EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
A questão é q enquando os EUA estiverem por lá ninguém meterá o bedelho... Veja a questão boliviana, a FAB doou alguns UH-1H após o rompimento do acordo desse país com os EUA... Aliás, aposto q muito pouca gente sabe, Evo Morales ascendeu como líder regional justamente a partir de consequências do "Plano Bolívia" dos EUA na década de 1990...
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
bah, ok, na prática a colombia passa a ser um protectorado americano, com o Santo Uribe como testa de ferro e fantoche oficial, né?
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
É tão santo q só falta alguns sugerirem q seja beatificado... engraçado é q por puro acaso ele está sugerindo um projeto de lei para um terceiro mandato... será q para os "azuis" (como diria o CM) isso não é nenhum problema para a democracia?...
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Isso é um problema sério.Nukualofa77 escreveu:É tão santo q só falta alguns sugerirem q seja beatificado... engraçado é q por puro acaso ele está sugerindo um projeto de lei para um terceiro mandato... será q para os "azuis" (como diria o CM) isso não é nenhum problema para a democracia?...
Aliás essa história de ampliar mandatos tem sido uma praga latino-americana.
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Pois é. Por isso mesmo é no mínimo "peculiar" o fato de alguns chamarem os bolivarianos de "ditaduras disfarçadas" mas fazerem "vista grossa" para os golpistas de Honduras ou para as ambições políticas de Uribe...
A questão é q teria q se por na mesa claramente q não há mais espaço para intervenções estrangeiras na AL, sejam "bolivarianas" ou norte-americanas... nenhum destes agentes políticos é parte da solução, mas sim do problema... enquanto não se chegar a esse consenso (nem um, nem outro) as coisas seguirão como estão e ainda há grandes chances de piorarem...
A questão é q teria q se por na mesa claramente q não há mais espaço para intervenções estrangeiras na AL, sejam "bolivarianas" ou norte-americanas... nenhum destes agentes políticos é parte da solução, mas sim do problema... enquanto não se chegar a esse consenso (nem um, nem outro) as coisas seguirão como estão e ainda há grandes chances de piorarem...
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Extermínio das FARC, acordos com os EUA e reeleição do Uribe. Acho que a Colômbia vai destruir muitos corações até o final do ano.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Um tapa na cara.
E a parceria estratégica com o Brasil?
14/08/2009 - 15h52
EUA: Acordo com Colômbia sobre bases é assunto "estritamente bilateral"
Washington, 14 ago (EFE).- Os Estados Unidos defenderam hoje um novo acordo de cooperação militar que negocia com a Colômbia para o uso de até sete bases desse país, ao destacar que não é um assunto que compete à região, mas se trata de um tema "estritamente bilateral".
As declarações feitas pelo porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, acontecem em um momento no qual os Estados Unidos e uma comissão da Colômbia tentam fechar o acordo em Washington, que permitirá ao Governo do presidente Barack Obama usar até sete bases colombianas para a luta conjunta contra o narcotráfico, o crime transnacional e o terrorismo.
Os planos dos EUA, que realizavam antes este tipo de operações desde a base equatoriana de Manta, cuja concessão não foi renovada por Quito, criou mal-estar entre alguns presidentes da região, especialmente de países-membros da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) que o veem como uma ameaça.
Mas o Governo dos Estados Unidos considera que o futuro acordo não é uma questão que deve ser motivo de polêmica na região, porque se trata de um "assunto estritamente bilateral", afirmou Crowley em sua entrevista coletiva diária.
O porta-voz não quis prever em que momento se poderia fechar definitivamente o acordo com a Colômbia, ao limitar-se a destacar que as "conversas continuam".
A comissão colombiana, que se encontra em Washington para liquidar alguns pontos do acordo, espera que durante este fim de semana se feche o convênio definitivamente.
"O acordo nos permitiria acesso a instalações militares colombianas para poder levar a cabo atividades conjuntas previamente estipuladas. Se o conseguirmos, seria similar a acordos que temos com outros muitos amigos próximos no mundo todo. Mas estas conversas continuam", acrescentou.
E a parceria estratégica com o Brasil?
