Fórum Defesa Brasil

Itaipu: Lula não quer política de generosidade

Presidente diz, no entanto, que o governo vai trabalhar para melhorar a situação do Paraguai

PAULÍNIA (SP) E RIO. Ainda sob efeito da disposição do presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, de cobrar mais caro pela energia produzida na Hidrelétrica de Itaipu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que não vê “razão nenhuma” para brigar com o país vizinho. Indagado sobre a posição de Lugo, que deseja rever o tratado de Itaipu, o presidente brasileiro disse que o país não terá política de generosidade com o Paraguai, como afirmou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, no começo da semana. Lula disse que o governo brasileiro vai continuar trabalhando para melhorar a situação do povo daquele país.

- Não há nenhuma razão para brigar com o Paraguai. Temos que compreender o seguinte: somos um país detentor da melhor tecnologia, com uma população maior, mais rico, portanto, é normal que países menores fiquem olhando o Brasil como se fosse uma potência – disse ele, emendando: - Mas eu não trabalho com a idéia de que o Brasil precise ter política de generosidade (com o Paraguai) , mas com a preocupação de que está nas nossas costas a responsabilidade de contribuir para que esses países (menores) se transformem em mais competitivos e mais industrializados, que é pra melhorar a situação do povo – disse ele.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou ontem que a reivindicação do Paraguai de reajustar as tarifas cobradas pela energia de Itaipu repassada ao Brasil não causará nenhuma estremecimento entre os dois países. Amorim acredita, inclusive, que o governo presidido por Fernando Lugo terá vários pontos positivos em relação ao Brasil, seguindo um “espírito de integração”.

Após ter admitido uma mudança na tarifa na segunda-feira, hipótese afastada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro voltou a afirmar que há outras formas de ajudar o Paraguai. De acordo com Amorim, interessa ao Brasil ter vizinhos estáveis e prósperos e, por isso, é importante ser solidário.

- O Brasil fez pouco pelo Paraguai até hoje. Fez algumas coisas, mas foram poucas


Fonte: edição impressa do jornal O Globo de 26/04/2008

Paraguai pode ter linhas de transmissão em vez de reajuste em Itaipu

LUISA BELCHIOR
Colaboração para a Folha Online, no Rio

O governo federal estuda alternativas ao reajuste do valor pago à energia excedente do Paraguai produzida da usina binacional de Itaipu como forma de ajudar o Paraguai, disse o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) nesta sexta-feira. Uma delas é o investimento na linhas de transmissão de energia daquele país, que ele julgou ser falha.

"Há várias alternativas para buscar ajudar o Paraguai. Umas são por meio de Itaipu, mas há vários outros também. O Paraguai tem a maior hidrelétrica do mundo e tem eletricidade falha em Assunção", declarou Amorim, na manhã desta sexta-feira no Rio. "Um dos problemas mencionados [na imprensa] é que o Paraguai quer vender para o Brasil a energia porque não usa, mas ele não usa porque não tem linhas de transmissão".

Embora negue aceitar um reajuste ao preço pago ao Paraguai pelo excedente produzido em Itaipu, o ministro afirmou que o Brasil tem intenção de ajudar o vizinho porque tem dívida com ele e por ser interessante economicamente.

"O Brasil fez muito pouco pelo Paraguai até hoje. E para o Brasil é interessante que o Paraguai seja próspero e estável", disse.

Durante palestra comemorativa dos 45 anos da Coppe (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Amorim afirmou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um "esforço ingente" para melhorar as relações com os países da América do Sul e que é preciso ter solidariedade com os vizinhos.

"É inconcebível um Brasil próspero em meio a uma América do Sul miserável", declarou. "E não estamos apenas atuando por idealismo. A América Latina e o Caribe representam cerca de 26% das compras exteriores do Brasil, mais que a União Européia".



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 5811.shtml

Edu Lopes escreveu:

Paraguai pode ter linhas de transmissão em vez de reajuste em Itaipu

LUISA BELCHIOR
Colaboração para a Folha Online, no Rio

O governo federal estuda alternativas ao reajuste do valor pago à energia excedente do Paraguai produzida da usina binacional de Itaipu como forma de ajudar o Paraguai, disse o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) nesta sexta-feira. Uma delas é o investimento na linhas de transmissão de energia daquele país, que ele julgou ser falha.

"Há várias alternativas para buscar ajudar o Paraguai. Umas são por meio de Itaipu, mas há vários outros também. O Paraguai tem a maior hidrelétrica do mundo e tem eletricidade falha em Assunção", declarou Amorim, na manhã desta sexta-feira no Rio. "Um dos problemas mencionados [na imprensa] é que o Paraguai quer vender para o Brasil a energia porque não usa, mas ele não usa porque não tem linhas de transmissão".

Embora negue aceitar um reajuste ao preço pago ao Paraguai pelo excedente produzido em Itaipu, o ministro afirmou que o Brasil tem intenção de ajudar o vizinho porque tem dívida com ele e por ser interessante economicamente.

"O Brasil fez muito pouco pelo Paraguai até hoje. E para o Brasil é interessante que o Paraguai seja próspero e estável", disse.

Durante palestra comemorativa dos 45 anos da Coppe (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Amorim afirmou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um "esforço ingente" para melhorar as relações com os países da América do Sul e que é preciso ter solidariedade com os vizinhos.

"É inconcebível um Brasil próspero em meio a uma América do Sul miserável", declarou. "E não estamos apenas atuando por idealismo. A América Latina e o Caribe representam cerca de 26% das compras exteriores do Brasil, mais que a União Européia".



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 5811.shtml

Então Itaipu agora é paraguaia?

Edu Lopes escreveu:Eu sei que Itaipu é binacional, o que estranhei foi o fato do Amorim ter se referido à ela. Talvez ele devesse ter dito "O Paraguai compartilha com a gente da maior hidrelétrica do mundo". Sei lá. Acho que já tô ficando paranóico

talharim escreveu:Nós temos o problema da língua e o problema da inveja.

Existe um problema cultural nunca seremos tratados como irmãos.

O problema da inveja agora é latente estamos sendo chamados de imperialistas sendo culpados pelas miséria alheia.

O Brasil praticou o assistencialismo em diversos níveis nos últimos 100 anos e o que levou em troca ? Levamos calotes,levamos desapropriações,levamos ameaças de agressão...........Podemos considerar algum aliado fiel na região ?

A minha opinião é que a prática do assistencialismo já provou ser ineficaz no nosso caso.

Precisamos endurecer nossa posição de política externa.Precisamos nos impor.

joao fernando escreveu:Quem constroi a casa no terreno do vizinho, sabendo disso, perde a casa.

Lucasleck escreveu:

joao fernando escreveu:Quem constroi a casa no terreno do vizinho, sabendo disso, perde a casa.

joao fernando escreveu:Marino, abre o bico (e entrega a historia!!!)