VENEZUELA
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Chávez investe US$ 7 bi em armamentos, diz Sarney
O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), hoje senador, tornou-se obcecado pesquisador do esforço armamentista de Hugo Chávez. Vem vociferando contra o perfil belicista do presidente da Venezuela desde o ano passado.
Sarney situava na casa dos US$ 4 bilhões os investimentos de Caracas em armas. Nesta segunda-feira (3), ele atualizou sua contabilidade. Disse que, entre aquisições e encomendas, Chavez já investiu US$ 7,1 bilhões em equipamentos bélicos.
Até o Brasil freqüenta a lista de fornecedores de armas de Chávez. Vendeu-lhe, segundo Sarney, um lote de pistolas 9 mm. De resto, o líder da auto-proclamada Revolução Bolivariana serve-se radares de defesa aérea da China; veículos de transporte de tropas, helicópteros de ataque, rifles, caças, radares e submarinos da Rússia. Os russos estariam também modernizando caças adquiridos por Chávez no Irã.
“A sedução da força é grande e não leva a bons resultados”, diz Sarney. “Que necessidade tem um país do nosso continente de armar-se dessa maneira? Para quê? Contra quem? Qual é o objetivo? Não é outro senão o de constituir uma ameaça ao Continente”.
Como evidência de suas preocupações, Sarney recorre ao conflito entre Colômbia e Equador, iniciado no final de semana. “A primeira reação de Chavéz ao incidente não foi a de negociar uma solução pacífica”, lamenta o ex-presidente brasileiro. “Chávez disse: vamos mandar divisões blindadas para fronteira. Outro dia, ela já havia declarado que, se houvesse algum problema na Bolívia, mandaria tropas para lá. Temos que nos unir contra isso”.
A crise entre Equador, Colômbia e Venezuela, detonada pela morte de 17 guerrilheiros das Farc, entre eles Raúl Reyes, segundo homem da guerrilha, ganhou o mundo. Muita gente veio ao meio-fio para dizer algo. Do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon –“Estou preocupado”—ao ex-ditador cubano Fidel Castro –“Se ouvem com força na América do Sul as trombetas da guerra, em conseqüência dos planos genocidas do império ianque".
Em Brasília, a arenga diplomática foi o tema principal da reunião de coordenação política, No Planalto. O chanceler Celso Amorim, que passara o domingo grudado ao telefone, relatou a Lula e a outros ministros as informações que recolhera em contatos com as chancelarias do Equador e da Colômbia. A pedido do presidente, Amorim prepara uma manifestação oficial do governo sobre o problema.
De resto, informou-se que Lula conversará, pelo telefone, com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Busca uma maneira de atuar como mediador de uma solução conciliatória. Já contactou também os presidentes Uribe, da Colômbia, e Correa, do Equador.
Acusado de ter invadido o território do Equador para aniquilar os guerrilheiros das Farc, o governo da Colômbia foi ao contra-ataque. Pede explicações ao gabinete equatoriano de Rafael Correa acerca de suposta proteção de Quito à guerrilha colombiana.
Assessores de Uribe dizem ter pescado documentos comprometedores em três computadores apreendidos no ataque aos guerrilheiros. O conteúdo de dois desses papéis apontam para a existência de vínculos entre Equador e as Farc.
Os documentos (leia aqui e aqui foram veiculados pelo jornal colombiano "El Tiempo". Mostram que o guerrilheiro Reyes, morto no ataque de sábado, teria se reunido com Gustavo Larrea, ministro da Segurança do Equador. No encontro, expôs o interesse de oficializar relação das Farc com o Equador.
Há ainda nos textos indicações de que se agendava uma conversa de representantes da guerrilha com o presidente equatoriano. Não é só: a inteligência colombiana sustenta que o conteúdo dos laptops apreendidos com a guerrilha demonstra que o compañero Chávez repassou às Farc a bagatela de US$ 300 milhões.
Sarney lembra que, quando presidiu o Brasil, foi surpreendido pela presença de “uma coluna de guerrilheiros das Farc no Norte do Brasil”. Deu-se no primeiro mês de sua gestão. Determinou que fossem expulsos. “Mandamos o Brasil dar um sinal de que jamais admitiria que seu território fosse transformado em santuário de qualquer aventura que se desenrolasse em países do Continente”. Desde então, diz Sarney, nenhum presidente brasileiro, nem mesmo Lula, “permitiu que o Brasil servisse de abrigo para guerrilheiros ou rescaldo de lutas internas de outros países”.
Fonte: http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/
O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), hoje senador, tornou-se obcecado pesquisador do esforço armamentista de Hugo Chávez. Vem vociferando contra o perfil belicista do presidente da Venezuela desde o ano passado.
Sarney situava na casa dos US$ 4 bilhões os investimentos de Caracas em armas. Nesta segunda-feira (3), ele atualizou sua contabilidade. Disse que, entre aquisições e encomendas, Chavez já investiu US$ 7,1 bilhões em equipamentos bélicos.
