Programa de Reaparelhamento da Marinha
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Vou voltar a perguntar de novo, já sendo chato. Porque a MB não encomenda os NaPaPc BR junto com as CV-3, já que partem do mesmo casco e teriam, em teoria, menor complexidade de sistemas e até seria possível, quem sabe, apor neles mais equipamentos nacionais?
Até agora só vi a MB choramingando pitangas pelas CV-3 que vão custar, cada uma, 5 NaPaOc BR cada.
Isso para não falar nos demais meios de patrulha e apoio, que via de regra são menores e mais simples ainda. O que falta é, talvez, um pouco de bom senso.
Se a industria naval não consegue fazer corvetas ou fragatas, que se propusesse ao menos que se produzisse os navios de patrulha e apoio constantes do PEAMB, e fazer deles o nosso "pau de escora" em termos de P&D.
Sei lá, as vezes parece quase megalômano essa insistência, tão tosca quanto teimosa, com a formação de uma esquadra de águas azuis dos almirantes.
Sempre querendo andar por cima da onda sem nem ter como colocar os pés na praia.
abs.
Até agora só vi a MB choramingando pitangas pelas CV-3 que vão custar, cada uma, 5 NaPaOc BR cada.
Isso para não falar nos demais meios de patrulha e apoio, que via de regra são menores e mais simples ainda. O que falta é, talvez, um pouco de bom senso.
Se a industria naval não consegue fazer corvetas ou fragatas, que se propusesse ao menos que se produzisse os navios de patrulha e apoio constantes do PEAMB, e fazer deles o nosso "pau de escora" em termos de P&D.
Sei lá, as vezes parece quase megalômano essa insistência, tão tosca quanto teimosa, com a formação de uma esquadra de águas azuis dos almirantes.
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Carpe Diem
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
LeandroGCard escreveu: Viver de trocar produtos industriais por café, minério de ferro e suco de laranja é mesmo o futuro mais adequado para este país, desde que possamos importar um punhado de plataformas bonitinhas lá de fora com isso?
Leandro G. Card
Não é nem nunca foi adequado mas parece ser mesmo o nosso Destino Manifesto. Talvez o maior Gaúcho da História, o Barão de Mauá, bem que tentou mas seus esforços morreram com ele. Talvez o maior especialista em Brasil de todos os tempos tenha mesmo sido o Chateaubriand...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Pois é, mas, divagando um pouco a respeito desta matéria de Roberto Lopes, sobre as FFX II Coreanas, reflito o seguinte:
É de se tomar decisões inovadoras neste cenário de pouco pirão, reformar mais uma vez parte das Niteroi é pedir demais das honrosas fragatas e, não resolve o problema, somente empurra mais uns anos.
Esta "proposta" de ter 6 fragatas novas em tonelagem semelhante as Niteroi não é ruim, ainda mais considerando a reforma do AMRJ (ou parte). Prepara o Arsenal para Fragatas maiores na sequencia.
Isto, se agregarem a possibilidade de trabalhar simultaneamente os Napaoc BR (e outros NPs fabricados aqui) e a motorização/reforma do SP,mantendo-se o Prosub, seria o melhor que poderia se extrair neste cenário que se delineia para os próximos anos.
Mas enfim, tem de abrir mão das Tamandaré, investindo nos primos Napaoc BR, com casco semelhantes.
Sinceramente, se está se pensando desta forma, acho bem ponderável.
Pode ser a melhor saída a ser construída para ter-se uma frota digna nos próximos anos.
É de se tomar decisões inovadoras neste cenário de pouco pirão, reformar mais uma vez parte das Niteroi é pedir demais das honrosas fragatas e, não resolve o problema, somente empurra mais uns anos.
Esta "proposta" de ter 6 fragatas novas em tonelagem semelhante as Niteroi não é ruim, ainda mais considerando a reforma do AMRJ (ou parte). Prepara o Arsenal para Fragatas maiores na sequencia.
Isto, se agregarem a possibilidade de trabalhar simultaneamente os Napaoc BR (e outros NPs fabricados aqui) e a motorização/reforma do SP,mantendo-se o Prosub, seria o melhor que poderia se extrair neste cenário que se delineia para os próximos anos.
Mas enfim, tem de abrir mão das Tamandaré, investindo nos primos Napaoc BR, com casco semelhantes.
Sinceramente, se está se pensando desta forma, acho bem ponderável.
