Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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FCarvalho
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13711 Mensagem por FCarvalho » Sex Jul 15, 2016 1:43 pm

LeandroGCard escreveu:
FCarvalho escreveu:Não deixa de ser uma opção interessante para complementar as CV-3 e derivadas. Além do que, temos, acho, o direito de construção de mais destes NaPaOc por aqui. Um derivado dele não seria algo assim tão complicado de se fazer. Talvez uma negociação das 5 undes agora pretendidas possa ser útil em relação a este projeto.
Claro, se ele efetivamente trouxer algum ganho operacional a mais em relação as corvetas.
abs.
Esta é exatamente a mentalidade que nos mantém no atraso, e vai manter para sempre. E o pior é que vem de pessoas da parcela mais esclarecida da população, imagina então o povão nas ruas.

Acho que não entendestes, ou ignorastes, esta frase aqui:
Claro, se ele efetivamente trouxer algum ganho operacional a mais em relação as corvetas.
Em qualquer país desenvolvido ou que queira se desenvolver o raciocínio seria: "droga, mais um concorrente internacional para os projetos que estamos desenvolvendo aqui, temos que nos esforçar e fazer um projeto ainda melhor para manter nossa competitividade". Mas ao invés disso o que se vê é: "Oba, os buanas estão projetando um navio parecido com o que precisamos, podemos parar os nossos próprios desenvolvimentos, jogar tudo o que já fizemos no lixo, mandar os engenheiros vender sanduíche na praia e pagar aos gringos para cortar chapa e aplicar solda no desenho bunitim deles aqui, ganhando salário mínimo".

Leandro, faz pelo menos uns 15 anos que o Brasil não forma engenheiros - e nenhuma outra profissão na área de exatas - em quantidade e qualidade necessárias para absolutamente nada neste país. Estamos importando mão de obra neste setor há tempos.
Ademais, concordaria com este tipo de pensamento exposto se fôssemos um país sério, mas não somos. E tão cedo não seremos. Não com quase metade da população brasileira sofrendo com algum grau de analfabetismo, e com a outra metade vivendo das benesses temporais e alienantes das soluções macro-econômicos tupiniquins e/ou na dependência cronica da suas relações com a corrupção e subserviência ao Estado.
É a nossa realidade meu caro amigo. Não gosto dela, como você. Mas é a que temos.


E depois ainda reclamam da porcaria de país em que vivem... :roll: .

Todo mundo tem do que reclamar desta porcaria de país Leandro. O que não temos mesmo é como encontrar um jeito de mudar isso antes de acabarem, definitivamente, com ele.

Leandro G. Card
abs.




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gabriel219
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13712 Mensagem por gabriel219 » Sex Jul 15, 2016 2:30 pm

FCarvalho escreveu:
gabriel219 escreveu: 8 CV 3 antes de 2025? Se tivermos 2 CV-3 em 2030 pode glorificar, é mais fácil operarmos 8 Arleghs Burke e 5 Ticonderoga do que isso.
Gabriel, levei em conta apenas o cronograma apresentado pela MB em relação ao processo produtivo das CV-3. Se ele será cumprido, ou não, é outra coisa.
No caso das block II, não seriam 4 em 2025, mas a encomendar a partir de 2022/2023.
Acho que o termo mais apropriado seria "MB a partir de 2025."
Quanto aos navios americanos, esqueça. Não temos e não teremos verba para isso até 2025. Nem este ou qualquer outro governo estarão interessados nisso até o próximo milagre econômico tupíniquim acontecer, só Deus sabe quando.
As CV e derivadas junto com os projetos dos navios patrulha são a nossa melhor chance de recompor, primeiro, a industria naval, e segundo a esquadra. Uma coisa de cada vez. Sabemos como as coisas são por aqui.

abs.
Pode esquecer esse cronograma, foi jogado fora há 3 semanas. A MB está quase que decidida de comprar meios de segunda mão para a frota e as AB's estão caindo no gosto de alguns, principalmente pela capacidade + o valor baixíssimo cobrado (4 Destróiers dessa envergadura por pouco mais de 1 Bi de dólares junto com armamentos e todos os sistemas).




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13713 Mensagem por LeandroGCard » Sex Jul 15, 2016 3:19 pm

FCarvalho escreveu:Leandro, faz pelo menos uns 15 anos que o Brasil não forma engenheiros - e nenhuma outra profissão na área de exatas - em quantidade e qualidade necessárias para absolutamente nada neste país. Estamos importando mão de obra neste setor há tempos.
Amigo FCarvalho, eu queria muito saber de onde saiu este afirmação acima.