Até o Brasil freqüenta a lista de fornecedores de armas de Chávez. Vendeu-lhe, segundo Sarney, um lote de pistolas 9 mm. De resto, o líder da auto-proclamada Revolução Bolivariana serve-se radares de defesa aérea da China; veículos de transporte de tropas, helicópteros de ataque, rifles, caças, radares e submarinos da Rússia. Os russos estariam também modernizando caças adquiridos por Chávez no Irã.
“A sedução da força é grande e não leva a bons resultados”, diz Sarney. “Que necessidade tem um país do nosso continente de armar-se dessa maneira? Para quê? Contra quem? Qual é o objetivo? Não é outro senão o de constituir uma ameaça ao Continente”.
Como evidência de suas preocupações, Sarney recorre ao conflito entre Colômbia e Equador, iniciado no final de semana. “A primeira reação de Chavéz ao incidente não foi a de negociar uma solução pacífica”, lamenta o ex-presidente brasileiro. “Chávez disse: vamos mandar divisões blindadas para fronteira. Outro dia, ela já havia declarado que, se houvesse algum problema na Bolívia, mandaria tropas para lá. Temos que nos unir contra isso”.
A crise entre Equador, Colômbia e Venezuela, detonada pela morte de 17 guerrilheiros das Farc, entre eles Raúl Reyes, segundo homem da guerrilha, ganhou o mundo. Muita gente veio ao meio-fio para dizer algo. Do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon –“Estou preocupado”—ao ex-ditador cubano Fidel Castro –“Se ouvem com força na América do Sul as trombetas da guerra, em conseqüência dos planos genocidas do império ianque".
Em Brasília, a arenga diplomática foi o tema principal da reunião de coordenação política, No Planalto. O chanceler Celso Amorim, que passara o domingo grudado ao telefone, relatou a Lula e a outros ministros as informações que recolhera em contatos com as chancelarias do Equador e da Colômbia. A pedido do presidente, Amorim prepara uma manifestação oficial do governo sobre o problema.
De resto, informou-se que Lula conversará, pelo telefone, com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Busca uma maneira de atuar como mediador de uma solução conciliatória. Já contactou também os presidentes Uribe, da Colômbia, e Correa, do Equador.
Acusado de ter invadido o território do Equador para aniquilar os guerrilheiros das Farc, o governo da Colômbia foi ao contra-ataque. Pede explicações ao gabinete equatoriano de Rafael Correa acerca de suposta proteção de Quito à guerrilha colombiana.
Assessores de Uribe dizem ter pescado documentos comprometedores em três computadores apreendidos no ataque aos guerrilheiros. O conteúdo de dois desses papéis apontam para a existência de vínculos entre Equador e as Farc.
Os documentos (leia aqui e aqui foram veiculados pelo jornal colombiano "El Tiempo". Mostram que o guerrilheiro Reyes, morto no ataque de sábado, teria se reunido com Gustavo Larrea, ministro da Segurança do Equador. No encontro, expôs o interesse de oficializar relação das Farc com o Equador.
Há ainda nos textos indicações de que se agendava uma conversa de representantes da guerrilha com o presidente equatoriano. Não é só: a inteligência colombiana sustenta que o conteúdo dos laptops apreendidos com a guerrilha demonstra que o compañero Chávez repassou às Farc a bagatela de US$ 300 milhões.
Sarney lembra que, quando presidiu o Brasil, foi surpreendido pela presença de “uma coluna de guerrilheiros das Farc no Norte do Brasil”. Deu-se no primeiro mês de sua gestão. Determinou que fossem expulsos. “Mandamos o Brasil dar um sinal de que jamais admitiria que seu território fosse transformado em santuário de qualquer aventura que se desenrolasse em países do Continente”. Desde então, diz Sarney, nenhum presidente brasileiro, nem mesmo Lula, “permitiu que o Brasil servisse de abrigo para guerrilheiros ou rescaldo de lutas internas de outros países”.
Fonte: http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/
- LEO
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Edu Lopes escreveu:Temos que nos unir contra isso”.
Fala isso para os "cumpanhero".
"Veni, vidi, vinci" - Júlio Cesar
http://www.jornalopcao.com.br/index.asp ... djornal=43
Every time you feed a troll, God kills a kitten. Please, think of the kittens
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- Túlio
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"Faça o que eu digo, não faça o que eu faço". Bem por aí.Túlio escreveu:Eu queria saber é o que o Sarney, quando Presidente, fez pelas nossas FFAA...
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Ele comprou 22 F-5E+4F-5FTúlio escreveu:Eu queria saber é o que o Sarney, quando Presidente, fez pelas nossas FFAA...
9 ou 10 Super Puma.
