Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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LeandroGCard
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13516 Mensagem por LeandroGCard » Qua Jun 22, 2016 3:56 pm

Luís Henrique escreveu:Difícil. Mas quem sabe.

As FREMM número 9 e 10 terão capacidade antiaérea AMPLIADA.

Talvez, com essas 2 unidades entregues, talvez, os italianos pensem em vender suas 2 horizon....talvez.
Acho mais fácil eles venderem as FREMM mais antigas do que as Horizon, mais poderosas tanto em termos de armamento quanto de sensores. Mas mesmo isso eu duvido, no máximo os Durand de la Penne mesmo e olhe lá, se a MB tivesse verba para tanto (o que também acho difícil).


Leandro G. Card




JL
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13517 Mensagem por JL » Qua Jun 22, 2016 4:03 pm

gabriel219 escreveu:
Lord Nauta escreveu:
Aliais equívocos e que não faltam na história contemporânea da MB, que infelizmente em minha opinião continuam a serem cometidos. :evil:


Sds


Lord Nauta
Fazer o quê?

Infelizmente já sabia da decisão da MB e tentei dizer isso aqui. Não gosto de dizer 80% do que eu fico sabendo, algumas coisas prefiro nem dizer, mas é assim que rodam as coisas. Se o Almirantado fosse esperto, hoje estaríamos escolhendo onde ficaria a base do PROSUPER e com uma frota bem poderosa (Classe M e L, além das T23 ou T22 BIII). Teve uma ala no Almirantado que não caiu no conto do vigário e queria a aquisição de navios de segunda mão, a maior opção eram as T22 Batch III. Isso antes das T23 estarem disponíveis e das Holandesas, porém a ala que tem mais "poder de decisão", digamos assim, jurou que o PROSUPER estaria decidido em 2008 (e na verdade quase foi pros Italianos) e com as primeiras fragatas por volta de 2013-2014. Se caso ocorresse, estaríamos tranquilos, pois todos os nossos meios seriam substituídos a tempo.

Neste caso, houve 3 problemas: PROSUB comeu a maioria da verba, a sorte que foi a Odebrecht a fazer a obra, se fosse uma que não desse propina hoje o PROSUB estaria parado ou cancelado; 2 cair no conto do Lula de "Brasil Putênfia", que só foi para ganhar o apoio dos Militares e não ser chutado do poder por alguns absurdos, como se aliar com algumas ditaduras que já trabalharam contra o Brasil no passado (isso incluiu falta de vontade política); e 3, falta de planejamento do almirantado. Se estivesse escutado uma ala que não estava confiando no governo, hoje estaríamos com a situação bem mais tranquila.

O que digo aqui serve o mesmo para o EB (Leo 1A5 no lugar de Leo 2A4 e modernização dos M113 enquanto muitos Cavalarianos queriam o Marder, hoje corre o risco de ficar sem CC, imagina quando os laudos atestarem que o 2A4 tem total capacidade de operar no país, como pode. Eu afirmo isso aqui) e a FAB (opção por modernizar os F-5 e comprar Mirage 2000 ao invés de F-16 que alguns pilotos queriam, mas essa está em situação melhor e foi melhor planejado).

Por causa de algumas mentalidades de dentro do AC das Forças, hoje somos motivos de risos para países com economia inferior e tamanho inferior do que o nosso.
Escrevo para apoiar a postagem do forista Gabriel.

Realmente nenhum esforço ou vitória tática, supera uma péssima estratégia. Em que pese os esforços sobre humanos de muitos militares o planejamento estratégico peca.

Já escrevi vários postes sobre os pontos elencados. Falta uma real consciência do nosso estado e um olho no futuro e não no passado.

Muitas altas patentes concebem os seus planejamentos baseados em utópicas concepções de uma potência regional com grandes inspirações, como os nossos almirantes que sonham com a tal marinha de águas azuis e esquecem de ver a catastrófica realidade nacional. Conseguindo uma marinha de porto.