14/08/2009 - 15h52
EUA: Acordo com Colômbia sobre bases é assunto "estritamente bilateral"
Washington, 14 ago (EFE).- Os Estados Unidos defenderam hoje um novo acordo de cooperação militar que negocia com a Colômbia para o uso de até sete bases desse país, ao destacar que não é um assunto que compete à região, mas se trata de um tema "estritamente bilateral".
As declarações feitas pelo porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, acontecem em um momento no qual os Estados Unidos e uma comissão da Colômbia tentam fechar o acordo em Washington, que permitirá ao Governo do presidente Barack Obama usar até sete bases colombianas para a luta conjunta contra o narcotráfico, o crime transnacional e o terrorismo.
Os planos dos EUA, que realizavam antes este tipo de operações desde a base equatoriana de Manta, cuja concessão não foi renovada por Quito, criou mal-estar entre alguns presidentes da região, especialmente de países-membros da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) que o veem como uma ameaça.
Mas o Governo dos Estados Unidos considera que o futuro acordo não é uma questão que deve ser motivo de polêmica na região, porque se trata de um "assunto estritamente bilateral", afirmou Crowley em sua entrevista coletiva diária.
O porta-voz não quis prever em que momento se poderia fechar definitivamente o acordo com a Colômbia, ao limitar-se a destacar que as "conversas continuam".
A comissão colombiana, que se encontra em Washington para liquidar alguns pontos do acordo, espera que durante este fim de semana se feche o convênio definitivamente.
"O acordo nos permitiria acesso a instalações militares colombianas para poder levar a cabo atividades conjuntas previamente estipuladas. Se o conseguirmos, seria similar a acordos que temos com outros muitos amigos próximos no mundo todo. Mas estas conversas continuam", acrescentou.
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Colômbia confirma que encerrou negociações de acordo militar com os EUA
14 de agosto de 2009 - 21h53
O Ministério das Relações Exteriores colombiano informou que as negociações do Acordo em Matéria de Cooperação e Assistência Técnica em Defesa e Segurança com os Estados Unidos, que permite o uso de bases militares da Colômbia por tropas americanas, chegaram ao fim hoje.
"Dito acordo reafirma o compromisso das partes na luta contra o narcotráfico e o terrorismo", diz um breve comunicado oficial divulgado na noite desta sexta-feira.
O texto acordado, acrescenta a nota, "passa agora à revisão técnica pelas instâncias governamentais de cada país para sua posterior assinatura".
O uso das bases militares colombianas por parte dos EUA levou a uma deterioração das relações diplomáticas da Colômbia com Venezuela e Equador.
Segundo o presidente venezuelano, Hugo Chávez, esse acordo poderia trazer "ventos de guerra" para a América do Sul.
Na quarta-feira passada, uma comissão colombiana viajou para Washington para definir os pontos desse acordo.
A comissão era integrada por membros dos ministérios colombianos de Interior e Justiça, Relações Exteriores e Defesa da Colômbia.
O convênio permitirá que militares americanos usem até sete bases colombianas para operações conjuntas de luta contra o tráfico de drogas as quais eram realizadas anteriormente na base equatoriana de Manta, cuja concessão não foi renovada pelo Governo do presidente do Equador, Rafael Correa.
EFE - Agência EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/inte ... 94,00.html
14 de agosto de 2009 - 21h53
O Ministério das Relações Exteriores colombiano informou que as negociações do Acordo em Matéria de Cooperação e Assistência Técnica em Defesa e Segurança com os Estados Unidos, que permite o uso de bases militares da Colômbia por tropas americanas, chegaram ao fim hoje.
"Dito acordo reafirma o compromisso das partes na luta contra o narcotráfico e o terrorismo", diz um breve comunicado oficial divulgado na noite desta sexta-feira.
O texto acordado, acrescenta a nota, "passa agora à revisão técnica pelas instâncias governamentais de cada país para sua posterior assinatura".
O uso das bases militares colombianas por parte dos EUA levou a uma deterioração das relações diplomáticas da Colômbia com Venezuela e Equador.
Segundo o presidente venezuelano, Hugo Chávez, esse acordo poderia trazer "ventos de guerra" para a América do Sul.
Na quarta-feira passada, uma comissão colombiana viajou para Washington para definir os pontos desse acordo.