3 Brasilias.
3 Hércules C-130H novos.
4 Mirage III
6 Caravam II
36Panther para o EB
16 Esquilo para o EB tb...
2NDD Thomaston para a MB
1 Navio de resgate submarino (Felinto Perry)
O programa nuclear avançou um pouco tb.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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- Vinicius Pimenta
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E com ele, ao que parece, os pilotos da FAB voavam mais de 250 horas/ano.
Ah, e o programa espacial recebia uma verba bem razoável.
Ah, e o programa espacial recebia uma verba bem razoável.
Editado pela última vez por Vinicius Pimenta em Seg Mar 03, 2008 9:11 pm, em um total de 1 vez.
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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Teve o Programa Calha Norte também, que foi descontinuado nos governos seguintes...cicloneprojekt escreveu:Ele comprou 22 F-5E+4F-5FTúlio escreveu:Eu queria saber é o que o Sarney, quando Presidente, fez pelas nossas FFAA...
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Calmaí, Walter véio...cicloneprojekt escreveu:Ele comprou 22 F-5E+4F-5FTúlio escreveu:Eu queria saber é o que o Sarney, quando Presidente, fez pelas nossas FFAA...
9 ou 10 Super Puma.
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16 Esquilo para o EB tb...
2NDD Thomaston para a MB
1 Navio de resgate submarino (Felinto Perry)
O programa nuclear avançou um pouco tb.
Comprar F-5 na segunda metade dos anos 80 era kôza que se fizesse? Os SP vieram trocados pelos Puma. Mais MIII? Idem ao F-5, estávamos nos anos 80, não nos anos 60. A Avex ele herdou da ditadura, que a havia decidido criar e ele não seria doido de dizer que não! O avanço do Programa Nuclear se deu às expensas do orçamento da MB, sem NENHUMA ajuda especial do bigodudo Presidente, que só foi lá na hora de ploclamar à imprensa que em seu governo o Brasil havia conseguido purificar urânio. Os navios foram as famigeradas 'compras de oprtunidade', também do orçamento da MB. Quanto ao resto, deixo ao Talha véio e sua TAB...
O ÚNICO que entrou MESMO de cabeça no Calha Norte foi o EB, o governo NUNCA cumpriu sua parte, só ficou na charlaiada politiqueira...Trabuco escreveu:Teve o Programa Calha Norte também, que foi descontinuado nos governos seguintes...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Foi uma época em que apesar de terem equipamentos obsoletos, a operacionalidade andava em alta. Sempre decolavam para missões de combate simulados. Voavam bastante sim, principalmente os F-5 durante esse periodo. Se foi ou não coisa do Sarney... SEI LA!!Vinicius Pimenta escreveu:E com ele, ao que parece, os pilotos da FAB voavam mais de 250 horas/ano.
Ah, e o programa espacial recebia uma verba bem razoável.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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- Edu Lopes
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Re: CHAVEZ: de novo.
Para analistas, Chávez ocupa espaços, mas não ameaça Brasil
Com dinheiro e uma retórica inflamada, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, está ocupando espaços deixados pelo Brasil no processo de integração e liderança do bloco sul-americano. Mas, na opinião de políticos, diplomatas e analistas ouvidos pela BBC Brasil no continente, Chávez não faz sombra à posição central que o Brasil ocupa na região.
Na recente crise entre Colômbia e Equador, depois que helicópteros colombianos invadiram o território equatoriano para realizar um ataque contra membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), ficou clara uma diferença de comportamento entre os governos de Brasil e Venezuela.
O presidente Chávez reagiu não apenas fazendo duras acusações à Colômbia, mas também enviando tropas para a fronteira com o país vizinho, sinalizando disposição de defender o Equador em um possível conflito militar.
“A posição do governo brasileiro foi muito mais significativa, porque não saiu em defesa do Equador, mas sim a condenar a ação da Colômbia, que foi o problema central”, diz o analista político equatoriano Milton Benitez.
Para o sociólogo venezuelano Javier Biardeau, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mais peso quando as soluções de conflitos são levadas a instituições multilaterais, como a OEA (Organização dos Estados Americanos).
“Chávez limita-se a replicar a política dos Países Não-Alinhados, já Lula tem mais flexibilidade e diversidade de aliados. Na hora da verdade, quem bate o martelo é sempre o Brasil”, acredita Biardeau.
Teodoro Petkoff, ex-ministro do governo de Rafael Caldera nos anos 1990 e opositor a Chávez, concorda. “Chávez não ameaça o Brasil. Existe uma paranóia americana que superdimensiona o seu governo”.
Diplomacia do dinheiro
Para observadores, os dois presidentes e suas diplomacias têm estratégias distintas quando o assunto é integração e liderança regionais.
“Ambos desenvolvem estratégias diferentes, que avançam paralelamente, mas não são antagônicas. Nos projetos de integração, Chávez enfatiza o fator político, e Lula, a consolidação econômica”, avalia Javier Biardeau.
Apesar disso, é justamente a Venezuela que tem tido dinheiro para tocar projetos econômicos e fazer um papel que alguns países vêem como naturalmente brasileiro.
