Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#136 Mensagem por EDSON » Seg Jul 05, 2010 10:25 pm

13. Batalha de Carros Próximo da Estrada de Berlim (março de 1945)

Em princípio de 1945, as táticas russas relativa ao emprego da grandes formações blindadas haviam melhorado consideravelmente; entretanto, até mesmo nos últimos meses da guerra, seu padrão de treinamento não passou de medíocre. Tal fato não chega constituir surpresa, considerando as elevadas perdas ocorridas nos anos anteriores. Algumas unidades isoladas, entretanto, tiveram desempenho superior . Nesse pariticular; é bom lembrar que os estupendos sussessos russos durante as últimas fases da campanha aumentaram de tal foram o ímpeto de suas tropas que as deficiências de treinamento ainda existentes pouco influíram no resultado geral. Um outro fator importate foi o declínio constante da eficiência combativa alemã.

Em março de 1945, os russos concentraram fortes forças de ambos lados do rio Oder, ao norte e ao sul de Kuestrin a Berlim, passando por Seelow, a fim de evitar o uso da estrada para os russos como um eixo de progressão na direção de sua capital, os alemães deslocaram uma divisão panzer improvisada e puseram a cavaleiro da estrada. O total de carros de que dispunha, nessa ocasião, essa divisão era de 55, número muito inferior de carros de uma divisão panzer normal.

O único batalhão de carros da divisão ficou em reserva atrás da LPR a fim de oporse a qualquer ataque blindado do inimigo. Esse batalhão compreendia o comando do batalhão, o Pelotão de reconhecimento ( com apenas 5 carros Panther), a 1º Companhia ( 22 carros Panther) e as 2º e 3º companhias, cada uma com 14 carros Tigre.

O terreno plano do setor divisionário não apresentava obstáculos ao movimento de carros. A 1º Copanhia, no flanco direito do batalhão, bloqueava a estrada Kuestrin-Seelow, próximo de Tucheband; e a 2º Companhia achavasse no centro a sudeste de Gorgast e a 3º Companhia, juntamente com o Pelotão de reconhecimento e o estado Maior do Batalhão, estava em Golzow.

Às 06:00 horas de 22 de março, os carros e a infantaria russos atacaram a divisão sob uma barragem de 90 minutos. A infantaria russa foi aferrada pelo fogo defensivo alemão, mas os carros irromperam através das posições alemãs e dirigiranse para estrada por três direções diferentes. A força principal de ataque, consistindo de aproximadamente de 50 carros russos, avançou pelo sul da estrada de Berlim e foi frontalmente ao encontro dos carros da 1º Companhia que se achavam desdobrados ao norte de Tucheband. Após um curto mais oneroso engajamento, os carros russos foram obrigados a retrair. A segunda força de ataque, quase com o mesmo valor, partiu da cabeça de ponte ao oeste de Kuestrin e iniciou um desdobramento de Gorgast pelo sul. Pouco antes do carros atingiraem à estrada para Berlim, foram interceptados pela 2º Companhia. Os carros alemães lançaram um ataque de flanco que desorganizou a força russa, compelindo a retrair com perdas pesadas.

Nesse ínterim, a ponta norte da investida russas avançou através dos campos diretamente na direção de Gozow, onde se encontrava o PC do Batalhão e que estava ocupado pela 3º Companhia e pelo pelotão de reconhecimento. Embora informado do avanço russo, o comandante do Batalhão permaneceu em Golzow, ao invés de dispersar as forças pelas vizinhanças imediatas. Esse erro conduziria a uma situação crítica.

Imagem


O forte fogo de artilharia russa impediu que os carros alemães se reunissem em Golzow antes de deixar a localidade. A confusão geral entre os alemães tornou ainda pior quando a artilharia russa lançou uma densa cortina de fumaça transversalmente à orla leste da vila. Quando o comandante do batalhão finalmente conseguiu reunir a maioria de seus carros, se encontrou subtamente frente à frente com a coluna de carros russos que emergia da fumaça. Na batalha que se seguiu os alemães conseguiram se livrar e parar o ataque russo, mas somente em virtude de melhor mabealidade de seus carros e de sua superioridade no combate aproximado de carros.

O russos finalmente romperam o combate e se retraíram, deixando 60 carros no campo de batalha. Seu fracasso em obter a ruptura em qualquer dos três ataques pode ser atribuído à deficiência da infantaria no acompanhamento dos carros e no apoio ao avanço dos mesmos. De qualquer forma, a força de ataque do flanco direito deveria ter desbordado Golzow e infletido para o sul na direção da estrada para Berlim, ao invés de entrar na localidade coberta de fumaça.

O comandante alemão dispôs sua relativamente fracas forças blindadas como o terreno aberto e a situação permitiam. Prevendo carretamente as direções a serem possivelmente tomadas pelas forças de atques russas do centro e da esquerda, empregou duas comapanhias para bloquear sua via de progressão e impedir o acesso à estrad de Berlim. Conservou a 3º Companhia em reserva, pronta para correr em auxílio das 1º e 2º Companhias e repelir uma penetração inimiga. Seu único erro foi permitir que a reseva permanecesse em Golzow, ao invés de desdobrála fora da localidade, como se encontravam as outras duas companhias.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#137 Mensagem por EDSON » Sex Jul 09, 2010 12:12 pm

14. Ainda os Blindados

Durante a leitura destes textos o leitor teve contato com a evolução ocorrida no emprego dos blindados. É descrito um conflito que, no inicio, carcterizou pela idéia soviética de empregar os carros de combate basicamente em apoio às unidades de infantaria. Face ao sucesso empregado pelos blindados alemães, vai ocorrer uma mudança gradual na idéia de seu emprego pelos russos. O ano de 1942 é um marco bem nítido nesta evolução. A partir de então, surgiram Brigadas de Carros de Combate Independentes e até mesmo Exércitos Blindados nas fileiras vermelhas.

Quando os alemães romperam as fronteiras do territáorio russo, iniciou um processo básicamente não convencional de emprego de seus blindados na conhecida guerra relâmpago. No decorrer do conflito foi marcante o esforço soviético pelo apefeiçoamento técnico do material e do seu emprego tático, o que vai culminar com a inversão na balança da guerra.

Para isto foi decisivo o reconhecimento por parte dos russos, das necessidades de constantes modificações nas táticas dos blindados para acompanhar o desemvolvimento tecnológico do equipamento e do armamento.

Estes exemplos são ricos de determinados aspectos da guerra, válidos até hoje: A rapidez, a flexibilidade, a mobilidade, e o inesperdado, decisivos em qualquer conflitos. Há de ressaltar também a importância da iniciativa. A manutenção do espírito ofensivo, mesmo durante uma defensiva, através de suas ações dinâmicas, do aproveitamento de todas as opurtunidades de contrataque e de um judicioso emprego da reserva, é vital para se alcançar a vitória.

O leitor atento encontrará exemplos de que há necessidade de um adequado adestravemento das tropas de infantaria e de carros de combate para seu emprego combinado, assunto que é muito explorado em nossos bancos escolares, mas que pode ser melhor particado em nossas unidades.

Pode verificar ainda, a adaptação das táticas dos blindados aos diferentes tipos de terreno ou a necessidade de se meditar a cerca de certos aspectos táticos em determinadas situações, tais com a deficiência de material dos alemães em sua retirada.

Para finalizar, cumpre a importância de um completo e minucioso conhecimento do inimigo, do terreno e da consequente execução do que foi planejado.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#138 Mensagem por EDSON » Sex Jul 09, 2010 12:16 pm

Ainda vou digitar os assuntos da Engenharia e da Infantaria. Operações especiais relativa ao comabate na Taiga e Tundra, Operações russas em curso de água, combate em floresta e Guerra contra Guerrilheiros.

Comentários sobre apoio, A segurança e Defesa da Área de Retarguada, Artilharia, Comunicações e Apoio Administrativo.

O que gostariam de ver primeiro?




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#139 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jul 09, 2010 12:33 pm

Operações russas em curso de água. :wink:




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#140 Mensagem por felipexion » Sex Jul 09, 2010 5:06 pm

Combate em florestas!




[centralizar]Mazel Tov![/centralizar]
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#141 Mensagem por Loki » Sex Jul 09, 2010 5:48 pm

curso d'água!

Abraço




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#142 Mensagem por Mateus Furlan » Sex Jul 09, 2010 6:09 pm

Primeiro, parabéns!!
Combate em florestas! (2)




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#143 Mensagem por Clermont » Sex Jul 09, 2010 8:18 pm

Guerra contra Guerrilheiros.

Este capítulo é ótimo e tem alguns estratagemas safados que os alemães usaram que o pessoal vai amar ler.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#144 Mensagem por EDSON » Sex Jul 09, 2010 8:57 pm

Vou esperar mais alguns usuários se manifestarem enquanto vou lendo e arrumando erros de digitação.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#145 Mensagem por Naval » Sáb Jul 10, 2010 1:03 am

Operações Russas em cursos de águas.

