Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
P44
Sênior
Sênior
Mensagens: 54819
Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
Localização: O raio que vos parta
Agradeceram: 2317 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13696 Mensagem por P44 » Qua Jul 13, 2016 3:36 pm

talvez uma boa ideia?
BAE unveils General Purpose Frigate concepts

Richard Scott, London - IHS Jane's Navy International
13 July 2016

Key Points
Avenger builds on the pedigree of the existing Amazonas-class/River-class Batch 2 offshore patrol vessel
Cutlass is a stretched and enhanced derivative of the RNO Al Shamikh-class corvette design

BAE Systems Naval Ships has lifted the lid on its initial thinking regarding the UK's projected General Purpose Frigate (GPFF) programme, revealing two export-derived concept designs positioned to address different points on the cost/capability curve.

Imagem
The Avenger design builds on the Amazonas-class/River-class Batch 2 offshore patrol vessel, and plots onto the lower end of the solution space. (BAE Systems)

Plans to acquire a new class of more affordable and potentially exportable light frigate were announced in November last year as part of the 2015 Strategic Defence and Security Review (SDSR15). While the new Type 26 Global Combat Ship - eight of which are now planned - will primarily support carrier task group operations and provide protection for the UK's strategic nuclear deterrent, the GPFF is to be rolled for a range of less high-tempo tasks.
http://www.janes.com/article/62246/bae- ... e-concepts




Triste sina ter nascido português 👎
Avatar do usuário
LeandroGCard
Sênior
Sênior
Mensagens: 8754
Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
Localização: S.B. do Campo
Agradeceram: 812 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13697 Mensagem por LeandroGCard » Qua Jul 13, 2016 4:04 pm

P44 escreveu:talvez uma boa ideia?
http://www.janes.com/images/assets/246/62246/p1630751.jpg
Isso não parece uma fragata leve e sim um OPV.

Leandro G. Card




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 36601
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3160 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13698 Mensagem por FCarvalho » Qua Jul 13, 2016 4:08 pm

Não deixa de ser uma opção interessante para complementar as CV-3 e derivadas. Além do que, temos, acho, o direito de construção de mais destes NaPaOc por aqui. Um derivado dele não seria algo assim tão complicado de se fazer. Talvez uma negociação das 5 undes agora pretendidas possa ser útil em relação a este projeto.
Claro, se ele efetivamente trouxer algum ganho operacional a mais em relação as corvetas.

abs.




AVATAR INSERIDO PELA MODERAÇÃO

(pode ser substituído sem problemas)
Avatar do usuário
Juniorbombeiro
Sênior
Sênior
Mensagens: 2685
Registrado em: Sex Fev 24, 2006 7:20 pm
Localização: Atlântico sul
Agradeceram: 68 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13699 Mensagem por Juniorbombeiro » Qui Jul 14, 2016 12:02 am

LeandroGCard escreveu:
Juniorbombeiro escreveu:Até concordo em partes, não sendo tão radical. Acho que deveríamos ter mesmo muitas OPVs (umas 35 no mínimo, bem grandinhas de preferência, praticamente corvetas a diesel) para fazer o esclarecimento marítimo e patrulha da ZEE, como uma espécie de guarda costeira e muitos submarinos para desencorajar qualquer aventureiro, mas sem abrir mão de uma esquadrazinha razoável para os marujos estrelados brincarem de batalha naval e projetar poder e influência se necessário.
A questão não é brincar de batalha naval ou projetar poder, mas garantir o uso das vias marítimas por navios que transportem nossas mercadorias ou sirvam a nossos interesses em qualquer lugar do mundo sem necessariamente declarar guerra a alguém, como seria o caso se tivéssemos apenas sub's e OPV's.