A Venezuela é o quinto maior exportador mundial de petróleo cru e vive a bonança do aumento dos preços do barril (acima dos US$ 100), que permitiu ao país um crescimento econômico de 8,4% no ano passado.
“Chávez assume uma liderança no campo energético que lhe permite realizar esquemas de cooperação petrolífera privilegiados”, afirma o analista internacional Carlos Romero.
O dinheiro das receitas com petróleo também permite que a Venezuela lidere a proposta de criação de um banco de desenvolvimento regional, o Banco do Sul, ou ajude a Argentina comprando títulos da dívida do país – Chávez prometeu comprar US$ 1 bilhão apenas no ano passado.
Além disso, com uma economia extremamente concentrada na produção de petróleo - o país é um grande importador de outras mercadorias -, a Venezuela se apresenta como uma alternativa menos desigual comercialmente, afirma Biardeau.
“Países economicamente menores agora preferem não tomar o trem brasileiro porque o padrão de desigualdade e assimetrias com o Brasil não lhes convém”, avalia.
Em contraste, o Brasil tem sido pressionado por vizinhos menores a criar mecanismos para ajudar ou compensar assimetrias econômicas regionais ou ajudar parceiros menores. Mas os resultados têm sido tímidos.
O Fundo para Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), por exemplo, foi criado por Brasil e Argentina para tentar ajudar seus parceiros menores, Paraguai e Uruguai, com fundos de US$ 125 milhões, sendo que o Brasil participa com 70%. O fundo é considerado pequeno, e o ritmo de gastos tem sido lento.
O Brasil também mantém superávit comerciais com todos os outros países da América do Sul, com exceção da Bolívia. Só no mês de janeiro de 2008, as exportações brasileiras para a América do Sul somaram US$ 2,8 bilhões, com um crescimento de 26,9% sobre o primeiro mês de 2007.
Nesse mesmo período, o superávit comercial das exportações brasileiras na região alcançou US$ 899 milhões, de acordo com um balanço realizado pela Secretaria de Comércio Exterior brasileira (SECEX).
Para tentar aplacar as críticas que isso provoca, o país criou o Programa de Substituição Competitiva de Importações (PSCI). A intenção é comprar mais da região do que de outros lugares do mundo, desde que os vizinhos consigam competir. Muitos avaliam que o programa, porém, tem avançado lentamente.
Pobres e ricos
Além de estratégias distintas, o Brasil de Lula e a Venezuela de Chávez atraem públicos diferentes.
Para Benitez, o discurso de Chávez de permanente enfrentamento ao modelo econômico neoliberal e de ataque frontal à política dos Estados Unidos atrai as camadas populares e os movimentos sociais de esquerda na América do Sul.
Um dos biógrafos do presidente venezuelano diz que Chávez aplica na radicalidade de seus discursos e posicionamento político as vantagens que o petróleo lhe oferece. “Por estar sentado em um oceano de petróleo, Chávez pode dizer aos EUA tudo o que os outros não podem e capitaliza isso muito bem a seu favor”, afirma Alberto Barrera.
Já os setores empresariais e as classes médias se identificariam com a presença moderada e negociadora do presidente Lula, que, na avaliação de Milton Benitez, está condicionada às características da “supereconomia”.
“Esses setores vêem em Lula uma liderança que garante a tranqüilidade na região”, acredita. “Por ser uma superpotência econômica e social, o Brasil se torna muito particular, a linguagem e as ações de Lula não podem ser tão radicais, como as de Chávez”, afirma Benitez.
Para Javier Biardeau, “Chávez canaliza as mudanças radicais, e Lula aglutina as reformas moderadas. Chávez coloca gasolina no fogo e Lula usa os extintores”.
Papel central
No tabuleiro da disputa por influência regional, os movimentos mais rápidos e precisos de Chávez poderiam sugerir que ele está ganhando o jogo.
Mas especialistas ressaltam dois pontos que não podem ser ignorados. O primeiro é que a retórica e a diplomacia de Chávez polarizam muito mais do que unem, e têm levado a maioria dos governos regionais a lidar com ele com cuidado.
Um exemplo é que a principal proposta de integração regional de Chávez, a Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), tem apenas um outro membro na América do Sul, a Bolívia.
Outro ponto destacado pelos analistas é mais óbvio: o tamanho do Brasil. De acordo com os dados do Banco Mundial de 2006, o Brasil tem praticamente metade da população da América do Sul (49%), mais da metade do PIB (56%) e metade da área, fazendo fronteira com nove países.
Com cerca de 27 milhões de pessoas, a Venezuela representa apenas 9% da população regional, pouco mais de 7% do PIB e tem fronteira com apenas dois outros países além do Brasil.
“(Pelo) tamanho da economia, a importância relativa e, sobretudo, por ser o país com mais fronteiras, o Brasil está destinado a ser o eixo de qualquer processo de integração”, acredita o analista político argentino Sérgio Berenztein.