Abraços.




"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#146 Mensagem por Clermont » Dom Out 31, 2010 9:43 am

POR QUÊ OS ÁRABES SÃO DERROTADOS NO CAMPO DE BATALHA?

Academia de Sargentos-Mores do Exército dos Estados Unidos.


I. INTRODUÇÃO.

A. As razões para a perpétua ineficácia dos exércitos árabes estão enraizadas na cultura árabe. Fatores sociais que impedem o sucesso incluém: segredo e paranóia, orgulho, estrutura de classes, falta de coordenação em todos os escalões, e pouca iniciativa ou liberdade individual.

B. Os exércitos árabes tem sido, geralmente, ineficazes na era moderna. As forças regulares egípcias saíram-se, pobremente, contra irregulares iemenitas, nos anos 1960. Os sírios impuseram sua vontade no Líbano, durante meados dos anos 1970, pelo uso de números e armamentos avassaladores. Os iraquianos mostraram inépcia contra as forças armadas iranianas, despedaçadas pelo tumulto revolucionário nos anos 1980 e não puderam vencer uma guerra de trinta anos contra os curdos. O desempenho militar árabe, em ambos os lados, na Guerra do Kuwait de 1990, foi medíocre. E os árabes tem se saído, pobremente, em quase todas as confrontações militares com Israel. Por quê este registro sem brilho? Há muitos fatores - econômicos, ideológicos e técnicos - mas, talvez, o mais importante tenha a ver com a cultura e certos atributos societários que inibem os árabes de produzirem uma força militar eficaz.

C. Ao longo destas linhas, Kenneth Pollack conclui seu exaustivo estudo da eficácia militar árabe, notando que "certos padrões de comportamento forjados pela cultura árabe dominante, contribuem para a limitada eficácia militar das forças terrestres e aéreas árabes, de 1945 a 1991." Estes atributos incluem super-centralização, desencorajamento da iniciativa, falta de flexibilidade, manipulação de informações, e desencorajamento da liderança no escalão de oficiais subalternos.


II. O ADESTRAMENTO TENDE A SER SEM IMAGINAÇÃO, PICOTADO, ÁRIDO E SEM DESAFIOS.

A. PROBLEMAS EDUCACIONAIS.

1. Devido ao sistema educacional árabe estar fundamentado no hábito da memorização, os oficiais tem uma fenomenal capacidade de guardar vastos conhecimentos de cabeça. O sistema de aprendizagem tende a consistir de leituras em voz alta, com os estudantes tomando volumosas notas e sendo examinados sobre o que lhes é dito. (Isto, também, tem implicações interessantes para instrutores estrangeiros: por exemplo, a credibilidade destes é diminuída, se precisam recorrer a um livro.) A ênfase na memorização tem um preço, e este é uma menor capacidade para raciocinar ou engajar em análise, baseando-se em princípios gerais. Pensamento fora dos parâmetros não é encorajado; fazer isto em público pode prejudicar uma carreira. Os instrutores não são desafiados e nem, os estudantes.

2. Competição cara-a-cara entre indivíduos é, geralmente, evitada, pelo menos, abertamente, pois ela significaria que alguém ganharia e alguém perderia, com o perdedor sendo humilhado. Este tabu tem particular importância quando uma classe contém uma mistura de patentes. A educação é, em boa medida, procurada como questão de prestígio pessoal, portanto, os árabes nas escolas militares americanas fazem grandes sacrifícios para garantir que o membro mais elevado, de acordo com a posição militar ou classe social, atinja as notas mais altas. Com freqüência, isto leva a "cola" na classe - comumente, de maneira aberta, ou oficiais subalternos evitam notas mais altas do que as de seus superiores.

3. Instrutores militares americanos, lidando com estudantes do Oriente Médio, aprendem a garantir que, antes de dirigirem qualquer questão a um estudante, numa situação de sala de aula - particularmente, se ele é um oficial - que ele saiba qual é a resposta correta. Se isto não for assegurado, o oficial poderá considerar que foi escolhido para a humilhação pública. E mais, no ambiente, freqüentemente, paranóico da cultura política árabe, ele acreditará que esta escolha foi propositada. Este estudante tornar-se-á um inimigo do instrutor e seus colegas de classe ficarão apreensivos em também serem selecionados para a humilhação - e o aprendizado se tornará impossível.


B. OFICIAIS VS. SOLDADOS.

1. Oficiais subalternos árabes são bem-treinados nos aspectos técnicos de suas armas e em conhecimento tático, mas não em liderança, um assunto que recebe pouca atenção. Por exemplo, como o general Sa'd ash-Shazli, o chefe de estado-maior egípcio, observou em sua avaliação do exército que herdou, antes da guerra de 1973, eles não estavam treinados para tomar a iniciativa ou oferecer, voluntariamente, conceitos originais ou novas idéias. Na verdade, a liderança pode ser a maior fraqueza dos sistemas de treinamento árabes. Este problema resulta de dois principais fatores: um sistema de classe, altamente acentuado, bordejando um sistema de castas, e a falta de um programa de desenvolvimento para sargentos.

2. A maioria dos oficiais árabes trata os praças como subumanos. Certo dia, no Egito, quando a ventania carregava ardentes partículas de areia do deserto, durante uma demonstração para dignatários americanos visitantes, eu observei enquanto um contingente de soldados marchou para formar uma única fileira, para escudar os americanos: em outras palavras, naquela ocasião, os soldados egípcios estavam sendo utilizados como nada mais do que párabrisas. A idéia de tomar conta dos seus homens é encontrada, apenas, nas unidades mais elitizadas nas Forças Armadas egípcias. Num típico fim-de-semana, oficiais em unidades estacionadas fora do Cairo, entram em seus carros e dirigem de volta para suas casas, deixando os praças se virarem, por si mesmos, caminhando pelo deserto, até uma auto-estrada, e pedindo carona para ônibus ou caminhões, para chegarem até o sistema ferroviário do Cairo. As instalações de guarnições não tem nenhuma amenidade para soldados. A mesma situação, em vários graus, existe alhures nos países arabófonos - um pouco menos na Jordânia, ainda mais no Iraque e Síria.

3. Os jovens recrutas que constituém o grosso do Exército egípcio odeiam o serviço militar por boas razões e farão, quase qualquer coisa, incluindo, auto-mutilação, para evitá-lo. Na Síria, os ricos compram isenções ou, falhando isto, são designados para organizações não-combatentes. Como um jovem sírio contou-me, suas habilidades musicais vieram de sua designação para uma banda marcial do Exército sírio, onde aprendeu a tocar um instrumento. Em geral, as forças armadas do Crescente Fértil, impõem a disciplina pelo medo; em países onde um sistema tribal ainda tem força, tais como a Arábia Saudita, o igualitarismo inato da sociedade, reduz o medo como motivador primordial, assim, uma geral falta de disciplina permeia.

4. A brecha social e profissional entre oficiais e praças está presente em todos os exércitos, mas, nos Estados Unidos e outras forças ocidentais, o corpo de sargentos serve de ponte para ela. Na verdade, um corpo profissional de sargentos tem sido crítico para as Forças Armadas americanas funcionarem no seu máximo; como os principais instrutores, num exército profissional, os sargentos são críticos para os programas de treinamento e para o sentido de espírito de unidade dos praças. A maioria do mundo árabe, ou não tem um corpo de sargentos ou ele é não-funcional, severamente, prejudicando a eficácia das forças armadas. Com algumas exceções, os sargentos são considerados na mesma baixa categoria que os praças e, portanto, não servem como ponte entre praças e oficiais. Os oficiais instruem, mas a larga brecha social entre eles e os praças tende a tornar o processo de aprendizagem, superficial, formalizado, e ineficaz. Os aspectos práticos do treinamento estão, freqüentemente, ausentes, porque os oficiais recusam-se a botar a mão na sujeira e preferem ignorar tais aspectos de suas matérias ensinadas, acreditando que isto estaria abaixo de sua posição social. Um exemplo dramático disto, ocorreu durante a Guerra do Golfo, quando uma severa tempestade de areia destruiu as tendas dos oficiais iraquianos, prisioneiros de guerra. Durante três dias, eles permaneceram ao vento e à chuva, de preferência a serem vistos, trabalhando com as próprias mãos, pelos praças prisioneiros, num campo próximo.

5. O preço militar disto é muito alto. Sem a coesão fornecida pelos sargentos, as unidades tendem a se desintegrar, na tensão do combate. Isto é, primordialmente, um produto do fato de que os praças, simplesmente, não confiam em seus oficiais. Uma vez que os oficiais saem da área de treinamento, este começa a cair aos pedaços, já que os soldados começam a se dispersar. Um oficial egípcio, uma vez, explicou que a catastrófica derrota do Exército egípcio, em 1967, resultou de uma falta de coesão dentro das unidades. A situação, disse ele, melhorou, apenas, marginalmente, em 1973. Prisioneiros iraquianos, em 1991, mostravam notável medo e inimizade para com seus oficiais.


