II. Reconhecimento de Combate por Infiltração
Durante os últimos dez dias de agosto de 1941, a ofensiva alemã na frente sul, deteve-se após atingir o rio Dneper. Os russos, em posições na sua margem leste, ainda realizavam, na região próxima de Cherkassy, alguns contra ataques limitados.
Enquanto uma divisão de infantaria alemã se preparava para forçar a travessia do rio em Cherkassy, uma outra era empregada numa larga frente com missão principal de proteger o flanco norte da divisão encarregada do assalto. Ao norte da Cherkassy, uma parte desta última divisão, o 1º Batalhão (reforçado) do 196º RI, foi empregado em uma larga frente e em considerável profundidade, entre Dakhonovka e Svidovok. Sua missão era defender o corte do rio contra as tentarivas de transposição dos russos.
Face ao 1º Batalhão tinha um regimento de infantaria russo, reforçado. Suas defesa estavam fortificadas por entrecheiramentos reforçados com madeira de dotados de posições de metralhadoras e por trincheiras de construção primitiva, sem intercomunicações. As posições estavam fortemente guarnecidas e um batalhão completo era mantido em reserva em uma posição central, atrás da linha. Observadores avançados de artilharia e elementos de segurança haviam se estabelecido nas ilhas fluviais. Os russos, tinham uma missão tripla: defender o rio contra as tentativas de travessia dos alemães; observar quaisquer sinais que revelassem as intenções do inimigo; e manter contato com uma brigada de guerrilheiros que operava na floresta atrás das linhas alemãs a oeste do rio.
O regimento russo era composto de combatentes experimentados. A tropa estava bem descansada e se encontrava naquela área e fora de ação algum tempo. Os suprimentos de alimentos, armas e munições eram satisfatórios. O moral da unidade era bom, porquanto seus veteranos eram fatalistas e os recomplementos, cuja a maioria pertencia à Oraganização da Juventude Comunista, eram completamente fanáticos.
O batalhão alemão estava com 80% de seu valor combativo. Essa unidade, superiormente treinada e experimentada em combate, estava bem suprida em todos os aspectos. Embora um pouco fatigada pela constante vigília que mantinha ao longa da linha de frente, ocupada de forma tão diluída, e na área de retaguarda, o moral de seus homens era elevado.
Durante a noite de 21-22 de agosto, três homens, residentes em Svidovok e Dakhovka,
atravessaram a nado o Dneper com o auxílo de flutuantes feitos de juncos e ramos e atingiram o PC regimental russo. Trazim as informações sobre o dispositivo das tropas alemãs, inclusive a provável localização dos PCs e armas automáticas.
Ao receber estas informações, o comandante do regimento russo decidiu enviar a patrulha de reconhecimento através do rio numa tentativa de obter maiores detalhes. Como medida inicial as forças de coberturadas três ilhas foram reforçadas. O comandante do regimento escolheu, então, de seu batalhão reserva, 40 homens que pareciam estar melhora capacitados para missão de colher informações atrás das linhas inimigas. Foram organizados dois destacamentos de reconhecimento com a seguinte composição:
1 oficial, 3 sargentos e 16 homens; cada homem estava armado co uma submetralhadora e três granadas de mão e vestia um uniforame de faxina de tecido leve e sapatos de palha; sua idade varia de 16 a 30 anos e todos eram excelentes nadadores.
Na margem leste do rio, oito botes de fundo chato estavam prontos para transportar as patrulhas para o outro lado do rio passando pelas ilhas. Cada bote estava tripulado por pescadores nativos que, alternadamente, o inpulsionavam e dirigiam com um remo pequeno, aproveirtando o máximo a corrente.
A 23 de agosto, as seguintes ordens regimentais foram distribuídas às patrulas de reconhecimento:
"A margem oeste do rio está fracamente ocupada por forças alemãs. De acordo com relatórios recebidos de Svidovok e Dakhnovka, os vários postos avançados inimigos estão afastados a uma distância de aproximadamente 300 metros. As reservas locais alemãs parecem ser limitadas. A provável localização das posições, segundo informações de civis, esta indicada no mapa anexo. O regimento necessita de informações exatas sobre a localização das posições e a composição das forças nos setores "a" e "b" é importante que se façam alguns prisioneiros a fim de serem interrogados. A operação será protegida pelas forças de cobertura das ilhas e sob a cuidadosa observação dos observadores avançados. Cumprida a missão, as patrulhas de reconhecimento deverão regressar às ilhas."