Bem como concebem os seus projetos baseados nas guerras do passado, sem atentar para a realidade que virá para a próxima década a partir de 2020. Exemplo o Gepard do Exército, o míssil anti navio nacional. Como engatinhamos nas tecnologias mais avançadas etc.

Parece que ter algo que era novidade em 1990 já impressiona bastante nestas bandas.




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Penguin
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13518 Mensagem por Penguin » Qua Jun 22, 2016 4:04 pm

LeandroGCard escreveu:
Luís Henrique escreveu:Difícil. Mas quem sabe.

As FREMM número 9 e 10 terão capacidade antiaérea AMPLIADA.

Talvez, com essas 2 unidades entregues, talvez, os italianos pensem em vender suas 2 horizon....talvez.
Acho mais fácil eles venderem as FREMM mais antigas do que as Horizon, mais poderosas tanto em termos de armamento quanto de sensores. Mas mesmo isso eu duvido, no máximo os Durand de la Penne mesmo e olhe lá, se a MB tivesse verba para tanto (o que também acho difícil).


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Se liberarem as Durand de la Penne, teremos que concorrer com o Peru que parece estar tb interessado.
São navios relativamente novos (1990s).

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13519 Mensagem por joabraga13 » Qua Jun 22, 2016 4:45 pm

Penguin escreveu:
LeandroGCard escreveu:Acho mais fácil eles venderem as FREMM mais antigas do que as Horizon, mais poderosas tanto em termos de armamento quanto de sensores. Mas mesmo isso eu duvido, no máximo os Durand de la Penne mesmo e olhe lá, se a MB tivesse verba para tanto (o que também acho difícil).


Leandro G. Card
Se liberarem as Durand de la Penne, teremos que concorrer com o Peru que parece estar tb interessado.
São navios relativamente novos (1990s).

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Esses destroyers Durand De La Penne são muito bem armados, para a década de 90, mas para a MB seria um salto considerável. Não sei se procede, mas li em algum lugar que elas tiveram uma modernização para utilizar o Standard SM-2MR, que incrementaria ainda mais a capacidade antiaérea de médio/longo alcance. Esse navios poderiam receber os Seahawk, correto? Seria uma das melhores alternativas para substituição das Greenhalgh, de acordo com nossa realidade.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13520 Mensagem por J.Ricardo » Qua Jun 22, 2016 4:46 pm

Parece ser um bom navio, e colocar uma nova capacidade em nossa marinha, capacidade esta que nunca teve...




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13521 Mensagem por JL » Qua Jun 22, 2016 5:12 pm

Estes vasos são armados até os dentes. Agora quanto custaria um destes. E pelo que observei em outras situações a venda, geralmente ocorre assim primeiro tiram tudo que é privativo da OTAN, depois depenam retirando o que ainda interessa a marinha original ou cobram um sobre valor para levar o sistema de armas. Vejam o São Paulo, teve sistemas de SAM removidos.
Outro ponto para operar o Standard terá que pedir aprovação dos EUA e claro comprar os mísseis, não sei os italianos poderiam vender diretamente ou se teriam interesse em vender. O que já não acontece com os Aspide que nós já temos pois usamos na Niterói. Além de ter que comprar munições para os calibres de 76 mm e 127 mm que não estão no nosso padrão.

Mas se houver $$$$$ tremendo navio.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13522 Mensagem por gabriel219 » Qua Jun 22, 2016 9:45 pm

Penguin escreveu:
gabriel219 escreveu:Os Horizon pode até ser, mas duvido que a Itália libere as FREMM, nem pra leasing.

A MB ta correndo atrás pra concertar o imenso erro.
Duvido que libere as únicas 2 Horizon tb.
São as escoltas AA da Marinha Italiana.

Durante o auge da crise europeia se abriu uma janela de oportunidade para compras de ocasião.
Agora essa janela se fechou.
Pra ver como eu acredito que isso se realizará :lol:




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gabriel219
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13523 Mensagem por gabriel219 » Qua Jun 22, 2016 9:47 pm

Queria ter lembrado do nome do Destróier. Essa é uma das melhores opções que temos atualmente.