Trabalho diretamente com a indústria no estado mais industrializado do país, e o que vejo é exatamente o oposto. A maioria dos engenheiros formados, mesmo nas melhores escolas e com os melhores currículos, simplesmente não arranja lugar para trabalhar. Um ou outro prossegue no setor acadêmico, fazendo alguma pós-graduação, e os demais simplesmente vão trabalhar na lojinha do papai ou do titio, ou fazem bico passando antigas plantas em papel para AutoCad no computador do próprio quarto. Emprego para engenheiros na indústria em nosso país quase que só para cargos comerciais e burocráticos. Neste setor a empregabilidade de engenheiros de áreas como mecânica, mecatrônica, eletrônica e etc... é de bem menos de 1/3 dos formandos.

Se você dissesse que formamos menos engenheiros per capita do que países no mesmo nível de desenvolvimento, como a Argentina, eu poderia até concordar com você. Mas mesmo formando bem menos simplesmente não há lugar no mercado de trabalho para a maioria dos que formamos, independentemente da sua qualidade (tanto que muitos deles estão arranjando emprego fora do país - se fossem tão ruins assim não conseguiriam isso). Quanto à importação de mão de obra especializada isso é o que já temos e teremos cada vez mais que fazer, porque a formação acadêmica apenas não substitui nem de longe a experiência. E como prefere-se quase sempre trazer os projetos/produtos prontos lá de fora não há como depois esperar encontrar pessoal capacitado por aqui. E pior, o pouco capital humano que ainda sobrevive em nosso país está sempre sob pressões exatamente deste tipo "veja, os gringos fizeram um parecido com que estávamos fazendo, podemos parar tudo e ir lá comprar deles... ." Aí realmente não fica só difícil, fica impossível.


Ademais, concordaria com este tipo de pensamento exposto se fôssemos um país sério, mas não somos. E tão cedo não seremos. Não com quase metade da população brasileira sofrendo com algum grau de analfabetismo, e com a outra metade vivendo das benesses temporais e alienantes das soluções macro-econômicos tupiniquins e/ou na dependência cronica da suas relações com a corrupção e subserviência ao Estado.
É a nossa realidade meu caro amigo. Não gosto dela, como você. Mas é a que temos.
Sem dúvida não somos um país sério, e um dos sintomas disso é justamente este total desprezo pelo desenvolvimento local de qualquer coisa mais sofisticada do que um barraco do minha casa/minha vida. A preferência é praticamente unânime por tudo o que é desenvolvido lá fora em detrimento de coisas que podem e até são de fato desenvolvidas aqui, mas morrem por falta de condições de prosperar. A primeira reação que se vê, quase automática, é: "foi desenvolvido no Brasil? Então não presta e jamais vai funcionar". E quando aparece uma oportunidade por menor que seja de tentar fazer alguma coisa que possa dar início a uma linha de desenvolvimento que tenha potencial de futuro é só pancada que vem de todos os lados, com o pessoal logo dizendo coisas como "porque reinventar a roda?", "mas o de fora tem a cor mais bonitinha, prefiro ele" ou "pra quê gastar dinheiro com isso com tanta gente na fila do SUS?" e por aí vai... . Por isso acontecem absurdos como paralisar nosso programa espacial para comprar foguetes ucranianos, gastar centenas de milhões com isso e depois ficar sem nem um nem outro, ou empresas do setor de defesa brasileira serem sistematicamente adquiridas por concorrentes internacionais, ou a Mectron quebrando e deixando seus programas no ar (com a Avibrás talvez quem sabe pegando os que lhe forem mais interessantes, e que se dane o resto).

E o fato de termos um povo basicamente ignorante não é desculpa. A China também era assim há muito pouco tempo, a Índia também ainda hoje, mas nem por isso eles desistem dos esforços no desenvolvimento de produtos industriais e de alta tecnologia nacionais pois isso faz parte do próprio processo de ultrapassar esta fase de atraso. Mas aqui isso nem passa pela cabeça de ninguém basta ver que quando nossos amigos portugueses postaram a título de provocação um artigo escrito por lá se apropriando de mais da metade do esforço de engenharia da Embraer no desenvolvimento do KC-390 nenhum brasileiro sequer comentou o post. Por aqui o desenvolvimento tecnológico tem valor tão baixo que mesmo quando "roubam" o pouco que fazemos ninguém nem se liga :shock: ! E veja que estamos falando de foristas do DB, uma verdadeira elite cultural em nosso país!

Todo mundo tem do que reclamar desta porcaria de país Leandro. O que não temos mesmo é como encontrar um jeito de mudar isso antes de acabarem, definitivamente, com ele.
Reclamar é o que nos resta. E mesmo disso eu já estou quase desistindo :? .