Após o recebimento destas ordens foi formulado o plano de ação. Às 03:00 horas de 24 de agosto, os destacamentos moveran se para suas posições de partida nas ilhas X e Z e aí ficaram até ao anoitecer. A fim de evitar sua descoberta prematura, os homens se esconderam cuidadosamente, assim marcada pra 22:00 horas. Toda a operação ficou sob o comando do Capitão Orlov, com os tenentes Novikov e Mirskiy nas lideranças das patrulhas X e Z, respectivamnete.
A ambientação final foi realizada durante o dia. Os informante civis se achavam presentes e expressaram completa confiança no sussesso desde que a margem oeste fosse atingida sem levantar suspeitas.
Já tarde, na noite de 24 de agosto, o PC avançado do regimento foi deslocado para margem do rio, imediatamente em frente a ilha Z. Um pelotão de comunicações assegurava comunicação com as ilhas mediante o emprego de sinalizadores óticos.
a . Patrulha Novikov
Ao cair da noite de 24 de agosto, os botes deslizaram mansamente para as águas do rio na extremidade norte das ilhas e prepararam a travessia até a margem inimiga. Os botes da ilha X partiram 21:45 horas, e se dirigiam para o setro "a" na margem oeste, a pequena distância um atrás do outro.
As forquilhas dos remos foram revestidas de panos a fim de evitar qualquer ruído. Cinco minutos depois , o contorno escuro da margem se tornou visível e após os outros cinco minutos todos os quatro botes tocavam a margem que se erguia abruptamente da ordem de 4,5 a 6 metros e que se debruçava sobre o rio em alguns pontos. O tenente Nopvikok subiu à ribanceira, olhou em volta e, encontrando a área desocupada, colocou uma marca de madeira num ponto bem escondido.
A um sinal seu, os homens subiram o barranco da margem, um a um. Um grupo de segurança de cinco homens foi separado e recebeu ordem de permanecer próximo ao local de desembarque. O restante da patrula avançou cuidadosamente cerca de uma centena de metros, antes de mudar de direção para o sul.
Por volta das 23 horas, ouviu o ruído de vozes e passos que se aproximavam. a patrulha rapidamente se escondeu, deitando no solo. Pouco depois, quatro alemães passaram bem por perto. A um sinal de mão de Nonikovos russos se lamçaram sobre os alemães e procuraram desarmá los e capturá los , com mínimo de ruído possível. Um dos alemães, entretanto, conseguiu fazer vários disparos com sua submetralahadora enquanto o outro gritava: Russos, russos! Na luta corpo a corpo que se segui e que durou apenas um minuto, os quatro alemães foram mortos. No final, um dos integrantes da patrulha estava morto e quatro feridos, um tão seriamente que teve de ser abandonado.
O barulho do combate alertara os alemães. Pouco depois, ordens eram gritadas e ouviam se passos pesados aproximando de todas as direções. Os russos rapidamente regressaram ao rio; quando encontravam-se a cerca de 50 passos de sua margem, os alemães lançaram artifícis luminosos abrangendo toda a área a area à sua volta e logo abriram fogo sobre os russos com suas metralhadoras, obrigando a patrulha a se abrigar se lançando ao solo. Soldados alemães se aproximaram correndo da direção leste e a patrulha viu se forçada a dar um lanço desesperado até o rio. Um russo foi cortado por uma rajada de metralhadora, mas Novikov e o restante da patrulha chegaram ao rio em segurança, escorregaram ribanceira abaixo, lançaram os botes e se afastaram remando apressadamente. Artificíos iluminativos alemães, disparados sobre o rio, mostraram os botes e, pouco depois, verificou uma troca de tiros. Um dos botes foi atingido e seu remador morto, mas o restante da sua tripulação conseguiu se agarrar a outro bote e atingir desta forma, a ilha Y em segurança.