Pode ser a melhor saída a ser construída para ter-se uma frota digna nos próximos anos.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Meu nobre, não sei se saiu algo errado na sua última resposta, eu não consegui enxergar nada de diferente no seu quote aí em cima. Vou continuar com meu Wishful Thinking. Bem, estive analisando, bem superficialmente, no modo super trunfo os dois projetos, segundo o Wikipedia, a Barroso com seus 103 m de comprimento por 11,4m, pesa em torno de 2400 t full load, certo?? A Amazonas (River II, bem como demais derivadas da mesma classe, com 90 m e 13,5 m de boca, pesa 2000 t (não diz em qual condição) e isso que é bem menos recheada, não tem SAM, não tem canhão grande, não tem radar parrudo, não tem Míssil Anti navio, não tem torpedo, não tem sonar e não tem hangar, mas pelo jeito tem um casco bem parrudo pq pesa quase o mesmo que a Barroso, não me parece ser um OPV fraquinho não. Inclusive já existe uma classe de corveta baseada no desenho, com 99m (acho que dá pra alongar esse casco tranquilo, chegaria perto de 3500 t ???), 14,6 m de boca e 2700 t, usada pela marinha de Omã, classe Khareef, daria para dar uma olhada nas bichinhas.LeandroGCard escreveu:LeandroGCard escreveu:A MB já desistiu de ampliar demais o casco e também de aumentar muito o efetivo da CV-3 (o que desde sempre me pareceu um enorme absurdo) justamente para não arriscar as qualidades marinheiras do navio. Não vejo porque ela teria mais problemas do que a Barroso.
Quanto à River, é um OPV, um navio de uso basicamente policial sem estrutura e sem recursos de combate à avarias para enfrentar armamento minimamente militar. Até um míssil AT já seria um problema sério para ela, e mísseis pequenos como o Sea Skua e o Pengin provavelmente já seriam o suficiente para tirá-la fora de combate com um único acerto, o que dificilmente aconteceria com um navio realmente militar de mesmo porte como a Barroso.
Não basta ter tamanho de casco, tem que ser projetado e construído para encarar o rojão. A Barroso o foi desde o princípio e a River não, simples assim. O reprojeto terá que ser extenso e o resultado final não pode ser dado como garantido (a RN tem errado mais do que acertado nas últimas décadas). Afirmar categoricamente desde agora que o projeto inglês (e não nosso, veja bem, o que temos são apenas os desenhos da versão OPV mesmo, se quisermos a "versão militar" dela teremos que pagar) será sem dúvida melhor como navio de uso realmente militar não tem base factual.
Leandro G. Card
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Primeiro que em termos de engenharia a CV-3 trás muito mais conhecimento do que OPV´s, independentemente do custo, pois os sistemas e armamentos a serem embarcados e a integração de tudo seriam muito mais complexos. Inclusive viabilizaria o desenvolvimento das novas e atualizadas gerações de sistemas ECM/ECCM e do CoC que a MB já possui, e que seriam inexistentes ou muitíssimo mais simples em OPV´s. Mantenha em mente que quem faz corveta faz OPV, mas o oposto não é verdadeiro.FCarvalho escreveu:Vou voltar a perguntar de novo, já sendo chato. Porque a MB não encomenda os NaPaPc BR junto com as CV-3, já que partem do mesmo casco e teriam, em teoria, menor complexidade de sistemas e até seria possível, quem sabe, apor neles mais equipamentos nacionais?
Até agora só vi a MB choramingando pitangas pelas CV-3 que vão custar, cada uma, 5 NaPaOc BR cada.
Isso para não falar nos demais meios de patrulha e apoio, que via de regra são menores e mais simples ainda. O que falta é, talvez, um pouco de bom senso.
Se a industria naval não consegue fazer corvetas ou fragatas, que se propusesse ao menos que se produzisse os navios de patrulha e apoio constantes do PEAMB, e fazer deles o nosso "pau de escora" em termos de P&D.
Sei lá, as vezes parece quase megalômano essa insistência, tão tosca quanto teimosa, com a formação de uma esquadra de águas azuis dos almirantes.
Sempre querendo andar por cima da onda sem nem ter como colocar os pés na praia.
abs.
E segundo, existe uma premência enorme na substituição das escoltas, inclusive e provavelmente principalmente as corvetas classe Inhaúma, que inclusive estripadas poderiam até mesmo ser transformadas em OPV´s, talvez até por um custo menor que da aquisição de OPV´s novos (e sem o peso do armamento teriam resolvidos seus principais problemas de navegabilidade).
Leandro G. Card
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
EXCLUSIVO Navios Asiáticos: Parte dos almirantes brasileiros já admite que se recorra às fragatas sul-coreanas FFX-II para renovar a Esquadra
Posted by Roberto Lopes
A coluna INSIDER apurou que vários almirantes brasileiros já admitem que sua Força gaste cerca de 2 bilhões de dólares para adquirir, na Coreia do Sul, um pacote de navios e serviços que, no prazo de dez anos, renovaria o “núcleo duro” – oceânico – da Força de Superfície da Esquadra.
