O A 12 DA CONTA DO RECADO ?

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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#136 Mensagem por FinkenHeinle » Dom Ago 08, 2004 3:11 pm

ZeRo4 escreveu:
FinkenHeinle escreveu:Zero, isso não é muito inteligente!!!


Porque a função do helicóptero é dar às Escoltas uma extensão à seu sistema de armas. Ninguém vai colocar um Sea King AEW, por exemplo, numa Fragata, se pode colocar um Sea King ASW, que vai efetivamente auxiliar o sistema de armas da tal Fragata.

Ademais, a função das escoltas é de proteger o NAe, e por isso, dificilmente um NAe estaria longe de suas escoltas. O contrário pode ser verdadeiro, em cenários determinados, mas um NAe nunca opera sem escoltas, e por isso elas não precisam operar Helis AEW, entendeu??

Exemplo: O Brasil entra em conflito com, suponhamos, Gabão. É um país que não ofereçe muito risco. Por isso, se a MB quisesse bloquear tal país, ela não precisaria do São Paulo. E, como eles não tem poder para contrapor as Fragatas da MB, o São Paulo não seria necessário, e nem aeronaves AEW...


Mas pense Finken, é claro que é de muita avalia para uma escolta, ter um Sea King ASW! Porém acredito que as mesmas escoltas devem ter a opção de operar alguma aeronave AEW! O Próprio Gabão, citado por você é um bom exemplo... Imagine que eles podem por exemplo, adquirir através de mercado negro alguns AM-39 Exocet e sem AEW a coisa ficaria feia como ficou para os Ingleses nas Malvinas e olha que os Sea Harrier realizavam CAPs constantes sobre o GT e o navio piquete. No caso dos EUA, onde dificilmente as escoltas operam sem os NAes é justificada a presença de AEW de asa fixa, e além do mais eles não tem as limitações de peso que o A-12 tem.

Eu acho que ficaríamos dependentes DEMAIS, do A-12 e se por algum motivo o A-12 não pudesse operar, ficaríamos sem cobertura aérea. Talvez, ao meu ver, seria interessante a MB utilizar os S-2 para o São Paulo e equipar alguns Sea King com o mesmo radar, isso daria uma boa padronizada e cada plataforma cobriria as deficiências da outra.


Zero,


Então explique porque países como a França não tem helicópteros AEW?? Ora, a França só dispões de 1 NAe, como o Brasil, e nem por isso possue tais aeronaves.

A questão é: 99% dos países não podem comprar o Exocet porque sequer teriam uma plataforma capaz de lançá-lo. Eles não poderiam fazê-lo de MiG's, ou de outras aeronaves que não tenham capacidade para tal. E, como não haveria tempo hábil, eles não poderiam modificar as aeronaves, e nem comprar mísseis.

Claro que seria interessante possuir Sea Kings AEW nas escoltas, mas isso não faz sentido. Porque?

Porque, contra um país mais fraco não seria necessário. E contra países de igual poderio ou maior, nós precisaríamos do São Paulo...




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#137 Mensagem por FinkenHeinle » Dom Ago 08, 2004 3:23 pm

Fox escreveu:Blz pessoal,

As aeronaves de asas fixas nas missões AEW são indiscutivelmente melhores, porem gostaria de fazer uma pergunta:

Existem células do Tracker conservadas, possibilitando a MB utilizar a mesma por um período entre 10 e 15 anos? Na minha opinião não!

Atualmente existe algo em torno de 70 aeronaves Tracker em operação (Peru, Argentina, Coréia do Sul, Taiwan e Tailândia), sendo que todos os Tracker em operação ou não (isso se tiver Tracker estocados no Canadá, porque nos EUA não existe mais!), foram fabricando a mais de 30 anos. Lembrando que grande parte dos Tracker foram utilizados a partir de porta aviões (EUA, Canadá, Austrália, Argentina, Brasil, etc), aumentado assim o desgaste das aeronaves.