III. MUDANÇAS REFORÇARÃO OFICIAIS E PRAÇAS, INDIVIDUALMENTE?

A. Mudanças são improváveis de chegarem, até que ocorram na mais ampla cultura política árabe, embora a experiência de outras sociedades (incluindo, a nossa própria) sugira que os militares podem ter um efeito democratizante sobre a cultura política mais ampla, já que os oficiais trazem as lições de seu treinamento, primeiro para seu ambiente profissional, então, para a sociedade mais ampla. Mas, há uma grande diferença, entretanto, quando a cultura política ambiente não é, apenas, superficialmente democrática (como são muitos estados do Oriente Médio), mas, também, funcionalmente. Até que a política árabe começa a mudar, aos níveis fundamentais, os exércitos árabes, não importando a coragem e proficiência individuais dos oficiais e praças, dificilmente conseguirão a variedade de qualidades que as modernas forças de combate necessitam, para terem sucesso no campo de batalha. Pois tais qualidades dependem de inculcar respeito, confiança e franqueza entre os membros das forças armadas, em todos os escalões, e este é o tom da música da guerra moderna que os exércitos árabes não querem escutar, não importa o quanto emulem os passos correspondentes.


IV. CONCLUSÃO.

A. Quando tinham influência em certas forças armadas árabes, os soviéticos reforçaram os traços culturais de seus clientes, muito mais do que, em anos recentes, os americanos foram capazes de fazer. Como os árabes, a cultura militar soviética era impulsionada por temores políticos, bordejando a paranóia. As medidas tomadas para controlar as fontes (reais ou imaginárias) destes temores, tais como estrutura de comando, rigidamente centralizada, eram, prontamente, compreendidas pelas elites militares e políticas árabes. Os árabes, também, sentiam uma afinidade pelo desprezo dos oficiais soviéticos pelos soldados comuns e a desconfiança hierárquica do oficialato soviético de um corpo de sargentos, bem-recompensado, bem-apreciado e bem-desenvolvido.




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#147 Mensagem por EDSON » Sáb Dez 04, 2010 12:15 pm

OPERAÇÕES RUSSAS EM CURSO DE ÁGUA


I. Generalidades

Os russos eram perfeitos conhecedores dos princípios táticos relativos às operações de transposição de cursos de água. Em seus esforços para atingir a margem de um rio ocupada pelo inimigo e estabelecer um cabeça de ponte, selecionava normalmente um ponto bastante difícil de ser defendido ou onde a resistência devia ser pequena. Uma vez estabelecida a cabeça de ponte, defendiam na a qualquer custo.

Uma das características das operações russas de transição de cursos de água era cuidadosa preparação que, embora causando considerável retardo ao desencadeamento de sua execução, proporcionava exelente dissimulação. Mais de uma vez os defensores alemães foram apanhados de surpresa. Durante os dois primeiros anos de guerra, essas apurações frequentemente fracassavam por ainda disporem os alemães de insuficientes elementos e material pra realizar rápidos contrataques. Além disso alguns comandantes russos de pequenos escalões ressentiam de experiência para realizar o controle adequado das diferentes e pequenas unidades e destacamentos que se infiltravam através de um rio. Os esforços das outras armas e serviços, como por exemplo blindados, engenharia e força aérea tática, não eram suficientemente coordenados com a infantaria. Durante esta fase do combate, os líderes russos frequentemente deixaram de demonstrar a iniciativa necessária para benificarse das opurtunidades que criavam com grandes sacrifícios.

A primeira ação descrita neste capítulo verificou-se dois meses depois da invasão alemã da Rússia. Nessa opurtunidade, os russos procuravam retardar o avanço alemão por todos os meios de que dispunham e as travessias de rios consistiam apenas em reconecimentos de combate realizados mediante infiltração. Um estudo desta operação se justifica, particulamente porque os russos empregavam métodos inusitados, que, posteriormente, aperfeiçoaram ao ponto de atingirem uma alta perfeição na última ação realizada neste capítulo e que se verificou em fevereiro de 1945.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#148 Mensagem por EDSON » Sáb Dez 04, 2010 1:17 pm

II. Reconhecimento de Combate por Infiltração

Durante os últimos dez dias de agosto de 1941, a ofensiva alemã na frente sul, deteve-se após atingir o rio Dneper. Os russos, em posições na sua margem leste, ainda realizavam, na região próxima de Cherkassy, alguns contra ataques limitados.

Enquanto uma divisão de infantaria alemã se preparava para forçar a travessia do rio em Cherkassy, uma outra era empregada numa larga frente com missão principal de proteger o flanco norte da divisão encarregada do assalto. Ao norte da Cherkassy, uma parte desta última divisão, o 1º Batalhão (reforçado) do 196º RI, foi empregado em uma larga frente e em considerável profundidade, entre Dakhonovka e Svidovok. Sua missão era defender o corte do rio contra as tentarivas de transposição dos russos.

Face ao 1º Batalhão tinha um regimento de infantaria russo, reforçado. Suas defesa estavam fortificadas por entrecheiramentos reforçados com madeira de dotados de posições de metralhadoras e por trincheiras de construção primitiva, sem intercomunicações. As posições estavam fortemente guarnecidas e um batalhão completo era mantido em reserva em uma posição central, atrás da linha. Observadores avançados de artilharia e elementos de segurança haviam se estabelecido nas ilhas fluviais. Os russos, tinham uma missão tripla: defender o rio contra as tentativas de travessia dos alemães; observar quaisquer sinais que revelassem as intenções do inimigo; e manter contato com uma brigada de guerrilheiros que operava na floresta atrás das linhas alemãs a oeste do rio.

O regimento russo era composto de combatentes experimentados. A tropa estava bem descansada e se encontrava naquela área e fora de ação algum tempo. Os suprimentos de alimentos, armas e munições eram satisfatórios. O moral da unidade era bom, porquanto seus veteranos eram fatalistas e os recomplementos, cuja a maioria pertencia à Oraganização da Juventude Comunista, eram completamente fanáticos.

O batalhão alemão estava com 80% de seu valor combativo. Essa unidade, superiormente treinada e experimentada em combate, estava bem suprida em todos os aspectos. Embora um pouco fatigada pela constante vigília que mantinha ao longa da linha de frente, ocupada de forma tão diluída, e na área de retaguarda, o moral de seus homens era elevado.

Durante a noite de 21-22 de agosto, três homens, residentes em Svidovok e Dakhovka, atravessaram a nado o Dneper com o auxílo de flutuantes feitos de juncos e ramos e atingiram o PC regimental russo. Trazim as informações sobre o dispositivo das tropas alemãs, inclusive a provável localização dos PCs e armas automáticas.

Ao receber estas informações, o comandante do regimento russo decidiu enviar a patrulha de reconhecimento através do rio numa tentativa de obter maiores detalhes. Como medida inicial as forças de coberturadas três ilhas foram reforçadas. O comandante do regimento escolheu, então, de seu batalhão reserva, 40 homens que pareciam estar melhora capacitados para missão de colher informações atrás das linhas inimigas. Foram organizados dois destacamentos de reconhecimento com a seguinte composição: 1 oficial, 3 sargentos e 16 homens; cada homem estava armado co uma submetralhadora e três granadas de mão e vestia um uniforame de faxina de tecido leve e sapatos de palha; sua idade varia de 16 a 30 anos e todos eram excelentes nadadores.

Na margem leste do rio, oito botes de fundo chato estavam prontos para transportar as patrulhas para o outro lado do rio passando pelas ilhas. Cada bote estava tripulado por pescadores nativos que, alternadamente, o inpulsionavam e dirigiam com um remo pequeno, aproveirtando o máximo a corrente.

A 23 de agosto, as seguintes ordens regimentais foram distribuídas às patrulas de reconhecimento:

"A margem oeste do rio está fracamente ocupada por forças alemãs. De acordo com relatórios recebidos de Svidovok e Dakhnovka, os vários postos avançados inimigos estão afastados a uma distância de aproximadamente 300 metros. As reservas locais alemãs parecem ser limitadas. A provável localização das posições, segundo informações de civis, esta indicada no mapa anexo. O regimento necessita de informações exatas sobre a localização das posições e a composição das forças nos setores "a" e "b" é importante que se façam alguns prisioneiros a fim de serem interrogados. A operação será protegida pelas forças de cobertura das ilhas e sob a cuidadosa observação dos observadores avançados. Cumprida a missão, as patrulhas de reconhecimento deverão regressar às ilhas."

Após o recebimento destas ordens foi formulado o plano de ação. Às 03:00 horas de 24 de agosto, os destacamentos moveran se para suas posições de partida nas ilhas X e Z e aí ficaram até ao anoitecer. A fim de evitar sua descoberta prematura, os homens se esconderam cuidadosamente, assim marcada pra 22:00 horas. Toda a operação ficou sob o comando do Capitão Orlov, com os tenentes Novikov e Mirskiy nas lideranças das patrulhas X e Z, respectivamnete.