Um grande abraço,


Leandro G. Card

P.S.: Estou justamente contratando um engenheiro novo em meu departamento, para trabalhar com tecnologias avançadas de simulação. Ele vem de uma escola particular mas de boa qualidade, teve notas excelentes, fala inglês fluentemente, domina desenho e modelamento 3D em AutoCAD, Inventor e Solid Works e fez estágio de um ano e meio na engenharia de manufatura da GM, mexendo com o software que minha empresa distribui. E estava desempregado desde que se formou em dezembro passado, vivendo de bicos em casa, sem nenhuma outra perspectiva de colocação à vista :( .




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Wingate
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13714 Mensagem por Wingate » Sex Jul 15, 2016 6:04 pm

LeandroGCard escreveu:
FCarvalho escreveu:Leandro, faz pelo menos uns 15 anos que o Brasil não forma engenheiros - e nenhuma outra profissão na área de exatas - em quantidade e qualidade necessárias para absolutamente nada neste país. Estamos importando mão de obra neste setor há tempos.
Amigo FCarvalho, eu queria muito saber de onde saiu este afirmação acima.

Trabalho diretamente com a indústria no estado mais industrializado do país, e o que vejo é exatamente o oposto. A maioria dos engenheiros formados, mesmo nas melhores escolas e com os melhores currículos, simplesmente não arranja lugar para trabalhar. Um ou outro prossegue no setor acadêmico, fazendo alguma pós-graduação, e os demais simplesmente vão trabalhar na lojinha do papai ou do titio, ou fazem bico passando antigas plantas em papel para AutoCad no computador do próprio quarto. Emprego para engenheiros na indústria em nosso país quase que só para cargos comerciais e burocráticos. Neste setor a empregabilidade de engenheiros de áreas como mecânica, mecatrônica, eletrônica e etc... é de bem menos de 1/3 dos formandos.

Se você dissesse que formamos menos engenheiros per capita do que países no mesmo nível de desenvolvimento, como a Argentina, eu poderia até concordar com você. Mas mesmo formando bem menos simplesmente não há lugar no mercado de trabalho para a maioria dos que formamos, independentemente da sua qualidade (tanto que muitos deles estão arranjando emprego fora do país - se fossem tão ruins assim não conseguiriam isso). Quanto à importação de mão de obra especializada isso é o que já temos e teremos cada vez mais que fazer, porque a formação acadêmica apenas não substitui nem de longe a experiência. E como prefere-se quase sempre trazer os projetos/produtos prontos lá de fora não há como depois esperar encontrar pessoal capacitado por aqui. E pior, o pouco capital humano que ainda sobrevive em nosso país está sempre sob pressões exatamente deste tipo "veja, os gringos fizeram um parecido com que estávamos fazendo, podemos parar tudo e ir lá comprar deles... ." Aí realmente não fica só difícil, fica impossível.


Ademais, concordaria com este tipo de pensamento exposto se fôssemos um país sério, mas não somos. E tão cedo não seremos. Não com quase metade da população brasileira sofrendo com algum grau de analfabetismo, e com a outra metade vivendo das benesses temporais e alienantes das soluções macro-econômicos tupiniquins e/ou na dependência cronica da suas relações com a corrupção e subserviência ao Estado.
É a nossa realidade meu caro amigo. Não gosto dela, como você. Mas é a que temos.
Sem dúvida não somos um país sério, e um dos sintomas disso é justamente este total desprezo pelo desenvolvimento local de qualquer coisa mais sofisticada do que um barraco do minha casa/minha vida. A preferência é praticamente unânime por tudo o que é desenvolvido lá fora em detrimento de coisas que podem e até são de fato desenvolvidas aqui, mas morrem por falta de condições de prosperar. A primeira reação que se vê, quase automática, é: "foi desenvolvido no Brasil? Então não presta e jamais vai funcionar". E quando aparece uma oportunidade por menor que seja de tentar fazer alguma coisa que possa dar início a uma linha de desenvolvimento que tenha potencial de futuro é só pancada que vem de todos os lados, com o pessoal logo dizendo coisas como "porque reinventar a roda?", "mas o de fora tem a cor mais bonitinha, prefiro ele" ou "pra quê gastar dinheiro com isso com tanta gente na fila do SUS?" e por aí vai... . Por isso acontecem absurdos como paralisar nosso programa espacial para comprar foguetes ucranianos, gastar centenas de milhões com isso e depois ficar sem nem um nem outro, ou empresas do setor de defesa brasileira serem sistematicamente adquiridas por concorrentes internacionais, ou a Mectron quebrando e deixando seus programas no ar (com a Avibrás talvez quem sabe pegando os que lhe forem mais interessantes, e que se dane o resto).

