China...

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FoxHound
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Re: China...

#136 Mensagem por FoxHound » Qui Jan 05, 2012 1:58 pm

É um sistema que privilegia a competência e depois a lealdade, como você bem colocou os objetivos estão acima dos interesses pessoais, por isso nem sei se é realmente correto coloca-la como uma autocracia.
Imagine se os russos tivessem adotado esse modelo antes da queda da URSS sobretudo apósa morte de Brezhnev, duvido muito que o muro Berlim teria caido e os próprios russos na qual conheço tem essa mesma opinião.




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akivrx78
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Re: China...

#137 Mensagem por akivrx78 » Sex Jan 06, 2012 1:00 am

A China e sua guerra cultural
By admin– 5 de janeiro de 2012
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Governo lança ofensiva contra presença cultural norte-americana, reforça censura na internet e toma medidas para difundir língua e valores chineses pelo mundo

Em Opinião e Notícia

O presidente chinês Hu Jintao afirmou que o Ocidente está tentando dominar a China espalhando sua cultura e ideologia, e que os chineses devem reforçar sua produção cultural para se defender deste ataque, segundo um ensaio publicado recentemente na revista do Partido Comunista. As palavras de Hu são o sinal de que uma grande política nacional, anunciada em outubro do ano passado, será mantida em 2012.

O ensaio, assinado por Hu e baseado em um discurso de outubro, traçou uma diferença clara entre as culturas do Ocidente e da China, e afirmou que ambos os lados estão envolvidos numa crescente guerra cultural. Suas palavras foram publicadas na Buscando a Verdade, uma revista fundada por Mao Tsé-Tung como uma plataforma para a criação dos princípios do Partido Comunista.

“Devemos enxergar claramente que forças hostis internacionais estão intensificando o plano estratégico de ocidentalização e divisão da China, e campos ideológicos e culturais são o foco de sua infiltração a longo prazo”, afirmou Hu, de acordo com uma tradução da Reuters. “Devemos compreender profundamente a seriedade e a complexidade da luta ideológica, manter os alarmes soando, permanecer vigilantes e tomar as medidas necessárias para estarmos preparados e responder à altura”, completou o presidente.

Estas medidas, disse Hu, devem se concentrar no desenvolvimento de produtos culturais que possam atrair o interesse do povo chinês, e saciar “o crescimento espiritual e as demandas culturais da população”.

Líderes chineses se lamentam há muito tempo de que as expressões ocidentais de arte e cultura popular sempre parecem superar as chinesas. Os filmes mais vistos na China foram Avatar e Transformers 3, e as canções de Lady Gaga são tão populares no país quanto as de qualquer cantor pop chinês. Em outubro, no encontro anual do Comitê Central do Partido, no qual Hu fez seu discurso, os membros do governo discutiram a necessidade de impulsionar a “segurança cultural” da China.

“A força da cultura chinesa e sua influência internacional não é compatível com o status internacional da China”, afirmou Hu em seu ensaio, de acordo com outra tradução. “A cultura internacional do Ocidente é forte, enquanto nós somos fracos”, completou.

O presidente não comentou a opinião dos artistas e intelectuais chineses de que a censura estatal é o que evita que artistas e suas obras atinjam todo seu potencial. Recentemente, Han Han, um romancista e o blogueiro mais famoso da China, discutiu o tema num ensaio online chamado Sobre a Liberdade.
“As restrições sobre as atividades culturais tornam impossível para a China exercer qualquer influência sobre a literatura e o cinema globais, ou para que nós ergamos nossas cabeças com orgulho”, escreveu Han Han.


A publicação do ensaio de Hu, e de outros artigos na Buscando a Verdade sobre impulsos para o poder cultural da China mostram que esta será uma iniciativa central em 2012, um ano de transição para a liderança política chinesa, já que sete dos nove membros mais graduados do Partido abandonarão seus postos no Politburo. Hu parece disposto a garantir que a direção cultural seja o momento definitivo de sua década à frente da presidência chinesa.
O encontro do Comitê Central em outubro estabeleceu os alicerces ideológicos para o fortalecimento de uma esfera cultural que só agora começa a se revelar. Logo após o evento, o governo anunciou uma medida para retirar programas de entretenimento da TV, o que obrigou as emissoras a criar novos programas considerados “socialmente responsáveis” pelos censores.