Sem escoltas qualquer ditadorzinho mequetrefe ou mesmo grupelho maluco de terroristas pode proibir a passagem de nossos navios em canais e estreitos ao redor do mundo, sob a ameaça de bloqueio de superfície, ataques aéreos, mísseis (que hoje quase dá para comprar em super-mercado) ou até drones suicidas (que dá para comprar em super-mercado), e nossos navios vão ter que ir por outro caminho ou desistir de passar. Isso sem falar na possibilidade de termos que chegar perto de algum litoral hostil (por exemplo para recolher cidadãos brasileiros sob ameaça ou levar tropas em missões de paz). Sem escoltas com um mínimo de capacidade defensiva, nada feito. Os últimos que colocaram navios de patrulha mal armados ao alcance de mísseis disparados do litoral se arrependeram amargamente.

E nestes cenários sub's sozinhos, mesmo que sejam os mais avançados nucleares do planeta armados com mísseis de todo tipo além de torpedos, pouco iriam ajudar. A menos afundassem os navios inimigos (apenas no caso de bloqueio de superfície) ou que desencadeassem um ataque total contra os alvos de maior valor do inimigo (se ele tiver algum).


Leandro G. Card
Pode colocar tudo isso na conta do "brincar de batalha naval ou projetar poder", afinal, você não achou que eu concorde que se gaste os tubos com escoltas modernas e caríssimas apenas para manter o almirantado ocupado, não é mesmo???
Agora, se quiserem usar esse tipo de argumento, defender nossos interesses e rotas comerciais, acho que vão rezar para o santo errado. Pq com a política comercial e industrial do Temer/Cerra, não precisamos defender nossos interesses, afinal colônia não precisa de navio, a metrópole cuida dessa parte. Se acham que estou exagerando, deem uma olhada no caso dos super graneleiros da Vale, conduzidos pelo falecido "Jênio" do mercado, Roger Agneli. Para que construir navios de aço aqui??? Se podemos comprar na China e depois revender para armadores chineses transportarem minério daqui para lá...se tiver algum enrosco no caminho, os chineses e filipinos que se danem, não é mais problema nosso. Nosso negócio vai ser entregar minério, soja e boi no porto, ou na porteira da mina e da fazenda, se o cliente achar mais conveniente. Para proteger o porto (o Temer adora um porto), OPVs e submarinos perna curta estão de bom tamanho. Nosso petróleo, vai pelo mesmo caminho.




Avatar do usuário
gabriel219
Sênior
Sênior
Mensagens: 13577
Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
Agradeceram: 2319 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13700 Mensagem por gabriel219 » Qui Jul 14, 2016 1:33 am

FCarvalho escreveu:MB 2025:

1 CV Barroso
4 CV 3 Block I
4 CV 3 Block II (encomendas em 2023).
12 NaPaOc BR
24 NaPa 500
18 Napa 200

Uma marinha honesta, realista e apropiada para a realidade nacional.

abs
8 CV 3 antes de 2025? Se tivermos 2 CV-3 em 2030 pode glorificar, é mais fácil operarmos 8 Arleghs Burke e 5 Ticonderoga do que isso.




Avatar do usuário
LeandroGCard
Sênior
Sênior
Mensagens: 8754
Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
Localização: S.B. do Campo
Agradeceram: 812 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13701 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jul 14, 2016 9:10 am

Juniorbombeiro escreveu:Pode colocar tudo isso na conta do "brincar de batalha naval ou projetar poder", afinal, você não achou que eu concorde que se gaste os tubos com escoltas modernas e caríssimas apenas para manter o almirantado ocupado, não é mesmo???
Agora, se quiserem usar esse tipo de argumento, defender nossos interesses e rotas comerciais, acho que vão rezar para o santo errado. Pq com a política comercial e industrial do Temer/Cerra, não precisamos defender nossos interesses, afinal colônia não precisa de navio, a metrópole cuida dessa parte. Se acham que estou exagerando, deem uma olhada no caso dos super graneleiros da Vale, conduzidos pelo falecido "Jênio" do mercado, Roger Agneli. Para que construir navios de aço aqui??? Se podemos comprar na China e depois revender para armadores chineses transportarem minério daqui para lá...se tiver algum enrosco no caminho, os chineses e filipinos que se danem, não é mais problema nosso. Nosso negócio vai ser entregar minério, soja e boi no porto, ou na porteira da mina e da fazenda, se o cliente achar mais conveniente. Para proteger o porto (o Temer adora um porto), OPVs e submarinos perna curta estão de bom tamanho. Nosso petróleo, vai pelo mesmo caminho.
Só que a MB não trabalha com o cenário de que vamos ter governos entreguistas para todo o sempre, e se a coisa mudar ela precisa estar minimamente preparada.

