”, garante um diplomata que participou do encontro entre Amorim e Hillary. Uma última tentativa de aproximação será feita na terça- feira 9, com a chegada do secretário de Comércio americano, Gary Locke. Mas também não deve frutificar, pois Amorim anunciou que a lista de produtos americanos sujeitos a represálias autorizadas pela OMC contra os subsídios dos EUA ao algodão será divulgada na véspera. A OMC autorizou o Brasil a retaliar em até US$ 830 milhões anuais os produtos americanos e o governo trabalha numa lista de até 120 itens que sofrerão sobretaxa de importação. Sobre a possibilidade de uma contrarretaliação americana, Amorim abusou da ironia: “Desse susto eu não morro. Não posso imaginar que os EUA, que promoveram a criação do Acordo Geral de Tarifas e Comércio, da OMC, vão usar um instrumento fora das regras internacionais”, disse. Hillary demonstrou boa vontade: “Temos tempo para tentar resolver isso de maneira pacífica e produtiva.”
Na opinião do professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, “os empresários de ambos os países têm mais a ganhar com a ampliação da pauta do que com a aplicação de sanções que tendem a alimentar um ciclo negativo.” Ele ressalta que a decisão favorável junto à OMC pode ser uma “moeda de troca” em outras negociações. Daí o esforço dos EUA numa agenda positiva que ajude a abrir o mercado brasileiro para as exportações americanas. Com a recente aprovação na Câmara de um acordo para a troca de informações tributárias, espera-se avançar nas negociações sobre o fim da dupla tributação. Mas nada disso vai avançar enquanto persistir o impasse diplomático sobre a questão nuclear iraniana.
http://www.istoe.com.br/reportagens/551 ... AMERICANOS
Problemas americanos
Hillary volta aos EUA sem conseguir contornar conflitos comerciais com o Brasil e Obama cancela visita a Lula
Claudio Dantas Sequeira
“Os brasileiros dizem que falta confiança na relação com os EUA”
Hillary Clinton, secretária de Estado
A “agenda positiva” que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pretendia inaugurar em sua passagem por Brasília, na quarta- feira 3, deverá ser esquecida no fundo da gaveta. Pelo menos até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar do banquete protocolar, a recepção a Hillary no Itamaraty foi muito pouco diplomática. Tanto Lula quanto o chanceler Celso Amorim preferiram usar o encontro para marcar posições em defesa das negociações com o Irã e abordar, de forma franca, os conflitos comerciais que envolvem as barreiras tarifárias ao etanol e a retaliação autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC) no caso do algodão. Hillary, que esperava um contato amistoso no qual convenceria o governo brasileiro a comprar caças F-18 Super Hornet, foi embora decepcionada. “Os brasileiros dizem que falta confiança na relação com os EUA”, lamentou ela com seus assessores. O pior para a secretária de Estado foram as declarações de Amorim a respeito do apoio de Lula ao Irã. “Não podemos nos curvar. Temos de pensar com nossa própria cabeça”, bradou Amorim. Lula, por sua vez, afirmou que não se pode “emparedar o Irã”. A consequência mais imediata da posição do Brasil, segundo apurou ISTOÉ, será a suspensão “sine die” da visita do presidente Barack Obama, que deveria ocorrer no primeiro semestre.
SEM DIPLOMACIA
Amorim: “Não podemos nos curvar”
“A viagem foi posta de lado”, garante um diplomata que participou do encontro entre Amorim e Hillary. Uma última tentativa de aproximação será feita na terça- feira 9, com a chegada do secretário de Comércio americano, Gary Locke. Mas também não deve frutificar, pois Amorim anunciou que a lista de produtos americanos sujeitos a represálias autorizadas pela OMC contra os subsídios dos EUA ao algodão será divulgada na véspera. A OMC autorizou o Brasil a retaliar em até US$ 830 milhões anuais os produtos americanos e o governo trabalha numa lista de até 120 itens que sofrerão sobretaxa de importação. Sobre a possibilidade de uma contrarretaliação americana, Amorim abusou da ironia: “Desse susto eu não morro. Não posso imaginar que os EUA, que promoveram a criação do Acordo Geral de Tarifas e Comércio, da OMC, vão usar um instrumento fora das regras internacionais”, disse. Hillary demonstrou boa vontade: “Temos tempo para tentar resolver isso de maneira pacífica e produtiva.”
Na opinião do professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, “os empresários de ambos os países têm mais a ganhar com a ampliação da pauta do que com a aplicação de sanções que tendem a alimentar um ciclo negativo.” Ele ressalta que a decisão favorável junto à OMC pode ser uma “moeda de troca” em outras negociações. Daí o esforço dos EUA numa agenda positiva que ajude a abrir o mercado brasileiro para as exportações americanas. Com a recente aprovação na Câmara de um acordo para a troca de informações tributárias, espera-se avançar nas negociações sobre o fim da dupla tributação. Mas nada disso vai avançar enquanto persistir o impasse diplomático sobre a questão nuclear iraniana.
http://www.istoe.com.br/reportagens/551 ... AMERICANOS
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
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Re: GEOPOLÍTICA
Inteligência e Estado
Operações especiais de inteligência.