Não obstante a patrulha de reconhecimento não ter conseguido cumprir sua missão completamente, os russos por outro lado, puderam verificar a existência real de intervalos entre as posições alemães, bem como também a vigilância das patrulhas de contato volantes. A situação parecia justificar outros reconhecimentos.
b. Patrulha Mirskiy
Depois que a patrulha Z atingiu o setor "b" da margem oeste, o Tenente Mirskiy marcou o local de desembarque com um pedaço de pano branco que escondeu sobre o penhasco. Avançou, em seguida, para reconhecer a vizinhança imediatada margem do rio e não encontrou alemães num raio de 50 metros. Deixando o grosso de sua força para trás, Mirsikiy escolheu 5 homens e avançou cautelosamente para o sul a procura das posições inimigas. Após percorrer cerca de 150 passos, sentiu o cheiro de fumaça de cigarro. Cautelosamente, avançou rastejando, enquanto os demais fazima sua cobertura. Poucos minutos depois , atingiu uma rede arame baixa que parecia ter vários metros de profundidade. Alguns metros adiante ouviu um som fraco de conversação e um ruído de metal contra metal.
Cudadosamente, Mirskiy regressou para junto de seus cinco homens e em seguida reuniu ao restante do grupo . Após desiguinar cinco homens para fazer a segurança na direção sul, conduziu o grosso de sua patrulha para o norte, paralelamente ao rio a uma distãncia de 150 metros de sua margem.
Os russos, deslocando-se com muito cuidado e habilidade através dos densos arbustos, haviam progredido uma pequena istância quando subitamente uma metralhador alemã abriu fogo das vizionhanças do local de desembarque, que agora se encontrava para trás e à direita da patrulha. Simultaneamente ouviu ruídos quando os artificíos alemães luminaram toda a área. A fim de evitar ter seu retraimento cortado, Mirskiy rapidamente regressou ao local de desembarque. Granadas de mão explodiram a sua volata e uma metrlhador alemã abriu fogo a curta distãncia. os russos dispersaram rapidamente e tentaram atingir o rio. O fogo intermitente que se ouvia ao sul indicava que o grupo de segurança ainda se encontrava em contato com a patrulha volante alemã.
Onze menbros da patrulha russa consguiram atingir o rio e reuniu num ponto ao norte do local de desembarque, onde pacientemente esperavam pelos demais . Enquanto isto os alemães revistaram cuidadosamente a área. Passou uma hora. Os outros nove, inclusive o tenente Mirskiy e o Sargento Petrov rapidamente regressou ao local de desembarque, ainda não havaim regressado; em vista disso, o Sargento Rudin deu ordens a ois homens para faze dois botes rio acima, o que fizeram sobre a margem alta e saliente do rio. os remacentes da patrulha embarcaram nos botes e atingiram a ilha Z sem maiores incidentes; daí regressaram para margem leste na mesma noite.
Os resultado obtidos por esta patrulha, como as da outra não foram conclusivos. Embora descobrissem intervalos nas linhas alemãs, verificaram também que os mesmo eram cuidadosamente vigiados por numerosoas patrulhas de contato. Algumas posições inimigas não foram encontrados nos locais indicados pelos informante civis; os alemães provavelmente haviam realinha suas forças no período de tempo que decorreu entre a informação e a realização de reconhecimento, de preferência de maior duração. Em vistas das possibilidades de dssimulaçãoproporcionadas pela emaranhada vegetação da margem oeste, parecia mais recomendável que o futuro reconhecimento fose realizado durante o dia, apo´s as forças necessárias terem atravessado o rio e encontrado esconderijos na noite precedente.
c. Exploradores vencem onde as patrulas fracassam
O comandante russo imediatament decidiu enviar novos elementos para reconhecer as posições alemãs. Dessa vez, deviam também procurar estabelecer contato com a brigada de guerrilheiros, na floresta. Os três informantes civis receberam instruções para regressar a Svidovok Dakhnovka e estabelecer um sistema de comuniações entre a brigada de guerrilheiros e o PC regimnetal na margem leste. Mediante sinais de fumaça simples feitos das chaminés da localidade, os agentes deveriam transmitir informações referentes à chegada de reforços, movimento de tropas e localidade de PC alemães. Além disso, mensagens escritas e detalhadas deveriam ser periodicamente enviadas por correios despachados da margem leste.
Para essa missão foram selecionados dez soldados do regimento de infantaria, de inteligência acima da média e familiariazados com a região. Receberam flutuantes rústicos e foram numerados. Os exploradores de 1 a 5 foram desiguinados para o setor "a" e os demais para o setor "b".
Todos receberam ordem de atravessar o rio a nado, durante a noite, e de se esconder no interior da vegetação e sob os penhascos ao longo da margem oeste do rio. Durante o dia, deviam avançar rastejando, escondidos pelos arbustos e pela vegetação pantanosa, e observar cuidadosamene as vizinhanças imediatas e mais além, tendo em vista determinar o dispositivo, a localização das armas e os locais dos PCs alemães; deviam ainda estabelecer ainda contato com os civis de confiança em Dakhnovka e Svidovok e, se possível, com os prórpios guerrilheiros; e finalmente, não deveria engajarar em combate com o inimimgo, a não ser em último recurso.