Esse planejamento poderia prever a compra de seis fragatas Tipo FFX-II, de 3.592 toneladas (carregadas) – ligeiramente menores que as Niterói operadas atualmente pela Armada. Quatro navios seriam construídos na Coreia, e os dois últimos da série no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) – que, no âmbito do mesmo projeto, receberia uma ampla modernização.
As FFX-II são embarcações derivadas da classe Incheon (FFX Batch I), de 3.251 toneladas (a plena carga), que começaram a ser incorporadas à Força Naval coreana em abril de 2011, como navios de defesa costeira.
Silos – A Marinha da Coreia do Sul opera seis unidades FFX-I, e acaba de receber a sua primeira fragata classe FFX-II, batizada de ROKS Daegu (FFG-818), dotada de silos para o lançamento vertical de mísseis antiaéreos, lançadores de mísseis anti-navio (usados, opcionalmente, para atacar alvos em terra) além de outros armamentos modernos, como uma estação CIWS Phalanx de 20 mm, para Defesa Aérea de curto alcance.
A Daegu foi lançada ao mar a 2 de junho do ano passado, e completada no espaço de seis meses, encontrando-se, nesse momento, em provas de mar para a sua aceitação como “plenamente operacional” pelo comando da Marinha coreana.
A construção do barco ficou a cargo do estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering, o mesmo que o vice-almirante (EN) Mário Ferreira Botelho visitou, a 29 de setembro de 2016, na condição de diretor do AMRJ.
Tradução – A visita de Botelho – que o Centro de Comunicação Social da Marinha apressou-se em definir como mero reconhecimento das potencialidades da indústria naval sul-coreana – ganhou forte repercussão internacional, porque a empresa Daewoo distribuiu um release informando que ela servira ao encaminhamento de um contrato de 1 bilhão de dólares, para a recuperação do Arsenal do Rio e a construção de dois navios.
O desconforto na Marinha do Brasil foi tanto que o Presidente da POSCO DAEWOO do Brasil, Kim Sun-Tae, precisou enviar uma carta ao diretor Mario Ferreira Botelho, datada de 4 de outubro, esclarecendo que “uma tradução incorreta do coreano para o inglês” no texto do comunicado de imprensa liberado pela Daewoo, teria originado o “mal-entendido” referente ao teor da reunião que Botelho e o embaixador do Brasil em Seul, Luiz Serra, haviam mantido com a direção do estaleiro coreano.
“Nós nunca informamos que a Marinha do Brasil tinha assinado um contrato com a corporação POSCO DAEWOO Corporation no valor de 1 bilhão de dólares, para a encomenda de navios”, garante Sun-Tae em sua correspondência.
Juros – Segundo a praxe das negociações financeiras da Daewoo com clientes estrangeiros, as fragatas FFX-II e a modernização do AMRJ poderiam ser pagos com um ou dois anos de carência, e mais um prazo de amortização de sete ou oito anos, a taxas de juros de impacto mais moderado que as praticadas no mercado europeu (em Euros naturalmente).
Caso esse contrato possa ser concluído no exercício de 2017, ou até meados de 2018, o primeiro dos navios FFX-II do Brasil poderia estar sendo lançado ao mar no segundo semestre de 2020 – e a série toda completada e operacional antes de 2030 – encerrando, assim, o extraordinário desgaste das Niterói, veteranas de mais de 40 anos de bons serviços.
Obstáculos – Em termos práticos, a aquisição de seis fragatas coreanas – evento tão marcante para a Marinha do Brasil quanto a decisão que ela tomou no início da década de 1970 referente à obtenção dos navios Vosper Mk.10 (Niterói) – esbarra em três dificuldades importantes:
– a necessidade de a Força obter o apoio do Ministério da Defesa para essa renovação da espinha dorsal da Esquadra. Em conversas privadas, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, tem se mostrado desanimado com o alto valor dos principais programas da Marinha em um cenário de aperto no cinto (teto de gastos);
– o fato de que o dispêndio de um programa de fragatas coreanas (somado à modernização do AMRJ) ameaçaria diretamente o esforço financeiro que a Força vem fazendo para não interromper o desenvolvimento de quatro corvetas classe Tamandaré; e
– o fato de que a decisão a favor dos navios FFX-II equivaleria a um desfecho súbito para a parte mais relevante do Programa de Obtenção de Meios de Superfície da Marinha (PROSUPER) – iniciativa cuja tramitação na Presidência da República a então presidenta Dilma Roussef suspendeu, em 2014, quando sua tendência era optar pela oferta de fragatas feita pelo estaleiro italiano Fincantieri.
Posted by Roberto Lopes
A coluna INSIDER apurou que vários almirantes brasileiros já admitem que sua Força gaste cerca de 2 bilhões de dólares para adquirir, na Coreia do Sul, um pacote de navios e serviços que, no prazo de dez anos, renovaria o “núcleo duro” – oceânico – da Força de Superfície da Esquadra.
