Fórum Defesa Brasil

knigh7 escreveu: ↑Sex Dez 18, 2020 12:31 am

vplemes escreveu: ↑Qua Dez 16, 2020 4:34 pm
https://theintercept.com/2020/06/29/tcu ... -exercito/

TCU PREPARA ABSOLVIÇÃO DE GENERAIS DO EXÉRCITO QUE QUEIMARAM R$ 273 MILHÕES EM NEGÓCIO BILIONÁRIO
Técnicos do tribunal descobriram ‘erros grosseiros’ em contrato de mais de R$ 5 bilhões para a compra de blindados. Prejuízo não pode ser recuperado.

Rafael Neves

Resumindo:

Depois de assinarem um contrato de 2.044 veículos, os "jenios" do EB perceberam que suas necessidades (ou capacidades) eram para uma quantidade bem menor. Foram tentar renegociar mas a Iveco não aceitou receber menos mas mesmo assim o EB diminuiu o número de veículos para 1.588 mas pagando o valor de 2044. O guarani acabou por se tornar um veículo barato muitíssimo caro.

O que ocorreu foi que o Exército esperava transformar 6 Brigadas de Infantaria Motorizadas em Mecanizadas (a 8ª, 13ª, 11ª, 9ª, 15ª e a 3ª). O contrato com a Iveco foi assinado em cima disso, com o número de unidades de Guaranis necessárias (2.044). Dada as restrições orçamentárias que se seguiram, o EB refez o planejamento, abandonando a ideia de transformar as 2 primeiras que eu citei, diminuindo 456 unidades, impactando no preço por unidade do Guarani.

Com mais de 830 viaturas blindadas 4x4 para o Programa Guarani, e com o cronograma de entrega até 2.040, (pode ser uma versão ou modelo mais avançado no futuro), só muito pessimista como o Juarez para acreditar que o EB não vai conseguir nem mais 144 Linces.

FIGHTERCOM escreveu: ↑Sex Dez 18, 2020 8:53 am

knigh7 escreveu: ↑Sex Dez 18, 2020 12:31 am

O que ocorreu foi que o Exército esperava transformar 6 Brigadas de Infantaria Motorizadas em Mecanizadas (a 8ª, 13ª, 11ª, 9ª, 15ª e a 3ª). O contrato com a Iveco foi assinado em cima disso, com o número de unidades de Guaranis necessárias (2.044). Dada as restrições orçamentárias que se seguiram, o EB refez o planejamento, abandonando a ideia de transformar as 2 primeiras que eu citei, diminuindo 456 unidades, impactando no preço por unidade do Guarani.

Com mais de 830 viaturas blindadas 4x4 para o Programa Guarani, e com o cronograma de entrega até 2.040, (pode ser uma versão ou modelo mais avançado no futuro), só muito pessimista como o Juarez para acreditar que o EB não vai conseguir nem mais 144 Linces.

Dúvida: O EB não poderia ter mantido o número de 2044 unidades e retirar 456 para um possível "FMS Tupiniquim"? Ou quem sabe, usar as últimas 456 unidades para substituir os primeiros lotes. Será que existe algum impedimento?

Mesmo uma possível doação para nações amigas seria melhor negócio do que esse prejuízo de 273 milhões.


Abraços,

Wesley

marcusv escreveu: ↑Sex Dez 18, 2020 2:05 pm No boletim do exército publicado hoje está a determinação do início do projeto de modernização do cascavel.interessante dar uma olhada

Viktor Reznov escreveu: ↑Sex Dez 18, 2020 4:44 pm

marcusv escreveu: ↑Sex Dez 18, 2020 2:05 pm No boletim do exército publicado hoje está a determinação do início do projeto de modernização do cascavel.interessante dar uma olhada

Já foi publicado? Tudo o que sei sobre isso é uma live do Caiafa que provavelmente vai durar umas 19 horas com só 5 minutos de material relevante e tenho déficit de atenção, então nunca vou ter paciência pra ver isso tudo.

knigh7 escreveu: ↑Dom Dez 20, 2020 2:44 am A modernização do Cascavel será menos abrangente que o protótipo da Equitron. Não trocará o motor nem a suspensão, por exemplo. Haverá apenas a revitalização deles. Ainda bem. Há 4 anos atrás, a modernização do Cascavel para o nível da Equitron tinha um custo de USD 500 mil a unidade. Ressalto, em dólares.

FCarvalho escreveu: ↑Dom Dez 20, 2020 2:18 pm

knigh7 escreveu: ↑Dom Dez 20, 2020 2:44 am A modernização do Cascavel será menos abrangente que o protótipo da Equitron. Não trocará o motor nem a suspensão, por exemplo. Haverá apenas a revitalização deles. Ainda bem. Há 4 anos atrás, a modernização do Cascavel para o nível da Equitron tinha um custo de USD 500 mil a unidade. Ressalto, em dólares.

O que me pergunto é o seguinte: mesmo que este custo seja, digamos, de US 250 mil por veículo, isto significa um custo geral de US 50 milhões o projeto. Um valor, acredito, muito maior do que teria de ser investido no projeto da VBR MSR para termos um protótipo, avaliações e homologação. O problema depois seria conseguir comprar a viaturas operacionais.

Novamente, sou de opinião que o EB errou, e errou feio, a sair da proposta original para este veículo em um primeiro momento de uma VBR 6x6 e só depois, diria muito depois, de uma VBR 8x8 baseados no Guarani.

Imagino que, talvez, uma forma de tentar reaver este projeto em termos mais acessíveis financeiramente para nós seria lançar um modelo de VBR 6x6 baseado na torre TORC30 da Ares adaptada com uma versão do canhão 57mm da Bofors/76mm SR da Leonardo. Esta parece ser uma tendência a ser seguida nos próximos anos para veículos deste tipo, ou mesmo de VBCI. E penso com certeza seria bem menos complicado de adpatar ao Guarani e bem menos caro de se obter do que um bldo com canhão de 105/120mm.

Isto feito, penso que o passo seguinte, e mais lógico, seria obter-se uma VBTP/VBCI 8x8 e a partir dela, aí sim, desenvolver uma VBR MSR 8X8, se isto ainda for oportuno e necessário.

Conquanto, duvido que iremos ver outras opções que não a já pré estabelecida, mesmo sem qualquer indicativo de que ela venha à luz em qualquer tempo.

gabriel219 escreveu: ↑Seg Dez 21, 2020 9:18 am Flávio, já te passou pela cabeça que VBR 8x8 e VBCI 8x8 não tem nada a ver um com outro?
Sério, quero entender essa tara de "melhor desenvolver isso aqui primeiro e depois ir pro próximo". Uma coisa não tem a ver com outra, nem se quer são a mesma viatura.
Nem me venha com aquelas gambiarras de pegar um VBTP 8x8 e enfiar um canhão nele, o que deixa uma viatura totalmente instável. Torre 30 mm já faz isso!
VBTP/VBCI 8x8 pode ser uma evolução do 6x6, esticado e com um eixo a mais. VBR ou VBC 8x8 já é algo totalmente novo, com maior largura, espaçamento entre eixos, uma viatura desenvolvida em torno de uma torre e canhão, seja 105 ou 120 mm.