Se formos partir do princípio de que seremos governados para sempre por Temers, Serras e companhia não precisamos é de forças armadas, passa a régua na MB (e no EB, e na FAB) e coloca no lugar uma guarda costeira apenas para controlar contrabando, pirataria e tráfico de drogas. E se aparecer alguma ameaça militar chama os buanas lá do norte para nos proteger, não precisamos de submarino ou corveta alguma (os EUA simplesmente amariam se déssemos a eles algum motivo para alocar navios de combate à quarta frota).


Leandro G. Card




Avatar do usuário
LeandroGCard
Sênior
Sênior
Mensagens: 8754
Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
Localização: S.B. do Campo
Agradeceram: 812 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13702 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jul 14, 2016 9:17 am

FCarvalho escreveu:Não deixa de ser uma opção interessante para complementar as CV-3 e derivadas. Além do que, temos, acho, o direito de construção de mais destes NaPaOc por aqui. Um derivado dele não seria algo assim tão complicado de se fazer. Talvez uma negociação das 5 undes agora pretendidas possa ser útil em relação a este projeto.
Claro, se ele efetivamente trouxer algum ganho operacional a mais em relação as corvetas.

abs.
Esta é exatamente a mentalidade que nos mantém no atraso, e vai manter para sempre. E o pior é que vem de pessoas da parcela mais esclarecida da população, imagina então o povão nas ruas.

Em qualquer país desenvolvido ou que queira se desenvolver o raciocínio seria: "droga, mais um concorrente internacional para os projetos que estamos desenvolvendo aqui, temos que nos esforçar e fazer um projeto ainda melhor para manter nossa competitividade". Mas ao invés disso o que se vê é: "Oba, os buanas estão projetando um navio parecido com o que precisamos, podemos parar os nossos próprios desenvolvimentos, jogar tudo o que já fizemos no lixo, mandar os engenheiros vender sanduíche na praia e pagar aos gringos para cortar chapa e aplicar solda no desenho bunitim deles aqui, ganhando salário mínimo".

E depois ainda reclamam da porcaria de país em que vivem... :roll: .


Leandro G. Card




Avatar do usuário
J.Ricardo
Sênior
Sênior
Mensagens: 7523
Registrado em: Qui Jan 13, 2005 1:44 pm
Agradeceram: 990 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13703 Mensagem por J.Ricardo » Qui Jul 14, 2016 11:30 am

Olha, se já temos um projeto de NPO, que é fruto da Inhaúma/Barroso, pra que buscar um outro lá fora?

Não gosto da CV3 (acho pequena), mas sou totalmente a favor de aproveitar esse projeto em uma classe de NPO.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Avatar do usuário
ABULDOG74
Sênior
Sênior
Mensagens: 2273
Registrado em: Dom Jan 05, 2014 2:01 pm
Agradeceram: 153 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13704 Mensagem por ABULDOG74 » Qui Jul 14, 2016 12:05 pm

14 de Julho, 2016 - 09:10 ( Brasília )
Sistema Firjan adota medidas para reaquecer indústria naval
Imagem
Portos e Navios



A indústria naval vive um cenário complexo, onde seu principal demandante, a indústria de petróleo e gás, encontra-se em meio a um turbilhão de acontecimentos que vão desde a queda substancial do preço do petróleo aos desdobramentos da operação Lava Jato, segundo a gerente de petróleo, gás e naval do Sistema Firjan, Karine Fragoso. Com isso, para contornar essa situação e reaquecer a indústria naval, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro adotou algumas medidas.

