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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qua Fev 24, 2016 7:44 pm
por Grep
ACARAJÉ LEVA GOVERNO A COMPRAR BRIGA COM MORO
:
Depois de pouco mais de dois anos de Operação Lava Jato, o governo federal chegou à conclusão de que o objetivo do juiz Sergio Moro, que conduz a força-tarefa curitibana, é contribuir para a derrubada da presidente Dilma Rousseff e impedir a eventual volta do ex-presidente Lula ao poder; a gota d'água foi a etapa batizada como Acarajé, que levou à prisão o marqueteiro João Santana; nesta quarta-feira, o ministro Ricardo Berzoini afirmou que a Lava Jato "está comandada por uma visão midiática e uma tentativa de criar um clima de constrangimento no país"; a partir de agora, Moro não será mais tratado como um juiz isento pelo governo federal, mas como o braço jurídico de uma oposição, liderada pelo senador Aécio Neves, disposta a encontrar atalhos para o poder
24 DE FEVEREIRO DE 2016 ÀS 18:31


247 – Foram necessários pouco mais de dois anos de Operação Lava Jato para que o governo federal se convencesse de que o juiz Sergio Moro, que conduz força-tarefa curitibana, possui uma agenda política, que contempla objetivos como a destruição do Partido dos Trabalhadores, a derrubada da presidente Dilma Rousseff e a inviabilização da eventual volta do ex-presidente Lula ao poder.

Essa conclusão foi tomada pelo núcleo político do governo federal após a mais recente etapa da Lava Jato, batizada como Acarajé, que levou à prisão o marqueteiro João Santana, responsável pela campanha da presidente Dilma Rousseff. Isso fará com que, a partir de agora, ministros do governo federal passem a confrontar explicitamente as posições do juiz paranaense e de integrantes da força-tarefa.

O primeiro a agir dessa maneira foi Ricardo Berzoini, ministro da Articulação Política. Ele afirmou, em entrevista à agência Reuters, que há uma tentativa de se fazer um "impeachment cautelar" para evitar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018. Depois de afirmar que "algumas coisas no Brasil estão sendo tratadas de maneira muito precipitada", Berzoini foi questionado se essa era uma crítica direta ao juiz Moro. "Claro que é uma crítica. Eu acho que a lógica desse processo (operação Lava Jato) está comandada por uma visão midiática e uma tentativa de criar um clima de constrangimento no país", disse o ministro.

Integrantes do núcleo político do governo federal se convenceram de que o objetivo da etapa Acarajé é justamente alimentar as quatro ações movidas no Tribunal Superior Eleitoral pelo PSDB que pedem a cassação da chapa Dilma-Temer e a diplomação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) como novo presidente da República.

Há também indignação no governo federal com o fato de nada ter sido feito em relação ao senador Aécio, no âmbito da Lava Jato. Embora tenha sido citado por vários delatores, seus casos têm sido arquivados nos tribunais superiores por falta de provas. O que se diz, no Palácio do Planalto, é que não há provas porque não houve empenho, por parte da força-tarefa curitibana, em buscá-las. Aécio já foi citado como responsável por um mensalão em Furnas, durante o governo FHC, e como o "mais chato" cobrador de propinas da UTC.

A mudança do governo federal em relação a Moro e sua equipe representa uma inflexão importante. Até agora, nenhum ministro, em especial José Eduardo Cardozo, da Justiça, ousava fazer qualquer crítica à Lava Jato. Ao contrário, o que se dizia era que a Lava Jato era mérito do governo federal, que permitia toda e qualquer investigação, doa a quem doer.

A partir de agora, no entanto, Moro passará a ser confrontado por diversos ministros. Talvez, porque a água tenha batido no pescoço.