E o fato de termos um povo basicamente ignorante não é desculpa. A China também era assim há muito pouco tempo, a Índia também ainda hoje, mas nem por isso eles desistem dos esforços no desenvolvimento de produtos industriais e de alta tecnologia nacionais pois isso faz parte do próprio processo de ultrapassar esta fase de atraso. Mas aqui isso nem passa pela cabeça de ninguém basta ver que quando nossos amigos portugueses postaram a título de provocação um artigo escrito por lá se apropriando de mais da metade do esforço de engenharia da Embraer no desenvolvimento do KC-390 nenhum brasileiro sequer comentou o post. Por aqui o desenvolvimento tecnológico tem valor tão baixo que mesmo quando "roubam" o pouco que fazemos ninguém nem se liga :shock: ! E veja que estamos falando de foristas do DB, uma verdadeira elite cultural em nosso país!

Todo mundo tem do que reclamar desta porcaria de país Leandro. O que não temos mesmo é como encontrar um jeito de mudar isso antes de acabarem, definitivamente, com ele.
Reclamar é o que nos resta. E mesmo disso eu já estou quase desistindo :? .

Um grande abraço,


Leandro G. Card

P.S.: Estou justamente contratando um engenheiro novo em meu departamento, para trabalhar com tecnologias avançadas de simulação. Ele vem de uma escola particular mas de boa qualidade, teve notas excelentes, fala inglês fluentemente, domina desenho e modelamento 3D em AutoCAD, Inventor e Solid Works e fez estágio de um ano e meio na engenharia de manufatura da GM, mexendo com o software que minha empresa distribui. E estava desempregado desde que se formou em dezembro passado, vivendo de bicos em casa, sem nenhuma outra perspectiva de colocação à vista :( .
Desperdício de meios, desperdício de recursos naturais, desperdício de capital humano, desperdício de oportunidades, desperdício de tempo...Esse é o nosso país.

Até quando?

Wingate :roll:




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13715 Mensagem por Lord Nauta » Sáb Jul 16, 2016 3:46 am

gabriel219 escreveu:
FCarvalho escreveu: Gabriel, levei em conta apenas o cronograma apresentado pela MB em relação ao processo produtivo das CV-3. Se ele será cumprido, ou não, é outra coisa.
No caso das block II, não seriam 4 em 2025, mas a encomendar a partir de 2022/2023.
Acho que o termo mais apropriado seria "MB a partir de 2025."
Quanto aos navios americanos, esqueça. Não temos e não teremos verba para isso até 2025. Nem este ou qualquer outro governo estarão interessados nisso até o próximo milagre econômico tupíniquim acontecer, só Deus sabe quando.
As CV e derivadas junto com os projetos dos navios patrulha são a nossa melhor chance de recompor, primeiro, a industria naval, e segundo a esquadra. Uma coisa de cada vez. Sabemos como as coisas são por aqui.

abs.
Pode esquecer esse cronograma, foi jogado fora há 3 semanas. A MB está quase que decidida de comprar meios de segunda mão para a frota e as AB's estão caindo no gosto de alguns, principalmente pela capacidade + o valor baixíssimo cobrado (4 Destróiers dessa envergadura por pouco mais de 1 Bi de dólares junto com armamentos e todos os sistemas).


Falta pouco para que o ''martelo seja batido'' em relação aos AB. Entretanto dois projetos nacionais são considerados fundamentais para o futuro da MB: - as CV 03 e os NaPa 500 BR, por fora corre os NaPaOC.
As AB vão permitir a baixa das type 22 e das Niterói mais desgastadas. E possível também um ou dois NDD's.
Estas conversas tiveram impulso quando da ida do CM aos EUA. A intenção era não comprar navios de escolta de segunda mão, mas nos últimos meses esta tendência esta se esgotando. A impossibilidade de participar de eventos navais internacionais relevantes foi a ''gota d'água''. O pagamento dos meios ex- US Navy serão a perder de vista.


Sds


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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13716 Mensagem por vplemes » Sáb Jul 16, 2016 11:09 am

Caso seja real está possibilidade dos ABs, qual o estado destes navios? Porque sabemos que a USN tem utilizado seus meios até o osso. Mais uma curiosidade, mais alguém além dos americanos utilizam essa classe? Outra coisa, como uma marinha que conta os trocados para pagar o combustível de navios que navegam com uma única turbina vai pagar para utilizar um monstro bebedor que usa quatro?




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13717 Mensagem por joabraga13 » Sáb Jul 16, 2016 11:29 am

Lord Nauta escreveu:
gabriel219 escreveu: Pode esquecer esse cronograma, foi jogado fora há 3 semanas. A MB está quase que decidida de comprar meios de segunda mão para a frota e as AB's estão caindo no gosto de alguns, principalmente pela capacidade + o valor baixíssimo cobrado (4 Destróiers dessa envergadura por pouco mais de 1 Bi de dólares junto com armamentos e todos os sistemas).