Na negra escuridão de 25 de agosto e sob uma fina chuva, os exploradores partiram da ilha X. Cada home vestia calça e camisa e levava uma faca pendurada no pescoço. Amarrdo no flutuante, levavam uma jaqueta e calças de zuarte (de tipo local) sapatos de palha, uma pistola de 25 tiros, um pedaço de mapa e umlápis, tudo embrulhado num envólucro a prova de água.
O explorador 1 atingiu a margem oeste se ser percebido. Mudou sua roupa num local bem escondido e subiu rastejando a barranca do rio a fim de observar a situação. Não havia tropas inimigas a vista. Escondeu sob a densa vegetação a pequena distâncai do rio e aí permaneceuimóvel, observando a passagem próxima de três patrulhas alemãs sucessivas.
Ao alvorecer, notou uma turma de rancho que se aproximava, vindo de um aposição de 150 metros par o sul onde se achavam várias metralhadoras. Depois dos alemães regressarem, os explorador seguiu suas pegadas e, logo depois, descobriu um PC e, em suas proximeidades uma posição de morteiros pesados. Progrediu várias centenas de metros mas, por volta do meio dia, decidiu dirigir paro norte, se deslocando a menor distância do rio. Ao parar para observar um ninho de metralhadoras, teve seu primeiro momento de perigo. Imaginando terem visto movimentos suspeitos nos arbustos, os alemães revistaram a área. O explorador, entretanto, consguiu escapar mudando de direção e deslocando apressadamente para o oeste. Na excitação perdeu a pistola que, juntamente com outros indicíos os alemães deveria encontrar no dia seguinte.
Após escurecer, encontrou um esconderijo num ponto a nordeste de Svidovok e ali permaneceu durante a noite. Na manhã seguinte 27 de agosto., observou alguns homens e mulheres escoltados por um soldado alemão, que transportavam baldes de água e feixes de palha e de madeira da localidade para as posições de metralhadoras pesadas situadas nas proximidades. Pouco tempo depois o explorador viu os regressar sozinho e resolveu juntar se a eles para, destarte, poder entrar na localidade sem ser reconhecido e molestado. Após comer, estabeleceu contato com um habitante da localidade que era considerado pelos alemães como anti comunista e os dois conbinaram os meios de combinação. Permanecendo na localidade até 1º de setembro, o explorador aproveitou todas as opurtunidades para conseguir informações. Dizendo odiar Stalin e estar alutar ao lado dos alemães, chegou até mesmo ser adimitido numa cozinha de campanha alemã na qual trabalhou em paga de suas refeições.
Por intermédio das mulheres dos guerrilheiros que residiam nas localidade, procurou fazer contato com uma brigada que se achava na floresta próxima. Acompanhando algumas dessas mulheres quando as mesmas saíam em busca de lenha, encontrou pela primeira vez com alguns dos guerrilheiros, com os quais trocou informações relativas às forças e posições inimigas e combinou meios de transmissão de mensagens. Terminados os entendimentos, o explorador recebeu um relatório que deveria entregar no PC, após o regresso.
A 2 de setembro, o explorador iniciou sua jornada de volta. Uma vez mais reuniu se a um grupo de mulheres que transportavam madeira e água para as posições alemãs. Perto do escurecer, aproveitando um pesado envoeiro, deslocou até o rio e atingiu a outra margem em segurança.
O explorador 10 atingiu a margem oeste do mesmo modo que o explorador 1. Na manhã seguinte 26 de agosto, inicou seu deslocamento aproveitando de uma vala que se afastava do rio na direção noroeste. Ao chegar próximo de duas posições de metralhadoras pesadas e de alguns soldados que apanhavam água na vala, escondeu-se e ficou observando. De seu esconderijo , pôde ver gritos e tiros partindo de algum lugar mais ao norte. Um cão que latia nas proximeidades apareceu subtamente no parapeito da posição e, pouco depois, ouviu o ruído de alemães que se aproximavam de todos os lados. Sem hesitação mergulhou na vala, num lugar que cobria até sua cabeça.