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qua Fev 24, 2016 8:05 pm
por kirk
Grep escreveu:ACARAJÉ LEVA GOVERNO A COMPRAR BRIGA COM MORO
:
Depois de pouco mais de dois anos de Operação Lava Jato, o governo federal chegou à conclusão de que o objetivo do juiz Sergio Moro, que conduz a força-tarefa curitibana, é contribuir para a derrubada da presidente Dilma Rousseff e impedir a eventual volta do ex-presidente Lula ao poder; a gota d'água foi a etapa batizada como Acarajé, que levou à prisão o marqueteiro João Santana; nesta quarta-feira, o ministro Ricardo Berzoini afirmou que a Lava Jato "está comandada por uma visão midiática e uma tentativa de criar um clima de constrangimento no país"; a partir de agora, Moro não será mais tratado como um juiz isento pelo governo federal, mas como o braço jurídico de uma oposição, liderada pelo senador Aécio Neves, disposta a encontrar atalhos para o poder
24 DE FEVEREIRO DE 2016 ÀS 18:31


247 – Foram necessários pouco mais de dois anos de Operação Lava Jato para que o governo federal se convencesse de que o juiz Sergio Moro, que conduz força-tarefa curitibana, possui uma agenda política, que contempla objetivos como a destruição do Partido dos Trabalhadores, a derrubada da presidente Dilma Rousseff e a inviabilização da eventual volta do ex-presidente Lula ao poder.

Essa conclusão foi tomada pelo núcleo político do governo federal após a mais recente etapa da Lava Jato, batizada como Acarajé, que levou à prisão o marqueteiro João Santana, responsável pela campanha da presidente Dilma Rousseff. Isso fará com que, a partir de agora, ministros do governo federal passem a confrontar explicitamente as posições do juiz paranaense e de integrantes da força-tarefa.

O primeiro a agir dessa maneira foi Ricardo Berzoini, ministro da Articulação Política. Ele afirmou, em entrevista à agência Reuters, que há uma tentativa de se fazer um "impeachment cautelar" para evitar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018. Depois de afirmar que "algumas coisas no Brasil estão sendo tratadas de maneira muito precipitada", Berzoini foi questionado se essa era uma crítica direta ao juiz Moro. "Claro que é uma crítica. Eu acho que a lógica desse processo (operação Lava Jato) está comandada por uma visão midiática e uma tentativa de criar um clima de constrangimento no país", disse o ministro.

Integrantes do núcleo político do governo federal se convenceram de que o objetivo da etapa Acarajé é justamente alimentar as quatro ações movidas no Tribunal Superior Eleitoral pelo PSDB que pedem a cassação da chapa Dilma-Temer e a diplomação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) como novo presidente da República.

Há também indignação no governo federal com o fato de nada ter sido feito em relação ao senador Aécio, no âmbito da Lava Jato. Embora tenha sido citado por vários delatores, seus casos têm sido arquivados nos tribunais superiores por falta de provas. O que se diz, no Palácio do Planalto, é que não há provas porque não houve empenho, por parte da força-tarefa curitibana, em buscá-las. Aécio já foi citado como responsável por um mensalão em Furnas, durante o governo FHC, e como o "mais chato" cobrador de propinas da UTC.

A mudança do governo federal em relação a Moro e sua equipe representa uma inflexão importante. Até agora, nenhum ministro, em especial José Eduardo Cardozo, da Justiça, ousava fazer qualquer crítica à Lava Jato. Ao contrário, o que se dizia era que a Lava Jato era mérito do governo federal, que permitia toda e qualquer investigação, doa a quem doer.

A partir de agora, no entanto, Moro passará a ser confrontado por diversos ministros. Talvez, porque a água tenha batido no pescoço.
Não sobrará pedra sobre pedra ... não adianta espernear ... criar factoides ... PT tá no saco e a culpa não é do Moro ... é dele mesmo ...

CHORA BERZOINI ....vai pra cama que é lugar quente falastrão !