Essa retração do mercado acabou por diminuir o número de encomendas do setor, o que paralisou uma série de empresas do encadeamento produtivo, inclusive os estaleiros. De acordo com Karine, “no Brasil e em especial no Rio de Janeiro a indústria naval é altamente dependente das demandas do mercado offshore. Com as quedas significativas nas encomendas do setor e a diminuição do número de empregos, hoje o que temos visto é a necessidade de um reposicionamento dessa indústria, mudando seu foco para uma maior atuação com serviços de reparação e manutenção”, afirma.

Para ela, uma vez que a indústria offshore está com seus esforços concentrados mais no OPEX (Operation Expenditure - capital utilizado para manter uma empresa) do que no CAPEX (Capital Expenditure - montante destinado para investimentos) e a vida útil das embarcações está sendo estendida, ao operarem em condições extremas e sob estritas normas de segurança, faz sentido que o setor mude sua direção. “Outro desafio está relacionado às questões logísticas e de dragagem dos portos para dar celeridade aos processos de carga e descarga além de aduaneiros, por exemplo. Com os cortes nos orçamentos de instituições federais, como a Marinha do Brasil, há ainda que se avaliar um modelo de negócios que contemple a participação da iniciativa privada nos projetos dessas instituições”, reforça.

Para superar esses desafios, o Sistema Firjan, que será uma das entidades parceiras na realização do Fórum de Líderes da Construção Naval — que acontece em setembro durante a 13ª Marintec South America —, vem desenvolvendo uma série de iniciativas, que para surtirem efeito precisam ser realizadas de forma coordenada, com o envolvimento de todas as partes interessadas.

Em maio, por exemplo, a entidade realizou o Seminário Naval Brasil-França em parceria com a Marinha do Brasil, que reuniu os principais agentes do setor de ambos os países para discutir as tendências do segmento e apresentar projetos visando parcerias. “Vale destacar também as ações do Seian para o desenvolvimento de programas de qualificação de mão de obra específicos, com o Centro de Treinamento Seian Barreto, instalado em Niterói, dedicado ao setor naval.

Além disso, no ano passado, durante a Marintec 2015, lançamos o Mapeamento da Indústria Naval, em que foram propostos 20 projetos que devem ser implementados em conjunto com os agentes deste setor, como o desenvolvimento e a implantação do Comitê de Desenvolvimento da Economia do Mar (Codemar) e a promoção de intercâmbios técnicos e comerciais”, pondera a gerente do Sistema Firjan.

Por outro lado, Karine ressalta que a recuperação do setor, de fato, deverá ocorrer em médio e longo prazo. “Para nós, o objetivo é que o estado do Rio de Janeiro, em 2020, seja novamente referência como centro de excelência em engenharia, construção, reparação naval e apoio offshore, com competência para construção e integração de módulos, até porque o berço dessa indústria é aqui. Ainda hoje, mais de 50% das atividades do setor se concentram nessa região”, conclui.

A Marintec South America - Navalshore é a principal plataforma de negócios para alavancar inovações e conectar-se com a comunidade marítima da América do Sul. Ponto de encontro da indústria, reúne armadores, estaleiros, fabricantes e fornecedores, nacionais e internacionais em prol do aumento da produtividade, da qualificação profissional, do fomento de novas tecnologias, investimentos e da demanda e oferta para toda a cadeia. Em 2016, acontece de 19 a 21 de setembro, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ).