A comissão era integrada por membros dos ministérios colombianos de Interior e Justiça, Relações Exteriores e Defesa da Colômbia.
O convênio permitirá que militares americanos usem até sete bases colombianas para operações conjuntas de luta contra o tráfico de drogas as quais eram realizadas anteriormente na base equatoriana de Manta, cuja concessão não foi renovada pelo Governo do presidente do Equador, Rafael Correa.
EFE - Agência EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/inte ... 94,00.html
A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Sexta-feira, 14 de agosto de 2009, 21:18 | Online
Colômbia e EUA fecham acordo para uso de bases militares
No acordo países reafirmam compromisso na luta contra o narcotráfico e o terrorismo na América Latina
WASHINGTON - A Colômbia e os Estados Unidos concluíram as negociações para o acordo de uso de bases militares colombianas por norte-americanos. No acordo, confirmado por um comunicado da chancelaria, os países reafirmam o compromisso na luta contra o narcotráfico e o terrorismo. Não se conhecem muitos detalhes do acordo que foi fechado e o documento, reconhece o governo colombiano, ainda não foi assinado.
O Ministério de Relações Exteriores da Colômbia divulgou o seguinte comunicado na sua página na internet http://www.cancilleria.gov.co na noite desta sexta-feira, 14: "O governo da Colômbia informa que no dia de hoje se encerraram as negociações do acordo em matéria de Cooperação e Assistência Técnica na Defesa e Segurança entre os governos da Colômbia e dos Estados Unidos. Tal acordo reafirma o compromisso das partes na luta contra o narcotráfico e o terrorismo. O texto acertado passa agora por uma revisão técnica nas instâncias governamentais de cada país para a sua posterior assinatura".
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, disse, também na noite desta sexta-feira, 14, que o diálogo com os Governos do Equador e da Venezuela pode ser retomado para recompor as relações diplomáticas da Colômbia com esses países, ao mesmo tempo em que disse que o acordo militar entre Bogotá e Washington deve se projetar a todo o continente. "Eu acho que pode haver um diálogo com o Equador, e o mesmo com a Venezuela", disse Uribe na Assembleia da Associação Nacional de Empresários colombianos (ANDI), em Medellín.
A comissão colombiana, que se encontra em Washington para liquidar alguns pontos do acordo, espera que durante este fim de semana se feche o convênio definitivamente.
"O acordo nos permitiria acesso a instalações militares colombianas para poder levar a cabo atividades conjuntas previamente estipuladas. Se o conseguirmos, seria similar a acordos que temos com outros muitos amigos próximos no mundo todo. Mas estas conversas continuam", acrescentou.
A proposta que permite às forças dos EUA o uso de até sete instalações militares colombianas causou preocupação na região e alimentou tensões nos Andes, onde o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e seus aliados esquerdistas se opõem à influência norte-americana.
O governo dos EUA diz que o plano é uma ampliação da cooperação existente com a Colômbia, que recebeu mais de 5 bilhões de dólares em ajuda para combater o tráfico de cocaína e as guerrilhas marxistas Farc, o mais antigo grupo de insurgentes na América Latina.
"As missões são as mesmas, são ações antinarcóticos e contra suas ligações com o terrorismo na Colômbia", disse Frank Mora, o assistente da Subsecretaria dos EUA para o Hemisfério Ocidental, em declaração à Reuters na noite de quinta-feira. "Teremos mais acesso, mas isso não significa que teremos mais vantagens ou mais tropas", acrescentou Mora.
Ajudado pelos recursos dos EUA, o presidente colombiano, Alvaro Uribe, tem enfrentado as guerrilhas das Farc, que foram confinadas a selvas remotas e montanhas. A violência e os atentados diminuíram drasticamente, e o investimento externo aumentou.
Mas a Colômbia continua sendo o maior exportador mundial de cocaína. Os carregamentos da droga são embarcados via Oceano Pacífico para o norte e através da Venezuela e do Caribe até a Europa. As Farc continuam fortes em algumas áreas rurais, valendo-se de emboscadas contra as forças de segurança e táticas de atacar e se retirar em seguida.