A ambientação final foi realizada durante o dia. Os informante civis se achavam presentes e expressaram completa confiança no sussesso desde que a margem oeste fosse atingida sem levantar suspeitas.

Já tarde, na noite de 24 de agosto, o PC avançado do regimento foi deslocado para margem do rio, imediatamente em frente a ilha Z. Um pelotão de comunicações assegurava comunicação com as ilhas mediante o emprego de sinalizadores óticos.

a . Patrulha Novikov

Ao cair da noite de 24 de agosto, os botes deslizaram mansamente para as águas do rio na extremidade norte das ilhas e prepararam a travessia até a margem inimiga. Os botes da ilha X partiram 21:45 horas, e se dirigiam para o setro "a" na margem oeste, a pequena distância um atrás do outro. As forquilhas dos remos foram revestidas de panos a fim de evitar qualquer ruído. Cinco minutos depois , o contorno escuro da margem se tornou visível e após os outros cinco minutos todos os quatro botes tocavam a margem que se erguia abruptamente da ordem de 4,5 a 6 metros e que se debruçava sobre o rio em alguns pontos. O tenente Nopvikok subiu à ribanceira, olhou em volta e, encontrando a área desocupada, colocou uma marca de madeira num ponto bem escondido.

A um sinal seu, os homens subiram o barranco da margem, um a um. Um grupo de segurança de cinco homens foi separado e recebeu ordem de permanecer próximo ao local de desembarque. O restante da patrula avançou cuidadosamente cerca de uma centena de metros, antes de mudar de direção para o sul.

Por volta das 23 horas, ouviu o ruído de vozes e passos que se aproximavam. a patrulha rapidamente se escondeu, deitando no solo. Pouco depois, quatro alemães passaram bem por perto. A um sinal de mão de Nonikovos russos se lamçaram sobre os alemães e procuraram desarmá los e capturá los , com mínimo de ruído possível. Um dos alemães, entretanto, conseguiu fazer vários disparos com sua submetralahadora enquanto o outro gritava: Russos, russos! Na luta corpo a corpo que se segui e que durou apenas um minuto, os quatro alemães foram mortos. No final, um dos integrantes da patrulha estava morto e quatro feridos, um tão seriamente que teve de ser abandonado.

O barulho do combate alertara os alemães. Pouco depois, ordens eram gritadas e ouviam se passos pesados aproximando de todas as direções. Os russos rapidamente regressaram ao rio; quando encontravam-se a cerca de 50 passos de sua margem, os alemães lançaram artifícis luminosos abrangendo toda a área a area à sua volta e logo abriram fogo sobre os russos com suas metralhadoras, obrigando a patrulha a se abrigar se lançando ao solo. Soldados alemães se aproximaram correndo da direção leste e a patrulha viu se forçada a dar um lanço desesperado até o rio. Um russo foi cortado por uma rajada de metralhadora, mas Novikov e o restante da patrulha chegaram ao rio em segurança, escorregaram ribanceira abaixo, lançaram os botes e se afastaram remando apressadamente. Artificíos iluminativos alemães, disparados sobre o rio, mostraram os botes e, pouco depois, verificou uma troca de tiros. Um dos botes foi atingido e seu remador morto, mas o restante da sua tripulação conseguiu se agarrar a outro bote e atingir desta forma, a ilha Y em segurança.

Não obstante a patrulha de reconhecimento não ter conseguido cumprir sua missão completamente, os russos por outro lado, puderam verificar a existência real de intervalos entre as posições alemães, bem como também a vigilância das patrulhas de contato volantes. A situação parecia justificar outros reconhecimentos.

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b. Patrulha Mirskiy

Depois que a patrulha Z atingiu o setor "b" da margem oeste, o Tenente Mirskiy marcou o local de desembarque com um pedaço de pano branco que escondeu sobre o penhasco. Avançou, em seguida, para reconhecer a vizinhança imediatada margem do rio e não encontrou alemães num raio de 50 metros. Deixando o grosso de sua força para trás, Mirsikiy escolheu 5 homens e avançou cautelosamente para o sul a procura das posições inimigas. Após percorrer cerca de 150 passos, sentiu o cheiro de fumaça de cigarro. Cautelosamente, avançou rastejando, enquanto os demais fazima sua cobertura. Poucos minutos depois , atingiu uma rede arame baixa que parecia ter vários metros de profundidade. Alguns metros adiante ouviu um som fraco de conversação e um ruído de metal contra metal.

Cudadosamente, Mirskiy regressou para junto de seus cinco homens e em seguida reuniu ao restante do grupo . Após desiguinar cinco homens para fazer a segurança na direção sul, conduziu o grosso de sua patrulha para o norte, paralelamente ao rio a uma distãncia de 150 metros de sua margem.

Os russos, deslocando-se com muito cuidado e habilidade através dos densos arbustos, haviam progredido uma pequena istância quando subitamente uma metralhador alemã abriu fogo das vizionhanças do local de desembarque, que agora se encontrava para trás e à direita da patrulha. Simultaneamente ouviu ruídos quando os artificíos alemães luminaram toda a área. A fim de evitar ter seu retraimento cortado, Mirskiy rapidamente regressou ao local de desembarque. Granadas de mão explodiram a sua volata e uma metrlhador alemã abriu fogo a curta distãncia. os russos dispersaram rapidamente e tentaram atingir o rio. O fogo intermitente que se ouvia ao sul indicava que o grupo de segurança ainda se encontrava em contato com a patrulha volante alemã.

Onze menbros da patrulha russa consguiram atingir o rio e reuniu num ponto ao norte do local de desembarque, onde pacientemente esperavam pelos demais . Enquanto isto os alemães revistaram cuidadosamente a área. Passou uma hora. Os outros nove, inclusive o tenente Mirskiy e o Sargento Petrov rapidamente regressou ao local de desembarque, ainda não havaim regressado; em vista disso, o Sargento Rudin deu ordens a ois homens para faze dois botes rio acima, o que fizeram sobre a margem alta e saliente do rio. os remacentes da patrulha embarcaram nos botes e atingiram a ilha Z sem maiores incidentes; daí regressaram para margem leste na mesma noite.

Os resultado obtidos por esta patrulha, como as da outra não foram conclusivos. Embora descobrissem intervalos nas linhas alemãs, verificaram também que os mesmo eram cuidadosamente vigiados por numerosoas patrulhas de contato. Algumas posições inimigas não foram encontrados nos locais indicados pelos informante civis; os alemães provavelmente haviam realinha suas forças no período de tempo que decorreu entre a informação e a realização de reconhecimento, de preferência de maior duração. Em vistas das possibilidades de dssimulaçãoproporcionadas pela emaranhada vegetação da margem oeste, parecia mais recomendável que o futuro reconhecimento fose realizado durante o dia, apo´s as forças necessárias terem atravessado o rio e encontrado esconderijos na noite precedente.

c. Exploradores vencem onde as patrulas fracassam

O comandante russo imediatament decidiu enviar novos elementos para reconhecer as posições alemãs. Dessa vez, deviam também procurar estabelecer contato com a brigada de guerrilheiros, na floresta. Os três informantes civis receberam instruções para regressar a Svidovok Dakhnovka e estabelecer um sistema de comuniações entre a brigada de guerrilheiros e o PC regimnetal na margem leste. Mediante sinais de fumaça simples feitos das chaminés da localidade, os agentes deveriam transmitir informações referentes à chegada de reforços, movimento de tropas e localidade de PC alemães. Além disso, mensagens escritas e detalhadas deveriam ser periodicamente enviadas por correios despachados da margem leste.

Para essa missão foram selecionados dez soldados do regimento de infantaria, de inteligência acima da média e familiariazados com a região. Receberam flutuantes rústicos e foram numerados. Os exploradores de 1 a 5 foram desiguinados para o setor "a" e os demais para o setor "b".

Todos receberam ordem de atravessar o rio a nado, durante a noite, e de se esconder no interior da vegetação e sob os penhascos ao longo da margem oeste do rio. Durante o dia, deviam avançar rastejando, escondidos pelos arbustos e pela vegetação pantanosa, e observar cuidadosamene as vizinhanças imediatas e mais além, tendo em vista determinar o dispositivo, a localização das armas e os locais dos PCs alemães; deviam ainda estabelecer ainda contato com os civis de confiança em Dakhnovka e Svidovok e, se possível, com os prórpios guerrilheiros; e finalmente, não deveria engajarar em combate com o inimimgo, a não ser em último recurso.

Na negra escuridão de 25 de agosto e sob uma fina chuva, os exploradores partiram da ilha X. Cada home vestia calça e camisa e levava uma faca pendurada no pescoço. Amarrdo no flutuante, levavam uma jaqueta e calças de zuarte (de tipo local) sapatos de palha, uma pistola de 25 tiros, um pedaço de mapa e umlápis, tudo embrulhado num envólucro a prova de água.

