Lendo essa peça de marketing da Avibrás de três anos atrás, vi que a empresa afirma o Guará 4WS dispor versões militares, além da básica de reconhecimento armado, como
transporte de pessoal)1), transporte de carga(2), ambulância(3), viatura lança-morteiro(4), viatura anticarro(5) e viatura tática de assalto(6).
https://www.avibras.com.br/site/midia/n ... -2017.html
Consta em outros materiais de propaganda e fontes da mídia que a empresa também afirma o veículo dispor das versões
posto de comando(7), comunicações(8) e observação avançada(10).
O que eu me pergunto é o seguinte: qual seria, ou é, a capacidade real da Avibrás hoje, em 2020, de no curto prazo, trazer todas essas versões propostas à realidade de fato?
Uma coisa foi tirar o veículo base da cartola sem alarde e com total descrição. Outra seria dispor ao mercado interno, e externo, de tais versões em tempo curto e sob demanda.
Com mais um ROB recém saído sobre a VBMT-LR há de se pensar se a empresa ainda nutre de fato esperanças de que este veículo possa se tornar um dia um produto real e cabível nos planos do EB, e quiçá, das demais forças, ou se ele irá entrar para o longo rol de quimeras e promessas de produtos da BID que não vingaram por ene motivos.
Me pergunto se o EB diante dos vários doc lançados nos últimos anos a despeito da reformulação dos meios da cav/inf mec e blda ainda tem intenção real de abrir à BID a chance de concorrer em pé de igualdade com produto estrangeiros já estabelecidos no mercado.
Diz-se que as necessidades para cobrir toda a demanda existente de quantidade, modelos e versões da VBMT-LR pode ultrapassar facilmente a casa do milhar. Mas isso por si só não garante nada seja para produtos importados, seja para os nacionais, que ainda sequer estão disponíveis.
Algumas soluções opcionais são apontadas nos doc do EB em relação a possíveis adoções de material. Mas vai depender de como a relação custo x benefício x orçamento conseguirá lidar com estes.
Enfim, uma empresa como a Avibrás com toda a sua expertise e sua capacidade tecnológica e de produção pode efetivamente ser deixada somente conectada a dois ou três projetos em andamento? Se lhes for abertas outras oportunidades, como parece ser o caso de amor a primeira vista com os chassis Tatra e os caminhões Astros, ela conseguirá dar conta de tantos projetos ao mesmo tempo? Seria salutar para a BID deixar na mão de uma única empresa tantos projetos? A logística do EB poderia ser muito beneficiada, mas por outro lado, o nível de dependência da empresa neste aspecto seria aceitável?
São perguntas que faço pensando no porquê de mesmo depois de 4/5 anos do lançamento do Guará 4WS, ele continua sendo a mesma incógnita de sempre. Ele existe de fato, é (ou foi) um produto real, viável e efetivo, ou foi apenas uma tentativa pontual da Avibrás de conseguir empurrar uma solução de oportunidade para o EB?
abs