Até mesmo do ponto de vista energético, com as recentes descobertas de petróleo no campo de Tupi, no litoral brasileiro, o mapa de poder regional deve ser alterado em um futuro não muito distante.
Esses fatores somados desenham um quadro favorável ao Brasil, que nem o preço do petróleo nem o discurso de Chávez parecem conseguir mudar.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporte ... avez.shtml
Com dinheiro e uma retórica inflamada, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, está ocupando espaços deixados pelo Brasil no processo de integração e liderança do bloco sul-americano. Mas, na opinião de políticos, diplomatas e analistas ouvidos pela BBC Brasil no continente, Chávez não faz sombra à posição central que o Brasil ocupa na região.
Na recente crise entre Colômbia e Equador, depois que helicópteros colombianos invadiram o território equatoriano para realizar um ataque contra membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), ficou clara uma diferença de comportamento entre os governos de Brasil e Venezuela.
O presidente Chávez reagiu não apenas fazendo duras acusações à Colômbia, mas também enviando tropas para a fronteira com o país vizinho, sinalizando disposição de defender o Equador em um possível conflito militar.
“A posição do governo brasileiro foi muito mais significativa, porque não saiu em defesa do Equador, mas sim a condenar a ação da Colômbia, que foi o problema central”, diz o analista político equatoriano Milton Benitez.
Para o sociólogo venezuelano Javier Biardeau, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mais peso quando as soluções de conflitos são levadas a instituições multilaterais, como a OEA (Organização dos Estados Americanos).
“Chávez limita-se a replicar a política dos Países Não-Alinhados, já Lula tem mais flexibilidade e diversidade de aliados. Na hora da verdade, quem bate o martelo é sempre o Brasil”, acredita Biardeau.
Teodoro Petkoff, ex-ministro do governo de Rafael Caldera nos anos 1990 e opositor a Chávez, concorda. “Chávez não ameaça o Brasil. Existe uma paranóia americana que superdimensiona o seu governo”.
Diplomacia do dinheiro
Para observadores, os dois presidentes e suas diplomacias têm estratégias distintas quando o assunto é integração e liderança regionais.
“Ambos desenvolvem estratégias diferentes, que avançam paralelamente, mas não são antagônicas. Nos projetos de integração, Chávez enfatiza o fator político, e Lula, a consolidação econômica”, avalia Javier Biardeau.
Apesar disso, é justamente a Venezuela que tem tido dinheiro para tocar projetos econômicos e fazer um papel que alguns países vêem como naturalmente brasileiro.
A Venezuela é o quinto maior exportador mundial de petróleo cru e vive a bonança do aumento dos preços do barril (acima dos US$ 100), que permitiu ao país um crescimento econômico de 8,4% no ano passado.
“Chávez assume uma liderança no campo energético que lhe permite realizar esquemas de cooperação petrolífera privilegiados”, afirma o analista internacional Carlos Romero.
O dinheiro das receitas com petróleo também permite que a Venezuela lidere a proposta de criação de um banco de desenvolvimento regional, o Banco do Sul, ou ajude a Argentina comprando títulos da dívida do país – Chávez prometeu comprar US$ 1 bilhão apenas no ano passado.
Além disso, com uma economia extremamente concentrada na produção de petróleo - o país é um grande importador de outras mercadorias -, a Venezuela se apresenta como uma alternativa menos desigual comercialmente, afirma Biardeau.
“Países economicamente menores agora preferem não tomar o trem brasileiro porque o padrão de desigualdade e assimetrias com o Brasil não lhes convém”, avalia.
Em contraste, o Brasil tem sido pressionado por vizinhos menores a criar mecanismos para ajudar ou compensar assimetrias econômicas regionais ou ajudar parceiros menores. Mas os resultados têm sido tímidos.
O Fundo para Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), por exemplo, foi criado por Brasil e Argentina para tentar ajudar seus parceiros menores, Paraguai e Uruguai, com fundos de US$ 125 milhões, sendo que o Brasil participa com 70%. O fundo é considerado pequeno, e o ritmo de gastos tem sido lento.
O Brasil também mantém superávit comerciais com todos os outros países da América do Sul, com exceção da Bolívia. Só no mês de janeiro de 2008, as exportações brasileiras para a América do Sul somaram US$ 2,8 bilhões, com um crescimento de 26,9% sobre o primeiro mês de 2007.
Nesse mesmo período, o superávit comercial das exportações brasileiras na região alcançou US$ 899 milhões, de acordo com um balanço realizado pela Secretaria de Comércio Exterior brasileira (SECEX).
Para tentar aplacar as críticas que isso provoca, o país criou o Programa de Substituição Competitiva de Importações (PSCI). A intenção é comprar mais da região do que de outros lugares do mundo, desde que os vizinhos consigam competir. Muitos avaliam que o programa, porém, tem avançado lentamente.