O explorador 1 atingiu a margem oeste se ser percebido. Mudou sua roupa num local bem escondido e subiu rastejando a barranca do rio a fim de observar a situação. Não havia tropas inimigas a vista. Escondeu sob a densa vegetação a pequena distâncai do rio e aí permaneceuimóvel, observando a passagem próxima de três patrulhas alemãs sucessivas.

Ao alvorecer, notou uma turma de rancho que se aproximava, vindo de um aposição de 150 metros par o sul onde se achavam várias metralhadoras. Depois dos alemães regressarem, os explorador seguiu suas pegadas e, logo depois, descobriu um PC e, em suas proximeidades uma posição de morteiros pesados. Progrediu várias centenas de metros mas, por volta do meio dia, decidiu dirigir paro norte, se deslocando a menor distância do rio. Ao parar para observar um ninho de metralhadoras, teve seu primeiro momento de perigo. Imaginando terem visto movimentos suspeitos nos arbustos, os alemães revistaram a área. O explorador, entretanto, consguiu escapar mudando de direção e deslocando apressadamente para o oeste. Na excitação perdeu a pistola que, juntamente com outros indicíos os alemães deveria encontrar no dia seguinte.

Após escurecer, encontrou um esconderijo num ponto a nordeste de Svidovok e ali permaneceu durante a noite. Na manhã seguinte 27 de agosto., observou alguns homens e mulheres escoltados por um soldado alemão, que transportavam baldes de água e feixes de palha e de madeira da localidade para as posições de metralhadoras pesadas situadas nas proximidades. Pouco tempo depois o explorador viu os regressar sozinho e resolveu juntar se a eles para, destarte, poder entrar na localidade sem ser reconhecido e molestado. Após comer, estabeleceu contato com um habitante da localidade que era considerado pelos alemães como anti comunista e os dois conbinaram os meios de combinação. Permanecendo na localidade até 1º de setembro, o explorador aproveitou todas as opurtunidades para conseguir informações. Dizendo odiar Stalin e estar alutar ao lado dos alemães, chegou até mesmo ser adimitido numa cozinha de campanha alemã na qual trabalhou em paga de suas refeições.

Por intermédio das mulheres dos guerrilheiros que residiam nas localidade, procurou fazer contato com uma brigada que se achava na floresta próxima. Acompanhando algumas dessas mulheres quando as mesmas saíam em busca de lenha, encontrou pela primeira vez com alguns dos guerrilheiros, com os quais trocou informações relativas às forças e posições inimigas e combinou meios de transmissão de mensagens. Terminados os entendimentos, o explorador recebeu um relatório que deveria entregar no PC, após o regresso.

A 2 de setembro, o explorador iniciou sua jornada de volta. Uma vez mais reuniu se a um grupo de mulheres que transportavam madeira e água para as posições alemãs. Perto do escurecer, aproveitando um pesado envoeiro, deslocou até o rio e atingiu a outra margem em segurança.

O explorador 10 atingiu a margem oeste do mesmo modo que o explorador 1. Na manhã seguinte 26 de agosto, inicou seu deslocamento aproveitando de uma vala que se afastava do rio na direção noroeste. Ao chegar próximo de duas posições de metralhadoras pesadas e de alguns soldados que apanhavam água na vala, escondeu-se e ficou observando. De seu esconderijo , pôde ver gritos e tiros partindo de algum lugar mais ao norte. Um cão que latia nas proximeidades apareceu subtamente no parapeito da posição e, pouco depois, ouviu o ruído de alemães que se aproximavam de todos os lados. Sem hesitação mergulhou na vala, num lugar que cobria até sua cabeça. Enquanto os alemães faziam uma cuidadosa busca nas redondezas, conservou se submerso, respirando por um canudo de junco que apanhara junto a vala. Após aproximadamente meia hora, o explorador levantou a cabeça o bastante para explorar em torno.

Assegurando de que o perigo imediato de capturá-lo já passara, pôs-se novamente em movimento nadando ou andando na água conforme a profundidade permitia. Em pouco tempo, abandonou a vala e rastejou pelo pântano e através da vegetaçãp para oeste até atingir um encosta íngrime que dominava uma lagoa. Uma vez mais ouviu o latido de um cachorro e, sem um momento de hesitação, lançou-se à lagoa, onde onde permaneceu por mais de uma hora parcial ou totalmente submerso, por vezes.

Quando achou que havia segurança para prosseguir, subiu a encosta e abrigou-se no meio da vegetação. Numerosas patrualha de reconhecimento e turmas de ranchos alemãs passaram por perto do lugar em que encontrava-se. Próximo do escurecer, acompanhou a alguma distância atrás uma das turmas de ranchos alemãs passaram perto do lugar em que se encontrava. Próximo do escurecer, acompanhou a alguma distância atrás uma das turmas de rancho que se dirigia para o sul. Ao atingir a orla da floresta, subiu á uma árvore e ficou ali até o amanhecer. Ao clarear, pôde ver, de seu esconderijo na árvore, algumas posições de metralhadoras e de morteiros alemães. Em seguida, desceu da árvore e dirigiu-se para o sul. Ao atingir a orla da floresta , subiu em uma árvore e ali ficou escondido até o amanhecer. Ao clarear, pôde ver, de seu esconderijo na árvore, algumas posições de metralhadoras e de morteiros alemães. Em seguida, desceu da árvore e dirigiu-se para o sul, , conservando-se junto aos bosques, e em pouco tempo se encontrava na floresta. Após identificar-se, o explorador combinou com as mulheres de o apanharem no caminho de volta à vila, na manhã seguinte.

Ao atingir Dakhnovka em companhia das mulheres, na manhã seguinte, foi levado para um celeiro que deveria servi-lhe de esconderijo. Mais tarde, nesse dia, encontrou-se com um agente que o preveniu sobre as severas medidas de segurança dos alemães e que lhe trouxe algumas roupas femininas para uma emergência. O agente disse-lhe, também, que não havia possibilidade de atravessar a vala e atingir o rio diretamente da vila, porquanto a área estava muito vigiada e não era permitido trânsito de civis na mesma. Como o explorador permaneceu na vila até 3 de setembro, teve ampla oportunidade de obter informações sobre a guarnição alemã, inclusive a localização do PC da companhia e nas posições de uma seção de obuseiros.

Na noite de 3 de setembro, em companhia das mulheres, o explorador foi ao encontro dos guerrilheiros na floresta, sendo recebido pelo oficial de suprimento da brigada, com a qual discutiu meios de transmissão de mensagens. Os dois homens concordaram que a via de acesso mais apropriada para um correio, entre a floresta e o rio, era a que fora seguida e marcada pelo explorador.

No dia seguinte, utilizando o mesmo caminho da vinda, o explorador regressou. Ao anoitecer de 5 de setembro, atingiu a margem oeste e daí nadou até a margem leste, passando pela ilha Z.

As informações obtidas pelos dez exploradores foram comparadas e avaliadas. Em consequência desse trabalho , a artilharia russa conseguiu bater com precisão e de forma eficaz alvos vitais alemães.

d. Infiltração de correios russos durante ações diversionárias de patrulhas de combate.

A finalidade principal da operação era o estabelecimento de um serviço regulara de correios entre as forças russas na margem leste do Dneper e a brigada de guerrilheiros na floresta, na margem oeste. A fim de facilitar os deslocamento dos correios, patrulhas de combate deveriam ser empregadas em ações de finta simultâneas contra SvidovoK e Dakhonovka, num esforço para fixar as forças alemãs e distrair sua atenção.

A operação foi planejada e dirigida pelo comandante do regimento russo e apoiada pelo fogo concentrado da artilharia em posição na margem leste do rio. Para realizar as fintas, foram organizados dois destacamentos, constituídos por 50 marinheiros da flotilha do Dneper, e que atuariam como patrulha de combate. Cada uma delas recebeu dois correios. As tropas seram transportadas através do rio em três grandes botes a remo e em várias embarcações fluviais menores. Os marinheiros estavam armados com metralhadoras leves, fuzis automáticos, submetralahdoras e pistolas. Cada correio vestia jaqueta e calça de zuarte de tipo local e sapatos de palha e conduzia uma pistola, 50 tiros, um trecho de mapa à prova d'água e uma caixa com um pombo corrieo; além disso, cada um deles recebeu uma cópia da seguinte ordem, a ser transmitida a bigrada de guerrilheiros:

"Supremo Quartel General de Guerrilheiros, Ucrânia, 6 de setembro de 1941.

1. Para cumprimento imediato e de acordo com ordens do QG do Exército, o Coronel N.N. é exonerado do comando da.. Brigada de Guerrilheiros e transferido para o Supremo QG de Guerrilheiros, na Ucrânia. O major M.M. assume o comando da brigada.