O que temos que pensar, é que a MB vai adquirir uma aeronave desgastada (com mais de 30 anos de fabricação), gastar no mínimo (e bota mínimo nisso!) uns US$ 20 milhões na modernização de cada aeronave, sendo que todas as aeronaves serão utilizadas embarcadas, desgastando ainda mais a células. Ou seja, a MB corre o risco de modernizar o Tracker, e daqui 5 anos todos as aeronave ser mandada para o ferro-velho. Seria no mínimo dinheiro jogado fora!

Claro! Mas não quer dizer que eu defenda exclusivamente o Tracker. Mas, apesar disso, devem haver boas células do Tracker, que, usados pela MB (ou seja, com pouco uso), duram até um bom tempo.

Bom, de qualquer forma, podem existir outras opções no mercado.

André, o Tacker não executa VERTREP! No máximo ele leva uma meia dúzia de mala de roupas, ou algumas caixas de alimentação........ e só! Essa aeronave, por exemplo, não poderia levar nem alguns Aspide, por falta de uma porta traseira de desembarque. A aeronave que realiza VERTREP na US Navy desde do tempo do Tracker e o C-2 Greyhound, que por sua vez não pode ser utilizado (peso, dimensões, etc) a partir do A-12 São Paulo.

Eu sei. Eu falei vertrep em relação aos helicópteros. Esses sim realizam VERTREP, que só helis e o V-22 fazem.

Relativo ao C-2 Greyhound, creio que ele, que é bem menor que o E-2, possa ser usado no A-12.

Fox escreveu:Missão REVO:

Possuir uma aeronave com capacidade REVO no A-12 é essencial, mas não para aumentar o raio de ação das aeronaves, e sim para garantir uma boa operação de pouso. Imagine o seguinte: Cinco A-4 da MB partem para uma missão, e todos voltam com o combustível na reserva (no cheiro!), ai cada aeronave pousaria no A-12, uma de cada vez, mais por um infelicidade o primeiro A-4 colidi no convôo do A-12. O que aconteceria? Em vez da MB perder uma aeronave, vai acabar perdendo a cinco, por falta de combustível! Agora se tiver uma aeronave REVO na região, a pista do A-12 seria liberada (após ser apagado o incêndio, limpeza, etc), e as outras aeronaves pousaria com segurança. Essa e a maior aplicação de aeronave REVO em porta avião!

Na minha opinião alguns conjuntos REVO do tipo Buddy-Buddy já resolveria o problema, e seriam bem mais baratos(não custaria dinheiro em um vetor ultrapassado e desgastado), teria um custo operacional bastante baixo se comparado a uma aeronave, ocuparia pouco espaço, etc. No apoio, cada A-4 poderia reabastecer até 2 A-4 aumentando assim cerca de 10% o raio de ação dessas aeronave (cada Kit leva 1000 litros de combustível), e em operação de pouso 2 A-4 poderiam ficar de prontidão como medida de segurança.

Não só como meio de pomover a segurança de pousos, as aeronaves REVO também aumentam o raio de ação dos aviões embarcados, sim...

O que eu tenho em mente é o seguinte: ter um único tipo de aeronave de apoio. Ela seria usada para AEW, ASW, REVO e COD. A missão REVO seria secundária, pois bastaria acrescentar tanques no COD para ele realizar REVO, ou até mesmo as aeronaves AEW/ASW poderiamrealizá-lo.

No caso das aeronaves AEW, elas seriam iguais às ASW< poderám sem os equipamentos, e poderiam ter o radar no mesmo lugar dos ASW, só que, claro, um radar diferente, para AEW.

Fox escreveu:Missão AEW, ASW e VERTREP:

Bom já mencionei isso em outro tópico, mais na minha opinião a melhor opção e o EH-101 Merlin, pois e uma aeronave nova (para no mínimo 25 anos de uso), e não pediríamos dinheiro na modernização de células no final de vida útil.

Se comparado com o Tracker, o Merlin tem o desempenho inferior no quesito altitude, no restante a diferença e muito pequena. Só um detalhe, a altitude do Merlin é cerca de mil metros maior que o Sea King. Em alguns quesitos o Merlin até ganha do Tacker, como por exemplo, na capacidade de VERTREP, transporte de pessoal (até 22 homens, contra 5 do Tracker), etc. Só para você ter uma idéia, a aérea útil para transporte do Merlin corresponde a 48% do compartimento de carga do C-295, que é uma aeronave cargueira. Se não for possível levar internamente, o Merlin pode levar carga no gancho.