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qua Fev 24, 2016 8:11 pm
por nveras
Eu tMbém tava desconfiado desse juiz. Ele só prende gente do Pt. Até preso do PT ele prendeu de novo. É o pior é o conluio dele com os tribunais superiores que não soltam os presos. É também tem aquele procurador geral que arquivou a denúncia contra o Aécio que o juiz enviou pra lá porque Aécio é Senador. Mas, mesmo assim, eu tenho certeza que a culpa é do juiz Moro. O PT agora tem que reagir , e vamos fazer o seguinte contra o juiz....é.....é, vamos perguntar pro Maduro o que fazer.

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qua Fev 24, 2016 8:13 pm
por Juniorbombeiro
Grep escreveu:ACARAJÉ LEVA GOVERNO A COMPRAR BRIGA COM MORO
:
Depois de pouco mais de dois anos de Operação Lava Jato, o governo federal chegou à conclusão de que o objetivo do juiz Sergio Moro, que conduz a força-tarefa curitibana, é contribuir para a derrubada da presidente Dilma Rousseff e impedir a eventual volta do ex-presidente Lula ao poder; a gota d'água foi a etapa batizada como Acarajé, que levou à prisão o marqueteiro João Santana; nesta quarta-feira, o ministro Ricardo Berzoini afirmou que a Lava Jato "está comandada por uma visão midiática e uma tentativa de criar um clima de constrangimento no país"; a partir de agora, Moro não será mais tratado como um juiz isento pelo governo federal, mas como o braço jurídico de uma oposição, liderada pelo senador Aécio Neves, disposta a encontrar atalhos para o poder
24 DE FEVEREIRO DE 2016 ÀS 18:31


247 – Foram necessários pouco mais de dois anos de Operação Lava Jato para que o governo federal se convencesse de que o juiz Sergio Moro, que conduz força-tarefa curitibana, possui uma agenda política, que contempla objetivos como a destruição do Partido dos Trabalhadores, a derrubada da presidente Dilma Rousseff e a inviabilização da eventual volta do ex-presidente Lula ao poder.

Essa conclusão foi tomada pelo núcleo político do governo federal após a mais recente etapa da Lava Jato, batizada como Acarajé, que levou à prisão o marqueteiro João Santana, responsável pela campanha da presidente Dilma Rousseff. Isso fará com que, a partir de agora, ministros do governo federal passem a confrontar explicitamente as posições do juiz paranaense e de integrantes da força-tarefa.

O primeiro a agir dessa maneira foi Ricardo Berzoini, ministro da Articulação Política. Ele afirmou, em entrevista à agência Reuters, que há uma tentativa de se fazer um "impeachment cautelar" para evitar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018. Depois de afirmar que "algumas coisas no Brasil estão sendo tratadas de maneira muito precipitada", Berzoini foi questionado se essa era uma crítica direta ao juiz Moro. "Claro que é uma crítica. Eu acho que a lógica desse processo (operação Lava Jato) está comandada por uma visão midiática e uma tentativa de criar um clima de constrangimento no país", disse o ministro.

Integrantes do núcleo político do governo federal se convenceram de que o objetivo da etapa Acarajé é justamente alimentar as quatro ações movidas no Tribunal Superior Eleitoral pelo PSDB que pedem a cassação da chapa Dilma-Temer e a diplomação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) como novo presidente da República.

Há também indignação no governo federal com o fato de nada ter sido feito em relação ao senador Aécio, no âmbito da Lava Jato. Embora tenha sido citado por vários delatores, seus casos têm sido arquivados nos tribunais superiores por falta de provas. O que se diz, no Palácio do Planalto, é que não há provas porque não houve empenho, por parte da força-tarefa curitibana, em buscá-las. Aécio já foi citado como responsável por um mensalão em Furnas, durante o governo FHC, e como o "mais chato" cobrador de propinas da UTC.