São 11 mil metros quadrados, mais de 370 marcas expositoras, 17 países e oito pavilhões internacionais. Paralelamente à feira, também serão realizadas a Conferência Fórum de Líderes, o Seminário de Renovação da Frota Pesqueira e ações de capacitação profissional, além do espaço para inovações de expositores.

http://www.defesanet.com.br/crise/notic ... ia-naval-/

ADSUMUS




Avatar do usuário
artenobre
Sênior
Sênior
Mensagens: 800
Registrado em: Sex Out 28, 2005 1:52 pm
Agradeceram: 7 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13705 Mensagem por artenobre » Qui Jul 14, 2016 6:44 pm





Avatar do usuário
Brasileiro
Sênior
Sênior
Mensagens: 9346
Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
Agradeceram: 507 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13706 Mensagem por Brasileiro » Qui Jul 14, 2016 9:51 pm

É, realmente, convenceu que é um excelente navio e que dá para a MB projetar o seu futuro baseando-se nele, obviamente, acompanhado de um quarteto de navios maiores, como as AB.

Mas como a MB precisa de navios novos para ontem, não teria sido um mau negócio se tivesse escolhido um projeto pronto de uma corveta ou fragata de até uns 4000 ton e produzi-la a partir de já.




----------------
amor fati
Avatar do usuário
LeandroGCard
Sênior
Sênior
Mensagens: 8754
Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
Localização: S.B. do Campo
Agradeceram: 812 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13707 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jul 14, 2016 10:15 pm

Brasileiro escreveu:É, realmente, convenceu que é um excelente navio e que dá para a MB projetar o seu futuro baseando-se nele, obviamente, acompanhado de um quarteto de navios maiores, como as AB.

Mas como a MB precisa de navios novos para ontem, não teria sido um mau negócio se tivesse escolhido um projeto pronto de uma corveta ou fragata de até uns 4000 ton e produzi-la a partir de já.
Uma das dificuldades enfrentadas no programa e listadas na apresentação é justamente o pequeno número de engenheiros com experiência.

Mas tudo bem, como a MB tem pressa vamos comprar um projeto já pronto para fabricar por aqui pelos próximos anos e deixar os poucos engenheiros que ainda existem inativos por sabe-se lá mais quanto tempo, sem poder comprovar os resultados dos estudos que fizeram na prática (única forma de se ganhar experiência) e sem chance de formar pessoal novo. Daí, quando se pensar em construir um projeto local não haverá é mais nenhum engenheiro apto (como aconteceu no caso dos sub´s, mesmo depois de todo o esforço feito no programa dos IKL). Mas isso não é problema, afinal engenheiros com experiência em setores de tecnologia de ponta como o projeto de navios de guerra dão em árvore, e no Brasil em se plantando tudo dá mesmo, então tá tri... :roll: .

Valha-me deus :? !


Leandro G. Card




Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 5814
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceram: 267 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13708 Mensagem por akivrx78 » Sex Jul 15, 2016 6:42 am

LeandroGCard escreveu:
Brasileiro escreveu:É, realmente, convenceu que é um excelente navio e que dá para a MB projetar o seu futuro baseando-se nele, obviamente, acompanhado de um quarteto de navios maiores, como as AB.

Mas como a MB precisa de navios novos para ontem, não teria sido um mau negócio se tivesse escolhido um projeto pronto de uma corveta ou fragata de até uns 4000 ton e produzi-la a partir de já.
Uma das dificuldades enfrentadas no programa e listadas na apresentação é justamente o pequeno número de engenheiros com experiência.

Mas tudo bem, como a MB tem pressa vamos comprar um projeto já pronto para fabricar por aqui pelos próximos anos e deixar os poucos engenheiros que ainda existem inativos por sabe-se lá mais quanto tempo, sem poder comprovar os resultados dos estudos que fizeram na prática (única forma de se ganhar experiência) e sem chance de formar pessoal novo. Daí, quando se pensar em construir um projeto local não haverá é mais nenhum engenheiro apto (como aconteceu no caso dos sub´s, mesmo depois de todo o esforço feito no programa dos IKL). Mas isso não é problema, afinal engenheiros com experiência em setores de tecnologia de ponta como o projeto de navios de guerra dão em árvore, e no Brasil em se plantando tudo dá mesmo, então tá tri... :roll: .

Valha-me deus :? !