2. Aparelhos de rádio não serão distribuídos ainda durante várias semanas.

3. A partir desta data e até 13 de setembro, pombos corrieo serão lançados de avião nos locais e horas desiguinados, mediante a transmissão de sinais luminosos predeterminados.
Por ordem do Comando Supremo de Guerrilheiros, Ucrânia,
a) General X.X."



Durante a noite de 6-7 de setembro, as vias de Svidovok e Dakhnovka, asim como pontos intermediários, foram varridos por forte barragem de artilharia. Os desembarques foram realizados entre 00:30h e 01:00 hora.

No dia seguinte, quando os alemães perceberam que a população civilestava abandonado a vila e se dirigindo para os campos abertos, ficaram com suspeitas e tomaram precauções que diminuíam consideravelmente suas perdas subsequentes.

Após atingir a margem oeste, no setor de Svidovok, o destacamento de assalto "a" progrediu cerca de 400 metros. As reservas alemãs, concentradas nesta área, enfretaram os atacantes e so repeliram após um furioso combate corpo a corpo que durou aproximadamente uma hora. Nesse ínterim, os correios haviam posto a caminho através das linha alemãs e, embora um fosse descoberto cerca de 3 horas mais tarde e imediatamente morto, o segundo, contornonado a vila por nordeste, conseguiu atingir o acampamento de guerrilheiros, na floresta ao, anoitecer.

No setor de Dakhnovka, os alemães achavam-se emboscados esperando pelo destacamento "b"; em vista disso, o assalto foi frustrado logo no incío. Ambos os corrieos, entretanto conseguiram desembarcar. Um deles, quando tentava passar através das linha alemãs, próximo da vila, foi surpreendido por uma patrula alemã e imediatamente morto a tiros. O segundo correio, seguindo a via de acesso previamentedeterminada ao longo da vala, atingiu os guerrilheiros sem qualquer incidente.

No curso dessa ação combinada, comportanto patrulhas de combate e corrios, oram mortos ou feridos 38 russos enquanto as forças alemãs perderam 7 mortos e 8 feridos.

Os russos, de um modo geral, demonstraram grande habilidade na travessia de importante barreiras áquaticas utilizando os meios mais primitivos e, frequentemente, natação. Os alemães, em vista disso, tinham de encaram com a máxima de suspeita qualquer moita de juncos ou de vegetação áquaticaque fosse vista flutuando num rio, a despeito de seu aspecto natural e inofensivo.

Era hábito russo atacar simultaneamente em vários pontos, não obstante o custo da operação, para somete assegurar o êxito da mais ínfima missão. Nas situações que uma linha contínua não podia ser mantida pelos defensores alemães, eram permissíveis intervalos, mas somente nos locais em que dispunham de clara visão e bons campos de tiro. A utilização de arames de alerta e numerosas patrulhas de contato era muit importante.

Como os russos se deslocavam com relativa facilldade através dos rios, pântanos e florestas, sem caminhos e sua observação pelos alemães era por vezes deficiente, a utilização de cães mostrou-se, com frequência, muito eficaz.

Em regra, as tropas russas colaboravam intimamente com a população civil das áres ocupadas pelos alemães e tiravam vantagem de todos osmeios de dissimulação. Isto obrigava os alemães auma observação intensa dos civis e à realização frequente de buscas minuciosas, de casa em casa. Pela mesmara razão, a confraternização com os russos, civis ou miltares, ou a confiança nos mesmos mostratram, com frequência, seram imprudentes e perigosas para os alemães. A constante mudança de posto de comando de áreas de acantonamento reduziu drasticamento o perigo das tropas alemãs confraternizarem demasi com população civil.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#149 Mensagem por EDSON » Seg Dez 06, 2010 6:29 pm

III. Uma Ponte Subaquática Ímpar (agosto de 1943)

Esta ação ilustra a persistência que os russos realizaram uma travessia de rio sob circunstâncias desfavoráveis. Nenhum sacrifício de vida humanas e de material parecia grande demais para atingir um objetivo designado por um comandante implacável.

A última grande ofensiva alemã Rússia, Operação Zitadelle, foi desencadeada a 5 de julho de 1943e Kursk era o objetivo. Após seu fracasso, as divisões alemãs, seria mente danificadas, retraíam-se para usa linha de partida a oeste do curso superior do Donets, abaixo de Belgorod, onde voltaram a ocupar suas posições bem construídas e aguardaram uma contra ofensiva russa, que não tardou muito a vir. A 320º DI alemã, que ocupava o saliente fronteiro a vila C, estava com 45% de seu efetivo.

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A artilharia e as armas pesadas alemãs, em posição nas colinas sudoeste da vila B , estavam apontadas para o local de uma antiga ponte e prontas para combate noturno. A colina 675, que proporcionava excelente visibilidade, fora transformada num bastião impenetrável. Abrigos coletivos e individuais à prova de granadas de artilharia e túneis de comunicação protegiam as guarnições dos canhões contra o mais poderoso fogo de contrabateria . A saída dos túneis, voltadas para o rio, estavam perfeitamente camufladas. Metralhadoras foram colocadas nestas saídas em condições de abrir fogo, caso o inimigo tentasse uma travessia noturna.. Seus campos de tiro cobriam áreas de concentração russas, assim como vias de acesso em ambas as margens do rio. Os elementos de tiros de todas as armas sido cuidadosamente calculados e verificados. Pequenos projetores haviam sido colocados no alto da colina de modo a iluminar a área imediatamente à frente dos postos avançados, mas seu alcance não ia além das armas de infantaria.Os russo desconheciam esses preparativos meticulosos, portanto, até então, os alemães ainda não os haviam utilizados.

Após cerrar sobre o Donets, patrulhas de infantaria russas, 1º de agosto, atravessaram o rio 1,5 Km acima do local da ponte rodoviária destruída e infiltraram-se nas posições alemãs, nesse setor, sob a proteção de uma forte barragem. No dia imediato, as patrulhas foram seguidas por algumas companhias que conseguiram tomar pé na margem oposta mas que, face a feroz resistência dos alemães, sofreram perdas arrasadoras. Seus remanescentes foram obrigados a retrair-se para um ponto próximo da margem do rio. Nesse pântano, os russos estabeleceram uma cabeça de ponte que defenderam tenazmente e reforçaram nas duas noites seguintes.

Pouco depois do escurecer de 2 de agosto, observadores alemães, , na elevação que dominava a vila B, ouviram ruídos partidos do capinzal existente ao longo da margem leste do rio e de que não deixavam duvida de que os russos pretendiam construir uma ponte considerável sobre o rio. A noite estava límpida e quieta e podia-se facilmente reconhecer o ruído de serra e de martelo. Evidentemente a construção da ponte já estava bem adiantada. A artilharia russa bombardeou as posições alemãs na margem oeste numa tentativa de mascarar os barulhos dos trabalhos de construção.

O comandante da divisão alemã decidiu não interferir imediatamente, mas aguardar um momento mais oportuno para desencadear um golpe decisivo. Várias baterias deveriam concentrar seu fogo sobre o local da ponte e destruir a construção quando a mesma tivesse progredido suficiente. No momento designado, pouco antes da meia noite, todas as peças atiraram simultaneamente sobre o local da ponte e, em seguida, pararam tão abruptamente como haviam começado. À luz da madeira em chamas na margem leste, próximo ao local da ponte, os observadores viam a silhueta de uma mistura de vigas e pilares. A ponte parcialmente completa nada mais era do que uma grande confusão no meio da qual homens feridos gritavam por socorro. Vultos de figuras apressadas, presumivelmente padioleiros, moviam-se em várias direções.

Nem bem meia hora havia decorrido, quando os observadores alemães notaram que atividade integral de construção era retomada no mesmo local. O intenso ruído de marteladas e de serras levaram o comandante da artilharia alemã a desencadear uma outra concentração pouco depois da meia noite. O resultado foi, mais uma vez, devastador, mas desta vez, ao arrebatamento dos projéteis segui-se o silêncio, interrompido apenas pelas explosões de alguns depósitos de munições que se haviam incendiado ao serem atingidos por impactos diretos. Em pouco os fogos apagaram se e, após algum tempo, os russos retomaram novamente ao trabalho como se nada tivesse acontecido. Evidentemente, a ponte tinha de estar terminada ao alvorecer.

a fim de evitar que isso acontecesse, sem consumir muita munição, o comandante da divisão deu ordem par que uma bateria de obuseiros de 210mm fizesse tiros intermitentes de inquietação sobre o local da ponte. A observação do clarão permitida ver que os projéteis caíam sobre o alvo ou então muito próximo dele. Durante uma hora, pôde-se observar o efeito de cada tiro pela reação dos russos. Sempre que um projétil causava grandes danos, ocorria uma grande interrupção de trabalho; se o impacto havia sido próximo, as marteladas eram reiniciadas imediatamente. O comandante alemão, à vista disso, concluiu que os russos poderiam terminara a ponte até ao alvorecer, não obstante os tiros de inquietação. Em consquência decidiu empregar algumas metralhadoras escondidas para varrer o local da construção com rajadas de fogo a pequenos intervalos. A julgar pelos gritos dos que eram atingidos e pela imediata suspensão dos trabalhos, a rapidez e precisão dos tiros tiveram um efeito devastador. Não obstante suas evidentes e elevadas perdas, os russos tentaram prosseguir na construção, mas tiveram de diminuir seu ritmo e finalmente para por completo.