Falta pouco para que o ''martelo seja batido'' em relação aos AB. Entretanto dois projetos nacionais são considerados fundamentais para o futuro da MB: - as CV 03 e os NaPa 500 BR, por fora corre os NaPaOC.
As AB vão permitir a baixa das type 22 e das Niterói mais desgastadas. E possível também um ou dois NDD's.
Estas conversas tiveram impulso quando da ida do CM aos EUA. A intenção era não comprar navios de escolta de segunda mão, mas nos últimos meses esta tendência esta se esgotando. A impossibilidade de participar de eventos navais internacionais relevantes foi a ''gota d'água''. O pagamento dos meios ex- US Navy serão a perder de vista.


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Ótima notícia, até surreal pra nós. As Arleigh Burke seriam Flight I, II ou IIA ? Independente do modelo, poderia ser até downgrade, mas a capacidade desses destroyers é muito acima do que a MB tem hoje. Se vier ainda Whidbey Islands então pode fechar a conta, hahaha.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13718 Mensagem por ABULDOG74 » Sáb Jul 16, 2016 11:32 am

Lord Nauta escreveu:
gabriel219 escreveu: Pode esquecer esse cronograma, foi jogado fora há 3 semanas. A MB está quase que decidida de comprar meios de segunda mão para a frota e as AB's estão caindo no gosto de alguns, principalmente pela capacidade + o valor baixíssimo cobrado (4 Destróiers dessa envergadura por pouco mais de 1 Bi de dólares junto com armamentos e todos os sistemas).


Falta pouco para que o ''martelo seja batido'' em relação aos AB. Entretanto dois projetos nacionais são considerados fundamentais para o futuro da MB: - as CV 03 e os NaPa 500 BR, por fora corre os NaPaOC.
As AB vão permitir a baixa das type 22 e das Niterói mais desgastadas. E possível também um ou dois NDD's.
Estas conversas tiveram impulso quando da ida do CM aos EUA. A intenção era não comprar navios de escolta de segunda mão, mas nos últimos meses esta tendência esta se esgotando. A impossibilidade de participar de eventos navais internacionais relevantes foi a ''gota d'água''. O pagamento dos meios ex- US Navy serão a perder de vista.


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Olá camarada e amigo, entre os NDD`S/LHD`S ; saberia dizer quais poderiam estar disponíveis(não em termos de preço , mas que o governo americano aceitaria negociar) para a MB?

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13719 Mensagem por Juniorbombeiro » Sáb Jul 16, 2016 1:07 pm

vplemes escreveu:Caso seja real está possibilidade dos ABs, qual o estado destes navios? Porque sabemos que a USN tem utilizado seus meios até o osso. Mais uma curiosidade, mais alguém além dos americanos utilizam essa classe? Outra coisa, como uma marinha que conta os trocados para pagar o combustível de navios que navegam com uma única turbina vai pagar para utilizar um monstro bebedor que usa quatro?
Isso é apenas um detalhezinho insignificante, se elas vierem, depenadas obviamente, vão ficar no porto fazendo companhia ao São Paulo.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13720 Mensagem por vplemes » Sáb Jul 16, 2016 1:35 pm

Não me entendam mal, da minha parte, adoraria ver algumas ABs na esquadra. Só não consigo acreditar na viabilidade financeira para mante-las e opera-las adequadamente. Se vierem, e tivemos orçamento para manter e operar os meus de forma adequada, seriam aquisições maravilhosas. Pena que meu ceticismo e bom senso me fazem desacreditar dessa hipótese.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13721 Mensagem por gusmano » Sáb Jul 16, 2016 1:36 pm

Juniorbombeiro escreveu:
vplemes escreveu:Caso seja real está possibilidade dos ABs, qual o estado destes navios? Porque sabemos que a USN tem utilizado seus meios até o osso. Mais uma curiosidade, mais alguém além dos americanos utilizam essa classe? Outra coisa, como uma marinha que conta os trocados para pagar o combustível de navios que navegam com uma única turbina vai pagar para utilizar um monstro bebedor que usa quatro?
Isso é apenas um detalhezinho insignificante, se elas vierem, depenadas obviamente, vão ficar no porto fazendo companhia ao São Paulo.
Fato.

E quando, se forem, navegar...vão no modo "banguela" kkkkk


abs




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13722 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jul 16, 2016 2:18 pm

LeandroGCard escreveu:
FCarvalho escreveu:Leandro, faz pelo menos uns 15 anos que o Brasil não forma engenheiros - e nenhuma outra profissão na área de exatas - em quantidade e qualidade necessárias para absolutamente nada neste país. Estamos importando mão de obra neste setor há tempos.