A mudança do governo federal em relação a Moro e sua equipe representa uma inflexão importante. Até agora, nenhum ministro, em especial José Eduardo Cardozo, da Justiça, ousava fazer qualquer crítica à Lava Jato. Ao contrário, o que se dizia era que a Lava Jato era mérito do governo federal, que permitia toda e qualquer investigação, doa a quem doer.

A partir de agora, no entanto, Moro passará a ser confrontado por diversos ministros. Talvez, porque a água tenha batido no pescoço.
Se não remover o inepto do Cardozo, não adianta nada fazer beicinho.

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qua Fev 24, 2016 9:18 pm
por Grep
Acredite: CNMP confirmou que Lula é perseguido

24 de Fevereiro de 2016
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:
Ao autorizar a permanência do procurador Cassio Conserino à frente das investigações sobre o triplex do Guarujá, o Conselho Nacional do Ministério Público assumiu uma decisão que é uma contradição absoluta, com termos que não dialogam entre si e formam um conjunto incoerente e injusto.

Só para você ter uma ideia: no mesmo dia, na mesma votação, no mesmo texto, o Conselho negou a Luiz Inácio Lula da Silva um direito que, acabara de reconhecer como "direito de todo cidadão" obrigado a prestar contas à Justiça, que é ser investigado por um "promotor natural". Considerando que nem a condição de ex-presidente da República, nem a de investigado pelo Ministério Público lhe tira qualquer direito assegurado a todo cidadão, o resultado confirmou uma situação absurda.

Entenda-se. Para evitar um personagem típico das ditaduras, o chamado "promotor de encomenda", que assume uma investigação com uma conclusão definida previamente, seja para condenar, seja para inocentar um réu, a legislação brasileira exige que os procuradores sejam escolhidos por um método considerado seguro para se tentar chegar a uma decisão isenta -- o sorteio.

Este princípio se encontra no artigo 103 da Lei Orgânica do Ministério Público de São Paulo, onde Cassio Conserino atua. Ali se diz explicitamente que "toda representação ou petição formulada ao MP será distribuída entre os membros da instituição que tenham atribuições para apreciá-la". O mesmo espírito, com palavras semelhantes, se encontra na resolução número 13 do Conselho Nacional do Ministério Público.

No caso da investigação sobre Lula e Marisa, isso não ocorreu -- e isso levou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) a entrar com uma representação que questiona a escolha para conduzir a investigação.

Numa atitude que dirimiu qualquer dúvida sobre sua parcialidade, em janeiro o procurador disse a VEJA ter elementos de convencimento para denunciar Lula e Marisa por ocultamento de patrimônio. Errou na forma -- a Justiça se manifesta pelos autos -- e pelo conteúdo, pois não conseguiu apontar nenhum fato para sustentar suas suspeitas.

O ponto essencial é que Consarino assumiu o caso, em agosto do ano passado, sem respeitar o princípio do procurador natural. Ele recebeu uma representação de um escritório de advogados que defendem clientes que se consideram lesados pela cooperativa dos bancários, Bancoop, primeira responsável pela construção do edifício no Guarujá. Mesmo que não existisse o artigo 103 da Lei Orgânica e nem a resolução 13 do CNMP, o simples fato de ter sido escolhido por uma das partes de um conflito encaminhar uma representação já deveria ser razão suficiente, baseada no simples bom senso, para Consarino entregar o pedido para ser levado a sorteio.

Tanto é assim que as coisas devem funcionar que, na decisão de ontem, os conselheiros aprovaram, por unanimidade, o voto do relator Valter Shuenquener. Numa referência aos tempos passados, mas que fazem estranho eco nos dias que correm, ele chega a dizer que o país não pode voltar ao tempos dos "procuradores de encomenda." Shuenquener afirma, essencialmente, o seguinte:"o princípio do promotor natural impõe que todo cidadão tem o direito de ser investigado e acusado por um órgão independente do MP escolhido segundo prévios critérios abstratos e não casuisticamente." São palavras claras. Definem um princípio permanente, que, como disse Shuenquener, que é juiz federal, deve ser assegurado a "todo cidadão". Isso deveria incluir Lula e sua mulher, Marisa, certo? Errado.