Esse planejamento poderia prever a compra de seis fragatas Tipo FFX-II, de 3.592 toneladas (carregadas) – ligeiramente menores que as Niterói operadas atualmente pela Armada. Quatro navios seriam construídos na Coreia, e os dois últimos da série no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) – que, no âmbito do mesmo projeto, receberia uma ampla modernização.
As FFX-II são embarcações derivadas da classe Incheon (FFX Batch I), de 3.251 toneladas (a plena carga), que começaram a ser incorporadas à Força Naval coreana em abril de 2011, como navios de defesa costeira.
Silos – A Marinha da Coreia do Sul opera seis unidades FFX-I, e acaba de receber a sua primeira fragata classe FFX-II, batizada de ROKS Daegu (FFG-818), dotada de silos para o lançamento vertical de mísseis antiaéreos, lançadores de mísseis anti-navio (usados, opcionalmente, para atacar alvos em terra) além de outros armamentos modernos, como uma estação CIWS Phalanx de 20 mm, para Defesa Aérea de curto alcance.
A Daegu foi lançada ao mar a 2 de junho do ano passado, e completada no espaço de seis meses, encontrando-se, nesse momento, em provas de mar para a sua aceitação como “plenamente operacional” pelo comando da Marinha coreana.
A construção do barco ficou a cargo do estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering, o mesmo que o vice-almirante (EN) Mário Ferreira Botelho visitou, a 29 de setembro de 2016, na condição de diretor do AMRJ.
Tradução – A visita de Botelho – que o Centro de Comunicação Social da Marinha apressou-se em definir como mero reconhecimento das potencialidades da indústria naval sul-coreana – ganhou forte repercussão internacional, porque a empresa Daewoo distribuiu um release informando que ela servira ao encaminhamento de um contrato de 1 bilhão de dólares, para a recuperação do Arsenal do Rio e a construção de dois navios.
O desconforto na Marinha do Brasil foi tanto que o Presidente da POSCO DAEWOO do Brasil, Kim Sun-Tae, precisou enviar uma carta ao diretor Mario Ferreira Botelho, datada de 4 de outubro, esclarecendo que “uma tradução incorreta do coreano para o inglês” no texto do comunicado de imprensa liberado pela Daewoo, teria originado o “mal-entendido” referente ao teor da reunião que Botelho e o embaixador do Brasil em Seul, Luiz Serra, haviam mantido com a direção do estaleiro coreano.
“Nós nunca informamos que a Marinha do Brasil tinha assinado um contrato com a corporação POSCO DAEWOO Corporation no valor de 1 bilhão de dólares, para a encomenda de navios”, garante Sun-Tae em sua correspondência.
Juros – Segundo a praxe das negociações financeiras da Daewoo com clientes estrangeiros, as fragatas FFX-II e a modernização do AMRJ poderiam ser pagos com um ou dois anos de carência, e mais um prazo de amortização de sete ou oito anos, a taxas de juros de impacto mais moderado que as praticadas no mercado europeu (em Euros naturalmente).
Caso esse contrato possa ser concluído no exercício de 2017, ou até meados de 2018, o primeiro dos navios FFX-II do Brasil poderia estar sendo lançado ao mar no segundo semestre de 2020 – e a série toda completada e operacional antes de 2030 – encerrando, assim, o extraordinário desgaste das Niterói, veteranas de mais de 40 anos de bons serviços.