Se os Comandantes da Marinha perderem os Durand de la Penne pro Peru podem se aposentar. É só pedir o dinheiro que o Temer deposita na conta, ele está tentando ganhar os Militares (Serviço Institucional, Poderes recuperados, dinheiro...), é a hora de aproveitar e adquirir coisa boa.

Daria para adaptar VLS onde está o Aspide, talvez Mk 52?

O que poderíamos fazer: Adquirir as Durand De La Penne e reservar as Karel Doorman e as Brandenburg para 2020-2025. Se caso der certo, em 2025 (com a volta do A-12, que eu proponho uma modernização mais extensa, com a adição de 2 VLS em cada lado do navio para ESSM ou CAMM, junto com Goal Keeper ou Millenium, em 3 unidades, F-18C\D do Kuait ou outro país, com catapultas com maior capacidade e aumentar a capacidade do elevador lateral, pois o central consegue erguer um F-18), estaríamos com uma bela Marinha. Posterga o PROSUPER.

Se for continuar nos sonhos do PROSUPER e achar que a CV-3 será o suficiente pra nós, terminaremos sem navios. A não ser que pegue alguma patrulha e coloque manpads e chame de fragata antiaérea.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13524 Mensagem por Lord Nauta » Qui Jun 23, 2016 3:23 am

gabriel219 escreveu:Queria ter lembrado do nome do Destróier. Essa é uma das melhores opções que temos atualmente.

Se os Comandantes da Marinha perderem os Durand de la Penne pro Peru podem se aposentar. É só pedir o dinheiro que o Temer deposita na conta, ele está tentando ganhar os Militares (Serviço Institucional, Poderes recuperados, dinheiro...), é a hora de aproveitar e adquirir coisa boa.

Daria para adaptar VLS onde está o Aspide, talvez Mk 52?

O que poderíamos fazer: Adquirir as Durand De La Penne e reservar as Karel Doorman e as Brandenburg para 2020-2025. Se caso der certo, em 2025 (com a volta do A-12, que eu proponho uma modernização mais extensa, com a adição de 2 VLS em cada lado do navio para ESSM ou CAMM, junto com Goal Keeper ou Millenium, em 3 unidades, F-18C\D do Kuait ou outro país, com catapultas com maior capacidade e aumentar a capacidade do elevador lateral, pois o central consegue erguer um F-18), estaríamos com uma bela Marinha. Posterga o PROSUPER.

Se for continuar nos sonhos do PROSUPER e achar que a CV-3 será o suficiente pra nós, terminaremos sem navios. A não ser que pegue alguma patrulha e coloque manpads e chame de fragata antiaérea.

Excelente o seu texto. Devemos deixar de pensar muito grande, por enquanto, e debatermos ideias que são factíveis para a MB em função da realidade orçamentária dos próximos anos.
Considerando que a MB decidiu pela modernização do São Paulo vai ser obrigatória a existência de navios que possam acompanhar em GT o referido navio. E bom lembrar que o São Paulo em teste de máquinas no Brasil atingiu velocidade superior a 30 nós. Para compor o GT de um NAe clássico os navios propostos no PROSUPER seriam perfeitamente adequados. As CV 03 ou navios como as Niterói teriam serias limitações que comprometeriam o uso estratégico do GT. Entretanto dificilmente haverá a curto/médio prazo como viabilizar este programa.
Já que haverá o São Paulo vai ser imperiosa a obtenção por oportunidade de navios aptos a protege-lo. E neste cenário as opções são poucas no ocidente. Existem, por exemplo, os dois destróieres italianos, as fragatas Brandenburgo e os AB da US Navy. Navios que certamente serão também procurados por outras Marinhas. A MB vai chegar a um ponto de inflexão. Poderá modernizar o São Paulo e não terá navios plenamente aptos para compor o GT de um de seus principais instrumentos de dissuasão. Vamos ver o que acontece e torcer para que a MB busque as alternativas necessárias para reconstruir uma Esquadra que tenha credibilidade.