Amigo FCarvalho, eu queria muito saber de onde saiu este afirmação acima.
Trabalho diretamente com a indústria no estado mais industrializado do país, e o que vejo é exatamente o oposto. A maioria dos engenheiros formados, mesmo nas melhores escolas e com os melhores currículos, simplesmente não arranja lugar para trabalhar. Um ou outro prossegue no setor acadêmico, fazendo alguma pós-graduação, e os demais simplesmente vão trabalhar na lojinha do papai ou do titio, ou fazem bico passando antigas plantas em papel para AutoCad no computador do próprio quarto. Emprego para engenheiros na indústria em nosso país quase que só para cargos comerciais e burocráticos. Neste setor a empregabilidade de engenheiros de áreas como mecânica, mecatrônica, eletrônica e etc... é de bem menos de 1/3 dos formandos.
Se você dissesse que formamos menos engenheiros per capita do que países no mesmo nível de desenvolvimento, como a Argentina, eu poderia até concordar com você. Mas mesmo formando bem menos simplesmente não há lugar no mercado de trabalho para a maioria dos que formamos, independentemente da sua qualidade (tanto que muitos deles estão arranjando emprego fora do país - se fossem tão ruins assim não conseguiriam isso). Quanto à importação de mão de obra especializada isso é o que já temos e teremos cada vez mais que fazer, porque a formação acadêmica apenas não substitui nem de longe a experiência. E como prefere-se quase sempre trazer os projetos/produtos prontos lá de fora não há como depois esperar encontrar pessoal capacitado por aqui. E pior, o pouco capital humano que ainda sobrevive em nosso país está sempre sob pressões exatamente deste tipo "veja, os gringos fizeram um parecido com que estávamos fazendo, podemos parar tudo e ir lá comprar deles... ." Aí realmente não fica só difícil, fica impossível.

Leandro, isso é coisa dos anos de vacas gordas da economia do inicio deste século. Na realidade, é mister notar que a realidade da formação no Brasil é totalmente desigual. O que se forma de pessoal nas IFES no sul/sudeste é bem diferente da realidade das demais regiões, mas concordo, o mercado nesta área tem sido bem complicado para vocês da engenharia como para várias outras áreas. E infelizmente, não tenho os dados aqui para mostrar, mas é fato que o nosso país forma menos pessoal em nível superior do que vários de nossos vizinhos, ou mesmo de outros países dos BRICS, ou considerados em desenvolvimento. E isto causa um impacto absolutamente negativo não apenas no mercado de emprego, como na economia em geral. E serve para todas as áreas. hoje em dia isso só piorou em função da estagnação da economia. Agora imagine-se as consequências disso para a formação de mão de obra que mantenha uma P&D nacional andando a contento? Não tem como. Se levarmos em conta que menos de 5% da população do país tem ou esta cursando nível superior, fica realmente muito difícil manter empregos e menos ainda projetos de alta tecnologia. Simplesmente não tem como fazer isso sem a economia andar, e sem formar a mão de obra necessárias nos diferentes setores que são necessários para isso. Tanto que as próprias ffaa's priorizam hoje dentro de seus planejamentos a manutenção de suas escolas de formação e qualificação, porque tentar pegar um profissional no mercado, com os salários que são pagos hoje aos militares, mesmo com crise e tudo, tá bem difícil. Se for ´para trabalhar fora do eixo rio-são paulo, pior ainda. Exemplifico: de quantos profissionais, e suas diversas qualificações, achas que precisamos aqui no alto solimões? E quantos formamos, e quantos querem vir pra cá?