No mês passado, membros do governo em Pequim e outras cidades obrigaram as companhias de internet a garantir que pessoas escrevendo em blogs registrassem suas contas usando seus nomes verdadeiros. A pressão pela autocensura nas plataformas fez com que o interesse dos internautas pelos blogs diminuísse.

Ao mesmo tempo, a China vem se esforçando para aumentar sua influência cultural no exterior ou seu “poder suave”. O governo abriu filiais do Instituto Confúcio em todo o mundo para divulgar o aprendizado da língua chinesa. O Estado também está levando – em operações milionárias – suas agências de notícias, como a Xinhua, para várias cidades do planeta. Membros dessas organizações dizem esperar que suas versões para os acontecimentos mundiais se tornem tão populares quanto as dos veículos de mídia ocidentais.

http://ponto.outraspalavras.net/2012/01 ... -cultural/




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Re: China...

#138 Mensagem por FOXTROT » Sex Jan 06, 2012 6:18 pm

terra.com.br

China adverte EUA contra "demonstração de força" na Ásia
06 de janeiro de 2012 • 15h04 • atualizado às 15h34



A mídia estatal da China reagiu nesta sexta-feira ao anúncio de que a Defesa dos EUA aumentará sua presença na Ásia e no Pacífico advertindo Washington a "não tentar demonstrar sua força" na região. O alerta foi feito um dia depois de o presidente dos EUA, Barack Obama, ter anunciado cortes no orçamento do Pentágono que preveem - além de um corte drástico no tamanho das Forças Armadas - um redirecionamento na política de defesa dos EUA, incluindo o fortalecimento da presença militar do país na região da Ásia e do Pacífico.

Em editorial publicado nesta sexta-feira, a agência de notícias oficial Xinhua disse que a decisão de Obama pode aumentar a estabilidade e a prosperidade da região. Mas advertiu que o "militarismo americano" pode pôr em risco a paz.

Ambiente pacífico
A Xinhua afirmou ainda que uma presença maior dos EUA na região pode ajudar a China a garantir o "ambiente pacífico" que Pequim precisa para continuar com seu desenvolvimento econômico. Mas acrescentou: "Ao aumentar sua presença militar na Ásia e no Pacífico, os EUA não devem tentar demonstrar sua força, já que isso não ajudará a resolver disputas regionais", afirmou a Xinhua. "Se os EUA aplicarem de forma indiscriminada seu militarismo na região, será como ter um touro em uma loja de cristais, e isso porá em risco a paz em vez de aumentar a estabilidade regional".

Segundo o analista de Ásia da BBC Charles Scanlon, a decisão americana de focar na Ásia não deve ter pego os líderes chineses de surpresa. Entretanto, para muitos em Pequim, a medida poderia parecer uma estratégia de contenção, com objetivo de coibir o crescimento da China.

O governo chinês não comentou o anúncio de Obama ainda de forma oficial. No entanto, o jornal do Partido Comunista chinês Global Times disse que Washington não pode impedir a ascensão da China, e pediu que Pequim desenvolva armas de mais longo alcance, para deter a Marinha americana.




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: China...

#139 Mensagem por marcelo l. » Seg Jan 09, 2012 1:20 pm

Um monge tibetano no oeste da China morreu depois de atear fogo ao próprio corpo em um protesto contra o governo. Essa é a 15ª autoimolação desde março na conturbada região do país, disse nesta segunda-feira um porta-voz tibetano exilado.

O monge Sonam Wangya ateou fogo a si mesmo em frente a uma delegacia de polícia no condado de Darlag, na província de Qinghai, no domingo, para protestar contra a falta de liberdade religiosa, disse o porta-voz da Administração Tibetana Central, Thubten Samphel, em um comunicado por email.

A agência de notícias oficial chinesa, a Xinhua, confirmou a morte.

A Rádio Free Asia disse em um relato anterior que o monge, que tinha por volta de 40 anos, bebeu querosene, espalhou o combustível no corpo e então ateou fogo a si mesmo enquanto pedia o retorno do líder espiritual tibetano exilado, o Dalai Lama.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1031 ... hina.shtml


Ele morreu no local e seu corpo foi levado pela polícia, disse o relato, citando fontes não identificadas.

O ato de desafio fatal pelo monge de alto escalão --chamado de um "Buda Vivo", segundo a agência de notícias Xinhua-- segue-se a duas outras autoimolações perto do monastério de Kirti, na província de Sichuan, na sexta-feira.