Sds

Lord Nauta




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13525 Mensagem por Penguin » Qui Jun 23, 2016 10:16 am

Bom a MB se apressar, pois o Peru é um cliente tradicional de navios usados da Marinha Italiana e está avaliando esses Destroyers há algum tempo.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13526 Mensagem por saullo » Qui Jun 23, 2016 2:57 pm

Pessoal, sobre navios usados, penso que as Adelaide Modernizadas australianas poderiam ser adquiridas, são 4 unidades e uma já deu baixa em 2015, creio eu que as outras 3 a sigam em pouco tempo.

Abraços




Crisaman
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13527 Mensagem por Crisaman » Qui Jun 23, 2016 7:02 pm

Acho mais fácil a marinha adquirir na forma de leasing ou compra de oportunidade algumas Maestrale. Eu acho que as Durand de la Penne poderiam vir antes de sua proposta retirada de serviço na marinha italiana que é por volta de 2025 se a MB se comprometer a retomar a aquisição de 5 FREMM e um navio logistico proposto alguns anos atrás.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13528 Mensagem por ABULDOG74 » Qui Jun 23, 2016 10:17 pm

EXCLUSIVO: Almirantado quer reduzir reforma do ‘São Paulo’ proposta pela DCNS para que ela possa ser feita em 2,5 ou 3 anos; última palavra será da DEN
Posted by Roberto Lopes

Imagem
O A-12 em teste de máquinas na Baía da Guanabara (RJ), alguns anos atrás
Por Roberto Lopes

Os dirigentes da DCNS terão de engolir em seco.

Após dois anos de espera para que a sua oferta de modernização do porta-aviões São Paulo (A-12) – basicamente a troca da propulsão e a reforma de catapultas e elevadores – seja autorizada, o Almirantado brasileiro decidiu tocar esse plano adiante, mas não nas dimensões da cara proposta apresentada pelos franceses, e sim adotando uma versão mais modesta do serviço – que permita, inclusive, que ele seja concluído em dois anos e meio ou, no máximo, três anos, em vez dos quatro anos previstos originalmente.

Em 2015 um almirante contou à coluna INSIDER que o valor pedido pela DCNS para remodelar o navio-aeródromo equivale ao custo de uma moderna fragata de 6.000 toneladas listada pelo PROSUPER (Programa de Obtenção de Meios de Superfície), o que significa dizer: alguma coisa entre 600 e 900 milhões de dólares.

Mas agora o Comandante da Marinha, almirante Eduardo Leal Ferreira, e seus colegas oficiais-generais decidiram que caberá à Diretoria de Engenharia Naval (DEN) realizar os estudos de exequibilidade da reforma do A-12, a fim de estabelecer o que será, efetivamente, modernizado no navio.

Inspeções – O São Paulo é um barco de 34.922 toneladas que, hoje, exige uma tripulação de 1.920 militares. A DCNS propõe modificações que tornarão a embarcação mais automatizada e eficiente – manobrável por apenas 1.500 tripulantes – e ainda capaz de alcançar 32 nós de velocidade, em vez dos 27 atuais.

Imagem
O “São Paulo” atracado no cais do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro
Para chegarem à conclusão de que a modernização é conveniente, Marinha e DCNS realizaram uma série de vistorias e estudos no navio.

A uma perícia ampla na embarcação, de caráter estrutural, a cargo da Zentech Inc., de Houston (Texas), somaram-se inspeções visuais e ultrassônicas, que abrangeram todas as 19 anteparas estanques do A-12 e os seus 280 compartimentos de duplo fundo. Foram vasculhados aproximadamente 400 compartimentos do navio-aeródromo.

Desse trabalho surgiu também a recomendação de que um planejamento específico realize a expansão do chapeamento na proa do porta-aviões.

Outra decisão: elaborar um Projeto de Concepção para Propulsão Elétrica Integrada (IEP) e Geração de Vapor para as Catapultas.