A instervalos periódicos, os obuseiros alemães retomaram seus tiros de inquietação com o objetivo de desencorajar os russos de retomar seu trabalho e de completar a destruição. Somente ao romper do dia foi possível obter um vista real dos resultados alcançados durante a noite. Uma visão terrível se apresentou aos observadores. Pontões despedaçados apontavam para o céu e no meio deles viam-se grotescamente pendurados os corpos mutilados dos valentes soldados que haviam desfiado a morte num esforço para cumprir sua missão.Muitos outros corpos destroçados podiam ser vistos espalhados num largo semicírculo em trono do qual da ponte ou jaziam parcialmente submersos nos buracos de lama formados pelas crateras das granadas. Toda a área achava-se coberta de destroços de veículos, cavalos mortos e todos os tipos de equipamento.

Os russo pareciam te desaparecido da cena de seu fracasso. Após esse fiasco, o comandante da divisão alemã acreditou que, pelo menos por algum tempo, a ameaça da travessia do rio fora eliminada. Reforçando esta idéia havia o fato de term os russos, durante o dia, conseguido algumas vantagens no setor vizinho, ao norte, que sem dúvida procurariam explorar. na hipótese dos engenheiros russos conseguido completar a ponte, o comando inimigo certamente teria tido a oportunidade de desencadear um ataque através do vale, na direção da estrada Belgorod-Kharkov, e que teria ocasionado o total colapso de toda a frente alemã ao longo do Donets.

A 3 de agosto, tudo estava quieto no setor da 320 DI. Tão logo caiu a noite, os russos tomaram seus preparativos no mesmo local . Embora os alemães não esperassem esta retomada de atividade naquele mesmo local. seu sistema de defesa achava-se intacto e era sua intenção fazer bom emprego da experiência obtida na noite anterior. Assim, quase imediatamente começaram a lançar granadas e disparar rajadas de metralhadora sobre o mesmo alvo e como já haviam feito anteriormente. As metralhadoras foram , sem dúvida, as armas antipessoal mais eficazes, enquanto fogo de artilharia visava mais as viaturas e o equipamento. Os russos, não obstante suas elevadas perdas, recusavam-se a desistir e tenazmente persistiam em suas tentativas para cruzar o rio. Pouco antes da meia noite, aparentemente desistiram da construção da ponte e pararam o trabalho. O ruído de veículos sobre lagarta vinda margem leste dava a impressão de que haviam trazido tratores para fazer a remoção dos veículo danificados, dos estoques de suprimento e do equipamento de ponte.

Nesse particular os alemães chegaram a conclusões totalmente erradas. para sua grande surpresa, o ruído daquelas viaturas não diminuiu com a aproximação do alvorecer; pelo contrário, tornaram-se mais fortes e mais próximos. Quando os alemães acenderam seus projetores , verificaram que o que pensavam em ser tratores eram, realmente, carros de combate que, de alguma forma, haviam atravessado o Donets sob a proteção da escuridão. Enquanto o dia nascia, os carros do 1º escalão atingiram a vila B, que atravessaram disparando seus canhões contra as linhas fortificadas alemães localizadas a oeste da vila. Esse era o sinal pré estabelecido para um ataque geral, imediatamente a artilharia russa abria fogo sobre a vila B, de suas posições na margem leste. Granadas choveram sobre a colina 675 e sobre as demais colinas situadas de ambos os lados do córrego A; destinavam-se, evidentemente, a neutralizar as posições dominantes do sistema defensivo alemão. a força russa de cabeça de ponte do pântano também entrou em atividade.

Os alemães imediatamente retrucaram com fogos de artilharia sobre as forças russas que se encontravam no vale e a leste da vila A. essa barragem, somando-se aos numerosos obstáculos e campos de minas anteriormente estabelecidos, deteve o avanço russo até que claridade veio permitir um tiro mais preciso.À luz da manhã , os alemães ficaram finalmente em condições de avaliar a situação com mais precisão. Os carros russos haviam rompido a barreira da estrada a leste da vila A e, seguidos de perto pela infantaria escalonada em profundidade, avançaram até o centro da vila. Outros carros haviam aproveitado a brecha e, dirigindo-se par o sul e paro norte, começaram a reduzir as fortificações da vila A, atacando os pontos fortes alemães uns ap´so os outros. Elementos da força de cabeça de ponte apoiaram os carros nesta operação e, em pouco tempo, atingiram as orlas noroeste da vila. O furioso fogo de metralhadora e anti carro desencadeado contra eles das colinas dominantes conseguiu, entretanto, deter o avanço.

Lutando tenazmente, a guarnição alemã retraiu-se, gradualmente, para oeste. Pra continuar o avanço, as forças russas que se achavam na vila A necessitavam de auxílio, o qual não chegou, por term os elementos de apoio sido interceptados e aferrados pelo fogo de artilharia antes que pudessem atingir a vila. Durante a manhã,
alguns carros e patrulhas de combate avançaram para oeste, mas não conseguiram ir além das últimas casas da vila que se estendia por 1,5 km. Embora hostilizado por fogos de artilharia de de metralhadora,. o grosso da força de infantaria russo, cerca de dois ou três batalhões, tentou proteger seus flancos norte e sul.

Perto do meio dia, o ataque achava-se detido em toda a linha; as forças russas achavam-se contidas num estreito e longo bolsão de onde não podiam avançar ou retrair-se sem sofrer pesadas baixas.

Sua situação era um tanto mais desesperada, porquanto todas as tentativas de reforço eram contidas por uma cortina de fogo estabelecidas pelos alemães nas colinas que dominavam a estrada que o Donets levava à vila A.

Somente a noite puderam os russos deslocar tropas suficientes para retomar o seu ataque, o que constitua uma grave ameaça para os defensores que haviam sido obrigados a empregar todos os seus homens e armas disponíveis para conter o avanço russo. Evidentemente, as forças russas que se encontravam a oeste do Donets tinham de ser eliminadas antes de terminar o dia.

O comandante alemão retirou um companhia de engenharia, nove canhões de assalto e alguns canhões AC e AAer do setor ao norte da vila A reuniu esta força a cerca de 6,5 Km a oeste da localidade. Pouco depois das 13:00 horas, essa força desencadeava um contrataque frontal, apoiado por caça bombardeiros, de ambos os lados da estrada.

Os engenheiros estavam particularmente ansiosos para atingir o Donets e descobrir como os russos haviam conseguido atravessar o rio com um grande número de carros médios sem o auxílio de uma ponte. Esta era grande pergunta que todos se faziam. O fato deixava confuso os comandantes de divisão e de corpo, familiarizados com aquele trecho do Donets, e que estavam convencidos de que o rio era fundo demais para ser vadeado por caros.Durante a operação Zitadelle, os alemães haviam construído uma ponte de 70 toneladas, próximo de Belgorod, antes que seus carros e canhões de assalto pudessem atravessar o rio.

Ao alvorecer do dia 4, observadores da colina 675 haviam visto marcas de lagartas desaparecerem na água, na margem leste, para repararem na margem oeste. Em vista disso, os alemães inicialmente concluíram que havia subitamente surgido naquela frente alguns carros anfíbios . Entretanto, como so carros russos que participaram do combate em torno da vila A eram do tipo normal T34, essa possibilidade foi anulada.


Como então os russos haviam atravessado o Donets com esses carros sem uma ponte, num local que a profundidade do rio, recentemente medida, atingia cerca de 3 metros? Embora o T34, indiscutivelmente, fossem superiores a qualquer carro europeu em mobilidade através do campo e tivessem, por várias vezes, realizado proezas surpreendentes, os peritos alemães concordaram que nenhum carro poderia ter atravessado o Donets com seus próprios meios.

O enigma só foi resolvido quando, após muitas horas de luta, as forças alemães voltaram atingir a margem do rio. Os russos, antes disso, ofereceram tenaz resistência. Sua infantaria, apoiada por carros, disputou cada palmo de terreno e cada casa da vila A teve de ser reformada em custoso combate corpo a corpo.

Os canhões de assalto lideraram o contrataque alemão e engajaram-se em furiosos duelos com os T34. Ainda com superioridade numérica, os carros mantiveram tenazmente o terreno, deixando os canhões de assalto aproximarem a curta distância. Durante a ação, alguns carros de assalto sofreram impactos diretos, mas continuaram disparando enquanto seus canhões se achavam intactos.