A investida dos militares dos EUA em sete pequenas bases colombianas é parte de uma ampla mudança na estratégia norte-americana de distanciamento das instalações grandes e permanentes do tempo da Guerra Fria e opção por locações pequenas arrendadas de aliados mais próximos, em áreas de grande conflito, disse uma outra autoridade da defesa dos EUA.
Os militares dos EUA têm operações vitais em seis países na região da América Latina e Caribe.
Na Colômbia, essas operações se concentram em apoio logístico, de inteligência e treinamento para aperfeiçoamento das Forças Armadas colombianas. Pelo atual acordo entre os dois países, a presença militar norte-americana está limitada a 800 soldados e um número adicional de 600 civis atuando sob contrato. Segundo Mora, isso não irá mudar. Atualmente os EUA mantêm 260 soldados na Colômbia, disseram autoridades.
"Este acordo é bilateral. Trata-se do aprofundamento de nosso relacionamento com os colombianos", afirmou Mora. "Não é nenhuma tentativa de fortalecer o país contra algum outro da região."
Mas a proposta encontrou resistência na região. O Brasil, uma potência regional, expressou preocupação com o plano, e outros países o definiram como preocupante. Chávez e um grupo de esquerdistas qualificaram a proposta de agressão e o líder venezuelano adotou medidas econômicas contra a Colômbia por causa do plano.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 9049,0.htm
Colômbia e EUA fecham acordo para uso de bases militares
No acordo países reafirmam compromisso na luta contra o narcotráfico e o terrorismo na América Latina
WASHINGTON - A Colômbia e os Estados Unidos concluíram as negociações para o acordo de uso de bases militares colombianas por norte-americanos. No acordo, confirmado por um comunicado da chancelaria, os países reafirmam o compromisso na luta contra o narcotráfico e o terrorismo. Não se conhecem muitos detalhes do acordo que foi fechado e o documento, reconhece o governo colombiano, ainda não foi assinado.
O Ministério de Relações Exteriores da Colômbia divulgou o seguinte comunicado na sua página na internet http://www.cancilleria.gov.co na noite desta sexta-feira, 14: "O governo da Colômbia informa que no dia de hoje se encerraram as negociações do acordo em matéria de Cooperação e Assistência Técnica na Defesa e Segurança entre os governos da Colômbia e dos Estados Unidos. Tal acordo reafirma o compromisso das partes na luta contra o narcotráfico e o terrorismo. O texto acertado passa agora por uma revisão técnica nas instâncias governamentais de cada país para a sua posterior assinatura".
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, disse, também na noite desta sexta-feira, 14, que o diálogo com os Governos do Equador e da Venezuela pode ser retomado para recompor as relações diplomáticas da Colômbia com esses países, ao mesmo tempo em que disse que o acordo militar entre Bogotá e Washington deve se projetar a todo o continente. "Eu acho que pode haver um diálogo com o Equador, e o mesmo com a Venezuela", disse Uribe na Assembleia da Associação Nacional de Empresários colombianos (ANDI), em Medellín.
A comissão colombiana, que se encontra em Washington para liquidar alguns pontos do acordo, espera que durante este fim de semana se feche o convênio definitivamente.
"O acordo nos permitiria acesso a instalações militares colombianas para poder levar a cabo atividades conjuntas previamente estipuladas. Se o conseguirmos, seria similar a acordos que temos com outros muitos amigos próximos no mundo todo. Mas estas conversas continuam", acrescentou.
A proposta que permite às forças dos EUA o uso de até sete instalações militares colombianas causou preocupação na região e alimentou tensões nos Andes, onde o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e seus aliados esquerdistas se opõem à influência norte-americana.
O governo dos EUA diz que o plano é uma ampliação da cooperação existente com a Colômbia, que recebeu mais de 5 bilhões de dólares em ajuda para combater o tráfico de cocaína e as guerrilhas marxistas Farc, o mais antigo grupo de insurgentes na América Latina.
"As missões são as mesmas, são ações antinarcóticos e contra suas ligações com o terrorismo na Colômbia", disse Frank Mora, o assistente da Subsecretaria dos EUA para o Hemisfério Ocidental, em declaração à Reuters na noite de quinta-feira. "Teremos mais acesso, mas isso não significa que teremos mais vantagens ou mais tropas", acrescentou Mora.