Nesse setor das catapultas os franceses propuseram um serviço de recuperação de trilhas (stroke) de 53 m, aptas a lançar aeronaves de asa fixa de até 18,5 toneladas.

A DCNS recomenda a modernização do sistema hidráulico das catapultas – tanto das bombas a vapor quanto das bombas elétricas. E ainda quer saber se a Marinha do Brasil não pensa em aproveitar a oportunidade para modernizar as válvulas de lançamento das duas catapultas, que se encontram em mau estado.

Outro ponto a ser examinado é o da conveniência de revitalização dos quatro aparelhos de parada Mk.13, que devem estar aptos a aguentar o pouso de aeronaves de até 16,7 toneladas. O Sistema Óptico de Pouso (SOP) e os elevadores de aeronaves de vante e lateral também serão objeto de recuperação.

A DCNS propõe, igualmente, que os dois hangares do navio-aeródromo sejam modernizados, a fim de que eles possam abrigar, com total segurança, um destacamento aéreo constituído por seis caças tipo A-4 Skyhawk e dez helicópteros.

Imagem
Propaganda – Nessa longa (e desgastante) negociação com a Marinha do Brasil, os franceses recorrem a muitas frases e slogans de efeito – puro esforço publicitário. A documentação preparada pelos franceses sobre o porta-aviões frases vem com o conjunto alfanumérico “NAe2035” – referência ao lapso de tempo que o São Paulo modernizado poderá cumprir.

O oferecimento de troca da propulsão a vapor pela motorização diesel é resumida como a “Propulsão do Século 21”.

Bobajadas à parte, restam à DCNS argumentos que podem, efetivamente, sensibilizar os chefes navais brasileiros, como o de que a modernização do São Paulo serviria, eventualmente, aos militares e técnicos brasileiros como uma espécie de “escola”, visando o desenvolvimento de competências para o futuro Programa de Obtenção de Navios-Aeródromos (PRONAe) da Marinha do Brasil.

http://www.planobrazil.com/exclusivo-al ... ra-da-den/

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13529 Mensagem por Juniorbombeiro » Qui Jun 23, 2016 11:44 pm

saullo escreveu:Pessoal, sobre navios usados, penso que as Adelaide Modernizadas australianas poderiam ser adquiridas, são 4 unidades e uma já deu baixa em 2015, creio eu que as outras 3 a sigam em pouco tempo.

Abraços
OHP's modificadas, propulsionadas exclusivamente a turbinas, não penso que seja uma boa não. Ficariam mais no porto do que no mar.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13530 Mensagem por Juniorbombeiro » Qui Jun 23, 2016 11:54 pm

ABULDOG74 escreveu:EXCLUSIVO: Almirantado quer reduzir reforma do ‘São Paulo’ proposta pela DCNS para que ela possa ser feita em 2,5 ou 3 anos; última palavra será da DEN
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O A-12 em teste de máquinas na Baía da Guanabara (RJ), alguns anos atrás
Por Roberto Lopes

Os dirigentes da DCNS terão de engolir em seco.

Após dois anos de espera para que a sua oferta de modernização do porta-aviões São Paulo (A-12) – basicamente a troca da propulsão e a reforma de catapultas e elevadores – seja autorizada, o Almirantado brasileiro decidiu tocar esse plano adiante, mas não nas dimensões da cara proposta apresentada pelos franceses, e sim adotando uma versão mais modesta do serviço – que permita, inclusive, que ele seja concluído em dois anos e meio ou, no máximo, três anos, em vez dos quatro anos previstos originalmente.

Em 2015 um almirante contou à coluna INSIDER que o valor pedido pela DCNS para remodelar o navio-aeródromo equivale ao custo de uma moderna fragata de 6.000 toneladas listada pelo PROSUPER (Programa de Obtenção de Meios de Superfície), o que significa dizer: alguma coisa entre 600 e 900 milhões de dólares.