Acredita-se que pelo menos oito dos 15 tibetanos que se imolaram nos últimos 10 meses - a maioria deles, monges budistas - tenham morrido.

O porta-voz para o governo tibetano no exílio em Dharamsala, na Índia, disse que milhares protestaram no domingo na região da província de Qinghai, que faz fronteira com a região do Tibete, exigindo que as autoridades devolvam o corpo.

""Devido à posição dele como líder espiritual local, aproximadamente 2.000 tibetanos fizeram uma vigília à luz de velas pedindo às autoridades policiais locais que devolvam o corpo. A polícia local evitou mais tensão concordando em fazer isso", disse o porta-voz Samphel.

Segundo a Xinhua, o corpo do último monge morto, cujo nome era Nyage Sonamdrugyu, foi devolvido a parentes.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: China...

#140 Mensagem por FoxHound » Sex Jan 13, 2012 3:34 pm

China busca no Golfo Pérsico alternativas para sua relação estratégica com o Irã.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, inicia neste fim de semana uma viagem de seis dias de duração a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU) e Catar para reforçar as relações com esses países, que cobrem grande parte de sua demanda por gás e petróleo, além de buscar alternativas ao Irã, um parceiro estratégico do qual compra 12% de seu fornecimento exterior.

Trata-se da primeira visita que um primeiro-ministro chinês faz à Arábia Saudita em 20 anos. Quanto aos EAU e Catar, nunca tinham sido visitados por um chefe de governo chinês desde que estabeleceram relações diplomáticas, na década de 1980. Espera-se que também abordem os levantes populares ocorridos no mundo árabe.

A viagem ocorre em um momento especialmente delicado devido às sanções ocidentais contra o Irã por seu programa nuclear e a consequente ameaça de Teerã de fechar o estreito de Ormuz. Uma interrupção do tráfego marítimo causaria graves problemas à China, que obtém de 40 a 50% de suas importações de petróleo através desse estreito.

Os EUA pretendem restringir as receitas que Teerã obtém com as exportações de petróleo, vetando nos mercados americanos as instituições financeiras internacionais que façam negócios com o Banco Central do Irã, o principal ponto de passagem dos pagamentos do petróleo. A China se opôs diversas vezes ao que chama de sanções "unilaterais" por parte dos EUA e outros países ocidentais, mas também não está interessada em que a acusem de ser a tábua de salvação do regime dos aiatolás. Mas Pequim quer sobretudo temperar as agitadas águas para que ninguém interrompa sua ascensão. "O Irã é um grande fornecedor de petróleo da China, e esperamos que nossas importações não sejam afetadas, porque são necessárias para nosso desenvolvimento", reiterou ontem Zhai Jun, vice-ministro das Relações Exteriores, informa a agência Reuters.

O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, esteve ontem em Pequim, onde se reuniu com líderes chineses para lhes pedir que apoiem as sanções; senão diminuindo o volume de cru que adquirem de Teerã, pelo menos reduzindo o que pagam. A China defende que as penalizações não servirão para resolver o contencioso nuclear.

O jornal "Tempos Globais", ligado ao "Diário do Povo" - órgão de difusão do Partido Comunista Chinês -, disse na terça-feira que Pequim deveria responder com "contramedidas" se as empresas chinesas sofrerem penalizações por realizar seu comércio "legal" com o país islâmico. A China é o maior cliente de petróleo iraniano, seguida de Índia e Japão, mas reduziu as compras em janeiro e fevereiro, devido a disputas pelos preços dos contratos.

A Arábia Saudita é o principal vendedor de cru à China - 45,5 milhões de toneladas nos 11 primeiros meses do ano passado, 12,9% a mais que no mesmo período em 2010 -, seguida de Angola e Irã. Catar é seu maior fornecedor de gás natural liquefeito, com 1,8 milhão de toneladas no mesmo período, 75,9% a mais.

Pequim apoiou as resoluções do Conselho de Segurança da ONU que pedem que Teerã ponha fim a suas atividades de enriquecimento de urânio, mas critica Washington e a UE por imporem sanções adicionais.
http://codinomeinformante.blogspot.com/ ... rsico.html




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Re: China...