Pobres e ricos
Além de estratégias distintas, o Brasil de Lula e a Venezuela de Chávez atraem públicos diferentes.
Para Benitez, o discurso de Chávez de permanente enfrentamento ao modelo econômico neoliberal e de ataque frontal à política dos Estados Unidos atrai as camadas populares e os movimentos sociais de esquerda na América do Sul.
Um dos biógrafos do presidente venezuelano diz que Chávez aplica na radicalidade de seus discursos e posicionamento político as vantagens que o petróleo lhe oferece. “Por estar sentado em um oceano de petróleo, Chávez pode dizer aos EUA tudo o que os outros não podem e capitaliza isso muito bem a seu favor”, afirma Alberto Barrera.
Já os setores empresariais e as classes médias se identificariam com a presença moderada e negociadora do presidente Lula, que, na avaliação de Milton Benitez, está condicionada às características da “supereconomia”.
“Esses setores vêem em Lula uma liderança que garante a tranqüilidade na região”, acredita. “Por ser uma superpotência econômica e social, o Brasil se torna muito particular, a linguagem e as ações de Lula não podem ser tão radicais, como as de Chávez”, afirma Benitez.
Para Javier Biardeau, “Chávez canaliza as mudanças radicais, e Lula aglutina as reformas moderadas. Chávez coloca gasolina no fogo e Lula usa os extintores”.
Papel central
No tabuleiro da disputa por influência regional, os movimentos mais rápidos e precisos de Chávez poderiam sugerir que ele está ganhando o jogo.
Mas especialistas ressaltam dois pontos que não podem ser ignorados. O primeiro é que a retórica e a diplomacia de Chávez polarizam muito mais do que unem, e têm levado a maioria dos governos regionais a lidar com ele com cuidado.
Um exemplo é que a principal proposta de integração regional de Chávez, a Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), tem apenas um outro membro na América do Sul, a Bolívia.
Outro ponto destacado pelos analistas é mais óbvio: o tamanho do Brasil. De acordo com os dados do Banco Mundial de 2006, o Brasil tem praticamente metade da população da América do Sul (49%), mais da metade do PIB (56%) e metade da área, fazendo fronteira com nove países.
Com cerca de 27 milhões de pessoas, a Venezuela representa apenas 9% da população regional, pouco mais de 7% do PIB e tem fronteira com apenas dois outros países além do Brasil.
“(Pelo) tamanho da economia, a importância relativa e, sobretudo, por ser o país com mais fronteiras, o Brasil está destinado a ser o eixo de qualquer processo de integração”, acredita o analista político argentino Sérgio Berenztein.
Até mesmo do ponto de vista energético, com as recentes descobertas de petróleo no campo de Tupi, no litoral brasileiro, o mapa de poder regional deve ser alterado em um futuro não muito distante.
Esses fatores somados desenham um quadro favorável ao Brasil, que nem o preço do petróleo nem o discurso de Chávez parecem conseguir mudar.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporte ... avez.shtml
Re: CHAVEZ: de novo.
Houve uma época em que analistas e diplomatas diziam que Hitler não passava de um agitador e que não representava perigo nenhum à Europa Livre. Tcharám!!!!
O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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Re: CHAVEZ: de novo.
Peru acusa Chávez de interferir em assuntos internos
LIMA - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem sido acusado de usar a riqueza do petróleo do seu país para interferir em assuntos internos da Colômbia, Argentina, Bolívia e Nicarágua. Agora, o presidente do Peru, Alan García, acusa seu colega da Venezuela de financiar militantes e centros de combate à pobreza que pregam a revolução populista.
Nas últimas semanas, a polícia peruana prendeu nove pessoas que, segundo o governo, são militantes financiados pela Venezuela. O líder de um comitê de investigação do Congresso do Peru acusou a Venezuela de entregar recursos a centros de serviços sociais que, dizem, estão realizando trabalhos de agitação contra o governo.
García apoiou a investigação desses centros que tem surgido em bairros pobres peruanos nos últimos três anos, assinalando que "não deve haver nenhum tipo de penetração nem territorial, nem ideológica, política, nem econômica". O presidente do Peru mostrou-se de acordo com que "o Parlamento tenha começado a investigação das Casas de Alba que estão servindo, sob o teórico guarda-chuva internacional, de ponto de encontro de todos que estão contra o sistema democrático e as instituições nacionais".
Por sua parte, Julio Galindo, o principal fiscal antiterrorista, tem dito que "existe um propósito de parte de vários países contra o Peru. Países como a Venezuela, países como Cuba, como Equador e Bolívia e Guatemala. O Peru tem uma democracia indiscutível e é o país que mais desenvolvimento está demonstrando nesta parte do continente. E aos vizinhos não é conveniente este tipo de governo".