Enquanto os alemães faziam uma cuidadosa busca nas redondezas, conservou se submerso, respirando por um canudo de junco que apanhara junto a vala. Após aproximadamente meia hora, o explorador levantou a cabeça o bastante para explorar em torno.
Assegurando de que o perigo imediato de capturá-lo já passara, pôs-se novamente em movimento nadando ou andando na água conforme a profundidade permitia. Em pouco tempo, abandonou a vala e rastejou pelo pântano e através da vegetaçãp para oeste até atingir um encosta íngrime que dominava uma lagoa. Uma vez mais ouviu o latido de um cachorro e, sem um momento de hesitação, lançou-se à lagoa, onde onde permaneceu por mais de uma hora parcial ou totalmente submerso, por vezes.
Quando achou que havia segurança para prosseguir, subiu a encosta e abrigou-se no meio da vegetação. Numerosas patrualha de reconhecimento e turmas de ranchos alemãs passaram por perto do lugar em que encontrava-se. Próximo do escurecer, acompanhou a alguma distância atrás uma das turmas de ranchos alemãs passaram perto do lugar em que se encontrava. Próximo do escurecer, acompanhou a alguma distância atrás uma das turmas de rancho que se dirigia para o sul. Ao atingir a orla da floresta, subiu á uma árvore e ficou ali até o amanhecer. Ao clarear, pôde ver, de seu esconderijo na árvore, algumas posições de metralhadoras e de morteiros alemães. Em seguida, desceu da árvore e dirigiu-se para o sul. Ao atingir a orla da floresta , subiu em uma árvore e ali ficou escondido até o amanhecer. Ao clarear, pôde ver, de seu esconderijo na árvore, algumas posições de metralhadoras e de morteiros alemães. Em seguida, desceu da árvore e dirigiu-se para o sul, , conservando-se junto aos bosques, e em pouco tempo se encontrava na floresta. Após identificar-se, o explorador combinou com as mulheres de o apanharem no caminho de volta à vila, na manhã seguinte.
Ao atingir Dakhnovka em companhia das mulheres, na manhã seguinte, foi levado para um celeiro que deveria servi-lhe de esconderijo. Mais tarde, nesse dia, encontrou-se com um agente que o preveniu sobre as severas medidas de segurança dos alemães e que lhe trouxe algumas roupas femininas para uma emergência. O agente disse-lhe, também, que não havia possibilidade de atravessar a vala e atingir o rio diretamente da vila, porquanto a área estava muito vigiada e não era permitido trânsito de civis na mesma. Como o explorador permaneceu na vila até 3 de setembro, teve ampla oportunidade de obter informações sobre a guarnição alemã, inclusive a localização do PC da companhia e nas posições de uma seção de obuseiros.
Na noite de 3 de setembro, em companhia das mulheres, o explorador foi ao encontro dos guerrilheiros na floresta, sendo recebido pelo oficial de suprimento da brigada, com a qual discutiu meios de transmissão de mensagens. Os dois homens concordaram que a via de acesso mais apropriada para um correio, entre a floresta e o rio, era a que fora seguida e marcada pelo explorador.
No dia seguinte, utilizando o mesmo caminho da vinda, o explorador regressou. Ao anoitecer de 5 de setembro, atingiu a margem oeste e daí nadou até a margem leste, passando pela ilha Z.
As informações obtidas pelos dez exploradores foram comparadas e avaliadas. Em consequência desse trabalho , a artilharia russa conseguiu bater com precisão e de forma eficaz alvos vitais alemães.
d. Infiltração de correios russos durante ações diversionárias de patrulhas de combate.
A finalidade principal da operação era o estabelecimento de um serviço regulara de correios entre as forças russas na margem leste do Dneper e a brigada de guerrilheiros na floresta, na margem oeste. A fim de facilitar os deslocamento dos correios, patrulhas de combate deveriam ser empregadas em ações de finta simultâneas contra SvidovoK e Dakhonovka, num esforço para fixar as forças alemãs e distrair sua atenção.