Leandro G. Card

http://agoranabahia.com.br/para-sair-do ... -producao/

Quanto desperdício...isto é a mesma coisa que ter uma fabrica novinha mas por não ter capacidade de projetar, desenvolver e competir no mercado internacional...
Eu li em sobre um absurdo que em 2012 era para mandar 50 brasileiros a cada 3 meses em rodízio para aprenderem a trabalhar na indústria naval, mas por causa de um pedido de um Rei que implorou para dentuça arrumar empregos no setor para seus conterrâneos que ganharam cargos de chefia por ter experiência no ramo, enviavam ao invés de brasileiros se capacitarem mandavam seus conterrâneos irem fazer o estágios no Japão e como o projeto não decolou eles voltaram capacitados para trabalhar em seu país...




Avatar do usuário
LeandroGCard
Sênior
Sênior
Mensagens: 8754
Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
Localização: S.B. do Campo
Agradeceram: 812 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13709 Mensagem por LeandroGCard » Sex Jul 15, 2016 8:54 am

akivrx78 escreveu:Quanto desperdício...isto é a mesma coisa que ter uma fabrica novinha mas por não ter capacidade de projetar, desenvolver e competir no mercado internacional...
Infelizmente no Brasil a possibilidade de competir no mercado internacional nem é mais cogitada.

Com as enormes dificuldades internas para se fazer negócios no país e a moeda que oscila feito louca com tendência sempre para a sobrevalorização é impossível fechar negócios com o exterior em uma área que envolve capitais tão elevados e prazos de entrega tão grandes com as margens normais de lucro do mercado civil. Corre-se o sério risco de não conseguir entregar, ou de tomar enormes prejuízos para evitar processos.

E sem a perspectiva de venda para fora desaparece a necessidade de se ter projetos inovadores que apresentem quaisquer vantagens competitivas, o negócio é usar um projeto antigo qualquer que não tenha custo de desenvolvimento ou trazer o projeto mais baratinho possível de fora para vender aqui, com garantia de mercado fechado e concorrência viciada. Daí que vale mito mais para os proprietários do estaleiro gastar dinheiro com lobistas que vão a Brasília puxar o saco de políticos do que em engenheiros que possam desenvolver algum projeto competitivo.

No Brasil é assim que a banda toca. E a solução que todo mundo quer não passa pela correção dos problemas internos mas sim por escancarar as fronteiras e trazer logo tudo pronto lá de fora, com "grife" internacional. E os brasileiros que tentem ir viver de engraxar sapato ou vender pastel na esquina :roll: .


Leandro G. Card




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 36601
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3160 vezes

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13710 Mensagem por FCarvalho » Sex Jul 15, 2016 1:30 pm

gabriel219 escreveu:
FCarvalho escreveu:MB 2025:
1 CV Barroso
4 CV 3 Block I
4 CV 3 Block II (encomendas em 2023).
12 NaPaOc BR
24 NaPa 500
18 Napa 200
Uma marinha honesta, realista e apropiada para a realidade nacional.
abs
8 CV 3 antes de 2025? Se tivermos 2 CV-3 em 2030 pode glorificar, é mais fácil operarmos 8 Arleghs Burke e 5 Ticonderoga do que isso.
Gabriel, levei em conta apenas o cronograma apresentado pela MB em relação ao processo produtivo das CV-3. Se ele será cumprido, ou não, é outra coisa.
No caso das block II, não seriam 4 em 2025, mas a encomendar a partir de 2022/2023.
Acho que o termo mais apropriado seria "MB a partir de 2025."
Quanto aos navios americanos, esqueça. Não temos e não teremos verba para isso até 2025. Nem este ou qualquer outro governo estarão interessados nisso até o próximo milagre econômico tupíniquim acontecer, só Deus sabe quando.
As CV e derivadas junto com os projetos dos navios patrulha são a nossa melhor chance de recompor, primeiro, a industria naval, e segundo a esquadra. Uma coisa de cada vez. Sabemos como as coisas são por aqui.

abs.




AVATAR INSERIDO PELA MODERAÇÃO

(pode ser substituído sem problemas)
Responder