Guerra escreveu:marcelo l. escreveu:Eu me arriscaria a dizer que a produção brasileira é do tamanho do nosso mercado de consumo, por isso ainda temos que pensar na segmentação natural que há desde idade e sexo, fica minúsculo.
Ainda temos problemas educacionais grandes (esse tema eu até pulo, só de me lembrar), que faz com que sejamos menor que a Espanha por exemplo (bem menores, apesar de ter maior população).
E porque importamos tanto? Porque a produção é fraca.
Veja o exemplo do Mauricio de Souza. 40 anos para ousar a dar um passo para tentar o publico infanto-juvenil. No passado existia a séria vagalume. Um dos maiores autores era Marcos Rey. E hoje? Quantos autores desse genero nós temos? Dai vão dizer que eu não posso ler Harry Potter porque é importado?
Não, né Guerra,com todo respeito, o mercado ser pequeno impede de várias pessoas sobrevirem no Brasil ou viver aqui de seu trabalho, só para exemplificar nos quadrinhos temos muito gente boa em Comics, Fábio Moon, Grabiel Bá, Mike Deodato...todos trabalhando nos EUA...os dois últimos ganharam o prêmio eisner.
Agora respondendo ao genérico:
A série vagalume é da minha época também...brilhante, mas pela sua qualidade ela acabou com outra infanto-juvenil do Monteiro Lobato que reescreveu grandes clássicos (Ivalhoé, Odisséia etc)...Quando os livros do Marcus Rey entram, não sei se vc se lembra, os do Monteiro saem aos poucos de cena, por que o mercado só dava um ou poucos...
Quantos literatos foram diplomatas por que nunca venderam livros? Os próprios romancistas do século XIX viviam da venda de capitulo aos jornais de seus livros e de empregos oficiais, isso tanto aqui como lá fora. Mesmo na França o que se vendeu sempre foram livros de gosto bem duvidoso, na época da revolução a moda eram os livros sobre a vida secreta da realeza.
Agora retornando ao tema, a produção vem de fora muitas vezes valeu a pena investir em propagando por que é barata, as tirinhas de jornal sofreram muito esse fenômeno, o Garfield por exemplo por um tempo não cobrava nada, nas fms paulistas então nem se diga, as gravadoras como o custo era zero divulgavam cada coisa nos anos 90 (eu ouvia), tinha grupos com mais conhecidos aqui que na terra natal, grupos sem menor tempo de vida com roupas ousadas e tocavam a todo momento nas rádios, logo depois dos quinze minutos e um show deprimente no Brasil ninguém lembrava mais.
O mercado nem é ruim ou bom, ele existe quanto maior, mais consumidores e boa divulgação, é mais simples de vc conseguir espaço para todos gêneros, dando maiores a oportunidade mais entrantes que irão permanecer por mais tempo tentando a sorte, já um mercado adverso vão procurar outra coisa.
Censurar não é bem por aí, mas criar competição entre operadoras como há nos EUA é o melhor maneira de criar-se produção e preços mais baixos para consumidores. O governo no Brasil sempre erra, por que ele sai da premissa que primeiro deve discutir o produto, depois quando sofre pressões cria incentivos para tudo desde o porno ao erudito passando até por produções estrangeiras serem exibidas no Brasil.
Uma discussão mais simples é:
- Diminuir o custo da produção nacional,
- Repassar isso aos consumidores,
- Incentivar a competição dentro do mercado entre as empresas,
- Seguir as diretrizes da constituição federal.