Sem contar que a MB poderia operar somente 2 vetores embarcados no A-12, o que facilitaria muito a logística, e pouparia orçamento.


O que eu acho é o seguinte.

A MB operaria, como Heli ASW no A-12/13 o mesmo helindas escoltas. E, além disso, a aeronave apoio e o CDF. A logística não ficaria tão prejudicada, e o poder de fogo seria muito maior.

Aliás, como Heli ASW minha primeira opção seriam os Merlin...




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#138 Mensagem por Fox » Dom Ago 08, 2004 5:13 pm

Blz André,

Claro! Mas não quer dizer que eu defenda exclusivamente o Tracker. Mas, apesar disso, devem haver boas células do Tracker, que, usados pela MB (ou seja, com pouco uso), duram até um bom tempo.


Atualmente só existem 5 operadores de Tracker (Argentina, Peru, Coréia do Sul, Taiwan e Tailândia), e todos foram comprado usado do EUA, portanto já foram bastante utilizados(desgastado) nos NAe Americano. Para completar, os Tracker Argentinos foram bastante utilizados também embarcados(década de 80 e inicio da década de 90). Como eu mencionei anteriormente, todos os Tranker em operação ou não, foram fabricados a mais de 30 anos (entre 30 e 40 anos). O Canadá, se não estou enganado, foi o segundo maior operador de Tracker, porem todos foram retirado de serviço em 1985, portanto grande parte dessas aeronaves já foram convertidas em peças de reposições para outros operadores (parece que até o Brasil adquiriu peças de reposição do Canadá para manter os seus Tracker em serviço). Do restante, boa parte virou aeronave de combate a incêndio. Se existir alguma célula conservada, estará no Canadá, porem e muito difícil esse pais ter estocado o Tracker por 20 anos. Ainda mais agora, que existe poucas células voando. Sem contar o seguinte, as células que sobraram certamente seriam as menos conservadas.

Bom, de qualquer forma, podem existir outras opções no mercado.


Me de um exemplo?


Eu sei. Eu falei vertrep em relação aos helicópteros. Esses sim realizam VERTREP, que só helis e o V-22 fazem.


Eu tirei essa conclusão, que você considerava o Tracker para VERTREP, com base nessa sua frase:

"Sim, creio que o ideal, e aliás, possívelmente o único AEW/ASW/REVO/COD capaz de operar no São Paulo seja o Tracker."

Relativo ao C-2 Greyhound, creio que ele, que é bem menor que o E-2, possa ser usado no A-12.


O C-2 Greyhound é a principal aeronave VERTREP da US Navy!

Só vou dizer a você um fator que impossibilita o uso do C-2 Greyhound no A-12. O Comprimento dessa aeronave e maior que o comprimento do maior (dianteiro) elevador do A-12. Pronto, fim de papo, o C-2 Greyhound não pode ser levado no A-12! Nem vou comentar os outros fatores, porque estou com preguiça!

Não só como meio de pomover a segurança de pousos, as aeronaves REVO também aumentam o raio de ação dos aviões embarcados, sim...

O que eu tenho em mente é o seguinte: ter um único tipo de aeronave de apoio. Ela seria usada para AEW, ASW, REVO e COD. A missão REVO seria secundária, pois bastaria acrescentar tanques no COD para ele realizar REVO, ou até mesmo as aeronaves AEW/ASW poderiamrealizá-lo.

No caso das aeronaves AEW, elas seriam iguais às ASW< poderám sem os equipamentos, e poderiam ter o radar no mesmo lugar dos ASW, só que, claro, um radar diferente, para AEW.


Claro! Mais a principal aplicação e justamente na segurança de pouso, o resto e secundário!