Os mesmos conselheiros aprovaram, no mesmo dia, no mesmo debate, uma exceção a regra que haviam acabado de confirmar. Os casos já distribuídos "ficam como estão." Ou seja: justamente a vítima que entrou em ação contra uma injustiça, demonstrando que tinha razão no ponto de vista do conceito, terá de aturar a injustiça e o erro. Lula e seus advogados têm razão -- mas isso só vale para os outros. A barbeiragem é grande, não custa admitir. A Lei Orgânica do Ministério Público é de 1993. Está em vigor há 23 anos. A resolução do CNMP é de 2006.

Perguntas: ninguém sabia destes princípios? Não aprendeu que deveria zelar por seu cumprimento? O que acontece agora?

Em vez de corrigir aquilo que todos reconheceram conceitualmente que estava errado, preferiu-se cumprir uma jurisprudência inesquecível anunciada por um dos principais integrantes da força tarefa da Lava Jato, aquela que ensina que não se deve "mexer em bosta seca."

Na mesma tarde, entre muitos discursos protocolares, os conselheiros excluíram -- e fizeram isso publicamente, à vista de todos, inclusive jornalistas -- Luiz Inácio Lula da Silva e sua mulher, dona Marisa, daquele conjunto de pessoas, em teoria os 200 milhões de brasileiros, a quem o Ministério Público tem o dever de assegurar direitos reservados a "todo cidadão".

Por um instante, foi como se Lula estivesse de volta ao Brasil de 60 anos atrás, percorrendo o país na carroceria do caminhão pau-de-arara que trouxe sua família do interior de Pernambuco para São Paulo, criança de um universo de excluídos, tratados sem dignidade nem respeito, em permanente combate, quase animal, contra a fome, o frio, a doença, a fraqueza. Mas foi só um instante.

Ex-presidente da República, líder de um processo político que obteve avanços históricos na luta contra a miséria e a desigualdade, a decisão do Conselho confirmou a condição de Lula como perseguido político. Negou-lhe aquilo que reconhece ser um direito de todos. Não vale para Lula, sabemos agora. Talvez não valha para muitos outros, é verdade. Mas sabemos quem é Lula no Brasil de 2016 e o que representa.

Mais um sinal está dado, certo?

Pela resolução de ontem, é possível até imaginar uma hipótese. Se, um dia, o Ministério Público por acaso vier a acatar o pedido de investigação das acusações da jornalista Mirian Dutra contra Fernando Henrique Cardoso, a apuração será conduzida por "promotor natural" com base "em critérios abstratos", que visam eliminar preferências políticas capazes de contaminar os trabalhos.

Enquanto isso, o procurador Cassio Conserino terá direito a chamar Lula e Marisa para serem interrogados. Já podemos imaginar o próximo passo, certo?

A decisão não poderia ser mais clara, vamos combinar.

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qua Fev 24, 2016 9:48 pm
por kirk
Grep escreveu:Acredite: CNMP confirmou que Lula é perseguido

24 de Fevereiro de 2016
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Ao autorizar a permanência do procurador Cassio Conserino à frente das investigações sobre o triplex do Guarujá, o Conselho Nacional do Ministério Público assumiu uma decisão que é uma contradição absoluta, com termos que não dialogam entre si e formam um conjunto incoerente e injusto.

Só para você ter uma ideia: no mesmo dia, na mesma votação, no mesmo texto, o Conselho negou a Luiz Inácio Lula da Silva um direito que, acabara de reconhecer como "direito de todo cidadão" obrigado a prestar contas à Justiça, que é ser investigado por um "promotor natural". Considerando que nem a condição de ex-presidente da República, nem a de investigado pelo Ministério Público lhe tira qualquer direito assegurado a todo cidadão, o resultado confirmou uma situação absurda.