Obstáculos – Em termos práticos, a aquisição de seis fragatas coreanas – evento tão marcante para a Marinha do Brasil quanto a decisão que ela tomou no início da década de 1970 referente à obtenção dos navios Vosper Mk.10 (Niterói) – esbarra em três dificuldades importantes:
– a necessidade de a Força obter o apoio do Ministério da Defesa para essa renovação da espinha dorsal da Esquadra. Em conversas privadas, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, tem se mostrado desanimado com o alto valor dos principais programas da Marinha em um cenário de aperto no cinto (teto de gastos);
– o fato de que o dispêndio de um programa de fragatas coreanas (somado à modernização do AMRJ) ameaçaria diretamente o esforço financeiro que a Força vem fazendo para não interromper o desenvolvimento de quatro corvetas classe Tamandaré; e
– o fato de que a decisão a favor dos navios FFX-II equivaleria a um desfecho súbito para a parte mais relevante do Programa de Obtenção de Meios de Superfície da Marinha (PROSUPER) – iniciativa cuja tramitação na Presidência da República a então presidenta Dilma Roussef suspendeu, em 2014, quando sua tendência era optar pela oferta de fragatas feita pelo estaleiro italiano Fincantieri.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Estas "Corvetas" de Omã tem apenas um hangar muito estreito que nem sequer aproveita a boca total do navio, zero sistemas e armamento AS (uma das principais funções imaginadas para a CV-3) e apenas uma boca de canhão. O que fizeram foi basicamente instalar silos de mísseis e um radar maior em um OPV classe River.Juniorbombeiro escreveu:Meu nobre, não sei se saiu algo errado na sua última resposta, eu não consegui enxergar nada de diferente no seu quote aí em cima. Vou continuar com meu Wishful Thinking. Bem, estive analisando, bem superficialmente, no modo super trunfo os dois projetos, segundo o Wikipedia, a Barroso com seus 103 m de comprimento por 11,4m, pesa em torno de 2400 t full load, certo?? A Amazonas (River II, bem como demais derivadas da mesma classe, com 90 m e 13,5 m de boca, pesa 2000 t (não diz em qual condição) e isso que é bem menos recheada, não tem SAM, não tem canhão grande, não tem radar parrudo, não tem Míssil Anti navio, não tem torpedo, não tem sonar e não tem hangar, mas pelo jeito tem um casco bem parrudo pq pesa quase o mesmo que a Barroso, não me parece ser um OPV fraquinho não. Inclusive já existe uma classe de corveta baseada no desenho, com 99m (acho que dá pra alongar esse casco tranquilo, chegaria perto de 3500 t ???), 14,6 m de boca e 2700 t, usada pela marinha de Omã, classe Khareef, daria para dar uma olhada nas bichinhas.
[thumbler]https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ ... uth_16.jpg[/thumbler]
[thumbler]https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ ... ni-10a.jpg[/thumbler]
Ainda estou tentando entender qual seria a vantagem de um navio derivado disso para a MB, se comparada à CV-3. As dimensões são praticamente idênticas mas o projeto brasileiro é melhor equipado e armado, e derivado de um navio de guerra de verdade. Além disso o projeto é nosso, podemos construir quantos quisermos e exportar se aparecer algum país interessado, ao passo que da classe River temos apenas os desenhos do modelo OPV (sem os cálculos estruturais que indicariam o que poderia ser alterado para acrescentar tamanho ou equipamento) e a licença para mais cinco unidades para uso próprio. Qualquer coisa além disso envolveria custos e riscos adicionais.
Então, porque sequer pensar em construir estas eventuais derivações da River das quais não conhecemos nada e não temos direito algum, em detrimento do nosso próprio projeto que já está em pleno andamento? Apenas pela "grife" inglesa?
Leandro G. Card
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Estou atrelando uma eventual construção dessas corvetonas a uma hipotética recuperação do AMRJ. Com isso poderíamos "matar vários coelhos com a mesma caixa d'água". Fazemos, aqui, mais uma leva de OPV's Amazonas, desenvolvemos em conjunto com os Ingleses a corvetona Type 31 (poderia ser classe Renata Fan ), com os armamentos e sistemas que desejarmos (na CV3 já seria quase tudo inglês mesmo) e futuramente, não muito futuramente, espero, podemos montar aqui umas Type-26, tudo financiado pelos ingleses, capice???LeandroGCard escreveu:Estas "Corvetas" de Omã tem apenas um hangar muito estreito que nem sequer aproveita a boca total do navio, zero sistemas e armamento AS (uma das principais funções imaginadas para a CV-3) e apenas uma boca de canhão. O que fizeram foi basicamente instalar silos de mísseis e um radar maior em um OPV classe River.Juniorbombeiro escreveu:Meu nobre, não sei se saiu algo errado na sua última resposta, eu não consegui enxergar nada de diferente no seu quote aí em cima. Vou continuar com meu Wishful Thinking. Bem, estive analisando, bem superficialmente, no modo super trunfo os dois projetos, segundo o Wikipedia, a Barroso com seus 103 m de comprimento por 11,4m, pesa em torno de 2400 t full load, certo?? A Amazonas (River II, bem como demais derivadas da mesma classe, com 90 m e 13,5 m de boca, pesa 2000 t (não diz em qual condição) e isso que é bem menos recheada, não tem SAM, não tem canhão grande, não tem radar parrudo, não tem Míssil Anti navio, não tem torpedo, não tem sonar e não tem hangar, mas pelo jeito tem um casco bem parrudo pq pesa quase o mesmo que a Barroso, não me parece ser um OPV fraquinho não. Inclusive já existe uma classe de corveta baseada no desenho, com 99m (acho que dá pra alongar esse casco tranquilo, chegaria perto de 3500 t ???), 14,6 m de boca e 2700 t, usada pela marinha de Omã, classe Khareef, daria para dar uma olhada nas bichinhas.