Galindo acusou os governos desses países de tentarem "de uma outra forma desestabilizar e fazer que nosso país venha a convergir ao tipo de pensamento que tem essa gente. Parece que esta gente quer que o Peru fracasse em seu projeto de desenvolvimento", acrescentou. O governo de Caracas nega com veemência essas acusações, o financiamento de militantes peruanos.
O embaixador da Venezuela no Peru, Armando Laguna, disse que o governo de Lima "deveria exigir que eu abandone o Peru", se encontrar provas. As acusações ocorrem em um contexto de enfrentamento regional sobre as supostas intenções da Venezuela e do Equador para desestabilizar o governo da Colômbia, que recebe apoio dos Estados Unidos.
As autoridades colombianas têm afirmado que um computador capturado durante um ataque ao acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território equatoriano no início do mês revelou que a Venezuela estava planejando dar US$ 300 milhões ao grupo.
A oposição na Nicarágua, Argentina e Bolívia também acusam Chávez de enviar fundos para seus simpatizantes políticos. Entre os supostos destinatários, figurariam Ollanta Humala, um populista que foi derrotado por García por estreita margem na eleição de 2006 no Peru. A Venezuela nega as acusações, que nunca foram comprovadas.
Coordenadoria Continental - Segundo as autoridades peruanas, os militantes peruanos detidos fazem parte da Coordenadoria Continental Bolivariana, um movimento de esquerda com sede na Venezuela. As autoridades dizem que seus membros peruanos são ex-militantes do movimento Tupac Amaru, que foi praticamente dizimado em 1997, logo depois da tomada de reféns na residência do embaixador do Japão em Lima.
Funcionários peruanos dizem que prenderam sete membros no dia 29 de fevereiro, entre eles o suposto líder do grupo, Roque González, que passou oito anos preso por seqüestrar um político boliviano. Outros dos supostos membros foram detidos no dia 17 de março ao tentarem entrar no país, vindos do Equador, com US$ 65 mil.
As autoridades peruanas suspeitam que o dinheiro veio da Venezuela. Porém, o fundador da Coordenadoria Fernando Rivero disse a Associated Press na Venezuela que o grupo é totalmente autônomo. Ainda que respalde a "luta revolucionária" dos rebeldes colombianos, não recebe respaldo da Venezuela, assinalou.
Por sua parte, o congressista peruano Rolando Sousa disse que existem 150 Casas de Alba e acusa a Venezuela de financiá-las. Este mês, ele convenceu o Congresso a investigar esses centros, para descobrir suas fontes de apoio.
Segundo Sousa, cerca de "800 peruanos têm sido enviados por via aérea para serem operados. Quem paga? Temos dados dos aviões em que viajaram". Também temos "4 mil peruanos que foram a Copacabana... Para se operarem. Quem paga?", disse o congressista que indicou que "se as casas de Alba são formadas por gente desempregada, que não tem receita, de onde vem o dinheiro?".
Os dirigentes desses centros dizem que seus propósitos são humanitários e que têm ajudado milhares de peruanos pobres a receber atenção médica que, de outra forma, não poderiam obter. Também negam que recebam dinheiro da Venezuela.
Marcial Maydana, que administra um centro no povoado de Puno, disse que muitas das intervenções cirúrgicas são realizadas na Venezuela e Bolívia, com freqüência por parte de médicos cubanos. Porém, esclareceu, que as viagens são pagas por prefeitos peruanos e por empresas de transporte quando os pacientes não podem pagar por ela.
Fernando Rospigliosi, ex-ministro do Interior do Peru, disse que, na sua opinião, o governo García exagera a influência das missões e da coordenadoria. "Sem dúvida nenhuma, o governo está aproveitando isto no contexto do conflito que foi suscitado no Equador, Colômbia e Venezuela", disse Rospigliosi.
Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/not ... nacional08
LIMA - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem sido acusado de usar a riqueza do petróleo do seu país para interferir em assuntos internos da Colômbia, Argentina, Bolívia e Nicarágua. Agora, o presidente do Peru, Alan García, acusa seu colega da Venezuela de financiar militantes e centros de combate à pobreza que pregam a revolução populista.
Nas últimas semanas, a polícia peruana prendeu nove pessoas que, segundo o governo, são militantes financiados pela Venezuela. O líder de um comitê de investigação do Congresso do Peru acusou a Venezuela de entregar recursos a centros de serviços sociais que, dizem, estão realizando trabalhos de agitação contra o governo.
García apoiou a investigação desses centros que tem surgido em bairros pobres peruanos nos últimos três anos, assinalando que "não deve haver nenhum tipo de penetração nem territorial, nem ideológica, política, nem econômica". O presidente do Peru mostrou-se de acordo com que "o Parlamento tenha começado a investigação das Casas de Alba que estão servindo, sob o teórico guarda-chuva internacional, de ponto de encontro de todos que estão contra o sistema democrático e as instituições nacionais".