Ademais, concordaria com este tipo de pensamento exposto se fôssemos um país sério, mas não somos. E tão cedo não seremos. Não com quase metade da população brasileira sofrendo com algum grau de analfabetismo, e com a outra metade vivendo das benesses temporais e alienantes das soluções macro-econômicos tupiniquins e/ou na dependência cronica da suas relações com a corrupção e subserviência ao Estado.
É a nossa realidade meu caro amigo. Não gosto dela, como você. Mas é a que temos.
Sem dúvida não somos um país sério, e um dos sintomas disso é justamente este total desprezo pelo desenvolvimento local de qualquer coisa mais sofisticada do que um barraco do minha casa/minha vida. A preferência é praticamente unânime por tudo o que é desenvolvido lá fora em detrimento de coisas que podem e até são de fato desenvolvidas aqui, mas morrem por falta de condições de prosperar. A primeira reação que se vê, quase automática, é: "foi desenvolvido no Brasil? Então não presta e jamais vai funcionar". E quando aparece uma oportunidade por menor que seja de tentar fazer alguma coisa que possa dar início a uma linha de desenvolvimento que tenha potencial de futuro é só pancada que vem de todos os lados, com o pessoal logo dizendo coisas como "porque reinventar a roda?", "mas o de fora tem a cor mais bonitinha, prefiro ele" ou "pra quê gastar dinheiro com isso com tanta gente na fila do SUS?" e por aí vai... . Por isso acontecem absurdos como paralisar nosso programa espacial para comprar foguetes ucranianos, gastar centenas de milhões com isso e depois ficar sem nem um nem outro, ou empresas do setor de defesa brasileira serem sistematicamente adquiridas por concorrentes internacionais, ou a Mectron quebrando e deixando seus programas no ar (com a Avibrás talvez quem sabe pegando os que lhe forem mais interessantes, e que se dane o resto).
E o fato de termos um povo basicamente ignorante não é desculpa. A China também era assim há muito pouco tempo, a Índia também ainda hoje, mas nem por isso eles desistem dos esforços no desenvolvimento de produtos industriais e de alta tecnologia nacionais pois isso faz parte do próprio processo de ultrapassar esta fase de atraso. Mas aqui isso nem passa pela cabeça de ninguém basta ver que quando nossos amigos portugueses postaram a título de provocação um artigo escrito por lá se apropriando de mais da metade do esforço de engenharia da Embraer no desenvolvimento do KC-390 nenhum brasileiro sequer comentou o post. Por aqui o desenvolvimento tecnológico tem valor tão baixo que mesmo quando "roubam" o pouco que fazemos ninguém nem se liga :shock: ! E veja que estamos falando de foristas do DB, uma verdadeira elite cultural em nosso país!
Leandro, entendo que não desculpa, mas explica muita coisa. Não adianta termos projetos e mais projetos, planos e mais planos de governo, se não começarmos pelo começo...
A educação da população é um imposição para o desenvolvimento concreto de toda a sustentação do ciclo completo da economia e sociedade. Se estamos como estamos hoje é porque desde o começo a nossa educação nasceu, vamos dizer, de cabeça para baixo, ou seja, com prioridades na parte de cima da pirâmide, e não na base. Podemos querer formar 5 mil doutores por ano, mas isso nunca será suficiente se não conseguirmos fazer com que pelo menos 90% das população chegue ao ensino médio, e poder decidir se ir pra faculdade e virar doutor é mais negócio do que fazer um curso profissionalizante e entrar para o mercado mais cedo. Sem resolver esta equação, com educação superior para uns poucos e salários e educação mínimos para a maioria, não tem projeto de desenvolvimento que se sustente. Aqui mesmo no DB como bem notastes é um exemplo disso. Somos uma pequena elite delirante que se arvora em debater sobre temáticas tão ou mais estranhas até mesmo para os nossos governantes, que também por sí só já são uma pequena elite também, mas ignorante e alienada, assim como a maior parte da classe média e rica deste país. O pessoal das classes C, D e E para baixo, não se pode nem argumentar, posto que suas necessidade e prioridades são absolutamente outras, e que nada tem haver com o que as elites do país, todas elas, tem como importante para si. Fato é que as diferenças entre o que podemos e o que seremos realmente, estão intrisecamente ligadas ao que estamos fazendo da educação de nossas crianças e jovens hoje. E posso lhe dizer, a este respeito, que a depende da educação básica pública deste país, vamos continuar a ser o país do futuro ainda por muito tempo. E não tem espasmos econômicos e de valorização tupuniquim que irão resolver isso tão cedo. Não estamos apenas comprometendo os projetos tecnológicos da defesa, mas o próprio futuro do país. Mas quem liga para isso, se no final do mês a bolsa estiver na conta, ou a patroa estiver feliz com o cartão de crédito novo?
:roll:
Todo mundo tem do que reclamar desta porcaria de país Leandro. O que não temos mesmo é como encontrar um jeito de mudar isso antes de acabarem, definitivamente, com ele.
Reclamar é o que nos resta. E mesmo disso eu já estou quase desistindo :? .
Um grande abraço,
Leandro G. Card
P.S.: Estou justamente contratando um engenheiro novo em meu departamento, para trabalhar com tecnologias avançadas de simulação. Ele vem de uma escola particular mas de boa qualidade, teve notas excelentes, fala inglês fluentemente, domina desenho e modelamento 3D em AutoCAD, Inventor e Solid Works e fez estágio de um ano e meio na engenharia de manufatura da GM, mexendo com o software que minha empresa distribui. E estava desempregado desde que se formou em dezembro passado, vivendo de bicos em casa, sem nenhuma outra perspectiva de colocação à vista :( .
É meu amigo, se eu te disser que tenho alunos formados e formando a cada semestre que estão e/ou saem daqui sem qualquer perspectiva de emprego na área que estudaram ao longo de 4/5 anos... e não é só o meu curso.
congratulações.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13723 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jul 16, 2016 2:29 pm

Lord Nauta escreveu:Falta pouco para que o ''martelo seja batido'' em relação aos AB. Entretanto dois projetos nacionais são considerados fundamentais para o futuro da MB: - as CV 03 e os NaPa 500 BR, por fora corre os NaPaOC.
As AB vão permitir a baixa das type 22 e das Niterói mais desgastadas. E possível também um ou dois NDD's.
Estas conversas tiveram impulso quando da ida do CM aos EUA. A intenção era não comprar navios de escolta de segunda mão, mas nos últimos meses esta tendência esta se esgotando. A impossibilidade de participar de eventos navais internacionais relevantes foi a ''gota d'água''. O pagamento dos meios ex- US Navy serão a perder de vista.
Sds
Lord Nauta
Eu aqui no meu mundinho fronteiriço vejo esse tipo de coisa e aí me pergunto: em que mundo vivem esses almirantes? Não temos nem para cobrir os Distritos navais e os caras com a bosta do ego ferido porque não conseguem participar de operações conjuntas por aí, só para parece que somos algo que nunca fomos de fato?