Ajudado pelos recursos dos EUA, o presidente colombiano, Alvaro Uribe, tem enfrentado as guerrilhas das Farc, que foram confinadas a selvas remotas e montanhas. A violência e os atentados diminuíram drasticamente, e o investimento externo aumentou.
Mas a Colômbia continua sendo o maior exportador mundial de cocaína. Os carregamentos da droga são embarcados via Oceano Pacífico para o norte e através da Venezuela e do Caribe até a Europa. As Farc continuam fortes em algumas áreas rurais, valendo-se de emboscadas contra as forças de segurança e táticas de atacar e se retirar em seguida.
A investida dos militares dos EUA em sete pequenas bases colombianas é parte de uma ampla mudança na estratégia norte-americana de distanciamento das instalações grandes e permanentes do tempo da Guerra Fria e opção por locações pequenas arrendadas de aliados mais próximos, em áreas de grande conflito, disse uma outra autoridade da defesa dos EUA.
Os militares dos EUA têm operações vitais em seis países na região da América Latina e Caribe.
Na Colômbia, essas operações se concentram em apoio logístico, de inteligência e treinamento para aperfeiçoamento das Forças Armadas colombianas. Pelo atual acordo entre os dois países, a presença militar norte-americana está limitada a 800 soldados e um número adicional de 600 civis atuando sob contrato. Segundo Mora, isso não irá mudar. Atualmente os EUA mantêm 260 soldados na Colômbia, disseram autoridades.
"Este acordo é bilateral. Trata-se do aprofundamento de nosso relacionamento com os colombianos", afirmou Mora. "Não é nenhuma tentativa de fortalecer o país contra algum outro da região."
Mas a proposta encontrou resistência na região. O Brasil, uma potência regional, expressou preocupação com o plano, e outros países o definiram como preocupante. Chávez e um grupo de esquerdistas qualificaram a proposta de agressão e o líder venezuelano adotou medidas econômicas contra a Colômbia por causa do plano.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 9049,0.htm
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
O companheiro deve conhecer aquela anedota do galo bom e do galo ruim. A história é mais ou menos a seguinte:P44 escreveu:bah, ok, na prática a colombia passa a ser um protectorado americano, com o Santo Uribe como testa de ferro e fantoche oficial, né?
Um viajante chegou numa pequena cidade do interior. Caminhando por lá chegou num local onde aconteciam rinhas de galo, com apostas. Para passar o tempo resolveu apostar também uns trocados. Na rinha seguinte quando apresentaram os galos que iriam fazer a próxima luta ele perguntou para um senhor de idade, que parecia ser entendido no ramo de rinhas, qual dos dois era o bom na luta. O velhinho respondeu que o bom na luta era o que tinha as asas com algumas penas brancas.
O viajante agradecido foi até a banca e apostou algumas pratas no galo recomendado. A luta foi um massacre. O galo das penas brancas tomou um pau sem tamanho e perdeu vergonhosamente. Irritado o viajante foi cobrar do velhinho uma explicação pelo resultado e recebeu a seguinte: Você perguntou qual era o bom, o bom era o de penas brancas, nunca fez mal a nenhum outro galo, um santo. Agora o outro galo, ele é muito mau, ataca os outros, bate com força, é um verdadeiro demônio, um galo muito malvado.
No caso o Uribe não é o galo bom e santo. Ele é o galo malvado, que joga sujo, enfia o dedo no olho, pisa no pé, golpeia abaixo da cintura. Por isto está ganhando. Fosse jogar pelas regras, como um cavalheiro ou santo, já estaria derrotado há muito tempo. O acordo com os EUA é jogo sujo, mas é jogando sujo que ele está vencendo. Não vai ser canonizado, mas vai ganhar.
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Tá, mas esse casuísmo de terceiro mandato o coloca bem ao lado do...hmmmmmmm...'dele'...
Minha opinião, pau que bate em Chico bate em Francisco!
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Túlio escreveu:Tá, mas esse casuísmo de terceiro mandato o coloca bem ao lado do...hmmmmmmm...'dele'...