Por Hércules Rodrigues de Oliveira
Considerado por muitos especialistas internacionais como o melhor Serviço Secreto do mundo, o Mossad (em hebraico Instituto) é o Instituto para Inteligência e Operações Especiais.
Fundado em 13 de dezembro de 1949 é um serviço civil diretamente ligado ao primeiro-ministro onde todos os operadores de inteligência já prestaram serviço militar nas unidades das Forças de Defesa de Israel (FDI).
Em uma comparação bem ao gosto do Presidente Lula sobre assuntos futebolísticos, o Mossad está para a Inteligência assim como a Seleção da Espanha está para FIFA (a primeira no ranking). Não obstante, a indústria hollywoodiana que em sua gênese teve forte presença sionista não deixa ano após ano sem exibir película sobre o povo judeu.
Filmes com forte apelo emocional mostraram ao mundo a capacidade operacional do Mossad como se viu em: Resgate em Entebbe (1977); A garota do tambor (1984); O homem que capturou Eichmann (1996) e Munique, indicado a cinco Oscars em 2005.
Se de um lado somos conduzidos pela emoção na telona, por outro somos concitados a reflexão ao lermos sobre a “Indústria do Holocausto”, termo cunhado por Norman G. Finkestein, professor judeu americano, filho de judeus egressos do Gueto de Varsóvia e sobreviventes de Auschwitz, que “exibe como vítimas o grupo étnico mais bem sucedido dos Estados Unidos e apresenta como indefeso um país como Israel, uma das maiores potências militares do mundo, que oprime os não judeus em seu território e em áreas de influência".
Pelo lado da atividade de inteligência, o ex-agente do Mossad Victor Ostrovsky descreve sua passagem nas operações especiais como se fossem “marcas da decepção”, talvez as mesmas que vem sendo noticiada pela mídia, sobre o assassinato em um hotel de Dubai, capital dos Emirados Árabes, do líder do Hamas (acrônimo que se traduz “Movimento de Resistência Islâmica”), Mahmoud al-Mabhuh, membro fundador do braço militar conhecido como Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, suspeito de contrabandear armas para os insurgentes palestinos.
O Hamas é visto como organização terrorista pelo moderno Estado de Israel, enquanto que para o mundo árabe um Partido Político e uma instituição com fins filantrópicos. Shakespere disse que “sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências”. Então existem heróis dos dois lados. Mahmoud talvez seja um deles.
Malgrado vejamos o caso do congressista estadunidense Charlie Wilson, que ajudou a CIA com bilhões de doláres de seu governo treinando e armando os mujaheddins liderados por Osama Bin Laden, contra os soviéticos no Afeganistão, que depois lutaram contra os próprios americanos no 11 de setembro.
A questão da morte de Mahmoud começa a despertar a opinião pública mundial e a atrair as atenções para Israel, que não tira os olhos do Irã. Também pudera, Israel é como se fosse uma ilha com 7 milhões de judeus, cercado por um mar de mais de 200 milhões de árabes. O ministro de Relações Exteriores de Israel Avigdor Lieberman, disse que “não há provas de que o Mossad esteja por trás do assassinato de um comandante do Hamas”.
Verdade ou não, a tecnologia a serviço da polícia de Dubai, provavelmente “made in Telavive”, foi reveladora no que diz respeito ao modus operandi indentificando toda a equipe (israelense ou não) que atuou naquela operação. Não é novidade que Israel não respeita o jus gentium ou “direito dos povos”, norma de direito romano aplicado aos estrangeiros que modernamente incorporou o Direito Internacional Privado, se assim o fizesse não teriam sequestrado entre tantos outros, em Roma, o seu patrício Mordechai Vanunu, que revelou detalhes do programa nuclear de Israel para a imprensa britânica em 1986.
De bom alvitre o registro de que Israel é uma democracia parlamentar com sufrágio universal, e o que se vê é que, a segurança do Estado de Israel está acima dos interesses do governo, pois o Estado é perene e o governo pode ser disolvido pela maioria do parlamento pela simples falta de confiança.
O Cone Sul já vivenciou, de algum modo, questões como esta, haja vista a Operação Condor, conduzida pelos governos ditatoriais, cuja função era neutralizar os grupos de oposição, como os tupamaros no Uruguai, os montoneros na Argentina e o Movimento de Esquerda Revolucionário no Chile. Mutatis mutandis o que importa é que o êxito ou fracasso de um órgão de Inteligência passa inexoravelmente pela performace de sua unidade de operações especiais que, necessitam estar em sintônia com as necessidades do Estado Democrático de Direito e não atrelada as vontades de governo que são em sua essência transitórios.
Lembre-se de que Moisés mandou espias para a terra de Canaã e Josúé, para Jericó. Nenhum deles disse: Ide reconhecer, sequestrar ou assassinar.
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Operações especiais de inteligência.