Por sua parte, Julio Galindo, o principal fiscal antiterrorista, tem dito que "existe um propósito de parte de vários países contra o Peru. Países como a Venezuela, países como Cuba, como Equador e Bolívia e Guatemala. O Peru tem uma democracia indiscutível e é o país que mais desenvolvimento está demonstrando nesta parte do continente. E aos vizinhos não é conveniente este tipo de governo".
Galindo acusou os governos desses países de tentarem "de uma outra forma desestabilizar e fazer que nosso país venha a convergir ao tipo de pensamento que tem essa gente. Parece que esta gente quer que o Peru fracasse em seu projeto de desenvolvimento", acrescentou. O governo de Caracas nega com veemência essas acusações, o financiamento de militantes peruanos.
O embaixador da Venezuela no Peru, Armando Laguna, disse que o governo de Lima "deveria exigir que eu abandone o Peru", se encontrar provas. As acusações ocorrem em um contexto de enfrentamento regional sobre as supostas intenções da Venezuela e do Equador para desestabilizar o governo da Colômbia, que recebe apoio dos Estados Unidos.
As autoridades colombianas têm afirmado que um computador capturado durante um ataque ao acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território equatoriano no início do mês revelou que a Venezuela estava planejando dar US$ 300 milhões ao grupo.
A oposição na Nicarágua, Argentina e Bolívia também acusam Chávez de enviar fundos para seus simpatizantes políticos. Entre os supostos destinatários, figurariam Ollanta Humala, um populista que foi derrotado por García por estreita margem na eleição de 2006 no Peru. A Venezuela nega as acusações, que nunca foram comprovadas.
Coordenadoria Continental - Segundo as autoridades peruanas, os militantes peruanos detidos fazem parte da Coordenadoria Continental Bolivariana, um movimento de esquerda com sede na Venezuela. As autoridades dizem que seus membros peruanos são ex-militantes do movimento Tupac Amaru, que foi praticamente dizimado em 1997, logo depois da tomada de reféns na residência do embaixador do Japão em Lima.
Funcionários peruanos dizem que prenderam sete membros no dia 29 de fevereiro, entre eles o suposto líder do grupo, Roque González, que passou oito anos preso por seqüestrar um político boliviano. Outros dos supostos membros foram detidos no dia 17 de março ao tentarem entrar no país, vindos do Equador, com US$ 65 mil.
As autoridades peruanas suspeitam que o dinheiro veio da Venezuela. Porém, o fundador da Coordenadoria Fernando Rivero disse a Associated Press na Venezuela que o grupo é totalmente autônomo. Ainda que respalde a "luta revolucionária" dos rebeldes colombianos, não recebe respaldo da Venezuela, assinalou.
Por sua parte, o congressista peruano Rolando Sousa disse que existem 150 Casas de Alba e acusa a Venezuela de financiá-las. Este mês, ele convenceu o Congresso a investigar esses centros, para descobrir suas fontes de apoio.
Segundo Sousa, cerca de "800 peruanos têm sido enviados por via aérea para serem operados. Quem paga? Temos dados dos aviões em que viajaram". Também temos "4 mil peruanos que foram a Copacabana... Para se operarem. Quem paga?", disse o congressista que indicou que "se as casas de Alba são formadas por gente desempregada, que não tem receita, de onde vem o dinheiro?".
Os dirigentes desses centros dizem que seus propósitos são humanitários e que têm ajudado milhares de peruanos pobres a receber atenção médica que, de outra forma, não poderiam obter. Também negam que recebam dinheiro da Venezuela.
Marcial Maydana, que administra um centro no povoado de Puno, disse que muitas das intervenções cirúrgicas são realizadas na Venezuela e Bolívia, com freqüência por parte de médicos cubanos. Porém, esclareceu, que as viagens são pagas por prefeitos peruanos e por empresas de transporte quando os pacientes não podem pagar por ela.
Fernando Rospigliosi, ex-ministro do Interior do Peru, disse que, na sua opinião, o governo García exagera a influência das missões e da coordenadoria. "Sem dúvida nenhuma, o governo está aproveitando isto no contexto do conflito que foi suscitado no Equador, Colômbia e Venezuela", disse Rospigliosi.
Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/not ... nacional08
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Re: CHAVEZ: de novo.
Alan, meu chara.
Pelo menos tem bom senso esse presidente, deve saber que a Venezuela e cia são republiquetas de quinta...
Pelo menos tem bom senso esse presidente, deve saber que a Venezuela e cia são republiquetas de quinta...
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re:
Será que isso não foi respingo do governo militar que tinha terminado?Bolovo escreveu:Foi uma época em que apesar de terem equipamentos obsoletos, a operacionalidade andava em alta. Sempre decolavam para missões de combate simulados. Voavam bastante sim, principalmente os F-5 durante esse periodo. Se foi ou não coisa do Sarney... SEI LA!!Vinicius Pimenta escreveu:E com ele, ao que parece, os pilotos da FAB voavam mais de 250 horas/ano.
Ah, e o programa espacial recebia uma verba bem razoável.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!