Me diga um país (excluído o EUA) que utilize aeronave exclusiva para REVO, ou REVO + ASW? Simplesmente nenhum! Agora, se não me falhe a memória, a França, Espanha e Itália, utilizam sistema tipo Buddy-Buddy. Coincidência ou não, os NAe Americano são o dobro de quase todos(excluindo o NAe France e Russo) os NAe e NAel existentes. A França construiu um belíssimo NAe, mas não utiliza aeronave REVO, e deverá continuar com o sistema Buddy-Buddy. A Inglaterra e a mesma coisa, os seus NAe contaram com Merlin, F-35, E-2c Hawkeye, etc (etc seria algum helicóptero de pequeno porte, ou V-22 Osprey que realizaria transporte de tropas e VERTREP).

O que eu acho é o seguinte.

A MB operaria, como Heli ASW no A-12/13 o mesmo helindas escoltas. E, além disso, a aeronave apoio e o CDF. A logística não ficaria tão prejudicada, e o poder de fogo seria muito maior.

Aliás, como Heli ASW minha primeira opção seriam os Merlin...



Não gosto (e creio que as grande marinhas também não!) de utilizar helicóptero de grande porte (Merlin, por exemplo) em escoltas. Por sinal, o Merlin pode ser utilizado em escolta, porem a Inglaterra não utilizará. O helicóptero embarcado nas escoltas da Royal Navy será o S. Lynx 300 (localmente conhecido como Mk alguma coisa).

Na minha opinião, a MB deve tirar como exemplo as marinhas Européias que utilizam helicóptero de pequeno-médio porte (NH-90, S. Lynx, etc) nas escoltas e helicóptero de grande porte em seus NAe, NAel e embarcações Anfíbias. Utilizar helicóptero de grande porte em uma escolta, é consumir o dobro de combustível e espaço, precisando ainda de um deck e hangar enorme, sem contar o tipo de armamento utilizado (AM-39, Sea Eagle, Harpoon, etc, que são todos mísseis grande e pesado, dificultado a acomodação e locomoção no navio) e o espaço e peso consumido, que poderia ser utilizado para colocação de mais sensores, armamento, sistemas defensivos, etc. Se tiver alguma duvida, observe os mísseis utilizados nos helicópteros das escoltas do EUA e Europa. Tái a explicação do NH-90 utilizar o míssil Marte, o S. Lynx com Polyphen (ou Sea Skua), e Seahawk com Penguin, todos mísseis pequeno e de pouco peso. Até o Merlin será homologado com o Marte, para facilitar o uso desse helicóptero em escoltas (destróier e cruzador).

Então na minha opinião, a MB deveria ter dois helicópteros navais, um de pequeno-médio porte (escolta) e outro de grande porte(NAe e embarcações Anfíbias). A minha preferência seria pelo Merlin (em duas versões, naval e transporte. A diferença está somente na fuselagem) e Super Lynx 300.

Até mais...................................................................

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#139 Mensagem por Brasileiro » Seg Ago 09, 2004 2:36 pm

Para que ficar quereando colocar Helicópteros para fazer AEW pra o São Paulo?
A verdade é que nossos navios de guerra não são capazes de operar um AEW, pois a pista de pouso é desproporcional.
Aí vem a questão dos custos, teriam que aumentar o tamanho da pista para que possam suportar esses helicópteros, isso é caro, e dinheiro está em falta!
O único helicóptero da Marinha que é capaz de operar em todos os navios é o Esquilo e o Linx. Já o Sea king por exemplo só pode operar no São Paulo, e vejam só, o Sea King nem é tão grande assim! e ficaria mais pesado ainda de colocasse mais um radar nele.
O Melhor mesmo é o uso de aviões. Para luta anti-submarino, aí sim, eu acho que deveriam ser usados helicópteros, por causa da capacidade de lançar torpedos, pela capacidade de ficar vigiando parado num lugar só, e pela possibilidade de muitos helicópteros patrulharem a frota ao mesmo tempo sem prejudicar o porta aviões, assim cada navio poderia ter seu helicóptero de patrulha próprio.

Seria interessante que a Marinha voltasse a utilizar hidro aviões para fazer patruha apra oes navios. Como ocorria no passado.




falow;




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