Por Hércules Rodrigues de Oliveira
Considerado por muitos especialistas internacionais como o melhor Serviço Secreto do mundo, o Mossad (em hebraico Instituto) é o Instituto para Inteligência e Operações Especiais.
Fundado em 13 de dezembro de 1949 é um serviço civil diretamente ligado ao primeiro-ministro onde todos os operadores de inteligência já prestaram serviço militar nas unidades das Forças de Defesa de Israel (FDI).
Em uma comparação bem ao gosto do Presidente Lula sobre assuntos futebolísticos, o Mossad está para a Inteligência assim como a Seleção da Espanha está para FIFA (a primeira no ranking). Não obstante, a indústria hollywoodiana que em sua gênese teve forte presença sionista não deixa ano após ano sem exibir película sobre o povo judeu.
Filmes com forte apelo emocional mostraram ao mundo a capacidade operacional do Mossad como se viu em: Resgate em Entebbe (1977); A garota do tambor (1984); O homem que capturou Eichmann (1996) e Munique, indicado a cinco Oscars em 2005.
Se de um lado somos conduzidos pela emoção na telona, por outro somos concitados a reflexão ao lermos sobre a “Indústria do Holocausto”, termo cunhado por Norman G. Finkestein, professor judeu americano, filho de judeus egressos do Gueto de Varsóvia e sobreviventes de Auschwitz, que “exibe como vítimas o grupo étnico mais bem sucedido dos Estados Unidos e apresenta como indefeso um país como Israel, uma das maiores potências militares do mundo, que oprime os não judeus em seu território e em áreas de influência".
Pelo lado da atividade de inteligência, o ex-agente do Mossad Victor Ostrovsky descreve sua passagem nas operações especiais como se fossem “marcas da decepção”, talvez as mesmas que vem sendo noticiada pela mídia, sobre o assassinato em um hotel de Dubai, capital dos Emirados Árabes, do líder do Hamas (acrônimo que se traduz “Movimento de Resistência Islâmica”), Mahmoud al-Mabhuh, membro fundador do braço militar conhecido como Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, suspeito de contrabandear armas para os insurgentes palestinos.
O Hamas é visto como organização terrorista pelo moderno Estado de Israel, enquanto que para o mundo árabe um Partido Político e uma instituição com fins filantrópicos. Shakespere disse que “sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências”. Então existem heróis dos dois lados. Mahmoud talvez seja um deles.
Malgrado vejamos o caso do congressista estadunidense Charlie Wilson, que ajudou a CIA com bilhões de doláres de seu governo treinando e armando os mujaheddins liderados por Osama Bin Laden, contra os soviéticos no Afeganistão, que depois lutaram contra os próprios americanos no 11 de setembro.
A questão da morte de Mahmoud começa a despertar a opinião pública mundial e a atrair as atenções para Israel, que não tira os olhos do Irã. Também pudera, Israel é como se fosse uma ilha com 7 milhões de judeus, cercado por um mar de mais de 200 milhões de árabes. O ministro de Relações Exteriores de Israel Avigdor Lieberman, disse que “não há provas de que o Mossad esteja por trás do assassinato de um comandante do Hamas”.
Verdade ou não, a tecnologia a serviço da polícia de Dubai, provavelmente “made in Telavive”, foi reveladora no que diz respeito ao modus operandi indentificando toda a equipe (israelense ou não) que atuou naquela operação. Não é novidade que Israel não respeita o jus gentium ou “direito dos povos”, norma de direito romano aplicado aos estrangeiros que modernamente incorporou o Direito Internacional Privado, se assim o fizesse não teriam sequestrado entre tantos outros, em Roma, o seu patrício Mordechai Vanunu, que revelou detalhes do programa nuclear de Israel para a imprensa britânica em 1986.
De bom alvitre o registro de que Israel é uma democracia parlamentar com sufrágio universal, e o que se vê é que, a segurança do Estado de Israel está acima dos interesses do governo, pois o Estado é perene e o governo pode ser disolvido pela maioria do parlamento pela simples falta de confiança.
O Cone Sul já vivenciou, de algum modo, questões como esta, haja vista a Operação Condor, conduzida pelos governos ditatoriais, cuja função era neutralizar os grupos de oposição, como os tupamaros no Uruguai, os montoneros na Argentina e o Movimento de Esquerda Revolucionário no Chile. Mutatis mutandis o que importa é que o êxito ou fracasso de um órgão de Inteligência passa inexoravelmente pela performace de sua unidade de operações especiais que, necessitam estar em sintônia com as necessidades do Estado Democrático de Direito e não atrelada as vontades de governo que são em sua essência transitórios.
Lembre-se de que Moisés mandou espias para a terra de Canaã e Josúé, para Jericó. Nenhum deles disse: Ide reconhecer, sequestrar ou assassinar.
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Si vis pacem, para bellum.
"Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada. Mas a IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras."
Albert Einstein
Si vis pacem, para bellum.
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- irlan
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Re: GEOPOLÍTICA
Esse post de reservas comprovadas inclui o pré-sal?
Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!