#141 Mensagem por Penguin » Sex Jan 13, 2012 11:42 pm

16/12/2011 - 07h01
Brasil fica para trás no jogo chinês

O Brasil está perdendo tempo precioso no jogo chinês. Enquanto empresas de todos as nacionalidades se apressam para garantir um lugar ao sol no gigantesco mercado da China, fazendo substanciais investimentos diretos no país, o Brasil tem apenas 54 empresas com presença no país asiático. Segundo levantamento do Conselho Empresarial Brasil-China, divulgado nesta semana, os investimentos do Brasil na China são pífios: apenas 0,06% dos investimentos diretos brasileiros --ou seja, US$ 6 de cada US$ 10 mil-- foram destinados para a China na última década.

Só para comparar, os investimento diretos dos EUA na China correspondem a 1,55% do estoque total, ou seja, proporcionalmente, os americanos investem 38 vezes mais no país asiático do que o Brasil.

Na seara comercial, a relação bilateral China-Brasil vai bem. A China se tornou maior parceiro comercial do Brasil, suplantando os EUA. Mas apesar da importância, o intercâmbio comercial com os chineses apresenta muitas vulnerabilidades. O Brasil é essencialmente um fornecedor de matérias-primas, sujeitas a grandes flutuações de preços.

Em vez de garantir também uma presença forte no mercado chinês e se tornar um fornecedor de longo prazo para o amplo mercado consumidor, o país tem sido tímido.

Apenas 18 das 500 maiores empresas brasileiras, segundo o ranking da revista "Exame", têm investimentos diretos na China.

E mesmo as empresas brasileiras que têm investimentos na China muitas vezes têm uma presença apenas simbólica no país. Das 54 empresas com investimento, 40,4% mantêm somente um escritório de representação no país, informa o estudo.

Em boa parte dos casos, os escritórios de representação se resumem a um representante e uma secretária. Outros 36,8% são escritórios de prestação de serviço.

Apenas 14% são unidades de produção, que exigem maior volume de investimentos e contratação de pessoal.

Está certo, é um mercado com muitos desafios. Em muitos setores ainda há enormes restrições, como exigência de sócio chinês e imposição de conteúdo local mínimo (como o governo brasileiro está fazendo agora com veículos e setor de petróleo, com grande chiadeira das montadoras chinesas). Sem mencionar o sempre presente perigo do desrespeito à propriedade intelectual --sócios chineses essencialmente "aprendendo" com o sócio brasileiro e abrindo um concorrente logo depois.

Mesmo assim, não dá pra se arriscar a ficar de fora. Desenhar uma estratégia para aumentar a presença de empresas brasileiras na China é muito mais importante do que insistir em levar a briga cambial para a Organização Mundial do Comércio, onde Pascal Lamy já deu mostras que a pendenga não vai a lugar nenhum.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: China...

#142 Mensagem por suntsé » Sáb Jan 14, 2012 12:49 am

Penguin escreveu:16/12/2011 - 07h01
Brasil fica para trás no jogo chinês

O Brasil está perdendo tempo precioso no jogo chinês. Enquanto empresas de todos as nacionalidades se apressam para garantir um lugar ao sol no gigantesco mercado da China, fazendo substanciais investimentos diretos no país, o Brasil tem apenas 54 empresas com presença no país asiático. Segundo levantamento do Conselho Empresarial Brasil-China, divulgado nesta semana, os investimentos do Brasil na China são pífios: apenas 0,06% dos investimentos diretos brasileiros --ou seja, US$ 6 de cada US$ 10 mil-- foram destinados para a China na última década.

Só para comparar, os investimento diretos dos EUA na China correspondem a 1,55% do estoque total, ou seja, proporcionalmente, os americanos investem 38 vezes mais no país asiático do que o Brasil.

Na seara comercial, a relação bilateral China-Brasil vai bem. A China se tornou maior parceiro comercial do Brasil, suplantando os EUA. Mas apesar da importância, o intercâmbio comercial com os chineses apresenta muitas vulnerabilidades. O Brasil é essencialmente um fornecedor de matérias-primas, sujeitas a grandes flutuações de preços.

Em vez de garantir também uma presença forte no mercado chinês e se tornar um fornecedor de longo prazo para o amplo mercado consumidor, o país tem sido tímido.

Apenas 18 das 500 maiores empresas brasileiras, segundo o ranking da revista "Exame", têm investimentos diretos na China.

E mesmo as empresas brasileiras que têm investimentos na China muitas vezes têm uma presença apenas simbólica no país. Das 54 empresas com investimento, 40,4% mantêm somente um escritório de representação no país, informa o estudo.

Em boa parte dos casos, os escritórios de representação se resumem a um representante e uma secretária. Outros 36,8% são escritórios de prestação de serviço.