[thumbler]https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ ... uth_16.jpg[/thumbler]
[thumbler]https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ ... ni-10a.jpg[/thumbler]
Ainda estou tentando entender qual seria a vantagem de um navio derivado disso para a MB, se comparada à CV-3. As dimensões são praticamente idênticas mas o projeto brasileiro é melhor equipado e armado, e derivado de um navio de guerra de verdade. Além disso o projeto é nosso, podemos construir quantos quisermos e exportar se aparecer algum país interessado, ao passo que da classe River temos apenas os desenhos do modelo OPV (sem os cálculos estruturais que indicariam o que poderia ser alterado para acrescentar tamanho ou equipamento) e a licença para mais cinco unidades para uso próprio. Qualquer coisa além disso envolveria custos e riscos adicionais.
Então, porque sequer pensar em construir estas eventuais derivações da River das quais não conhecemos nada e não temos direito algum, em detrimento do nosso próprio projeto que já está em pleno andamento? Apenas pela "grife" inglesa?
Leandro G. Card
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Os ingleses estão loucos para arrumar um parceiro, estão as voltas com os custos de suas escoltas.
http://www.thinkdefence.co.uk/type-31-g ... abilities/
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- LeandroGCard
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
A questão continua: Qual a vantagem de abandonar a CV-3 por um desenvolvimento hoje inexistente da River?Juniorbombeiro escreveu:Estou atrelando uma eventual construção dessas corvetonas a uma hipotética recuperação do AMRJ. Com isso poderíamos "matar vários coelhos com a mesma caixa d'água". Fazemos, aqui, mais uma leva de OPV's Amazonas, desenvolvemos em conjunto com os Ingleses a corvetona Type 31 (poderia ser classe Renata Fan ), com os armamentos e sistemas que desejarmos (na CV3 já seria quase tudo inglês mesmo) e futuramente, não muito futuramente, espero, podemos montar aqui umas Type-26, tudo financiado pelos ingleses, capice???
E porque se amarrar às Type-26, que ninguém ainda sabe sequer como vai realmente ficar (e pelas notícias atuais nem mesmo mísseis AAe de maior alcance irá transportar)?
Leandro G. Card
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Mesmo que eu viva cem anos talvez morra sem entender onde está a vantagem em custo-benefício ao fazer aqui um navio projetado em outro lugar ou, alternativamente, só casco e rechear com conteúdos importados. Quem projetou já tem as instalações prontas para fabricar, contratos firmes com fornecedores, mão de obra treinada e tudo mais; se pegarmos da Inglaterra, França, Espanha, Itália, todos têm isso que falei e seus fornecedores bem mais perto de si do que nós. Ou seja, o mesmo barco feito aqui vai sair mais caro (bem mais) do que se feito no País de origem.
Ademais, projetar e fazer só casco aqui ainda mantém o problema dos fretes e prazos, tem que vir tudo quanto é sistema, sensor, propulsor e arma/munição de milhares e milhares de km de distância e de acordo com a "fila" de fornecimento. Mesma coisa na hora dos repuestos. E integrar não é essa barbada toda não, é bem diferente do "plug'n'play", é uma parafernália de computadores que precisam "conversar" entre si não apenas no mesmo "idioma" mas também no mesmo código (um balaio de coisa é encriptada) e um monte de outras miudezas. Posso estar BEM errado mas nunca ouvi falar de ninguém que forneça TUDO sem black box. Sempre tem.
Assim, como não temos (nem nunca tivemos, salvo este ou aquele visionário, que nunca fez maior diferença, num oceano de medíocres) mesmo vocação e muito menos vontade para desenvolver tudo o que precisamos - e falo principalmente do "recheio", que é o que realmente agrega valor - melhor é importar pronto e pagar um extra apenas para aprender a fazer alguns reparos, no intento de manter a maior disponibilidade possível. Fica pronto mais rápido, custa menos e vem tinindo, prontinho para iniciar as operações. E a "tecnologia gerada" não é muito menor do que a de fazer casco e integrar equipamentos sob condições e cláusulas que proíbem de tudo um pouco, afinal, fazemos cascos há séculos e integramos (sob condições impostas por estrangeiros) armas, propulsores e equipamentos, mas nunca nos demos ao trabalho de aprender a fazer o que é nosso e dentro das nossas necessidades.
Há diferença? Não vejo. Já falei tempos atrás, nos anos 70 o Brasil pagou à Inglaterra para aprender a fazer Fragata e à Alemanha para aprender a fazer sub; poucos anos atrás começamos a pagar á França para aprendermos a fazer sub (de novo) e estávamos doidinhos para pagar à França, Espanha ou Itália para aprender a fazer (de novo) Fragata (agora FREMM). De que adianta pagar e pagar e nunca aprender nada? Compra pronto de uma vez e assume que não é do ramo, POWS!!!