É por isso, e outras coisas, que estamos na merda em que estamos.

Não somos nem guarda costeira mas insistimos em posar de US Navy dos trópicos.

Só no Brasil mesmo. :oops:

abs




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13724 Mensagem por Luís Henrique » Sáb Jul 16, 2016 8:34 pm

gusmano escreveu:
Juniorbombeiro escreveu: Isso é apenas um detalhezinho insignificante, se elas vierem, depenadas obviamente, vão ficar no porto fazendo companhia ao São Paulo.
Fato.

E quando, se forem, navegar...vão no modo "banguela" kkkkk


abs

Eu coloquei algumas páginas atrás custo de operação das Arleigh Burke na US NAVY.

Incluindo COMBUSTÍVEL e também todas as revisões, troca de equipamentos, etc.
No PADRÃO da US Navy, que usa as 4 turbinas quase no máximo, opera os destroyers a velocidade de 30 nós, viaja o mundo inteiro, participa de trocentos exercícios, etc. E conserta tudo, troca tudo, faz todas as revisões e melhorias no navio.
O custo para ELES, sem incluir pessoal é de : U$ 16,8 mi por ano.

Como comparação o custo de uma Fragata OHP para os EUA sai por U$ 10,8 mi.

Portanto, podemos tirar algumas conclusões:

1) O custo de operação desse Destroyer é cerca de 50% maior que de uma FRAGATA como as OHP
2) No ritmo da Marinha do Brasil, operando em velocidade ECONÔMICA, utilizando as turbinas quase nunca, participando de poucos exercícios e navegando mais próximo de casa, com poucas viagens mundo afora, o custo tende a ser BEM MENOR.
3) Se formos substituir 6 Fragatas Niteroi + 3 Fragatas Type 22 por 4 Destroyers Arleigh Burke, e se os Destroyers possuem custo operacional 50% maior do que nossas fragatas, teremos uma ECONOMIA de recursos.
Imaginando que as Niteroi e Greenhalgh possuem custo operacional MENOR que as OHP, portanto vamos supor que os Destroyers vão custar 100% mais que nossas fragatas.
Então, a substituição de 8-9 fragatas por 4 destroyers não apresentará nem economia nem aumento de custos.

Sobre modelo de AB, condições, etc.
O que foi noticiado no final do ano passado é que seriam 4 AB Flight 2A, que entraram em serviço em 2001 em diante.
São navios que possuem vida útil até 2035.
Da para operarem 20 anos na MB SEM PROBLEMAS.
E também foi noticiado que viriam ARMADAS COM MÍSSEIS dos estoques da US Navy.

Para finalizar:

A-12 modernizado
12 A-4M com mísseis anti-navio
3/4 aeronaves tracker AEW
4 aeronaves trader cod/revo

4 Arleigh Burke Flight 2A (defesa de área)

4 CV-03
1 Barroso Modernizada com equips da CV-03

4 S-BR
1 Tikuna
4 Tupi modernizados

1 Scirocco
2 whidbey Island

e teremos uma marinha poderosa, equilibrada e com investimento financeiro moderado.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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joabraga13
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13725 Mensagem por joabraga13 » Sáb Jul 16, 2016 9:51 pm

Se vierem as AB, na minha opinião deve ficar mais ou menos assim nos próximos 5 anos:

Primeiramente deixaria de lado o São Paulo e tentaria manter a frota em funcionamento;

3/4 Arleigh Burke;

3 Niterói;

3 Inhaúma modernizadas;
1 Barroso;

4 Tupi modernizados;
1 Tikuna;
2 (4) S-BR;

G-40 Bahia;
G-25 Almirante Sabóia;
G-29 Garcia D'Ávila;
1/2 Whidbey Island;

Com o passar dos anos as 4 CV-3 substituiria as Inhaúmas e a Barroso e uma versão maior substituiria as Niterói.

Acho que seria mais razoável hoje. Não sei como está as condições do G-25 Almirante Sabóia e G-29 Garcia D'Ávila.

Algo sobre os custos de funcionamento das AB:

http://www.naval.com.br/blog/2011/03/12 ... igh-burke/

http://www.naval.com.br/blog/2010/07/30 ... vida-util/




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