Produção industrial cresce pelo terceiro mês consecutivo
Alta de 0,5% em março levou produção ao maior nível da história, diz IBGE; já frente a igual mês de 2010, houve queda de 2,1%
Klinger Portella, iG São Paulo | 03/05/2011 09:06 - Atualizada às 09:39
A produção industrial registrou crescimento de 0,5% no mês de março, frente a fevereiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o terceiro mês consecutivo de alta na indústria, que acumula avanço de 2,8% em três meses. Com o resultado, o patamar de produção de março alcançou o ponto mais elevado desde o início da série histórica.
“Isso evidencia uma aceleração no ritmo produtivo, já registrada em janeiro, que cresceu 0,3% frente a dezembro de 2010, e fevereiro, com alta de 2,0% em relação ao mês imediatamente anterior”, disse o IBGE.
A produção industrial
No acumulado dos três primeiros meses do ano, o setor industrial cresceu 2,3% em relação a igual período do ano anterior e 1,3% frente aos três últimos meses de 2010, na série com ajuste sazonal.
Já na comparação com igual mês do ano passado, o desempenho da indústria interrompeu uma sequência de altas que se repetia desde outubro de 2009. Nessa base de comparação, a produção industrial caiu 2,1% no mês de março.
No acumulado dos últimos 12 meses, a indústria manteve taxa de crescimento, com alta de 6,8%, “mas prosseguiu com a redução no ritmo de crescimento iniciada em outubro do ano passado”, completou o IBGE.
Setores
A alta do ritmo de atividade em março foi notada em 13 dos 27 setores pesquisados pelo IBGE. O destaque do mês foi material eletrônico e equipamentos de comunicações, com alta de 10,1% no período, após perdas de 3,1% em fevereiro.
O setores de máquinas e equipamentos, calçados e artigos de couro e outros equipamentos de transporte, com altas respectivas de 1,8%, 9,2% e 3,6%, foram outros destaques da indústria no mês.
“A principal pressão negativa ficou com o setor de alimentos (-3,9%), seguido por equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (-9,2%), indústrias extrativas (-1,9%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-6,0%) e bebidas (-2,8%)”, completou o IBGE.
Na análise por categorias de uso, os bens de consumo duráveis e bens de capitais tiveram as maiores altas, de 4,1% e 3,4%, respectivamente, atingindo o patamar mais elevado desde o início da série histórica.
A produção de bens de consumo semi e não duráveis, por sua vez, cresceu 1% no período “Mas o setor de bens intermediários (-0,2%) apontou o único resultado negativo de março, após crescer 1,3% em fevereiro”, disse o IBGE.
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