Ademais, projetar e fazer só casco aqui ainda mantém o problema dos fretes e prazos, tem que vir tudo quanto é sistema, sensor, propulsor e arma/munição de milhares e milhares de km de distância e de acordo com a "fila" de fornecimento. Mesma coisa na hora dos repuestos. E integrar não é essa barbada toda não, é bem diferente do "plug'n'play", é uma parafernália de computadores que precisam "conversar" entre si não apenas no mesmo "idioma" mas também no mesmo código (um balaio de coisa é encriptada) e um monte de outras miudezas. Posso estar BEM errado mas nunca ouvi falar de ninguém que forneça TUDO sem black box. Sempre tem.
Assim, como não temos (nem nunca tivemos, salvo este ou aquele visionário, que nunca fez maior diferença, num oceano de medíocres) mesmo vocação e muito menos vontade para desenvolver tudo o que precisamos - e falo principalmente do "recheio", que é o que realmente agrega valor - melhor é importar pronto e pagar um extra apenas para aprender a fazer alguns reparos, no intento de manter a maior disponibilidade possível. Fica pronto mais rápido, custa menos e vem tinindo, prontinho para iniciar as operações. E a "tecnologia gerada" não é muito menor do que a de fazer casco e integrar equipamentos sob condições e cláusulas que proíbem de tudo um pouco, afinal, fazemos cascos há séculos e integramos (sob condições impostas por estrangeiros) armas, propulsores e equipamentos, mas nunca nos demos ao trabalho de aprender a fazer o que é nosso e dentro das nossas necessidades.
Há diferença? Não vejo. Já falei tempos atrás, nos anos 70 o Brasil pagou à Inglaterra para aprender a fazer Fragata e à Alemanha para aprender a fazer sub; poucos anos atrás começamos a pagar á França para aprendermos a fazer sub (de novo) e estávamos doidinhos para pagar à França, Espanha ou Itália para aprender a fazer (de novo) Fragata (agora FREMM). De que adianta pagar e pagar e nunca aprender nada? Compra pronto de uma vez e assume que não é do ramo, POWS!!!
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
A primeira vantagem seria o financiamento, ou você acha que os ingleses iriam financiar as CV3??? A outra vantagem seria o tamanho, não se apegue as corvetas de Omã, o projeto tem potencial para chegar a 4000 t, é uma fragata, na prática, e quem disse que não caberá SAM de longo alcance na Type-26, os ingleses tem as Type-45, as nossas não precisam ser exatamente iguais. Think out off de box.LeandroGCard escreveu:A questão continua: Qual a vantagem de abandonar a CV-3 por um desenvolvimento hoje inexistente da River?Juniorbombeiro escreveu:Estou atrelando uma eventual construção dessas corvetonas a uma hipotética recuperação do AMRJ. Com isso poderíamos "matar vários coelhos com a mesma caixa d'água". Fazemos, aqui, mais uma leva de OPV's Amazonas, desenvolvemos em conjunto com os Ingleses a corvetona Type 31 (poderia ser classe Renata Fan ), com os armamentos e sistemas que desejarmos (na CV3 já seria quase tudo inglês mesmo) e futuramente, não muito futuramente, espero, podemos montar aqui umas Type-26, tudo financiado pelos ingleses, capice???
E porque se amarrar às Type-26, que ninguém ainda sabe sequer como vai realmente ficar (e pelas notícias atuais nem mesmo mísseis AAe de maior alcance irá transportar)?
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Túlio, nesta você viajou mesmo, e muito. Acho que é melhor diminuir a bebida ou alguma outra coisa que anda tomando.Túlio escreveu:Assim, como não temos (nem nunca tivemos, salvo este ou aquele visionário, que nunca fez maior diferença, num oceano de medíocres) mesmo vocação e muito menos vontade para desenvolver tudo o que precisamos - e falo principalmente do "recheio", que é o que realmente agrega valor - melhor é importar pronto e pagar um extra apenas para aprender a fazer alguns reparos, no intento de manter a maior disponibilidade possível. Fica pronto mais rápido, custa menos e vem tinindo, prontinho para iniciar as operações. E a "tecnologia gerada" não é muito menor do que a de fazer casco e integrar equipamentos sob condições e cláusulas que proíbem de tudo um pouco, afinal, fazemos cascos há séculos e integramos (sob condições impostas por estrangeiros) armas, propulsores e equipamentos, mas nunca nos demos ao trabalho de aprender a fazer o que é nosso e dentro das nossas necessidades.
Há diferença? Não vejo. Já falei tempos atrás, nos anos 70 o Brasil pagou à Inglaterra para aprender a fazer Fragata e à Alemanha para aprender a fazer sub; poucos anos atrás começamos a pagar á França para aprendermos a fazer sub (de novo) e estávamos doidinhos para pagar à França, Espanha ou Itália para aprender a fazer (de novo) Fragata (agora FREMM). De que adianta pagar e pagar e nunca aprender nada? Compra pronto de uma vez e assume que não é do ramo, POWS!!!