Apenas 14% são unidades de produção, que exigem maior volume de investimentos e contratação de pessoal.

Está certo, é um mercado com muitos desafios. Em muitos setores ainda há enormes restrições, como exigência de sócio chinês e imposição de conteúdo local mínimo (como o governo brasileiro está fazendo agora com veículos e setor de petróleo, com grande chiadeira das montadoras chinesas). Sem mencionar o sempre presente perigo do desrespeito à propriedade intelectual --sócios chineses essencialmente "aprendendo" com o sócio brasileiro e abrindo um concorrente logo depois.

Mesmo assim, não dá pra se arriscar a ficar de fora. Desenhar uma estratégia para aumentar a presença de empresas brasileiras na China é muito mais importante do que insistir em levar a briga cambial para a Organização Mundial do Comércio, onde Pascal Lamy já deu mostras que a pendenga não vai a lugar nenhum.

Grande droga fazer investimentos na china, para ficarmos dependentes deles como todos os outros paises :roll:




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Re: China...

#143 Mensagem por Bruno Falcão » Sáb Jan 14, 2012 12:56 am

É fazer investimentos para depois ser impedida de vender certos produtos, como aconteceu com a Embraer na China :?




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Re: China...

#144 Mensagem por FoxHound » Qua Jan 25, 2012 1:25 pm

Forças chinesas matam mais dois ativistas no Tibete

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DA REUTERS, EM PEQUIM
Ao menos dois tibetanos foram mortos na província de Sichuan, no sudoeste da China, quando forças de segurança dispararam contra manifestantes, disse um grupo de ativistas tibetano, elevando a quatro o saldo de mortes em vários confrontos contra o controle governamental desde segunda-feira.

A violência deve aumentar a tensão nas terras altas de Sichuan, palco frequente de rebeliões e que faz fronteira com o Tibete, onde forças de segurança têm lutado para manter o controle sobre comunidades com grande presença de budistas.

Pelo menos duas pessoas foram mortas a tiros e muitas ficaram feridas durante os protestos no condado de Seda na terça-feira, afirmou o grupo Free Tibet, grupo sediado em Londres no mesmo dia.

"Os moradores descrevem a cidade como sob toque de recolher: foram alertados a não sair de suas casas e agora temem que se o fizerem serão alvejados", disse o grupo em um comunicado.

Apelos ao governo do condado e ao escritório de segurança pública, cerca de 680 km a oeste de Chengdu, capital de Sichuan, não foram atendidos.

Mas nesta quarta-feira, a agência estatal de notícias Xinhua confirmou os embates em Seda, dizendo que a polícia foi forçada a abrir fogo, matando um "baderneiro", quando os manifestantes atacaram uma delegacia de polícia com garrafas de gasolina, facas e pedras.

"A polícia foi obrigada a usar a força depois que os esforços envolvendo persuasão e armas não fatais para dispersar a multidão fracassaram", disse a Xinhua, acrescentando que 14 policiais foram feridos e 13 pessoas foram presas.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1039 ... bete.shtml




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Re: China...

#145 Mensagem por FoxHound » Sáb Jan 28, 2012 11:43 am

Filipinas e EUA negociam o aumento da presença militar no arquipélago.
O Governo das Filipinas negocia com os Estados Unidos um aumento das manobras e da presença militar americana no arquipélago para conter a expansão da soberania chinesa, informaram fontes oficiais nesta sexta-feira.

Delegações dos dois países estão reunidas esta semana em Washington para renegociar o tratado de defesa.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/01/27/64775284.html




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Re: China...

#146 Mensagem por FoxHound » Sáb Jan 28, 2012 12:02 pm

27/01/2012 - 18h30
EUA querem estreitar laços militares com a China.
O comandante americano encarregado de assuntos asiáticos defendeu nesta sexta-feira a ampliação das relações com a China, e afirmou que o diálogo entre as potências do Pacífico não avançou para além de questões estratégicas.

O almirante Robert Willard, chefe do Comando do Pacífico dos Estados Unidos, manifestou sua satisfação com o diálogo militar contínuo, apesar dos altos e baixos nas relações entre Estados Unidos e China, mas afirmou que as conversas geralmente ficam centradas em comparar as visões estratégicas.

"A relação militar em outros planos --em nível tático e operacional, com o objetivo de que nossos exércitos se conheçam melhor mutuamente através de operações e de visitas recíprocas-- não progrediu", disse Willard em uma entrevista coletiva à imprensa em Washington.