Entenda-se. Para evitar um personagem típico das ditaduras, o chamado "promotor de encomenda", que assume uma investigação com uma conclusão definida previamente, seja para condenar, seja para inocentar um réu, a legislação brasileira exige que os procuradores sejam escolhidos por um método considerado seguro para se tentar chegar a uma decisão isenta -- o sorteio.

Este princípio se encontra no artigo 103 da Lei Orgânica do Ministério Público de São Paulo, onde Cassio Conserino atua. Ali se diz explicitamente que "toda representação ou petição formulada ao MP será distribuída entre os membros da instituição que tenham atribuições para apreciá-la". O mesmo espírito, com palavras semelhantes, se encontra na resolução número 13 do Conselho Nacional do Ministério Público.

No caso da investigação sobre Lula e Marisa, isso não ocorreu -- e isso levou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) a entrar com uma representação que questiona a escolha para conduzir a investigação.

Numa atitude que dirimiu qualquer dúvida sobre sua parcialidade, em janeiro o procurador disse a VEJA ter elementos de convencimento para denunciar Lula e Marisa por ocultamento de patrimônio. Errou na forma -- a Justiça se manifesta pelos autos -- e pelo conteúdo, pois não conseguiu apontar nenhum fato para sustentar suas suspeitas.

O ponto essencial é que Consarino assumiu o caso, em agosto do ano passado, sem respeitar o princípio do procurador natural. Ele recebeu uma representação de um escritório de advogados que defendem clientes que se consideram lesados pela cooperativa dos bancários, Bancoop, primeira responsável pela construção do edifício no Guarujá. Mesmo que não existisse o artigo 103 da Lei Orgânica e nem a resolução 13 do CNMP, o simples fato de ter sido escolhido por uma das partes de um conflito encaminhar uma representação já deveria ser razão suficiente, baseada no simples bom senso, para Consarino entregar o pedido para ser levado a sorteio.

Tanto é assim que as coisas devem funcionar que, na decisão de ontem, os conselheiros aprovaram, por unanimidade, o voto do relator Valter Shuenquener. Numa referência aos tempos passados, mas que fazem estranho eco nos dias que correm, ele chega a dizer que o país não pode voltar ao tempos dos "procuradores de encomenda." Shuenquener afirma, essencialmente, o seguinte:"o princípio do promotor natural impõe que todo cidadão tem o direito de ser investigado e acusado por um órgão independente do MP escolhido segundo prévios critérios abstratos e não casuisticamente." São palavras claras. Definem um princípio permanente, que, como disse Shuenquener, que é juiz federal, deve ser assegurado a "todo cidadão". Isso deveria incluir Lula e sua mulher, Marisa, certo? Errado.

Os mesmos conselheiros aprovaram, no mesmo dia, no mesmo debate, uma exceção a regra que haviam acabado de confirmar. Os casos já distribuídos "ficam como estão." Ou seja: justamente a vítima que entrou em ação contra uma injustiça, demonstrando que tinha razão no ponto de vista do conceito, terá de aturar a injustiça e o erro. Lula e seus advogados têm razão -- mas isso só vale para os outros. A barbeiragem é grande, não custa admitir. A Lei Orgânica do Ministério Público é de 1993. Está em vigor há 23 anos. A resolução do CNMP é de 2006.

Perguntas: ninguém sabia destes princípios? Não aprendeu que deveria zelar por seu cumprimento? O que acontece agora?

Em vez de corrigir aquilo que todos reconheceram conceitualmente que estava errado, preferiu-se cumprir uma jurisprudência inesquecível anunciada por um dos principais integrantes da força tarefa da Lava Jato, aquela que ensina que não se deve "mexer em bosta seca."