Adquirir pronto de fora não agrega ABSOLUTAMNETE NADA em termos de domínio tecnológico, no máximo a peãozada é ensinada a desapertar e apertar parafusos, fazer funilaria e pegar peças em prateleiras, e pronto, acabou. Já desenvolver localmente com diversos sistemas de projeto local (que já listei) e vários outros de fabricação local (que também já listei) e integrando tudo isso dá um aprendizado enorme, além de viabilizar que com o tempo sejam desenvolvidos aqui mais e mais sistemas, se for garantida a demanda. E todos os conhecimentos adquiridos, do gerenciamento do projeto ao controle da qualidade da construção podem depois ser utilizados em outros projetos de uso civil.
Ou você também é a favor de fechar a Embraer e comprar todos os aviões que precisarmos lá de fora, absorvendo apenas o necessário para se fazer a manutenção local? E todo mundo no planeta fora os EUA, Rússia, China e França é idiota e gosta de jogar dinheiro fora?
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Porque será que todo mundo fala em financiamento como se fosse dinheiro caído do céu por milagre, que não se precisaria pagar (em libras esterlinas) depois? Parece minha mulher com o cartão de crédito ! E é óbvio que os ingleses financiariam seus navios, pois o dinheiro voltaria praticamente todo para suas empresas, seus engenheiros e seus fornecedores, e depois ficaríamos nós pagando juros a eles sabe-se lá por quantas décadas. Muito bom para a Inglaterra, mas e para nós?Juniorbombeiro escreveu:A primeira vantagem seria o financiamento, ou você acha que os ingleses iriam financiar as CV3??? A outra vantagem seria o tamanho, não se apegue as corvetas de Omã, o projeto tem potencial para chegar a 4000 t, é uma fragata, na prática, e quem disse que não caberá SAM de longo alcance na Type-26, os ingleses tem as Type-45, as nossas não precisam ser exatamente iguais. Think out off de box.
As corvetas sub-armadas de Omã talvez possam até chegar às 4000 ton, e quem sabe até receber armamento mais adequado. Mas não de graça. Se é para gastar dinheiro aumentando o tamanho do navio deles e correndo os riscos inerentes, porque fazer isso com o projeto deles e não com o nosso próprio? Ainda não vejo o sentido disso.
E a RN não prevê instalar mísseis AAe de longo alcance nas suas Type-26, devido aos custos envolvidos. Mas ela tem os 4 Type-45 prontos para recebê-los e pretende contar com 2 NAe´s equipados com caças para dar cobertura às suas frotas (sem falar na OTAN). Nós não teríamos nada disso, e seríamos forçados pagar pelo desenvolvimento de uma versão do navio com este sistema para nós. Porque fazer isso se existem outras opções já provadas no mercado mundial com esta capacidade, se é que precisaríamos mesmo comprar um projeto estrangeiro?
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Sério, cupincha? Uso estes mesmos argumentos faz anos (inclusive em debates contigo) e só desta vez é que estou NA PINGA (ou drogado, vai saber)???LeandroGCard escreveu:Túlio, nesta você viajou mesmo, e muito. Acho que é melhor diminuir a bebida ou alguma outra coisa que anda tomando.
LeandroGCard escreveu:Ou você também é a favor de fechar a Embraer e comprar todos os aviões que precisarmos lá de fora, absorvendo apenas o necessário para se fazer a manutenção local? E todo mundo no planeta fora os EUA, Rússia, China e França é idiota e gosta de jogar dinheiro fora?
Leandro G. Card
Quem está viajando agora, Leandro véio? Outra coisa que faço há anos é criticar o que costumo chamar de "modelo EMBRAER", muito eficiente para business mas um desastre para Defesa Nacional. Tudo o que falei sobre o modelo de "indústria bélica naval" vale igualmente para a EMBRAER (e nem vou falar novamente da EUROBRÁS). É excelente para gerar empregos e divisas mas, no dia em que se fizer necessária para ajudar a DEFENDER isso tudo, será tão útil quanto tetas numa galinha. Não se improvisa de um dia para o outro AAM/SAM, turbina, radar, etc.
Mas vou além, aproveitando a "bebedeira" ( me lembres de checar o teor alcoólico do Sprite 600 ml, que é o que estou tomando agora ): ,ao fim e ao cabo, o que propões é uma espécie de EMBRAMAR, ou seja, uma EMBRAER do mar? Porque de repente começou a me parecer isso, e aí sim, devo admitir que não tinha entendido mesmo o quer querias dizer...
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