A operação foi planejada e dirigida pelo comandante do regimento russo e apoiada pelo fogo concentrado da artilharia em posição na margem leste do rio. Para realizar as fintas, foram organizados dois destacamentos, constituídos por 50 marinheiros da flotilha do Dneper, e que atuariam como patrulha de combate. Cada uma delas recebeu dois correios. As tropas seram transportadas através do rio em três grandes botes a remo e em várias embarcações fluviais menores. Os marinheiros estavam armados com metralhadoras leves, fuzis automáticos, submetralahdoras e pistolas. Cada correio vestia jaqueta e calça de zuarte de tipo local e sapatos de palha e conduzia uma pistola, 50 tiros, um trecho de mapa à prova d'água e uma caixa com um pombo corrieo; além disso, cada um deles recebeu uma cópia da seguinte ordem, a ser transmitida a bigrada de guerrilheiros:
"Supremo Quartel General de Guerrilheiros, Ucrânia, 6 de setembro de 1941.
1. Para cumprimento imediato e de acordo com ordens do QG do Exército, o Coronel N.N. é exonerado do comando da.. Brigada de Guerrilheiros e transferido para o Supremo QG de Guerrilheiros, na Ucrânia. O major M.M. assume o comando da brigada.
2. Aparelhos de rádio não serão distribuídos ainda durante várias semanas.
3. A partir desta data e até 13 de setembro, pombos corrieo serão lançados de avião nos locais e horas desiguinados, mediante a transmissão de sinais luminosos predeterminados.
Por ordem do Comando Supremo de Guerrilheiros, Ucrânia,
a) General X.X."
Durante a noite de 6-7 de setembro, as vias de Svidovok e Dakhnovka, asim como pontos intermediários, foram varridos por forte barragem de artilharia. Os desembarques foram realizados entre 00:30h e 01:00 hora.
No dia seguinte, quando os alemães perceberam que a população civilestava abandonado a vila e se dirigindo para os campos abertos, ficaram com suspeitas e tomaram precauções que diminuíam consideravelmente suas perdas subsequentes.
Após atingir a margem oeste, no setor de Svidovok, o destacamento de assalto "a" progrediu cerca de 400 metros. As reservas alemãs, concentradas nesta área, enfretaram os atacantes e so repeliram após um furioso combate corpo a corpo que durou aproximadamente uma hora. Nesse ínterim, os correios haviam posto a caminho através das linha alemãs e, embora um fosse descoberto cerca de 3 horas mais tarde e imediatamente morto, o segundo, contornonado a vila por nordeste, conseguiu atingir o acampamento de guerrilheiros, na floresta ao, anoitecer.
No setor de Dakhnovka, os alemães achavam-se emboscados esperando pelo destacamento "b"; em vista disso, o assalto foi frustrado logo no incío. Ambos os corrieos, entretanto conseguiram desembarcar. Um deles, quando tentava passar através das linha alemãs, próximo da vila, foi surpreendido por uma patrula alemã e imediatamente morto a tiros. O segundo correio, seguindo a via de acesso previamentedeterminada ao longo da vala, atingiu os guerrilheiros sem qualquer incidente.
No curso dessa ação combinada, comportanto patrulhas de combate e corrios, oram mortos ou feridos 38 russos enquanto as forças alemãs perderam 7 mortos e 8 feridos.
Os russos, de um modo geral, demonstraram grande habilidade na travessia de importante barreiras áquaticas utilizando os meios mais primitivos e, frequentemente, natação. Os alemães, em vista disso, tinham de encaram com a máxima de suspeita qualquer moita de juncos ou de vegetação áquaticaque fosse vista flutuando num rio, a despeito de seu aspecto natural e inofensivo.
Era hábito russo atacar simultaneamente em vários pontos, não obstante o custo da operação, para somete assegurar o êxito da mais ínfima missão. Nas situações que uma linha contínua não podia ser mantida pelos defensores alemães, eram permissíveis intervalos, mas somente nos locais em que dispunham de clara visão e bons campos de tiro. A utilização de arames de alerta e numerosas patrulhas de contato era muit importante.
Como os russos se deslocavam com relativa facilldade através dos rios, pântanos e florestas, sem caminhos e sua observação pelos alemães era por vezes deficiente, a utilização de cães mostrou-se, com frequência, muito eficaz.
Em regra, as tropas russas colaboravam intimamente com a população civil das áres ocupadas pelos alemães e tiravam vantagem de todos osmeios de dissimulação. Isto obrigava os alemães auma observação intensa dos civis e à realização frequente de buscas minuciosas, de casa em casa. Pela mesmara razão, a confraternização com os russos, civis ou miltares, ou a confiança nos mesmos mostratram, com frequência, seram imprudentes e perigosas para os alemães. A constante mudança de posto de comando de áreas de acantonamento reduziu drasticamento o perigo das tropas alemãs confraternizarem demasi com população civil.