Aviões alemães bombardearam as forças russas que também eram atingidas pelo fogo de artilharia em posições nas colinas circunvizinhas. A infantaria começou a ceder, mas os T34 continuavam oferecendo forte resistência. Sua teimosia em ceder conseguiu retardar o contra ataque alemão; entretanto, no fim da tarde, o último carro russo caía vitima dos canhões de assalto restantes e , assim, finalmente, a resistência terminou.

A escuridão descia quando os alemães atingiram sua antigas posições ao longo da orla da vila A. Seções de canhões de assalto e patrulhas de engenharia, em perseguição ao inimigo batido, atingiram o ponto do rio em que os carros russos haviam atravessado naquela manhã.Mesmo a curta distância nenhum sinal de ponte podia ser notado. Somente quando se realizaram sondagens no rio, foi que o enigma se esclareceu.

A cerca de 50cm abaixo de superfície da água, os engenheiros descobriram uma ponte. Em várias oportunidades, durante a campanha, os russos haviam construído pontes subaquáticas, num esforço para dissimular a travessia de rios à observação aérea alemã e para protegeras pontes de uma destruição prematura. Em vista disso, uma ponte desta natureza não causou tanta surpresa pelo fato de ser construída a despeito do fogo devastador num espaço de tempo incrivelmente pequeno. Uma inspeção mais detalhada detalhada da ponte subaquática desvendou melhor o mistério. Os alemães descobriram uma ponte construída de carros ponte, equipamento regulamentar russo que consistia de uma superestrutura plana e ajustável e assim vencer valas anti carro e pequenas barreira aquáticas com relativa facilidade. No caso em questão, os russos colocaram duas filas de carros ponte dentro do rio, gradativamente, até atingir a margem oeste. Pranchas foram colocadas transversalmente, sobre as plataformas de modo a unir as duas filas de carros, e, em seguida fortemente amarradas com grossas cordas. Os russos aparentemente não deram muita importância ao fato de alguns carros terem virado e mergulhado na água durante a operação. O importante era que o grosso da força de carros conseguisse atingir o outro lado.

Essa improvisação unica, que atingiu seu objetivo imediato, não obstante suas evidentes deficiências, teria sido mais eficaz se o ataque russo tivesse sido bem sucedido; nesse caso, os russos poderiam ter recuperado os carros ponte submersos. Entretanto, como resultado foi outro, os engenheiros alemães, na noite seguinte, fizeram explodir os carros mergulhados condenados a sua sepultura aquática.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#150 Mensagem por EDSON » Ter Dez 07, 2010 11:57 am

IV A Cabeça de ponte do Pântano (junho de 1944)


Durante os anos seguintes, os russos aperfeiçoaram seu métodos de travessia de cursos de água. Nesta ação, que se verificou no verão de 1944, os russos demonstraram sua habilidade em realizar travessia de rios despercidamente. Começando com a infiltração individual de soldados formavam gradualmente uma cabeça de ponte quase que serem percebidos pelos alemães. Com essa finalidade, escolhiam o ponto mais desfavorável para tal operação, levando em vista disso, os alemães a ignorar sua presença na margem por eles ocupada. Persistindo em seus preparativos por várias semanas, os russos criavam as bases para o aumento de sua cabeça de ponte. Quando os alemães, finalmente, se davam conta do perigo, já era muito tarde para uma reação eficaz. Deparando-se com dificuldades de terreno insuperáveis, ficavam impossibilitados de expulsar os russos da área ocupada. Semanas mais tarde, os russos usavam a cabeça de ponte como posição de partida para uma ofensiva geral. Este exemplo é típico da tática russa. Deve servir como alerta contra a tendência de se subestimara a importância das ações de pequenas unidades que, inicialmente, parecem completamente inócuas.


Imagem


Durante o mês de junho de 1944, uma divisão de infantaria alemã estabelecera posições defensivas ao longo da margem norte do rio Pripyat. O setor entre as vilas A e B estava defendido por um batalhão de infantaria. Nessa área, o rio Pripyatcorria entre extensos pântanos e entre um labirinto de pequenos córregos seus tributários e de charcos e lagoas estagnados. As margens alagadiças eram cobertas com juncos e vegetação que atingiam cerca de 2metros de altura. Somente na estrada próxima para vila A e que atravessava o Pripyat, as margens do rio eram secas e relativamente despidas de vegetação. A ponte rodoviária fora destruída, mas como o rio neste ponto era raso e de fundo arenoso, podia ser vadeado com bastante facilidade.

Inicialmente, a LPR alemã deveria ter acompanhado a margem norte do rio. Entretanto, como o terreno não permitia o estabelecimento de fortificações e a vegetação obstruía o campo de tiro e como, ainda mais, os alemães não acreditavam que um ser humano pudesse permanecer naquele pantanal estagnado, a LPR foi estabelecida ao longo da linha indicada no mapa. Junto a margem do rio propriamente dito, foram estabelecidos postos avançados, guarnecidos por três ou quatro homens, sobre plataformas construídas sobre colunas enterradas no escuro pântano.

Inicialmente os alemães observaram apenas fracas patrulhas russas que, entretanto, forma gradualmente aumentando em números e valor. Os alemães esperavam que os russos tentassem uma travessa no local da ponte onde as condições de terreno favoreciam tal operação. Mas, verificando que a resistência alemã seria muito forte de ambos os lados, os russos decidiram estabelecer uma cabeça de ponte no menos favorável- no horrível pântano a leste da ponte. De saída, os russos estabeleceram uma base em duas pequenas ilhas que os alemães não haviam ocupado por serem muito pantanosas. Passaram-se vários dias. Então, numa certa manhã, os alemães observaram alguns russos num trecho da margem norte do rio fronteiro as duas ilhas. Os russos infiltraram-se na vegetação e juncos, muito embora a água lhes chegasse ao peito. Os alemães não deram muita importância a esta descoberta, pois pensaram que os russos não podiam possivelmente permanecer ali, e, assim, não consideraram uma ameaça daquela direção. Essa conclusão transformou-se num sério erro. A cabeça de ponte russa foi gradualmente reforçada e, três ou quatro noites depois sua guarnição se apossava dos postos avançados alemães mais próximos. O contrataque alemão subsequente fracassou, dadas as extremas dificuldades de aproximação através do pântano. Além disso, a unidade alemã encarregada deste contrataque foi eficazmente hostilizada por fogos de flaco antiradores russos localizados em árvores nas duas ilhas. Como os russos não podia ser desalojados da margem norte pelos trios de armas portáteis, os alemães resolveram aceitar a situação como inevitável.


A conduta subsequente dos russos em minúscula cabeça de ponte foi típica dos métodos de combates russos de 1944. Na maior parte sob proteção da escuridão, fizeram persistentes esforços para melhorar suas posições na cabeça de ponte mediante construção de estradas revestidas de troncos de madeira, Altos postos de observação em plataformas de madeira. expostos ao fogo alemão, os soldados russos moviam-se em terreno pantanosos frequentemente com água até o peito. Dentro das limitações impostas pela escassez de munição, os alemães fizeram o possível para tornar a posição insustentável e para desalojar os russos de sua cabeça de ponte. Entretanto, a densa vegetação favorecia as táticas de infiltração e dificultava o tiro observado.

A essa altura, os russos começaram a construção de uma ponte submersa. Essa ponte, com cerca de 2m de largura, consistia de cavaletes previamente montados e que durante a noite eram colocados em posição no rio, com a plataforma a cerca de 10 cm abaixo da superfície da água. Esse trabalho não apresentava grandes dificuldades técnicas, pois a correnteza do Pripyat era muito fraca. A ponte, dessa forma, ficava invisível para os observadores alemães. Sua existência não foi suspeita por estes até que alguns canhões AC russos apareceram subitamente na margem norte do rio. Prisioneiros russos posteriormente confirmaram a existência de uma ponte subaquática e proporcionavam informações sobre a sua construção. Não obstante suas repetidas tentativas, os alemães não conseguiram destruir a ponte.


Em duas semanas, os russos haviam, desse modo, criado uma posição de partida adequada para as operações futuras. Numa manhã nevoenta, atacaram os postos avançados alemães localizados na área imediata ao corte do rio. De uma hora para outra, empregaram artilharia e alguns aviões de apoio terrestre para neutralizar as posições da LPR alemã e para prevenir o movimento das reservas. Até então, a artilharia russa havia se sobressaído pela ausência ao longo de toda a frente do rio, provavelmente por desejarem os russos atrair pouca atenção para operação do estabelecimento da cabeça de ponte.


Em cosequência desse ataque, os alemães foram repelidos para orla do pântano. Satisfeitos com esse sucesso, os russos os russos estabeleceram posições defensivas em volta do perímetro de sua aumentada cabeça de ponte que, assim, ficou protegida em parte pelo estuário de um rio e por uma lagoa de água estagnada. Como nem carros de combate, nem canhões de assalto não podiam ser empregado no terreno pantanoso, todos os contrataques alemães fracassaram. Os russo consolidaram a cabeça de ponte nos dias seguintes e a utilizaram como uma das base de partida de sua grande ofensiva de verão.




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