Túlio escreveu:De resto, acho nadavê essa charla de Fuzil de Batalha
ter obrigatoriamente que ser full-auto. Lembremos das Falklands: argies e rosbifes usavam o mesmo Fz, o FAL, só que o dos castelhanos tinha a opção full e o dos anglo-saxônicos não, era só semi. Tudo FAL mas o dos Ingleses era o que então, carabina?
NUNCA li nem ouvi alguém se referir ao FAL como algo menos que um "Battle Rifle" (ao contrário, já vi e li gente o chamando de Fuzil de Assalto Leve...
).
Aliás, quem é OBRIGADO a ter a opção full é precisamente o Fz Ass (e mesmo assim o M-16A1E1 (depois M-16A2) só tinha a opção de burst (3 disparos a cada pressão do gatilho). Aliás, ao
ABULDOG: os M-16 do CFN são A2, não? Eles têm opção diferente da original, ou seja, full-auto total (enquanto o gatilho estiver pressionado, dispara até esgotar o carregador)?
FAL = "Fusil Automatique Léger", e foi criado com base no conceito criado pelo alemão "Sturmgewehr 44" que traduz para "fuzil tempestade" mas no vocabulário militar se traduz melhor para "fuzil de assalto", hoje o FAL não tem nada de leve, mas quando foi criado "fuzil automático" eram armas como o BAR 1918 e eram armas usadas como suporte no nível de grupo de combate (formação entre 7 e 14 homens e que os americanos chamam de "squad"), seria o nosso FAP e que outros exércitos usam a Minimi.
Quando o FAL foi criado ninguém chamava ele de "Battle Rifle" porque o termo só foi inventado décadas depois, a primeira referência a "Battle Rifle" que achei é de 1981 e era usada para designar aqueles fuzis que eram chamados de "assault rifles" mas perderam espaço com a chegado do 5,56x45, supostamente o termo foi criado por um marqueteiro que tentava vender M14s e precisava de uma boa desculpa para convencer os clientes que ele era melhor que os novos 5,56.
Clermont escreveu:De qualquer forma, tiro automático não faz parte dos programas oficiais de instrução de tiro do Exército para tropas convencionais. E estou curioso em saber se vai passar a ser com a introdução do IA2. Já li que mesmo nos Exército americano não é comum o adestramento em fogo automático para soldados convencionais.
Quantos tiros por ano nossos soldados disparam? 50? Aposto que muitos nem isso, assim, fica difícil treinar tiro automático.
O EB hoje tem um efetivo de uns 220 mil homens, pessoalmente preferia ver com um efetivo de uns 165 mil e com a grana que economizou dispensando os outros 55 mil (digamos uma economia de 20000 reais por cabeça por ano, apesar de eu suspeitar que a economia fosse maior) e assumindo o preço internacional da munição (mais ou menos 1 real por bala, em grande escala o EB pagaria menos - e se a CBC cobra demais é só mandar a Imbel fabricar) os 165 mil que sobraram poderiam dar uns 6700 tiros por ano, suficiente para treinar fogo automático e treinar bem, e aposto que esse efetivo reduzido faria muito mais do que os 220 mil mal treinados.
Ckrauslo escreveu:É impratico colocar um 338 nas maos de soldados que precisam estar se locomovendo o tempo inteiro em combate, que vai precisar estar correndo para fora de veículos ou blindados
Para essas situações todos os países entraram em um consenso usam o calibre de fuzil 7,62 seja no 51 ou 54
A Rússia faz isso, china faz isso
Por que ele pode ser usado em armas mais moveis do que calibres .50 ou 408 ou 338
A Rússia usa o 5,45x39 para a tropa comum, mesmo o 7,62x54 não é pratico para soldados que precisem correr para fora de veículos, alias, acho que está havendo uma confusão aqui ao achar que os Dragunov são usados nos mesmos grupos de combates que levam AKs, os Dragunovs são usados a nível de pelotão, um nível acima dos "Designed Marksman" americanos, que eu saiba o EB não usa nem um e nem outro, ainda.
Ckrauslo escreveu:Aqui uma leve historia no 7,62 Nato eles queriam adaptar um calibre ja existente, porem para rodar melhor nos fuzis americanos queriam fazer possível o Uso tanto das municies AP 30-06 em fuzis Semi automáticos e automáticos assim como a Ball regular e entao estudaram o uso de dois calibres existentes o .300 savage e o .308 em 44 e ai em 51 deixaram uma empresa comprar os direitos do nome e apareceu o .308 winchester
e em 54 O comprimento de calibre 51mm recebeu a nomenclatura NATO
antes disso os calibres ja existiam
Aqui existe uma confusão, não sei se você que está confundindo ou não está entendendo o contexto, o calibre .308, pela definição de calibre, já existia, mas a munição, o cartucho, .308 Winchester só foi criado em 1952, e quando os ouros membros falam em "calibre" o que eles se referem é ao cartucho, mesmo os termos não estando 100% corretos se entende pelo contexto, e quando digo que não existia o cartucho .308 Winchester o que quero dizer é que esse cartucho não era fabricado e não existiam armas capazes de dispara-lo.
Dizer que esse é um calibre que já existia antes é o mesmo que dizer que o 7,62x54 e 7,62x39 são o mesmo calibre, eles tem o mesmíssimo diâmetro (definição formal de calibre) mas não é disso que o contexto se refere, ao se criar um novo cartucho tenta se usar um com o mesmo calibre de outros já existentes para poder suar o mesmo maquinário na fabricação dos canos.
Voltando ao .308 Winchester, francamente, não havia a necessidade de um novo cartucho, já existiam muitos calibres com as mesmas características e até cartuchos melhores, como por exemplo o que os ingleses desenvolveram ou o .276 americano ou vários outros, criar um novo cartucho e ainda mais, um novo cartucho para fuzis automáticos que não servia para fuzis automáticos foi uma grande burrada americana.
Ckrauslo escreveu:Outra coisa que não entendo, se o 7,62 que é o calibre 30 que foi usado em 2 guerras e até um pouco antes disso é algo empurrado pelos americanos e ai que agora o 7,62x39 "7,92mm" esta sendo cotado para ser um novo calibre nato, são os americanos empurrando ele também?
E se isso é algo empurrado pelos americanos o que é do 5.56? introduzido pelos americanos para fuzis Ar15?
O 7,63x39 não está sendo empurrado, os 5,56 e 7,62x51 vão continuar sendo os calibres padrão da NATO por um bom tempo dificultando a vida de novos calibres melhores.
Ckrauslo escreveu:Tulio sabe quando surgiu o comprimento 51? 1890 e pouco
Você deve estar falando do .30-30 Winchester, mas ele tem uma base completamente diferente do .308 Winchester e são incompatíveis, fica claro na imagem, o do meio é o .30-30 e da direita o .308:
Ckrauslo escreveu:Sabia que todos os 30, 30-03, 30-06 são o calibre (.308in)
Como eu disse o 7,62 NATO é uma adaptação de dois calibres existentes
Sim, todos tem uma bala com o mesmo diâmetro, mas são incompatíveis, são munições diferentes.