Mas agora o Comandante da Marinha, almirante Eduardo Leal Ferreira, e seus colegas oficiais-generais decidiram que caberá à Diretoria de Engenharia Naval (DEN) realizar os estudos de exequibilidade da reforma do A-12, a fim de estabelecer o que será, efetivamente, modernizado no navio.

Inspeções – O São Paulo é um barco de 34.922 toneladas que, hoje, exige uma tripulação de 1.920 militares. A DCNS propõe modificações que tornarão a embarcação mais automatizada e eficiente – manobrável por apenas 1.500 tripulantes – e ainda capaz de alcançar 32 nós de velocidade, em vez dos 27 atuais.

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O “São Paulo” atracado no cais do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro
Para chegarem à conclusão de que a modernização é conveniente, Marinha e DCNS realizaram uma série de vistorias e estudos no navio.

A uma perícia ampla na embarcação, de caráter estrutural, a cargo da Zentech Inc., de Houston (Texas), somaram-se inspeções visuais e ultrassônicas, que abrangeram todas as 19 anteparas estanques do A-12 e os seus 280 compartimentos de duplo fundo. Foram vasculhados aproximadamente 400 compartimentos do navio-aeródromo.

Desse trabalho surgiu também a recomendação de que um planejamento específico realize a expansão do chapeamento na proa do porta-aviões.

Outra decisão: elaborar um Projeto de Concepção para Propulsão Elétrica Integrada (IEP) e Geração de Vapor para as Catapultas.

Nesse setor das catapultas os franceses propuseram um serviço de recuperação de trilhas (stroke) de 53 m, aptas a lançar aeronaves de asa fixa de até 18,5 toneladas.

A DCNS recomenda a modernização do sistema hidráulico das catapultas – tanto das bombas a vapor quanto das bombas elétricas. E ainda quer saber se a Marinha do Brasil não pensa em aproveitar a oportunidade para modernizar as válvulas de lançamento das duas catapultas, que se encontram em mau estado.

Outro ponto a ser examinado é o da conveniência de revitalização dos quatro aparelhos de parada Mk.13, que devem estar aptos a aguentar o pouso de aeronaves de até 16,7 toneladas. O Sistema Óptico de Pouso (SOP) e os elevadores de aeronaves de vante e lateral também serão objeto de recuperação.

A DCNS propõe, igualmente, que os dois hangares do navio-aeródromo sejam modernizados, a fim de que eles possam abrigar, com total segurança, um destacamento aéreo constituído por seis caças tipo A-4 Skyhawk e dez helicópteros.

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Propaganda – Nessa longa (e desgastante) negociação com a Marinha do Brasil, os franceses recorrem a muitas frases e slogans de efeito – puro esforço publicitário. A documentação preparada pelos franceses sobre o porta-aviões frases vem com o conjunto alfanumérico “NAe2035” – referência ao lapso de tempo que o São Paulo modernizado poderá cumprir.

O oferecimento de troca da propulsão a vapor pela motorização diesel é resumida como a “Propulsão do Século 21”.

Bobajadas à parte, restam à DCNS argumentos que podem, efetivamente, sensibilizar os chefes navais brasileiros, como o de que a modernização do São Paulo serviria, eventualmente, aos militares e técnicos brasileiros como uma espécie de “escola”, visando o desenvolvimento de competências para o futuro Programa de Obtenção de Navios-Aeródromos (PRONAe) da Marinha do Brasil.

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Estou achando que tem coisa errada aí...ainda mais considerando que o jornalista em questão é um notório chutador...reformar essas catapultas de novo???? Mas já não foram reformadas??? não fizeram o serviço direito da outra vez??? Fizeram pela metade??? Motorização a diesel em Porta Aviões??? Muita informação sem resposta para especular...Esse papo de escola já estou escutando desde 1998 quando compraram essa tranqueira (sempre fui fã e apoiador, mas já estou ficando de saco cheio), têm que reformar esse negócio direito ou mandar de volta para a França com os porões cheios de bananas.




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