Na mesma tarde, entre muitos discursos protocolares, os conselheiros excluíram -- e fizeram isso publicamente, à vista de todos, inclusive jornalistas -- Luiz Inácio Lula da Silva e sua mulher, dona Marisa, daquele conjunto de pessoas, em teoria os 200 milhões de brasileiros, a quem o Ministério Público tem o dever de assegurar direitos reservados a "todo cidadão".

Por um instante, foi como se Lula estivesse de volta ao Brasil de 60 anos atrás, percorrendo o país na carroceria do caminhão pau-de-arara que trouxe sua família do interior de Pernambuco para São Paulo, criança de um universo de excluídos, tratados sem dignidade nem respeito, em permanente combate, quase animal, contra a fome, o frio, a doença, a fraqueza. Mas foi só um instante.

Ex-presidente da República, líder de um processo político que obteve avanços históricos na luta contra a miséria e a desigualdade, a decisão do Conselho confirmou a condição de Lula como perseguido político. Negou-lhe aquilo que reconhece ser um direito de todos. Não vale para Lula, sabemos agora. Talvez não valha para muitos outros, é verdade. Mas sabemos quem é Lula no Brasil de 2016 e o que representa.

Mais um sinal está dado, certo?

Pela resolução de ontem, é possível até imaginar uma hipótese. Se, um dia, o Ministério Público por acaso vier a acatar o pedido de investigação das acusações da jornalista Mirian Dutra contra Fernando Henrique Cardoso, a apuração será conduzida por "promotor natural" com base "em critérios abstratos", que visam eliminar preferências políticas capazes de contaminar os trabalhos.

Enquanto isso, o procurador Cassio Conserino terá direito a chamar Lula e Marisa para serem interrogados. Já podemos imaginar o próximo passo, certo?

A decisão não poderia ser mais clara, vamos combinar.
A cumpanheirada tá numa choradeira só!!!! :mrgreen:

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qua Fev 24, 2016 9:54 pm
por Wingate
LULA e FHC estão sendo perseguidos por perseguirem a perseguida (se me entendem... [037] ).

Wingate

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qui Fev 25, 2016 10:53 am
por nveras
Wingate escreveu:LULA e FHC estão sendo perseguidos por perseguirem a perseguida (se me entendem... [037] ).

Wingate
A verdinha? :mrgreen:

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qui Fev 25, 2016 1:06 pm
por Viktor Reznov
A choradeira do desespero é linda.

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qui Fev 25, 2016 1:54 pm
por Clermont
Viktor Reznov escreveu:A choradeira do desespero é linda.
Marquês de Sade,

Sois vós?

:mrgreen:

Imagem

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qui Fev 25, 2016 2:01 pm
por Wingate
nveras escreveu:
Wingate escreveu:LULA e FHC estão sendo perseguidos por perseguirem a perseguida (se me entendem... [037] ).

Wingate
A verdinha? :mrgreen:
Não...são aquelas de saias, com hábitos de consumo um tanto exigentes... 8-]

As verdinhas servem para acalmá-las...

Wingate

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qui Fev 25, 2016 6:22 pm
por Wingate
Imagem


Wingate

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qui Fev 25, 2016 7:15 pm
por NettoBR
Será que foi sem querer ou intencional essa roupa de mosquito da dengue? :twisted:

http://www.youtube.com/watch?v=zIXG58yV-cI

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qui Fev 25, 2016 7:41 pm
por nveras
NettoBR escreveu:Será que foi sem querer ou intencional essa roupa de mosquito da dengue? :twisted:

http://www.youtube.com/watch?v=zIXG58yV-cI
Mosquita meu caro. Mosquita. :mrgreen:

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

Enviado: Qui Fev 25, 2016 7:49 pm
por Paisano
Grep escreveu:
kirk escreveu: Ordem de "cima" ! :D
Ordem de cima o que ??? ta me acusando de algo apresente provas, babaca.
A Moderação está ADVERTINDO os usuários Grep, kirk e EduClau.