Minha opinião, pau que bate em Chico bate em Francisco!
era aí que eu queria chegar, á falta de C-O-E-R-Ê-N-C-I-A
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Aqui no Brasil não tivemos, e ainda temos, uma campanha para mais um mandato para o Lula? Não tivemos um deputado puxa-saco que apresentou tal proposta? Quem está no poder sempre gostaria de continuar lá por mais tempo e isto inclui toda a máfia que o acompanha.P44 escreveu:Túlio escreveu:Tá, mas esse casuísmo de terceiro mandato o coloca bem ao lado do...hmmmmmmm...'dele'...
Minha opinião, pau que bate em Chico bate em Francisco!
era aí que eu queria chegar, á falta de C-O-E-R-Ê-N-C-I-A
O Uribe não é muito diferente do Chavez. A diferença é que o Uribe fica limitado à Colombia, não busca expandir sua influência sobre os vizinhos nem disseminar suas idéias em outros países.
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Domingo, 16 de agosto de 2009, 17:36 | Online
Acordo com EUA consolida avanços contra as Farc, diz Uribe
AP
BOGOTÁ - A poucos dias de concretizar o acordo que permitirá a utilização de sete bases colombianas por militares americanos, o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, disse neste domingo, 16, que a assinatura do entendimento com Washington consolida os avanços de seu país na luta contra o narcotráfico.
"A medida que (a guerrilha e os narcotraficantes) veem que demos esses passos, vão perdendo a ilusão de que algum dia poderão recuperar suas forças Colômbia", assegurou Uribe em discurso de prestação de contas na TV estatal do país.
Segundo Uribe, sua política de segurança "não terá revés" e manterá o objetivo de derrotar "por completo" a guerrilha e o narcotráfico.
Uribe considera que o convênio, que será assinado na próxima semana, "é um passo na direção correta".
A Colômbia e os Estados Unidos concluíram na sexta-feira, 14, as negociações para que os EUA realizem operações de inteligência a partir de bases militares em território colombiano.
Em entrevista ao jornal colombiano El Tiempo, o comandante das Forças Armadas colombianas, general Freddy Padilla de León, assegurou que "todos os pontos foram de mútuo acordo e não houve imposição de temas".
"A negociação respeitou as constituições dos dois países", concluiu Padilla.
O convênio terá duração de 10 anos e vem sendo criticado por presidentes sul-americanos, que consideram a presença militar americana uma ameaça à estabilidade do subcontinente.
No próximo dia 28, Uribe participa de um encontro em Bariloche, na Argentina, convocado pela União das Nações Sul-americanas para discutir o tema.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 9748,0.htm
Acordo com EUA consolida avanços contra as Farc, diz Uribe
AP
BOGOTÁ - A poucos dias de concretizar o acordo que permitirá a utilização de sete bases colombianas por militares americanos, o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, disse neste domingo, 16, que a assinatura do entendimento com Washington consolida os avanços de seu país na luta contra o narcotráfico.
"A medida que (a guerrilha e os narcotraficantes) veem que demos esses passos, vão perdendo a ilusão de que algum dia poderão recuperar suas forças Colômbia", assegurou Uribe em discurso de prestação de contas na TV estatal do país.
Segundo Uribe, sua política de segurança "não terá revés" e manterá o objetivo de derrotar "por completo" a guerrilha e o narcotráfico.
Uribe considera que o convênio, que será assinado na próxima semana, "é um passo na direção correta".
A Colômbia e os Estados Unidos concluíram na sexta-feira, 14, as negociações para que os EUA realizem operações de inteligência a partir de bases militares em território colombiano.
Em entrevista ao jornal colombiano El Tiempo, o comandante das Forças Armadas colombianas, general Freddy Padilla de León, assegurou que "todos os pontos foram de mútuo acordo e não houve imposição de temas".
"A negociação respeitou as constituições dos dois países", concluiu Padilla.
O convênio terá duração de 10 anos e vem sendo criticado por presidentes sul-americanos, que consideram a presença militar americana uma ameaça à estabilidade do subcontinente.
No próximo dia 28, Uribe participa de um encontro em Bariloche, na Argentina, convocado pela União das Nações Sul-americanas para discutir o tema.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 9748,0.htm