"Estou satisfeito de que em nível estratégico o diálogo tenha sido mantido. Não estou convencido de que a relação militar esteja onde deveria estar", explicou.

Willard afirmou que os dois países têm uma "filosofia diferente" no que se refere a relações entre militares e reconheceu problemas de confiança, incluindo o que a "China vê como impedimentos" nas relações.

A China cancelou vários planos de intercâmbio militar com os Estados Unidos em protesto contra as vendas de armas americanas a Taiwan.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1040 ... hina.shtml




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Re: China...

#147 Mensagem por suntsé » Sáb Jan 28, 2012 12:47 pm

Realmente, não se fazem estrategistas como antigamente. Ampliar relações militares com a China? O país que é a maior ameaça ao poder globakl dos EUA? Realmente.

Os EUA deveriam ampliar ainda mais as relações militares com a Russia, incluisve fazer conceções a este país. Felismente, para nós do hemisfério sul, os EUA não acharam uma maneria de separar a China da Russia.




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Re: China...

#148 Mensagem por Bourne » Sáb Jan 28, 2012 10:25 pm

A China e EUA são grandes parceiros globais e tem as maiores relações comerciais e financeiras do mundo. Conversarem sobre cooperação e visões políticas é mais natural do que parece. Podem se matar no futuro, mas cooperar é mais interessante. Se bem que os EUA estão com boas relações com a Índia que não é amiga da China. A Rússia e China não se gostam a muito tempo. Nunca foram realmente aliados. Apenas compartilham algumas visões por conveniência.




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Re: China...

#149 Mensagem por FoxHound » Ter Jan 31, 2012 11:05 am

China recruta 8.000 policiais para atuar em província rebelde.
Autoridades da região autônoma de Xinjiang, no extremo oeste da China, vão recrutar 8.000 policiais para reforçar a segurança nas vilas da região agrícola, revela nesta segunda-feira a agência de notícias estatal Xinhua.

De acordo com o informe, os agentes farão "patrulhamento de segurança, gerenciamento da população imigrante e repressão a atividades religiosas ilegais". O crescimento da força policial acontece após o aumento dos confrontos por independência na região, que cresceram após 2009, quando 200 pessoas morreram em enfrentamentos entre os chineses e os nativos uigures.

Nas últimas semanas, o governo chinês aumentou a repressão à etnia. Pequim acredita que terroristas estrangeiros são os responsáveis pelo conflito e alegam que os grupos insurgentes têm relação com militantes paquistaneses vinculados com a rede Al Qaeda.

A região também possui presença de tibetanos, que fazem protestos contra a dominação chinesa na região, provocando mortes de monges e clérigos. Tanto uigures quanto tibetanos possuem restrições contra a prática religiosa e de costumes sociais.

De acordo com o porta-voz da região de Xinjiang, Hou Hanmin, a intenção é implantar um policiamento por vilas, para melhorar a atuação dos serviços públicos.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1041 ... elde.shtml




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Re: China...

#150 Mensagem por FoxHound » Ter Jan 31, 2012 11:23 am

China reforça vigilância de mosteiros no Tibete após protestos.
O Partido Comunista da China em Lhasa ordenou um reforço da vigilância policial nos mosteiros do Tibete, depois das manifestações de tibetanos que foram violentamente reprimidas na semana passada em regiões vizinhas.

Qi Zhala, chefe do partido na capital da região autônoma, também determinou o combate às "atividades separatistas", que, segundo ele, são estimuladas por pessoas ligadas ao dalai-lama, líder espiritual dos tibetanos, exilado na Índia.

Os policiais chineses foram acusados por associações de defesa dos direitos humanos de atirar contra os manifestantes na semana passada na região tibetana da província de Sichuan, provocando mortos e dezenas de feridos.

Pequim admitiu que dois tibetanos morreram, um deles em uma ação policial.

As autoridades chinesas impediram o acesso da imprensa estrangeira à região. Além disso, bloquearam a internet e as comunicações por telefone.

Também nesta terça-feira, as autoridades chinesas anunciaram que pretendem recrutar 8.000 policiais em Xinjiang, região majoritariamente muçulmana que foi abalada por distúrbios no ano passado.

"Estamos ampliando a presença de nossas forças policiais. Especialmente porque não temos agentes de polícia suficientes na região", declarou Hu Hanmin, porta-voz do governo local.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1041 ... stos.shtml




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